CLIPPING DO SINDICARNE Nº 998 DE 25 DE NOVEMBRO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 998 | 25 de novembro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Preços físicos do boi gordo seguem estáveis
Cotações da arroba estáveis, com animal sem padrão-exportação valendo R$ 320/@ no mercado paulista, enquanto o “boi-China” é negociado por R$ 325/@, informou a Scot. No PARANÁ: Boi: R$322,50 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abate de sete dias. Boi China PARANÁ: R$ 326,00/@ (à vista) e R$ 330,00/@ (prazo)
Segundo a consultoria Agrifatto, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros atendem oito dias úteis, o que mantém certa pressão de baixa por parte das indústrias, que atualmente operam principalmente com animais de confinamentos próprios ou oriundos de parcerias.
Pelos dados da consultoria, em São Paulo, o boi gordo seguiu valendo R$ 322,50/@ (média entre o animal sem padrão-exportação e o animal-China) nesta segunda-feira (24/11), enquanto a média de preço nas outras 16 praças monitoradas ficou em R$ 306,10/@.
Segundo o levantamento diário da Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi gordo sem perfil para o mercado chinês segue cotado em R$ 320/@, o “boi-China” em R$ 325/@, a vaca gorda em R$ 302/@ e a novilha terminada em R$ 312/@ (todos valores brutos, no prazo). No mercado externo, relata a Agrifatto, permanece o risco de a China adotar salvaguardas – como tarifas ou cotas – capazes de reduzir o volume de exportações brasileiras de carne bovina. Porém, continua a consultoria, a retirada do tarifaço retaliatório de 40% pelos EUA sobre a proteína in natura trouxe alívio imediato aos exportadores brasileiros. Internamente, a demanda pela carne bovina permanece firme, sustentada pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário e pela aproximação das festas de fim de ano. O indicador Datagro (praça paulista) apresentou recuo no fechamento semanal, encerrando a sexta-feira (17/11) com valor médio de R$ 320,31/@, com ligeira queda de 0,53% em comparação com o preço médio da sexta-feira anterior (10/11), de R$ 322,02/@. No mercado futuro, apesar da queda dos valores de ágio em relação aos patamares de premiação observados no início de novembro/25, a última semana retomou o viés otimista, com os contratos futuros do boi gordo se valorizando de forma unificada, destacou a Agrifatto. Todos os contratos do boi gordo apresentaram valorização semanal na sexta-feira (17/10), com destaque para os meses mais distantes. Novembro/25 encerrou a sessão da B3 em R$ 322,50/@ (+0,99% sobre o preço de 11/10), dezembro/25 fechou em R$ 322,50/@ (alta semanal de 0,67%), janeiro/26 em R$ 331,40/@ (+2%) e fevereiro/26 em R$ 333,80/@ (+2,19%). Com isso, nos contratos mais distantes, o mercado futuro segue com ágio (em relação aos preços do boi no mercado físico), chegando a R$ 13,49/@ (contrato de fevereiro/26). Cotações do boi gordo da segunda-feira (24/11), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$325,00. Média: R$322,50. Vaca: R$300,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$325,00. Média: R$322,50. Vaca: R$300,00. Novilha R$315,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$290,00 a arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$295,00 por arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de nove dias. Preços brutos do “boi-China” na segunda-feira (24/11), de acordo com levantamento diário da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 321,00/@ (à vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto região Sul): R$ 311,00/@ (à vista) e R$ 315,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 303,00/@ (à vista) e R$ 307,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 318,00/@ (à vista) e R$ 322,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 313,00/@ (à vista) e R$ 317,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 308,00/@ (à vista) R$ 312,00/@ e (prazo) PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ: R$ 303,00/@ (à vista) e R$ 307,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 277,50/@ (à vista) e R$ 281,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 301,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 298,00/@ (à vista) e R$ 302,00/@ (prazo).
AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA
Exportações de carne bovina aceleram na terceira semana e superam em volume novembro de 2024
Com avanço de 6,76% no volume e salto de 59,7% no faturamento, setor ganha ritmo na terceira semana e caminha para fechar o mês com novo recorde.
As exportações brasileiras de carne bovina seguem firmes em novembro e já ultrapassaram o volume total embarcado no mesmo mês do ano passado. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 238,2 mil toneladas de carne bovina até a terceira semana de novembro de 2025. O total já supera o desempenho de novembro de 2024, quando foram embarcadas 228,1 mil toneladas ao longo de 19 dias úteis, um avanço de 6,76% no comparativo anual. A média diária de exportações também apresentou crescimento importante. Até a terceira semana deste mês, o ritmo diário ficou em 17,01 mil toneladas, alta de 12,7% frente à média de novembro do ano anterior, de 12 mil toneladas. Na primeira semana de novembro foram exportadas 100,8 mil toneladas, enquanto a segunda semana registrou 63,6 mil toneladas. Já na terceira semana, o volume voltou a avançar, atingindo 74,6 mil toneladas. O desempenho deste ano reforça a consolidação da demanda externa pela carne bovina brasileira e aponta para um possível fechamento de novembro com novo recorde mensal para o setor. No faturamento até a terceira semana de novembro de 2025 alcançou US$ 1,308 bilhão, enquanto no fechamento de novembro do ano anterior ficou em US$ 1,111 bilhão. A média diária do faturamento ficou em US$ 93,4 milhões, ganho de 59,7%, frente ao observado no mês de novembro do ano passado, que ficou em US$ 58,4 milhões. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.491 por tonelada até a terceira semana de novembro/25, ganho anual de 12,7% na comparação com o valor médio de 2024 estava em US$ 4.871 por tonelada.
SECEX/MDIC
SUÍNOS
Embarques de carne suína alcançam 75,1 mil toneladas até a terceira semana de novembro/25
Preço médio da tonelada registra queda de 1,3%
As exportações brasileiras de carne suína in natura totalizaram 75,1 mil toneladas até a terceira semana de novembro de 2025. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Para comparação, no mesmo período de novembro do ano anterior, os embarques somaram 107,6 mil toneladas em 19 dias úteis. A média diária exportada até a terceira semana de novembro ficou em 5,3 mil toneladas, registrando queda de 5,3% em relação à média de novembro de 2024, que era de 5,6 mil toneladas por dia. No quesito preços, a tonelada de carne suína foi negociada, em média, a US$ 2.506, valor 1,3% menor que o observado no ano anterior, quando o preço médio estava em US$ 2.540 por tonelada. O faturamento acumulado pelo setor até a terceira semana de novembro/25 alcançou US$ 188,2 milhões. Em novembro de 2024, a receita total havia sido de US$ 273,4 milhões. A média diária de faturamento ficou em US$ 13,4 milhões, com queda de 6,5% frente a novembro do ano passado, quando a média diária era de US$ 14,3 milhões.
SECEX/MDIC
FRANGOS
Exportações de carne de frango avançam no volume em novembro, mas preços recuam
Volume embarcado somou 323,6 mil toneladas até a terceira semana e cresceu 0,6% na média diária.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume exportado de carne de aves in natura ficou em 323,6 mil toneladas até a terceira semana de novembro/25. No ano passado, o volume total exportado foi de 436,5 mil toneladas em 19 dias úteis de novembro. A média diária até a terceira semana de novembro/25 ficou em 23,1 mil toneladas, ganho de 0,6% frente à média diária exportada do ano anterior, com 22,9 mil toneladas. As exportações brasileiras de carne de frango devem ganhar ainda mais ritmo no encerramento de 2025, impulsionadas pela retomada das compras da China e pelo ambiente de custos mais favorável ao produtor. A análise é de Juliana Pila, analista da Scot Consultoria. Segundo ela, o setor já vinha registrando bons resultados ao longo do ano, mesmo após o susto causado pelo caso de gripe aviária registrado no Rio Grande do Sul em maio, que levou à suspensão temporária dos embarques para diversos países, incluindo a China, um dos principais compradores da proteína. “Tivemos embargos que foram sendo retirados ao longo do tempo, mas a China ainda não havia retomado suas compras. No início de novembro, tivemos essa boa notícia”, afirmou. Em outubro, o Brasil registrou o segundo melhor volume exportado de carne de frango da história, ficando muito próximo do desempenho do mesmo período de 2024. Com a volta da China ao mercado, a expectativa é de um fechamento de ano forte e possibilidade de superar o recorde exportado em 2024. O preço pago pelo produto até a terceira semana de novembro ficou em US$ 1.618 por tonelada, queda de 13,8% se comparado com os valores praticados em novembro do ano anterior, com US$ 1.877 por tonelada. No faturamento, a receita obtida até a terceira semana de novembro ficou em US$ 523,9 milhões, enquanto em novembro do ano anterior o valor ficou em US$ 819,5 milhões. Já a média diária de faturamento ficou em US$ 37,4 milhões, redução de 13,2% frente a média diária observada em novembro do ano anterior, que ficou em US$ 43,1 milhões.
SECEX/MDIC
INTERNACIONAL
China prorroga investigação sobre importação de carne bovina até 2026, adiando possíveis restrições
A investigação agora se estenderá até 26 de janeiro de 2026, informou o Ministério do Comércio, citando “a complexidade do caso”
A China prorrogou sua investigação sobre as importações de carne bovina por mais dois meses, dando aos fornecedores globais uma suspensão temporária mais longa das possíveis restrições comerciais, enquanto a indústria nacional luta contra um excesso de oferta. A investigação agora se estenderá até 26 de janeiro de 2026, informou o Ministério do Comércio, citando “a complexidade do caso”. É a segunda vez que o ministério prorroga a investigação desde que iniciou em dezembro passado, à medida que a desaceleração da demanda pressionava o maior mercado mundial de importação e consumo de carne bovina. A investigação não tem como alvo nenhum país específico. Em agosto, a China prorrogou a revisão por três meses. Quaisquer medidas comerciais para restringir as importações afetariam os principais fornecedores, como Argentina, Austrália e Brasil. A China importou um recorde de 2,87 milhões de toneladas de análises de carne bovina em 2024. As importações de janeiro-outubro de 2025 aumentaram 3,6% em relação ao ano anterior, para 2,34 milhões de toneladas.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Renegocia Paraná oferece longo parcelamento para recuperar dívidas de ICMS
O governo do Paraná abriu um novo programa de transação tributária voltado a contribuintes com débitos inscritos em dívida ativa. Batizado de "Renegocia Paraná", o mecanismo contempla dívidas de ICMS classificadas como de “baixa” ou “improvável recuperação” e oferece descontos expressivos, que podem chegar a 65% sobre juros e multas, além de parcelamento de até 120 meses.
A medida passou a valer no dia 28 de outubro e aceitará adesões até 10 de abril de 2026. A expectativa do estado é significativa: segundo informações da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), estima-se que entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão possam ser regularizados.
A lógica do programa, segundo o governo, não é premiar inadimplentes, mas recuperar créditos que dificilmente seriam quitados pelos meios tradicionais de cobrança, como protestos ou execuções fiscais. Para participar, pessoas físicas ou jurídicas devem formalizar a adesão exclusivamente pela internet, no site da PGE. O acordo inclui a confissão irrevogável dos débitos e a renúncia a possíveis ações administrativas ou judiciais que discutam a dívida. A transação só é considerada consolidada após o pagamento da primeira parcela. Segundo o procurador-chefe da Coordenadoria de Assuntos Fiscais da PGE, Eduardo Rodrigues de Castro, o alcance do edital deve abranger cerca de 90% das certidões de dívida ativa de ICMS do estado. “São créditos classificados como de baixa ou improvável recuperação, que representam a imensa maioria do passivo atual. Essa classificação segue critérios técnicos previstos em resolução conjunta e pode ser consultada no portal”, explica. A adesão ao programa pode representar um alívio para empresas que enfrentam dificuldades financeiras, principalmente as que acumulam dívidas antigas agravadas por juros e encargos. Para a advogada Danielle Dalledone, especialista em direito tributário, o principal benefício é a previsibilidade. “O contribuinte consegue reorganizar a vida fiscal, suspender cobranças e evitar medidas como protestos e execuções enquanto cumpre o acordo”. Os descontos previstos variam de acordo com o número de parcelas. No edital atual, há abatimento de até 65% sobre juros e multas para parcelamentos em até 60 meses. Para quem opta por dividir em até 120 meses, o desconto chega a 60%. A modalidade de transação individual pode alcançar prazos ainda maiores para microempresas e pessoas físicas, conforme a legislação em vigor.
Mas as vantagens vêm acompanhadas de compromissos. A confissão irrevogável da dívida significa que o contribuinte reconhece de modo definitivo os valores incluídos na transação.
Por sua vez, a renúncia a ações judiciais impede que o devedor mantenha discussões sobre os débitos após aderir ao programa. “É essencial revisar o passivo antes de aderir. Muitas vezes, há processos em andamento ou questões passíveis de discussão judicial que podem ser mais vantajosas do que a transação”, alerta a advogada. Outro ponto de atenção é o risco de inadimplência. Caso o contribuinte atrase três parcelas ou deixe de cumprir as exigências do acordo, os benefícios são cancelados. O débito retorna ao valor integral, com incidência de juros e multas originais, e o contribuinte fica impedido de firmar novos acordos por três anos.
Para evitar surpresas, especialistas recomendam simular o fluxo de caixa e avaliar a capacidade real de pagamento antes de aderir.
GAZETA DO POVO
Cepea: preços do milho se mantêm firmes
A demanda está pontual, com negócios ocorrendo conforme a necessidade de recomposição dos estoques
A retração de vendedores, que seguem focados nas atividades envolvendo a semeadura da safra verão, mantém firmes os preços do milho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. A demanda está pontual, com negócios ocorrendo conforme a necessidade de recomposição dos estoques. Já no mercado internacional, os preços estão em queda, influenciados por estimativas apontando maior produção mundial entre as temporadas 2024/25 e 2025/26. No entanto, as baixas foram contidas pela forte demanda internacional pelo grão dos Estados Unidos. No front externo, os embarques brasileiros estão mais intensos em novembro – segundo a Secex, a média diária de embarques está 7,6% acima da de novembro/24. Com isso, em 10 dias úteis de novembro, foram embarcadas 2,67 milhões de toneladas de milho. Caso o atual ritmo seja mantido até o encerramento deste mês, as exportações brasileiras de milho podem somar 5 milhões de toneladas. No campo, a semeadura da safra de verão vem apresentando bom desenvolvimento nas principais regiões produtoras do País. Segundo a Conab, até 15 de novembro, 52,6% da área da safra de verão havia sido semeada no Brasil, avanço semanal de 4,9 p.p., mas leve atraso de 0,4 p.p. frente à média dos últimos cinco anos. As irregularidades das chuvas no Brasil, os casos de necessidade de replantio e a expectativa de demanda externa mais aquecida no próximo ano deixaram produtores brasileiros mais resistentes em negociar novos lotes da soja em grão ao longo da semana passada. Com isso, levantamento do Cepea mostra que a liquidez no mercado spot nacional diminuiu, mas os preços subiram. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores da soja em grão também foram influenciados por projeções do USDA indicando menor oferta mundial, o que, somado ao avanço da demanda na safra 2025/26, deve reduzir a relação estoque/consumo final para o menor volume em três temporadas. Quanto ao farelo de soja, levantamento do Cepea mostra que a demanda permaneceu aquecida, dando suporte aos preços domésticos. Já as negociações de óleo de soja estiveram enfraquecidas, com parte das indústrias de biodiesel do País sinalizando que estavam abastecidas para o médio prazo.
CEPEA/ESALQ
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha pouco abaixo dos R$5,40 com perspectiva de corte de juros nos EUA
O dólar oscilou em margens estreitas no Brasil e fechou a segunda-feira muito próximo da estabilidade, abaixo dos R$5,40, em meio ao aumento das apostas de que o Federal Reserve cortará juros em dezembro, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava no fim da tarde leves perdas ante outras divisas de emergentes.
O dólar à vista encerrou a sessão em leve baixa de 0,13%, aos R$5,3951 na venda. No ano, a divisa acumula perdas de 12,69%. Às 17h03, o contrato de dólar futuro para dezembro -- atualmente o mais negociado no Brasil -- cedia 0,29% na B3, aos R$5,4010. Na sexta-feira, as apostas de que o Federal Reserve cortará sua taxa de juros em dezembro voltaram a ser majoritárias no mercado de títulos norte-americano, invertendo a precificação anterior. Na tarde de segunda-feira, conforme a Ferramenta CME FedWatch, o mercado precificava 80,9% de probabilidade de corte de 25 pontos-base, contra 19,1% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%. A perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos fez o dólar ceder no Brasil, em especial pela manhã, mas a oscilação foi limitada, sem que houvesse gatilhos para movimentos mais fortes. Internamente, destaque para a fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.
Galípolo afirmou que a diretoria do BC ainda está insatisfeita com o nível da inflação, que ainda não convergiu para a meta de 3%, e acrescentou que é por isso que os juros seguem em patamar restritivo. "Gostaríamos que a inflação estivesse convergindo mais rápido, mas existe um custo, um trade-off" para fazer isso, afirmou. A Selic está atualmente em 15% ao ano, enquanto nos EUA a taxa de referência está na faixa de 3,75% a 4,00%. No boletim Focus divulgado pela manhã, o dólar projetado pelos economistas do mercado para o fim deste ano seguiu em R$5,40. A mediana das projeções para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15%, mas para o fim de 2026 cedeu de 12,25% para 12,00%.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta com apoio de Wall Street
O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, após quatro quedas seguidas, em movimento endossado por Wall Street, enquanto o noticiário no Brasil mostrou nova melhora nas perspectivas de inflação.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,22%, a 155.112,38 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 154.529,17 pontos na mínima e chegar a 155.832,28 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava R$19,26 bilhões antes dos ajustes finais.
REUTERS
FOCUS: Inflação de 2025 ficará abaixo do teto da meta
Pela segunda semana consecutiva, a projeção para a inflação de 2025 no Brasil está abaixo do teto da meta. É o que mostra o boletim Focus, divulgado na segunda-feira (24), com as previsões do mercado financeiro indicando que o ano fechará com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, em 4,45%.
Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país), o mercado manteve as projeções registradas nas semanas anteriores, de crescimento de 2,16% em 2025; de 1,78% em 2026; e de 1,88% em 2027. A melhora na previsão veio após o resultado da inflação de outubro (0,09%), anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), ser a menor para o mês, desde 1998. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses, findando em outubro, ficou em 4,68%. Foi, portanto, a primeira vez, em oito meses, que o patamar apresentado ficou abaixo da casa de 5%. A revisão do Boletim Focus para o IPCA de 2025 estava em 4,56% há quatro semanas; e em 4,46% na semana passada. Para os anos subsequentes, as projeções inflacionárias apresentadas pelo mercado estão em 4,18%, em 2026; e em 3,80% para 2027. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da Selic pela terceira vez seguida, na última reunião, no início deste mês. No entanto, o Copom não descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”. Em nota, o BC informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais. Já no Brasil, a autarquia destacou que a inflação continua acima do centro da meta (3%), apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão alto por bastante tempo. A estimativa dos analistas de mercado é, há 22 semanas, de que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano. No entanto, foi revista para baixo nas projeções para 2026, passando dos 12,25% projetados nas semanas anteriores, para 12% nesta edição do boletim. Para 2027, as projeções estão estáveis, em 10,50%. Com relação ao câmbio, as projeções do mercado financeiro se mantiveram em estável, indicando que o dólar fechará o ano cotado a R$ 5,40. O mercado manteve também as projeções divulgadas nas semanas anteriores para a moeda norte-americana, tanto para 2026 como 2027: R$ 5,50.
Agência Brasil
Balança comercial tem superávit de US$ 1,8 bi na 3ª semana de novembro
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, valor foi alcançado com exportações de US$ 6,939 bilhões e importações de US$ 5,139 bilhões. De janeiro a novembro de 2025, superávit soma um total de US$ 56,464 bilhões.
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,8 bilhão na terceira semana de novembro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados na segunda-feira, 24, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,939 bilhões e importações de US$ 5,139 bilhões. No ano, de janeiro a novembro de 2025, o superávit soma um total de US$ 56,464 bilhões, resultado de US$ 310,974 bilhões em exportações e US$ 254,509 bilhões em importações. No mesmo período do ano passado, o superávit acumulado estava em US$ 69,540 bilhões. No mês de novembro até a terceira semana, comparado ao mesmo período de 2024, as exportações cresceram 3,5% e somaram US$ 21,243 bilhões. O desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 32,8% em Agropecuária, que somou US$ 4,391 bilhões; queda de 14,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,783 bilhões; e crescimento de 3,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 11,933 bilhões. As importações cresceram 10,4% nas três primeiras semanas de novembro e totalizaram US$ 17,173 bilhões na mesma comparação, com queda de 3,3% em Agropecuária, que somou US$ 300,7 milhões; queda de 2,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 844,1 milhões; e crescimento de 11,6% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 15,917 bilhões.
ESTADÃO CONTEÚDO
Arrecadação federal cresce 0,92% em outubro e bate recorde com ajuda do IOF
Receitas somaram R$ 261,9 bilhões, o maior valor para o mês desde o início da série, em 1995
Arrecadação do IOF teve o maior avanço percentual entre os tributos no mês passado, com alta de 38,8%, para R$ 8,1 bilhões
A arrecadação federal teve alta real de 0,92% em outubro sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$ 261,908 bilhões, e atingiu o maior patamar para outubro da série iniciada em 1995 com ajuda do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), elevado pelo governo neste ano, informou a Receita Federal nesta segunda-feira (24). Os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, cresceram 4,74% em outubro em termos reais frente a um ano antes, a R$ 246,951 bilhões. A receita administrada por outros órgãos, que tem peso grande de royalties de petróleo, caiu 37,02%, a R$ 14,957 bilhões. No recorte por tributos, os dados da Receita mostram que o maior avanço percentual do mês passado foi registrado na arrecadação de IOF, com uma alta real de 38,8% para R$ 8,138 bilhões. Também foram registrados ganhos em Imposto de Renda de empresas e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), com elevação de 5,54%, e Imposto de Renda incidente sobre rendimentos de capital, alta de 28,01%. O fisco apontou ainda uma contribuição da tributação sobre jogos de azar e apostas, com uma arrecadação que saltou de R$ 11 milhões em outubro de 2024 para R$ 1,093 bilhão em outubro deste ano. No acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação federal foi de R$ 2,367 trilhões, ficando 3,20% acima do registrado nos primeiros dez meses de 2024. O valor também é recorde para o período.
Os dados da Receita indicam uma desaceleração dos ganhos da arrecadação nos últimos meses. Após atingir em julho um pico de 4,41% de alta acumulada no ano, o desempenho arrefeceu, indo a 3,73% em agosto, 3,49% em setembro e 3,20% em outubro. Autoridades do governo têm demonstrado preocupação com efeitos do nível restritivo da taxa Selic, que vem sendo mantida em 15% ao ano pelo Banco Central para controlar a inflação, com efeitos sobre a atividade econômica e, consequentemente, sobre a arrecadação.
FOLHA DE SP
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