CLIPPING DO SINDICARNE Nº 996 DE 21 DE NOVEMBRO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 996 | 21 de novembro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi gordo: cotações seguem estáveis
“Cotações estão estáveis, reforçando a sensação de cautela entre compradores e a expectativa por definições em relação ao mercado da China”, relatam os analistas da Agrifatto. No PARANÁ: Boi: R$322,50 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abate de sete dias. Boi China: PARANÁ: R$ 326,00/@ (à vista) e R$ 330,00/@ (prazo)
O mercado brasileiro do boi gordo atravessa um momento de pouca atividade, com os pecuaristas mostrando resistência às ofertas de preços dos frigoríficos, que mantêm a pressão de baixa sobre os valores da arroba, relatam os analistas da Agrifatto. Atualmente, diz a consultoria, são poucos os negócios envolvendo boiadas gordas, com compras apenas suficientes para garantir escalas de abate entre 7 ou 8 dias úteis, em nível nacional. Além disso, informa a Agrifatto, enquanto aguardam a decisão do governo chinês sobre possíveis medidas de salvaguarda para a carne bovina brasileira (marcada para 26 de novembro), as indústrias exportadoras do País reduziram (ou até mesmo suspenderam) temporariamente as compras de lotes de animais prontos, adotando, inclusive, férias coletivas aos funcionários.
Com isso, pelos dados apurados pela Agrifatto, o boi gordo paulista permaneceu em R$ 322,50/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China), enquanto a média da arroba nas 16 outras praças monitoradas pela consultoria segue em R$ 306,10. “As cotações estão estáveis nas 17 praças acompanhadas, reforçando a sensação de cautela entre os compradores e a expectativa por definições em relação ao mercado da China”, reforçaram os analistas da Agrifatto. Pelas informações da Scot, o boi gordo sem padrão-exportação segue cotado em R$ 320/@, o “boi-China” em R$ 325/@, a vaca gorda em R$ 302/@ e a novilha terminada em R$ 312/@ (valores brutos, no prazo). De acordo com levantamento da Scot, as escalas de abate dos frigoríficos de São Paulo seguem, em média, em oito dias, com boiadas provenientes principalmente de confinamentos. No mercado futuro, os contratos do boi gordo também fecharam a sessão de quarta-feira (19/11) com estabilidade na B3. O papel com vencimento em janeiro/25, por exemplo, encerrou o pregão valendo R$ 323,65/@ por arroba, com leve alta de 0,14% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo da quarta-feira (19/11), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$325,00. Média: R$322,50. Vaca: R$300,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$325,00. Média: R$322,50. Vaca: R$300,00. Novilha R$315,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$290,00 a arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$295,00 por arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de nove dias. Preços brutos do “boi-China” na quarta-feira (19/11), de acordo com levantamento diário da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 321,00/@ (à vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto região Sul): R$ 311,00/@ (à vista) e R$ 315,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 306,00/@ (à vista) e R$ 310,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 318,00/@ (à vista) e R$ 322,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 316,00/@ (à vista) e R$ 320,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 308,00/@ (à vista) R$ 312,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ: R$ 303,00/@ (à vista) e R$ 307,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 281,50/@ (à vista) e R$ 285,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 301,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 304,00/@ (à vista) e R$ 308,00/@ (prazo).
AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA
EUA retiram tarifas de 40% de café, carnes, frutas e outros produtos do Brasil
Decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. Ordem de Trump acrescentou mais de 200 produtos à lista de exceções do tarifaço. Ao contrário da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de ontem se aplica somente ao Brasil
Os EUA anunciaram na quinta-feira (21) a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros. A decisão foi publicada pela Casa Branca. seleção inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções de tarifaço aplicado ao Brasil. A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o Ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas. Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, aplicadas a diversos países. No caso específico do Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%. Agora, a taxa para os produtos brasileiros como o café e a carne, que aparecem nas duas decisões da Casa Branca, retorna para os patamares anteriores ao tarifaço de Trump. Alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada: café; carne bovina; açaí; cacau; banana; tomate; coco; castanha de caju; mate; especiarias, como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada. Ao contrário da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de ontem se aplica somente ao Brasil. Na ordem desta quinta, Trump citou a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e escreveu que a retirada das tarifas é consequência das negociações entre o governo brasileiro e o norte-americano. "Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento." "Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários [...] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional [...] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil." O governo do Brasil comemorou a retirada das tarifas. Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil, retomadas em outubro, e pela data retroativa (13 de novembro) coincidir com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, disse que a ordem de Trump é uma "excelente notícia" para o Brasil, que agora volta a ter acesso competitivo ao mercado dos EUA, "apoiando assim a estabilização de preços para alguns produtos". A retirada de taxas do café e da carne, especificamente, representam um alívio para exportadores brasileiros desses produtos. Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta, segundo o Ministério da Agricultura. Segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), com o tarifaço, as importações americanas de café brasileiro haviam caído pela metade (51,5%) entre agosto e outubro – meses de vigência da taxa de 50% –, em relação ao mesmo período de 2024.
G1/O GLOBO
Mato Grosso aprova lei de rastreabilidade obrigatória para o rebanho bovino
O mecanismo estabelece o monitoramento completo da cadeia da carne, do nascimento ao abate
Sistema atende às exigências de mercados da Europa e da Ásia, que adotam regras mais rígidas sobre origem da carne e comprovação de práticas de produção sem desmatamento
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou na quarta-feira (19/11), em duas votações, a lei que cria um sistema estadual de rastreabilidade socioambiental para todo o rebanho bovino e bubalino. O mecanismo estabelece o monitoramento completo da cadeia da carne, do nascimento ao abate, com critérios que permitirão comprovar a origem e as condições de produção das propriedades. O modelo, elaborado pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) em parceria com o governo estadual e o setor produtivo, será implantado de forma escalonada a partir de janeiro de 2026. A lei prevê suporte técnico para propriedades de diferentes portes, com foco na inclusão gradual dos produtores no sistema. A política estabelece diretrizes como monitoramento contínuo, comprovação de regularidade socioambiental, ampliação do acesso a mercados que exigem rastreabilidade, estímulo a parcerias entre setores público e privado e valorização de serviços ambientais. Também busca padronizar requisitos para garantir competitividade entre os participantes da cadeia produtiva.
Segundo o Imac, o mecanismo atende às exigências de mercados da Europa e da Ásia, que adotam regras mais rígidas sobre origem da carne e comprovação de práticas de produção sem desmatamento. “A expectativa é que com a aprovação e tornando-se uma política pública, o programa ganhe velocidade”, afirmou o presidente do instituto, Caio Penido.
GLOBO RURAL
CARNES
Custos do frango caem e do suíno sobem em outubro
Suínos sobem 1,09% e frangos caem 1,71% no mês
Os custos de produção de suínos e frangos de corte apresentaram comportamentos distintos em outubro, segundo levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS). De acordo com o relatório, em Santa Catarina o custo de produção do quilo do suíno vivo alcançou R$ 6,35, o que representa “alta de 1,09% em relação ao mês anterior”. O ICPSuíno chegou a 363,01 pontos e, no acumulado de 2025, registra aumento de 2,23%. Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, que representa 70,72% do custo total na modalidade de ciclo completo, teve aumento de 1,28% no mês. Já no Paraná, o custo de produção do frango de corte recuou em outubro. O relatório informa que o valor passou para R$ 4,55, com “baixa de 1,71% frente a setembro”, enquanto o ICPFrango atingiu 352,48 pontos. No acumulado do ano, a variação é negativa, de -4,90%, e em 12 meses a queda é de -2,74%. A ração, responsável por 63,10% dos custos totais, teve redução de 3,01%.
Os dois estados são referências nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS por serem os maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte. A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, com o objetivo de fornecer subsídios técnicos e econômicos para a gestão dos sistemas produtivos.
AGROLINK
SUÍNOS
Suinocultura Independente: São Paulo e Minas seguem estáveis. Santa Catarina registra leve alta
O mercado de suinocultura independente registrou movimentações distintas nas praças acompanhadas.
A Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) informou que a Bolsa de Suínos de São Paulo manteve o preço em R$ 9,33 por arroba na 47ª semana de 2025. No mercado mineiro, os preços dos animais seguiram mais uma semana de estabilidade e o valor está ao redor de R$ 8,50/kg, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), os preços dos suínos tiveram ganho de 0,23% nesta semana, na qual estão precificados em R$ 8,57/kg. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Di Lorenzi, avalia que o mercado registrou um leve aumento nos preços nesta semana. “Quando sobe apenas dois centavos, significa que o mercado já está muito próximo do seu teto. A tendência é seguir assim até o fim do ano: pequenas altas, pequenas correções ou estabilidade”, afirmou. Ele reforçou que esse deve ser o comportamento do mercado nas próximas semanas.
APCS/ Asemg/ ACCS
MEIO AMBIENTE
Países da UE concordam em adiar por um ano aplicação da lei antidesmate e aprovam simplificações
Este é o segundo adiamento da aplicação da lei e ocorre agora em meio às negociações da COP30. Decisão responde a preocupações dos próprios governos europeus e das empresas sobre a capacidade de atender aos requisitos a tempo
O Conselho Europeu, que reúne as representações dos governos dos países da União Europeia (UE), se reuniu nesta quarta-feira (19/11) e determinou a postergação por um ano da aplicação da lei antidesmatamento (EUDR, na sigla em inglês), e ainda aprovou simplificações no cumprimento das regras. Este é o segundo adiamento da aplicação da lei e ocorre agora em meio às negociações climáticas da COP30, em Belém. Em comunicado, o Conselho informou que a aplicação da EUDR para os operadores médios e grandes deverá ocorrer a partir de 30 de dezembro de 2026, enquanto para os operadores pequenos e micro a data será em 30 de junho de 2027. O prazo determinado é maior do que o recomendado pela Comissão Europeia, braço executivo da UE, que propunha um adiamento de seis meses. A proposta foi defendida pela Alemanha e pela Dinamarca e contou com endosso da França. Só não votaram a favor Bélgica, Holanda e Espanha, segundo fontes do site Euractiv. A lei prevê que as empresas que vendem seis commodities na UE (soja, carne bovina, madeira, café, cacau e borracha) e seus derivados precisam comprovar com processos de due diligence que os produtos não foram plantados em áreas desmatadas após 2021. A decisão responde a preocupações dos próprios governos europeus e das empresas sobre a capacidade de atender aos requisitos a tempo, além de dificuldades técnicas que ainda existem a respeito do sistema de tecnologia da informação para receber os documentos das diligências. Agora, o Conselho precisa negociar com o Parlamento Europeu para garantir o adiamento da lei antes que seu prazo atual comece a vigorar, 30 de dezembro deste ano. A expectativa é que a proposta seja submetida à votação do Parlamento na semana que vem, segundo o Euractiv. O Conselho ainda determinou que a Comissão Europeia faça uma reavaliação do impacto da EUDR nos operadores, especialmente nos de menor porte, até 30 de abril de 2026. A depender do resultado da reavaliação, a Comissão terá que fazer uma proposta legislativa para ajustes na lei. O Conselho ainda determinou que a obrigação de apresentar os documentos de due diligence da origem dos produtos vendidos na UE será apenas dos operadores que colocarem os produtos no mercado do bloco pela primeira vez. Desta forma, não haverá necessidade de que os operadores que originaram os produtos e os traders apresentem declarações de due diligence em separado. Os operadores iniciais da cadeia de fornecimento deverão manter e passar adiante o número de referência da declaração inicial. No caso das empresas de porte pequeno e micro, só será necessário apresentar uma declaração simplificada. Organizações ambientalistas criticaram a decisão, em um momento em que as autoridades europeias participam da COP. “Enquanto negociadores climáticos da UE falam platitudes na COP30 na Amazônia no Brasil, Estados-membros em Bruxelas estão condenando mais 70 mil hectares de florestas como a Amazônia para serem erradicadas por meio dessa proposta ultrajante de postergar a EUDR”, declarou Isabel Fernandez, conselheira sênior da Mighty Earth, em comunicado.
VALOR ECONÔMICO
Meio Ambiente deve atender à demanda do agro no Plano Clima
Novo plano deve retirar emissões de desmatamento da responsabilidade do setor
30,5%é a fatia do agro nas emissões nacionais
Embora o impasse entre Ministério da Agricultura, setor produtivo e o Ministério do Meio Ambiente em relação ao texto do Plano Clima continue, houve mudanças nos últimos dias que retiram as emissões de gases provocadas por desmatamento do plano setorial da agropecuária, disseram fontes em Belém e em Brasília. Após reuniões nas últimas semanas com lideranças do setor, como o ex-ministro Roberto Rodrigues, e especialistas da Embrapa, o Ministério de Meio Ambiente concordou em criar um oitavo plano setorial de mitigação, além dos sete iniciais, para abarcar as emissões de desmatamento e áreas privadas que antes seriam atribuídas ao setor agropecuário. O novo plano será chamado de “Transições do uso do solo em imóveis rurais”, disse uma pessoa que acompanha a redação do texto. Segundo outra fonte, esse plano tratará das emissões de desmatamento legal e ilegal em áreas privadas, enquanto as emissões de desmatamento em áreas públicas, territórios indígenas, comunidades quilombolas, assentamentos e vazios fundiário entram no plano setorial de terras públicas. O novo documento vai contemplar incentivos para a redução do desmatamento nos imóveis, como Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), descontos nos juros do crédito rural, benefícios tributários, Cédula de Produto Rural Verde (CPR Verde), Cotas de Reserva Ambiental (CRA), entre outros. O novo plano aponta o que é emissão oriunda da atividade produtiva em si e a remoção feita pelas áreas verdes privadas e as boas práticas de produção. O texto ainda contempla os mecanismos para incentivar a manutenção de maior cobertura vegetal nas propriedades rurais. Para pessoas familiarizadas com o assunto, o documento soluciona “definitivamente” a principal crítica do setor à proposta original, que era a atribuição das emissões do desmatamento ilegal, o que agora passa a ser tratado por ações de comando e controle. No setor privado há diferentes avaliações. Em uma ala, que reúne desde associações setoriais, pesquisadores e instituições financeiras, o entendimento é de que a proposta encampa toda a demanda do agronegócio, o que habilitaria o governo a lançar o Plano Clima antes do fim da COP30. O MMA já confirmou ao Valor que “o aprimoramento da abordagem usada inicialmente para alocação das emissões e remoções de gases de efeito estufa por categoria fundiária já foi concluído”. Para uma fonte com trânsito na Blue Zone, o lançamento do Plano Clima só depende de um entendimento entre os ministros Marina Silva Rui Costa, da Casa Civil, que preside o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM). Mesmo assim, a discussão ainda recebe a oposição do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
GLOBO RURAL
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Adapar conscientiza produtores sobre a raiva durante a 21º Expovale, em Ivaiporã
Considerada uma das doenças de maior importância em Saúde Pública, a raiva permanece como uma das zoonoses mais letais, com grandes impactos econômicos, sociais e sanitários.
Quando abordada à ótica da Saúde Única, que engloba a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente, o controle depende de uma atuação integrada entre diversos setores públicos.
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) promoveu uma ação de combate e prevenção contra a raiva durante a 21ª Expovale nesta semana em Ivaiporã, município do Vale do Ivaí. A primeira oficina sobre o impacto da raiva no contexto da Saúde Única foi uma atividade respaldada pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros, que é executado pela agência no Estado. Na ocasião, foram abordados assuntos como o monitoramento de abrigos de morcegos hematófagos e investigação de casos suspeitos.
Considerada uma das doenças de maior importância em Saúde Pública, a raiva permanece como uma das zoonoses mais letais, com grandes impactos econômicos, sociais e sanitários.
O chefe do Departamento de Saúde Animal, da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alerta sobre a ameaça da zoonose e chama atenção sobre os números da doença no Estado. “O vírus da raiva é transmitido por um tipo de morcego hematófago e pode ser letal para os animas e para os humanos”, explica. "Os casos comprovados da doença em herbívoros no Paraná durante o último ano chegaram a 258. Em 2025, foram investigados mais de 400, destes, 218 casos confirmados até agora". A doença circula tanto em territórios urbanos, onde cães e gatos são os principais transmissores, quanto em ambientes rurais, territórios em que os morcegos hematófagos são os principais reservatórios e responsáveis pela transmissão aos animais de produção. Diante desse cenário, foi realizada a oficina, unindo o órgão de defesa agropecuária do Estado do Paraná e a 22ª Regional de Saúde. Durante a oficina, a Adapar falou sobre o grupo de animais de produção que é mais afetado pela doença, composto por bovinos, equinos, pequenos ruminantes e suínos e trouxe para discussão ações cruciais para o controle e prevenção da raiva, atuando diretamente no ciclo rural. A autarquia realiza o cadastramento e o monitoramento dos abrigos de morcegos hematófagos – controle da espécie Desmodus rotundus –, investiga casos suspeitos em herbívoros com coleta de material e executa ações em focos de raiva. Além disso, são desenvolvidas atividades de educação sanitária, como a identificação dos morcegos hematófagos, o reconhecimento dos sinais clínicos da doença nos animais e como realizar a notificação. Também foi apresentado o recente foco de raiva registrado em um bovino no município de Pitanga, na região Central do Estado, e as medidas adotadas pela agência. A vacina contra a raiva tem baixo custo, pode ser aplicada pelo próprio produtor e deve ser dada anualmente. A vacinação preventiva é a melhor forma de combate direto. Uma vez que o animal apresenta sinais clínicos não há tratamento. Atualmente, a vacinação é obrigatória em 30 municípios do Oeste, conforme a portaria nº 368/2025 da Adapar. A escolha dos municípios levou em conta a quantidade de focos registrados nos últimos anos, a proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu, a ocorrência de áreas compartilhadas de transmissão e o elevado número de pessoas que precisaram de tratamento após contato com animais suspeitos. A obrigatoriedade abrange apenas 30 municípios, mas a vacinação é aconselhada em todo o território paranaense.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em alta no Brasil em sintonia com avanço externo
O dólar encerrou a quarta-feira em alta no Brasil, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, em meio ao recuo firme do petróleo e após a ata do último encontro do Federal Reserve reiterar dúvidas sobre o corte de juros nos Estados Unidos em dezembro.
O fato de quinta-feira ser feriado do Dia da Consciência Negra no Brasil também manteve os investidores cautelosos. O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,36%, aos R$5,3378 na venda. No ano, porém, a divisa acumula baixa de 13,61%. Às 17h03, o contrato de dólar futuro para dezembro -- atualmente o mais negociado no Brasil -- subia 0,20% na B3, aos R$5,3495, em uma sessão de liquidez reduzida. No fim da tarde haviam sido negociados apenas cerca de 147 mil contratos de dólar para dezembro, abaixo da média. A sessão foi marcada pela queda firme do petróleo, que pressionou as moedas de países emergentes, e pela expectativa antes da divulgação da ata do Fed. O documento, publicado às 16h, ressaltou as divisões entre os membros da instituição sobre os rumos da política monetária dos EUA no curto prazo. Conforme a ata, a maioria dos participantes da reunião de política monetária avaliou que é apropriado promover cortes adicionais de juros ao longo do tempo -- mas vários deles indicaram não considerar como apropriado uma redução já em dezembro. Ao mesmo tempo, vários participantes consideraram apropriado cortar juros em dezembro se a economia norte-americana evoluir como se espera. Nos mercados globais, há o temor de um ajuste de baixa mais profundo nos preços das empresas de tecnologia -- algo que impactaria não apenas as bolsas, mas também os mercados de moedas e de títulos.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com cautela antes de feriado e Fed no radar
O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, tocando a mínima do dia à tarde, após a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve referendar dúvidas crescentes sobre novo corte na taxa básica de juros dos Estados Unidos neste ano.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,65%, a 155.498,55 pontos, de acordo com dados preliminares, após chegar a 155.212,37 na mínima e marcar 156.521,7 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava R$23 bilhões antes dos ajustes finais nesta quarta-feira, véspera de feriado no Brasil, o que corroborou alguma cautela nos negócios.
REUTERS
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$3,004 bi em novembro até dia 14, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$3,004 bilhões em novembro até o dia 14, em movimento puxado tanto pela via financeira quanto pela comercial, informou na quarta-feira o Banco Central.
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$2,536 bilhões em novembro até o dia 14. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de novembro até o dia 14 foi negativo em US$468 milhões. Na semana passada, de 10 a 14 de novembro, o fluxo cambial total foi negativo em US$1,219 bilhão. No acumulado do ano até 14 de novembro, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$15,688 bilhões.
REUTERS
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