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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 991 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2025

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 991 | 13 de novembro de 2025                              

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Preço do boi gordo segue firme

Mercado segue encontrando sustentação diante da combinação entre oferta restrita de animais terminados e bom ritmo das exportações de carne bovina in natura

 

Mesmo diante da pressão de baixa sobre a arroba e das incertezas comerciais envolvendo a China, o mercado brasileiro do boi gordo segue encontrando sustentação, relata a Agrifatto, que acompanha diariamente as movimentações de negócios em 17 praças nacionais. A combinação entre oferta restrita de animais terminados e bom ritmo das exportações de carne bovina in natura tem impedido recuos nas cotações da arroba, acrescenta a consultoria. Segundo dados levantados pela Agrifatto, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros seguem apertadas, embora estáveis, em 7 dias úteis na média nacional. Na avaliação da Agrifatto, rumores sobre a existência de pesticidas em cargas brasileiras de carne bovina e possíveis restrições da China mantêm o setor em alerta, já que não há posicionamento oficial das autoridades chinesas. Com isso, a Agrifatto apurou que, na quarta-feira (12/11), alguns negócios envolvendo lotes de animais gordos foram fechados por valores inferiores nas praças de São Paulo e de Mato Grosso, enquanto em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso ainda ocorreram negociações pontuais acima da média. No final das contas, reforça a Agrifatto, a quarta-feira repetiu os preços de terça-feira (11/11), sem alteração nas 17 regiões monitoradas pela consultoria. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, a vaca gorda subiu R$ 4/@ nesta quarta-feira (12/11) no mercado paulista, para R$ 302/@, no prazo (valor bruto). Por sua vez, os preços dos demais animais terminados ficaram estáveis, em R$ 320/@ (boi gordo sem padrão-exportação), R$ 312/@ (novilha gorda) e R$ 325/@ (“boi-China”). Na terça-feira (11/11), os contratos futuros do boi gordo apresentaram leves quedas ou moderados aumentos. O contrato com vencimento em dezembro/25 encerrou o pregão negociado a R$ 322,15/@, com acréscimo de 0,31% em relação ao dia anterior. Por sua vez, o contrato novembro/25 encerrou a sessão com baixa 0,19%, cotado a R$ 318,40/@. O mercado chinês de carne bovina segue lento e incerto, com importadores reduzindo volumes e mantendo cautela nas negociações, relata a Agrifatto. “A expectativa gira em torno da decisão do governo, prevista para 26 de novembro/25, sobre possíveis medidas de salvaguarda que podem incluir cotas de importação e tarifas adicionais”, observa a consultoria. Segundo apurou a Agrifatto, durante a Exposição Internacional de Importação da China, em Xangai, compradores de carne bovina postergaram os negócios à espera das definições sobre as medidas de salvaguarda, enquanto o comércio permanece com pouca liquidez e demanda seletiva. Com isso, diz a Agrifatto, o preço da carne bovina brasileira importada pela China segue estável no comparativo semanal, negociado entre US$ 5.400 e US$ 5.800 por tonelada.

AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA

 

CARNES

 

Abate de bovinos cresceu 7% no terceiro trimestre de 2025, diz IBGE

Órgão também informou os números dos setores de frango, suínos, leite, couro e ovos

Foram abatidas 11,232 milhões de cabeças de julho a setembro

 

O abate de bovinos registrou expansão de 7% no terceiro trimestre de 2025, ante mesmo período em 2024, para 11,232 milhões de cabeças, informou nesta quarta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto anunciou as Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha: Primeiros resultados, referentes ao período de julho a setembro. O IBGE detalhou também que houve produção de 2,784 milhões de toneladas de carcaças bovinas no terceiro trimestre de 2025. Isso representa acréscimo de 6,1% em relação ao mesmo trimestre de 2024 e alta de 10,9% em relação ao apurado no segundo trimestre de 2025. No caso de suínos, foram abatidas, no terceiro trimestre, 15,804 milhões de cabeças. Isso representa aumento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024 e expansão de 4,7% em comparação com segundo trimestre de 2025. O peso acumulado das carcaças, de suínos, por sua vez, registrou 1,488 milhão de toneladas no terceiro trimestre de 2025. Esse volume representa aumento de 6,1% em relação ao terceiro trimestre de 2024 e alta de 4,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No setor de frangos, no terceiro trimestre de 2025, foram abatidas 1,688 bilhão de cabeças de frango. Esse volume foi 2,8% superior em relação ao mesmo período de 2024, e 3% superior em relação ao verificado no segundo trimestre de 2025. Já o peso acumulado das carcaças de frangos foi de 3,59 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2025. Esse total representa acréscimo de 3% em relação ao terceiro trimestre de 2024, e expansão de 1% frente ao trimestre imediatamente anterior. A aquisição de leite cru, por sua vez, no terceiro trimestre de 2025, feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal), foi de 7,013 bilhões de litros, apurada pela pesquisa. Esse volume representa alta de 10,3% ante mesmo trimestre em 2024, e 7,5% superior ante segundo trimestre de 2025. Os curtumes investigados pelo estudo, por sua vez, no terceiro trimestre de 2025, declararam ter obtido 11,442 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, detalhou também o IBGE. Essa quantidade representa acréscimo de 8,4% em comparação à registrada em igual trimestre de 2024 e aumento de 6,5% em relação ao segundo trimestre de 2025. Já a produção de ovos de galinha somou 1,232 bilhão de dúzias no terceiro trimestre de 2025. Esse valor representa incremento de 2,3% em relação ao mesmo período de ano imediatamente anterior – mas uma queda de 0,8% em comparação ao volume observado no segundo trimestre de 2025, informou ainda o instituto.

GLOBO RURAL

 

FRANGOS

 

Casos de gripe aviária na Alemanha atingem maior número em três anos

 A Alemanha já registrou em 2025 o maior número de surtos de gripe aviária dos últimos três anos e não há alívio à vista, afirmou o Instituto Friedrich Loeffler de Doenças Animais (FLI), enquanto a Europa testemunha um forte ressurgimento da doença letal.

 

A disseminação da gripe aviária altamente patogênica é uma preocupação para os governos e para o setor avícola devido à devastação que pode causar aos plantéis, à possibilidade de restrições comerciais e ao risco de uma nova pandemia. O vírus foi detectado em 122 fazendas e em 1.125 infecções de aves selvagens até 11 de novembro, informou o FLI. A gripe aviária é uma doença sazonal transmitida por aves selvagens migratórias. Os surtos tendem a aparecer no início do outono, aumentam até o fim do ano e atingem o pico na primavera. Até o momento, a gripe aviária levou ao abate de mais de 1 milhão de aves na Alemanha. Embora outros países da Europa também tenham registrado um número maior de surtos nesta temporada, a Alemanha é, de longe, o país mais afetado. "Na Alemanha, houve um aumento acentuado nos surtos de aves domésticas nas últimas semanas", afirmou o FLI em sua última avaliação de risco. "O número de casos em aves selvagens também aumentou de forma muito significativa. Detecções excepcionalmente frequentes estão sendo observadas atualmente em grous, cuja migração de outono contribuiu para a disseminação ainda maior do vírus", afirmou. O instituto disse que "não há alívio à vista", classificando o nível de risco atual como "alto" e ressaltando os desafios impostos pelos padrões de migração das aves e pelos esforços locais de contenção. Analistas alemães, no entanto, não relatam impacto significativo sobre os preços dos ovos ou da carne de aves, citando uma população nacional de aves de aproximadamente 200 milhões. Embora a Alemanha não tenha imposto um lockdown em nível nacional, autoridades locais ordenaram o confinamento das aves. Em certas áreas, as proteções aos grous foram flexibilizadas, permitindo que fossem abatidos em zonas de alto risco para limitar a disseminação do vírus.

REUTERS

 

LEGISLAÇÃO

 

TCU vai mediar acordo por multas para evitar suspensão de frigoríficos

O passivo judicial dos casos abertos é superior a R$ 183 milhões. Atividades podem ser interrompidas em 379 agroindústrias do país

 

O Tribunal de Contas da União (TCU) criou um Comissão de Solução Consensual que deverá buscar um acordo, no prazo de 90 dias, para tentar evitar a interrupção das atividades em 379 agroindústrias do país. O objetivo é chegar a um entendimento para a conversão de penalidades máximas aplicadas no passado a frigoríficos de carne bovina e de aves e laticínios, com a suspensão da produção nas unidades, em multas em dinheiro, com a definição dos valores a serem pagos. O passivo judicial dos casos abertos é superior a R$ 183 milhões. Os casos analisados são anteriores à aprovação e sanção da lei 14.515/2022, do autocontrole na fiscalização agropecuária, que acabou com esse tipo de penalidade. O pedido de solução consensual foi apresentado pelo Ministério da Agricultura. A controvérsia é se ainda pode ser aplicada a antiga penalidade de “suspensão de atividades” em processos administrativos que já estavam em curso quando a nova lei entrou em vigor ou se, por analogia, deva-se aplicar a nova penalidade de “suspensão de registro” a infrações cometidas após a vigência da nova lei, mesmo sem a devida regulamentação. O setor produtivo entende que a sanção de “suspensão de atividades” deixou de existir. Desse modo, seria aplicável o princípio da retroatividade da norma mais benéfica aos processos administrativos ainda em curso. Sem a regulamentação da nova sanção, as associações de frigoríficos contestam pela impossibilidade de sua aplicação, pois violaria os princípios da legalidade estrita e da tipicidade. Já a Consultoria Jurídica do Ministério da Agricultura e Advocacia-Geral da União (AGU) defendem a aplicação da lei vigente no momento da prática infracional. O entendimento da administração pública é que "os processos iniciados na vigência da lei antiga deveriam ser concluídos de acordo com os seus fundamentos, afastando-se a aplicação da retroatividade benéfica, instituto que, segundo a AGU, estaria restrito à esfera penal". O Ministério da Agricultura publicou portarias para tentar solucionar o caso "administrativamente" e substituir a sanção de suspensão por uma multa compensatória, mediante a celebração de um termo de compromisso. "Entretanto, ante a ausência de concordância quanto aos valores pecuniários fixados para a multa compensatória, não houve celebração de termo de compromisso algum", relatou o presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo, no despacho que determinou a instalação da comissão conciliatória. Segundo o presidente da corte de contas, o passivo judicial relacionado a, pelo menos, 117 ações judiciais, somam mais de R$ 183 milhões, com risco de pagamento de honorários pela União estimado entre R$ 18,3 milhões e R$ 36,6 milhões. Já no campo administrativo, a controvérsia afeta 788 processos sancionadores que podem resultar na interrupção das atividades de 379 empresas, que somam mais de 8,2 mil dias de suspensão já aplicados. O presidente do TCU disse que a não pacificação da controvérsia "acarreta riscos sistêmicos para o país, com potencial paralisação de unidades produtivas gerando impacto direto na geração de empregos, na arrecadação de tributos e no abastecimento do mercado interno". Ele apontou ainda efeitos negativos na competitividade do produto brasileiro no exterior. O assunto foi tratado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em reunião com membros do TCU na terça-feira (11/11). A comissão será composta por integrantes da Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos do TCU, o ministro Carlos Fávaro e representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária e da consultoria jurídica da Pasta, além da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), e a Associação da Brasileira da Indústria de Lácteos Viva Lácteos).

GLOBO RURAL

 

MEIO AMBIENTE

 

Pecuária avança, mas precisa acelerar ações contra emissões de metano

Avaliação é da coordenadora de Ciência e Clima do Imaflora, Renata Potenza, que participa da COP 30, em Belém. Na COP 26, Brasil assinou o compromisso para reduzir as emissões de metano em 30% até o ano de 2030

 

A pecuária brasileira avança na adoção de medidas para reduzir emissões de gases de efeito estufa com rentabilidade e bem-estar animal. É preciso, no entanto, acelerar esse movimento e fazê-lo chegar a mais agentes da cadeia produtiva da bovinocultura. A avaliação é da coordenadora de Ciência e Clima do Imaflora, Renata Potenza, que participa da COP 30, em Belém, capital do Pará. “Há ações acontecendo no campo, soluções sendo implementadas, mas ainda aquém do que a gente precisa para reverter um cenário de mudanças climáticas”, disse, em entrevista à Globo Rural, nesta quarta-feira (12/11), transmitida pela internet (assista no vídeo acima). Na COP 26, em Glasgow, na Escócia, o Brasil assinou, junto com outros mais de cem países, o Compromisso Global de Metano, com a meta de reduzir as emissões do gás em 30% até o ano de 2030, em comparação com o ano de 2020, em nível global. Estima-se que o metano é responsável por 25% das emissões no mundo. E, dentro dessa proporção, a pecuária bovina é vista com um dos principais vetores. Renata Potenza avaliou que ainda não é possível saber, de fato, se a iniciativa teve efeito concreto nos últimos anos. “Há uma lacuna de monitoramento. A gente consegue monitorar internamente, tem um monitoramento local, mas, de uma forma global, a gente não tem um monitoramento tão acurado.” No Brasil, acrescentou, as emissões estabilizaram na comparação de 2024 com 2023. No entanto, ainda são necessários mais dados para constatar se é uma tendência ou uma exceção. Na pecuária bovina, a produção e liberação de metano (CH4) ocorre no processo de fermentação entérica do animal o conhecido arroto do boi. O gás tem um potencial até 28 vezes maior de contribuir para o aquecimento global do que o do dióxido de carbono (CO2), causando um impacto mais intenso por um curo tempo, já que permanece menos na atmosfera. A ciência vem avançando no estudo de soluções para a pecuária bovina emitir menos metano. Mudanças na dieta dos animais é um desses caminhos, que Renata Potenza, do Imaflora, associa à recuperação de áreas degradadas e manejo correto de pastagens, resultando em um capim de melhor qualidade para o rebanho. Os sistemas integrados, como o de lavoura-pecuária-floresta (ILPF), são outro caminho. Um terceiro, entre as várias opções, é o abate precoce dos bovinos, desde que seguidos critérios de bem-estar animal. A redução do tempo de permanência do animal no campo, por consequência, ajuda a diminuir as emissões de metano. “Abate precoce, melhorar a alimentação, melhoramento genético, sistemas integrados. São várias ações juntas e temos apostado muito nelas. É preciso dar escala e velocidade às ações no campo”, disse, na entrevista. Renata destacou ainda a necessidade de encurtar o caminho entre quem detém a tecnologia e quem deve aplicá-la no campo. Disse que o Imaflora está trabalhando na criação de uma estratégia de disseminação de conhecimento, que deve começar em estados como Mato Grosso e Bahia. “Precisamos de parceiros. Vamos trabalhar com associações e confederação de agricultura, a princípio, e a gente espera que seja disseminado depois. E já temos um parceiro que faz a capacitação de produtores, para que um deles possa levar esse conhecimento ao vizinho, ao colega”, afirmou.

VALOR ECONÔMICO 

 

INTERNACIONAL

 

Alerta com o abate de novilhas na Argentina: previsão de aumento de 3% neste ano

O ano de 2025 deve encerrar com abate de 13,8 milhões de cabeças na Argentina, o que representa uma queda de 1,5% em relação ao ano passado

 

Os envios de vacas para abate (segundo os dados do DTE do Senasa) devem atingir 2,7 milhões de cabeças, 7% a menos que no ano anterior, mas ainda apresentando uma taxa de extração (abate/rebanho) de 11,8%, algumas décimas acima do valor de equilíbrio. Já os envios de novilhas devem totalizar 3,68 milhões de cabeças em 2025, um aumento de 3% em comparação com 2024. Vale lembrar que no ano passado o rebanho de novilhas caiu 475 mil cabeças, o que indica que a depredação do plantel continua. Os envios de novilhos devem somar 3,35 milhões de cabeças, praticamente o mesmo nível (-0,5%) de 2024, enquanto os envios de bois jovens (novillitos) devem aumentar 1,2%, alcançando 3,2 milhões de cabeças. Embora o abate de vacas esteja desacelerando, a matança de novilhas ainda preocupa, e não há mudanças significativas na faena de machos. No ano passado, com 14 milhões de cabeças abatidas, o rebanho bovino argentino em 31 de dezembro caiu 1,16 milhão de cabeças. Em 2025, o país deverá abater cerca de 200 mil cabeças a menos, e o número de bezerros que entrarão no rebanho tende a ser ligeiramente maior do que em 2024, resultado de uma melhor taxa de prenhez. A melhora na taxa de fêmeas prenhes neste ano, porém, será parcialmente compensada pelo menor número de matrizes expostas à monta na primavera de 2024 (parto em 2025, desmame em 2026). Ou seja, melhor taxa de reprodução, mas com menos fêmeas. No consumo de carne, o poder de compra dos salários registrados (Ripte) em relação à carne bovina vendida no varejo, medida pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), continua muito atrasado. Esse indicador de poder aquisitivo ficou em média em 178 kg de carne por mês durante o governo de Cristina Fernández de Kirchner (2012–2015) e 177 kg durante o de Mauricio Macri (2016–2019). Durante o mandato de Alberto Fernández (2019–2023), houve forte queda, com média de 144 kg. Em fevereiro de 2024, após o forte ajuste de preços relativos no início da administração Milei, o poder de compra dos salários despencou para apenas 90 kg de carne, o valor mais baixo da série histórica. A partir daí, iniciou-se uma recuperação consistente, com 11 meses consecutivos de alta, atingindo 142 kg por mês em novembro de 2024. Ao longo de 2024, os salários se recuperaram gradualmente, enquanto o preço da carne no varejo — e do gado — ficou defasado. O ano de 2025 começou com um índice de 130 kg, mas esse poder de compra não se sustentou, já que o preço da carne subiu mais rápido que os salários. Em agosto de 2025, o indicador estava em 122 kg, bem abaixo da média histórica. Nos últimos meses, os salários mostraram desaceleração em sua recuperação, enquanto os preços da carne bovina no varejo, seguindo a sazonalidade, devem subir acima da inflação, o que torna improvável uma melhora do poder de compra no curto prazo. Para efeito de comparação, no último quadrimestre de 2001, ao fim da conversibilidade e antes da grande desvalorização, o poder de compra dos salários era de 245 kg de carne bovina.

Jornal Clarín

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Empresas do Paraná diversificam mercados e exportações crescem 3,5% em outubro

As exportações paranaenses aumentaram 189,2% para a Espanha, 181,7% para as Filipinas, 110% para a Arábia Saudita, 44,8% para o Irã e 35% para a China no mês de outubro. O Paraná também chega no fim do ano com superávit na balança comercial de US$ 2,3 bilhões.

 

As exportações paranaenses totalizaram US$ 2 bilhões no mês de outubro de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o que representou aumento de 3,53% em relação ao mesmo período de 2024, quando as vendas externas do Estado somaram US$ 1,94 bilhão. Esse incremento ocorreu mesmo em um contexto de manutenção das sobretaxas norte-americanas, incidentes sobre determinadas mercadorias produzidas no Estado, o que demonstra a capacidade paranaense de superar obstáculos no âmbito do mercado internacional. As exportações paranaenses aumentaram 189,2% para a Espanha, 181,7% para as Filipinas, 110% para a Arábia Saudita, 44,8% para o Irã e 35% para a China no mês de outubro. Em termos de produtos, os maiores acréscimos foram registrados pelos derivados de petróleo (295,9%), açúcar bruto (76,8%), celulose (62,3%), cereais (55,5%) e café solúvel (39,7%). as exportações dessa última mercadoria apresentaram incremento mesmo diante da tarifa de 50% imposta pelos EUA, que é um importante comprador de café solúvel, o que pode ser explicado pela crescente inserção em outros mercados. A Rússia liderou o ranking dos importadores do café solúvel paranaense em outubro (com aquisições da ordem de US$ 8,52 milhões), superando os EUA (US$ 5,42 milhões). De maneira geral, de janeiro a outubro, o Paraná chegou a US$ 19,7 bilhões exportados, com liderança para soja em grãos (US$ 4 bilhões), carne de frango in natura (US$ 2,9 bilhões), farelo de soja (US$ 1 bilhão) e açúcar bruto (US$ 951 milhões). O Estado é o sexto maior exportador do Brasil no ano. Os principais destinos ao longo de 2025 foram China, com 23,3% de participação, Argentina (8,2%), EUA (5,4%) e México (4%). O comércio com a Índia aumento 39,2% neste ano (até outubro), de US$ 358 milhões para US$ 499 milhões. Com a Argentina o aumento foi de 69%, de US$ 958 milhões para US$ 1,6 bilhão. de US$ 2,3 bilhões, fruto de US$ 19,7 bilhões em exportações e US$ 17,3 bilhões em importações (a maioria fertilizantes e autopeças.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar fecha em alta após sequência de quedas, mas segue abaixo dos R$5,30

Após cinco quedas consecutivas, o dólar fechou a quarta-feira em leve alta no Brasil, na contramão do recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes no exterior, em uma sessão sem gatilhos fortes para o mercado de câmbio.

 

O dólar à vista fechou em alta de 0,35%, aos R$5,2932 na venda -- após ter atingido na véspera a menor cotação desde 6 de junho de 2024. No ano, a divisa acumula queda de 14,34%. Às 17h07, o contrato de dólar futuro para dezembro -- atualmente o mais negociado no Brasil -- subia 0,29% na B3, aos R$5,3110. O dólar oscilou em margens estreitas durante toda a sessão, ora reagindo à expectativa de reabertura do governo nos Estados Unidos, ora tentando acompanhar o movimento no exterior ante divisas de emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno. No Brasil, comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foram monitorados. Galípolo adotou um tom cauteloso ao tratar da política monetária, afirmando que a instituição não deu qualquer sinal sobre o que fará no futuro, seguindo dependente de dados para tomar suas decisões. "Todo mundo pode fazer a aposta que quiser, mas a gente vai continuar dizendo e fazendo as nossas reações de maneira bem clara, de que não há qualquer tipo de tergiversação sobre o que é o nosso mandato, que é perseguir a meta", disse, durante entrevista coletiva pela manhã. "Se por acaso você entendeu que alguma questão da nossa comunicação foi um sinal sobre que o Banco Central pode vir a fazer no futuro, você entendeu errado", reforçou. À tarde, em evento da Bradesco Asset Management, Galípolo disse que a progressão dos dados de inflação em direção à meta de 3% tem sido lenta e gradual, algo “bastante incômodo” para a autoridade monetária. Apesar do tom cauteloso, os comentários de Galípolo não foram suficientes para justificar movimentos mais intensos no câmbio, assim como no mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros). Galípolo também reiterou a mensagem de que o Banco Central somente atua no mercado de câmbio em momentos de "disfuncionalidade". Questionado sobre a diversificação das reservas brasileiras, ele afirmou que atualmente é muito difícil "contornar ativos americanos" e questionou o interesse de alguns países na internacionalização de suas moedas. Segundo ele, quando uma moeda é transformada em ativo global, o país perde o controle de sua taxa de câmbio -- algo que pode não ser, conforme Galípolo, de interesse da China. "É quase impossível enxergar uma alternativa ao dólar hoje", disse Galípolo, acrescentando que a função do BC é adotar uma "lógica defensiva" na administração das reservas.

REUTERS

 

Ibovespa volta a testar 158 mil pontos, mas fecha quase estável com pressão de Petrobras

O Ibovespa voltou a flertar na quarta-feira com os 158 mil pontos, mas fechou quase estável, em meio ao forte recuo das ações da Petrobras, acompanhando a queda dos preços do petróleo no exterior, enquanto Vale forneceu um contrapeso relevante em dia de alta dos futuros do minério de ferro na China.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,03%, a 157.704,53 pontos, de acordo com dados preliminares, após registrar 158.133,83 pontos na máxima e 156.559,71 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava R$26,4 bilhões antes dos ajustes finais, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

REUTERS

 

BC aponta deterioração em indicador de crédito, mas vê sistema financeiro sólido

O Banco Central afirmou na quarta-feira que a materialização de risco no mercado de crédito se deteriorou, independentemente da régua utilizada na mensuração, e deve continuar pressionada no curto prazo, mas ponderou que o sistema financeiro nacional segue sólido.

 

“Os ativos problemáticos aumentaram em praticamente todas as carteiras de crédito para famílias, especialmente o rural, e entre as micro, pequenas e médias empresas”, disse a autarquia em seu mais recente Relatório de Estabilidade Financeira, publicado semestralmente. Apesar do aumento das perdas esperadas, o BC afirmou que o sistema financeiro se mantém bem provisionado, tendo também registrado aumento de rentabilidade.

A autoridade monetária tem mantido a taxa Selic em 15% ao ano, maior nível em duas décadas, em um trabalho focado em arrefecer a inflação, mas que gera impacto no mercado de crédito, com o aumento dos juros dos financiamentos levando a um resfriamento nas concessões e maior risco de inadimplência. De acordo com o BC, a desaceleração do crédito ocorreu em quase todas as modalidades para famílias e portes de empresas, bem como no mercado de capitais, embora este último ainda registre taxas elevadas. “O financiamento à economia real desacelerou, em linha com as condições financeiras mais restritivas e com a moderação no crescimento da atividade econômica”, afirmou. Nesse cenário, as instituições financeiras reduziram o apetite ao risco, com a desaceleração do crédito acompanhada por uma melhora na qualidade da maior parte das novas concessões, apontou a autarquia.

“De fato, o ambiente demanda prudência na qualidade das contratações devido aos riscos relacionados ao comprometimento de renda das famílias e ao endividamento destas e das empresas de menor porte”, disse. O BC avaliou que a rentabilidade dos bancos é robusta o bastante para enfrentar eventuais mudanças de cenário ou adversidades. Após episódios de ataques a sistemas de pagamento no país, a autarquia apontou no documento que “incidentes recentes demonstraram que a materialização do risco cibernético pode trazer implicações para instituições financeiras e de pagamento”. Esses casos, segundo o BC, geraram perdas financeiras, demonstraram fragilidades relacionadas a controles em instituições e seus provedores de serviços e indicaram que “um conjunto razoável” de instituições não dispõe de mecanismos adequados para gerenciar determinados serviços. “Não se limitando às medidas adotadas até o momento, o BC permanece monitorando e atuando na resposta a incidentes cibernéticos relevantes que possam impactar o regular funcionamento do sistema financeiro”, afirmou.

REUTERS

 

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