CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 986 DE 06 DE NOVEMBRO DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5Â |Â nÂș 986 | 06 de novembro de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASILÂ
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Boas vendas da carne no mercado interno reforçam viés de alta nos preços do boi gordo
âNegĂłcios para o boi a R$ 330/@ sĂŁo relatados em SĂŁo Paulo, embora ainda nĂŁo sejam referĂȘnciaâ, dizem analistas da Scot. No PARANĂ: Boi: R$330,00 por arroba. Vaca: R$295,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de seis dias. Boi China: PARANĂ: R$ 323,00/@ (Ă vista) e R$ 327,00/@ (prazo)
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O mercado de SĂŁo Paulo abriu a quarta-feira (5/11) com alta de R$ 3/@ para o boi gordo, o âboi-Chinaâ e para a vaca gorda, que agora sĂŁo negociados por R$ 320/@, R$ 320/@ e R$ 298/@ respectivamente (preços brutos e com prazo), de acordo com a apuração da Scot Consultoria. Por sua vez, a novilha terminada registrou alta diĂĄria de R$ 2/@, para R$ 312/@, acrescenta a Scot. âNegĂłcios para o boi a R$ 330/@ sĂŁo relatados em SĂŁo Paulo, embora ainda nĂŁo sejam referĂȘnciaâ, disseram analistas da Scot. âO viĂ©s para o curto prazo Ă© de altaâ, acrescentaram. Segundo a Scot, o mercado estĂĄ pouco ofertado, principalmente de boiadas oriundas de pastagens. âA ponta compradora relata bons volumes de bovinos confinados, porĂ©m, a postura firme dos vendedores, que nĂŁo negociam abaixo das referĂȘncias de mercado, tem resultado em uma oferta comedidaâ, disse a consultoria. AlĂ©m disso, segundo a Scot, a exportação de carne bovina in natura segue em bom desempenho e, com a aproximação do Ano Novo ChinĂȘs, Ă© possĂvel que novembro ainda ofereça janelas para que compradores intensifiquem suas aquisiçÔes. Na avaliação dos analistas da Agrifatto, o movimento de valorização da arroba deve persistir ao longo da primeira quinzena de novembro, perĂodo caracterizado por maior consumo interno e exportaçÔes aquecidas para a China. Na quarta-feira, pelos dados levantadas pela Agrifatto, das 17 praças acompanhadas diariamente pela consultoria, 6 registraram alta: SP, MS, PR, RJ, RO e SC.  Nas demais regiĂ”es, os preços ficaram estĂĄveis. CotaçÔes do boi gordo da quarta-feira (5/11), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂO PAULO: Boi comum: R$330,00 a arroba. Boi China: R$330,00. MĂ©dia: R$330,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abates de sete dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$330,00. Boi China: R$330,00. MĂ©dia: R$330,00. Vaca: R$295,00. Novilha R$310,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. PARĂ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. GOIĂS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de seis dias. RONDĂNIA: Boi: R$290,00 a arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHĂO: Boi: R$290,00 por arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de nove dias. Preços brutos do âboi-Chinaâ na quarta-feira (5/11), de acordo com levantamento diĂĄrio da Scot Consultoria: SĂO PAULO: R$ 321,00/@ (Ă vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto regiĂŁo Sul): R$ 308,00/@ (Ă vista) e R$ 312,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 306,00/@ (Ă vista) e R$ 310,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 321,00/@ (Ă vista) e R$ 325,00/@ (prazo). GOIĂS: R$ 306,00/@ (Ă vista) e R$ 310,00/@ (prazo). PARĂ/PARAGOMINAS: R$ 303,00/@ (Ă vista) R$ 307,00/@ e (prazo). PARĂ/REDENĂĂO E MARABĂ: R$ 303,00/@ (Ă vista) e R$ 307,00/@ (prazo). RONDĂNIA: R$ 291,00/@ (Ă vista) e R$ 295,00/@ (prazo). ESPĂRITO SANTO: R$ 296,00/@ (Ă vista) e R$ 300,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 301,00/@ (Ă vista) e R$ 305,00/@ (prazo).
AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA
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FRANGOS
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Europa corre para confinar aves Ă medida que gripe aviĂĄria se alastra
Um aumento nos casos mortais de gripe aviĂĄria na Europa fez com que mais paĂses confinassem milhĂ”es de aves em ambientes fechados para protegĂȘ-las de aves selvagens infectadas, sendo a Irlanda o Ășltimo paĂs a tomar medidas na quarta-feira.
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Na quarta-feira, a Irlanda impĂŽs uma ordem de alojamento de aves em todo o paĂs para protegĂȘ-las da gripe aviĂĄria, depois de confirmar seu primeiro surto em trĂȘs anos. "Todo o padrĂŁo da gripe aviĂĄria estĂĄ mudando... Os desafios deste ano sĂŁo que ela chegou provavelmente um mĂȘs antes do normal e em diferentes localizaçÔes geogrĂĄficas (na Irlanda)", disse Nigel Sweetnam, presidente do ComitĂȘ Nacional de Aves da Associação de Agricultores Irlandeses, Ă Radio 1. "Tudo isso Ă© muito, muito preocupante." A França, que teve que abater mais de 20 milhĂ”es de aves em 2021-22, emitiu uma ordem semelhante no mĂȘs passado, enquanto a Reino Unido seguiu o exemplo na terça-feira. Holanda e a BĂ©lgica agiram em outubro. No total, 15 dos 27 paĂses da UniĂŁo Europeia registraram surtos de gripe aviĂĄria em granjas atĂ© agora nesta temporada. A gripe aviĂĄria normalmente atinge seu pico no outono com as aves migratĂłrias, mas nesta temporada houve um nĂșmero excepcionalmente alto de surtos, 688 atĂ© o momento, em comparação com 189 no ano passado, o que aumenta os temores em relação aos rebanhos comerciais. A Alemanha Ă©, de longe, o paĂs da UE mais afetado pela gripe aviĂĄria nesta temporada, registrando 58 surtos em fazendas entre 1Âș de agosto e o final de outubro, de um total de 136 na UE mais a Reino Unido, de acordo com dados compilados pela plataforma de vigilĂąncia de saĂșde animal da França. No ano anterior, foram registrados apenas oito.
REUTERS
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EMPRESAS
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Mesmo com tarifaço, Minerva vende aos EUA e eleva ganhos
Empresa atendeu americanos a partir de suas fåbricas no Paraguai, Argentina e Uruguai; lucro subiu 28% no 3 trimestre. Fernando Gallettim, da Minerva: redução da oferta nos EUA se torna problema estrutural
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A Minerva Foods aproveitou sua presença em outros paĂses da AmĂ©rica do Sul para continuar atendendo a ĂĄvida demanda dos americanos por carne bovina e escapar do tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil em agosto. Com isso, a empresa encerrou o perĂodo com lucro lĂquido de R$ 120 milhĂ”es no terceiro trimestre do ano, alta de 27,6% em relação a igual perĂodo de 2024. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi recorde, de R$ 1,4 bilhĂŁo, um crescimento de 70,8% na mesma base de comparação. No acumulado do ano, o lucro lĂquido da Minerva jĂĄ soma R$ 763,3 milhĂ”es comparado a R$ 3,4 milhĂ”es nos nove primeiros meses de 2024, quando o resultado foi impactado pela variação cambial. A receita bruta da Minerva no terceiro trimestre foi de R$ 16,3 bilhĂ”es, avanço de 80,1% na comparação com o mesmo perĂodo do ano passado. Desse total, R$ 10 bilhĂ”es vieram das exportaçÔes, que cresceram 83,2%. Segundo o diretor presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, o resultado no mercado externo ainda Ă© reflexo da menor oferta de gado bovino nos principais destinos de exportação da Minerva, sobretudo nos EUA. Na avaliação dele, o que antes era um problema pontual, tem se mostrado cada vez mais estrutural. âOs produtores americanos estĂŁo migrando de cultura. HĂĄ um problema de disponibilidade de mĂŁo de obra, de custos e de falta de sucessĂŁo e a mesma coisa a gente encontra na Europa e na China, onde tambĂ©m hĂĄ uma redução da produção [de carne]â, afirmou. Apesar da sobretaxa de 50% sobre as exportaçÔes brasileiras impostas pelo governo Trump, a Minerva seguiu atendendo o mercado americano a partir de suas unidades no Paraguai, na Argentina e no Uruguai. Os EUA responderam por 21% da receita bruta com as exportaçÔes no Ășltimo trimestre, seguido da China, com 17%. A receita bruta da Minerva com as vendas no mercado interno somou R$ 6,3 bilhĂ”es, alta de 75,4% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Nesse perĂodo, o volume vendido alcançou 224,4 mil toneladas no Brasil, avanço de 38,3% na comparação com o terceiro trimestre de 2024, com o preço mĂ©dio de venda subindo 26,8% no mesmo perĂodo. âHĂĄ uma demanda bastante forte por carne bovina nos mercados internos que a gente atua. Graças Ă nossa estratĂ©gia de marca, foi possĂvel elevar o volume de vendas em quase 40%â, afirmou o diretor-financeiro da Minerva, Edson Ticle. Com isso, o abate de bovinos totalizou 1,6 milhĂŁo de cabeças, crescimento de 42,4% em relação ao mesmo perĂodo do ano anterior. Quando descontadas as despesas financeiras e operacionais, a receita lĂquida da Minerva Foods no terceiro trimestre deste ano atingiu recorde de R$ 15,5 bilhĂ”es, com crescimento de 82,5% na comparação anual. As despesas com vendas representaram 5,8% desse total, comparadas a 8,2% observados no terceiro trimestre do ano passado. Segundo Ticle, esse ganho Ă© reflexo direto da conclusĂŁo da integração das operaçÔes da Minerva com as 13 plantas industriais e um centro de distribuição adquiridos da Marfrig por cerca de R$ 5,68 bilhĂ”es. âAo aumentar a utilização de capacidade desses novos ativos, tivemos uma diluição de custo com ganho de escalaâ, explicou.
GLOBO RURAL/MINERVA
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Comércio impulsiona geração de empregos formais no Paranå
ComĂ©rcio abriu 2.860 novas vagas de emprego no ParanĂĄ em setembro de 2025Â
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O ParanĂĄ gerou 12.046 novos postos de trabalho com carteira assinada em setembro de 2025, resultado de 171.918 admissĂ”es e 159.872 desligamentos, conforme dados do Novo Caged, divulgados pelo MinistĂ©rio do Trabalho e Emprego (MTE). Apesar do saldo positivo, o nĂșmero representa uma queda de 19,7% em relação ao mesmo mĂȘs de 2024, quando foram criadas 14.996 vagas. O desempenho estadual acompanha a tendĂȘncia nacional de desaceleração do mercado de trabalho. No paĂs, foram abertos 213.002 empregos formais, volume 15,6% menor do que o registrado em setembro do ano anterior. De acordo com o Boletim do Emprego, elaborado pela FecomĂ©rcio PR, o destaque do mĂȘs foi o setor do comĂ©rcio paranaense, que teve saldo positivo de 2.860 novas vagas, um crescimento de 15% em relação a setembro de 2024, quando o resultado foi de 2.486 empregos. Foi o Ășnico segmento da economia paranaense a registrar aumento na geração de postos de trabalho na comparação anual.
âO setor da construção registrou saldo positivo de 435 novos empregos, representando uma queda de 79% em relação a setembro de 2024. Ă um segmento sensĂvel ao aumento significativo na taxa de juros e Ă dificuldade na concessĂŁo de crĂ©ditoâ, explica o assessor econĂŽmico da FecomĂ©rcio PR, Lucas Dezordi. Em setembro de 2025, os municĂpios que mais geraram empregos no ParanĂĄ, em termos absolutos, foram Curitiba, com saldo de 1.924 vagas, seguida por Londrina (+1.038), SĂŁo JosĂ© dos Pinhais (+859), Pato Branco (+702) e MaringĂĄ (+674). Em termos percentuais, os destaques positivos na geração lĂquida de novos empregos em setembro de 2025, em relação ao mesmo mĂȘs de 2024, foram Almirante TamandarĂ© (+335,1%), Francisco BeltrĂŁo (+219,4%), Londrina (+162,1%) e ParanaguĂĄ (+73,7%). A tendĂȘncia para os prĂłximos meses, conforme aponta o Boletim do Emprego da FecomĂ©rcio PR, Ă© de estabilidade no ritmo de contrataçÔes, em um contexto de maior cautela do setor produtivo diante de um cenĂĄrio econĂŽmico nacional e internacional mais desafiador.
GAZETA DO POVO
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ECONOMIA/INDICADORES
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Banco Central mantém taxa Selic eståvel em 15% ao ano
A expectativa de manutenção era unùnime entre as 120 instituiçÔes financeiras da pesquisa elaborada pelo Valor
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O ComitĂȘ de PolĂtica MonetĂĄria (Copom) decidiu manter a taxa bĂĄsica de juros, a Selic, em 15% ao ano na quarta-feira. Essa Ă© a terceira reuniĂŁo seguida em que o colegiado decide pela manutenção do patamar. A decisĂŁo foi unĂąnime. No comunicado que revelou a decisĂŁo, o grupo diz que âo cenĂĄrio atual, marcado por elevada incerteza, âexige cautela na condução da polĂtica monetĂĄriaâ. A expectativa de manutenção era unĂąnime entre as 120 instituiçÔes financeiras da pesquisa elaborada pelo Valor. A Ășltima vez que a Selic esteve neste patamar foi em julho de 2006, quando o Copom decidiu reduzir os juros de 15,25% para 14,75% ao ano. O documento faz pequenas alteraçÔes na mensagem central de polĂtica monetĂĄria, em relação Ă versĂŁo da reuniĂŁo anterior, de setembro. âO ComitĂȘ avalia que a estratĂ©gia de manutenção do nĂvel corrente da taxa de juros por perĂodo bastante prolongado Ă© suficiente para assegurar a convergĂȘncia da inflação Ă metaâ, diz o comunicado. Em setembro, o Copom mantinha a palavra vigilante nesse trecho. âO ComitĂȘ seguirĂĄ vigilante, avaliando se a manutenção do nĂvel corrente da taxa de juros por perĂodo bastante prolongado Ă© suficiente para assegurar a convergĂȘncia da inflação Ă metaâ, disse, na ocasiĂŁo. A palavra vigilante aparece no trecho seguinte do comunicado que foi divulgado hoje. âO ComitĂȘ enfatiza que seguirĂĄ vigilante, que os passos futuros da polĂtica monetĂĄria poderĂŁo ser ajustados e que nĂŁo hesitarĂĄ em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado.â Isso se compara ao seguinte trecho do comunicado de setembro: âO ComitĂȘ enfatiza que os passos futuros da polĂtica monetĂĄria poderĂŁo ser ajustados e que nĂŁo hesitarĂĄ em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado.â Da mesma forma que fez em setembro, o Copom disse que a manutenção dos juros em 15% ao ano decidida hoje âĂ© compatĂvel com a estratĂ©gia de convergĂȘncia da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevanteâ. E volta a dizer que, sem prejuĂzo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisĂŁo tambĂ©m implica suavização das flutuaçÔes do nĂvel de atividade econĂŽmica e fomento do pleno emprego. Para o Copom, o ambiente externo se mantĂ©m "incerto" considerando a conjuntura e a polĂtica econĂŽmica nos Estados Unidos e essa conjuntura tem reflexos nas condiçÔes financeiras globais. "Tal cenĂĄrio exige particular cautela por parte de paĂses emergentes em ambiente marcado por tensĂŁo geopolĂtica", apontou. O Copom avaliou que a inflação cheia e medidas subjacentes "apresentaram algum arrefecimento", apesar de continuarem "acima da meta". O comunicado de setembro nĂŁo mencionava arrefecimento. O colegiado tambĂ©m apontou que o conjunto de indicadores "segue apresentando, conforme esperado, trajetĂłria de moderação no crescimento da atividade econĂŽmica". No comunicado anterior, o Copom mencionava uma "certa moderação" no crescimento. Tanto o comunicado de setembro quanto o da quarta-feira destacam que o mercado de trabalho "ainda mostra dinamismo".
VALOR ECONĂMICO
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DĂłlar acompanha alĂvio no exterior e fecha em baixa antes do Copom
O dĂłlar fechou a quarta-feira em baixa no Brasil, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de paĂses exportadores de commodities, em meio Ă redução dos receios de que possa haver uma forte correção de preços na bolsa norte-americana.
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ApĂłs se aproximar dos R$5,40 na vĂ©spera, o dĂłlar Ă vista fechou a quarta-feira em baixa de 0,70%, aos R$5,3614 na venda. Ăs 17h29, na B3, o contrato de dĂłlar futuro para dezembro -- atualmente o mais lĂquido no Brasil -- cedia 0,95%, aos R$5,3915. O movimento de busca por ativos de maior risco ocorreu em todo o mundo, com investidores deixando de lado -- ainda que por enquanto -- as preocupaçÔes de que possa haver uma baixa dos preços das açÔes nos EUA, apĂłs o boom da inteligĂȘncia artificial. A divulgação de dados da economia norte-americana reforçou o cenĂĄrio positivo: o relatĂłrio da ADP mostrou geração de 42.000 postos de trabalho privados em outubro nos EUA, enquanto o Ăndice de gerentes de compras do setor de serviços subiu de 50,0 em setembro para 52,4 em outubro. Economistas ouvidos pela Reuters projetavam 28.000 postos no setor privado e Ăndice do setor de serviços em 50,8. A sessĂŁo foi de modo geral positiva para os ativos brasileiros, com as taxas dos DIs (DepĂłsitos Interfinanceiros) em queda e o Ibovespa renovando recordes, acima dos 153 mil pontos. No mercado de cĂąmbio, os investidores tambĂ©m aguardavam a decisĂŁo do Copom, a ser divulgada apĂłs as 18h30. A curva de juros e o mercado de opçÔes de Copom da B3 seguiram precificando quase 100% de probabilidade de o BC manter a taxa bĂĄsica Selic em 15% ao ano nesta quarta-feira, mas os agentes estarĂŁo atentos ao comunicado da decisĂŁo. A dĂșvida Ă© se o ComitĂȘ de PolĂtica MonetĂĄria (Copom) do BC passarĂĄ indicaçÔes sobre a possibilidade do inĂcio dos cortes da Selic em dezembro ou em janeiro, ou se seguirĂĄ sugerindo uma taxa bĂĄsica estĂĄvel "por perĂodo bastante prolongado" -- algo que vem sendo interpretado como uma redução da taxa apenas em março.
REUTERS
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Ibovespa encerra acima dos 153 mil pontos pela 1ÂȘ vez com apoio de blue chips e do bom humor no exteriorÂ
Expectativa de que o Copom possa adotar um tom menos inclinado ao aperto monetårio na decisão de hoje também garantiu um fÎlego extra
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A reversĂŁo de boa parte do mau humor externo registrado ontem alimentou um ambiente de maior apetite a risco nos mercados globais na quarta-feira, o que ajudou a incrementar inicialmente os ganhos do Ibovespa. O Ăndice encerrou a sessĂŁo em novo recorde duplo: fechamento nominal, aos 153.294 pontos, com alta de 1,72%; e intradiĂĄrio, aos 153.583 pontos, distante dos 150.296 vistos na mĂnima do dia. Em Wall Street, o Nasdaq subiu 0,65%; o Dow Jones avançou 0,48%; e o S&P 500 teve alta de 0,37%. A expectativa de que o ComitĂȘ de PolĂtica MonetĂĄria (Copom) possa adotar um tom mais âhawkishâ (menos inclinado ao aperto monetĂĄrio) na decisĂŁo de hoje tambĂ©m garantiu um fĂŽlego extra para os ativos, juntamente com o avanço expressivo de blue chips. No fim do dia, açÔes de bancos avançaram em bloco: BTG Pactual Units e Santander Units (+2,75%), PN (+2,12%), Banco do Brasil (+1,53%), e ItaĂș PN (+0,43%). AlĂ©m disso, o dia foi positivo para as preferenciais da Petrobras, que avançaram 1,98%, antes da divulgação do balanço amanhĂŁ, e para as ON da Vale, que tiveram ganho de 1,72%.
VALOR ECONĂMICO
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Brasil tem fluxo cambial positivo de US$4,784 bilhÔes em outubro, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$4,784 bilhÔes em outubro, em movimento puxado pela via comercial, informou na quarta-feira o Banco Central.
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Os dados mais recentes sĂŁo preliminares e fazem parte das estatĂsticas referentes ao cĂąmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saĂdas lĂquidas de US$421 milhĂ”es em outubro. Por este canal sĂŁo realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operaçÔes. Pelo canal comercial, o saldo de outubro foi positivo em US$5,205 bilhĂ”es. O bom desempenho em outubro foi resultado direto das entradas registradas na semana passada, de 27 a 31 de outubro. No perĂodo, o Brasil recebeu lĂquidos US$5,785 bilhĂ”es, resultado de entradas de US$3,711 bilhĂ”es pela via financeira e entradas de US$2,074 bilhĂ”es pela via comercial. No acumulado do ano atĂ© 31 de outubro, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$12,558 bilhĂ”es.
REUTERS
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