top of page
Buscar

CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 985 DE 05 DE NOVEMBRO DE 2025

  • hĂĄ 10 horas
  • 14 min de leitura
ree

Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ

Ano 5 | nÂș 985 | 05 de novembro de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Agrifatto identifica avanço na arroba do boi gordo em 6 das 17 praças monitoradas

Cenårio de cotaçÔes firmes deve se manter na primeira quinzena de novembro, período marcado por maior consumo doméstico e pelo ritmo aquecido das exportaçÔes para a China, apostam os analistas. No PARANÁ: Boi: R$325,00 por arroba. Vaca: R$295,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de sete dias.

Boi China PARANÁ: R$ 318,00/@ (à vista) e R$ 322,00/@ (prazo)

 

Na terça-feira (4/11), das 17 praças acompanhadas diariamente pela Agrifatto, seis registraram valorização nos preços do boi gordo: AC, ES, GO, MG, MT e RS. Nas outras regiĂ”es, as cotaçÔes ficaram estĂĄveis, acrescentou a consultoria. Pela apuração da Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi gordo sem padrĂŁo-exportação segue valendo R$ 317/@, enquanto o “boi-China” Ă© negociado por R$ 322/@ (valores brutos, no prazo). As cotaçÔes das fĂȘmeas tambĂ©m andaram de lado nesta terça-feira em SĂŁo Paulo, com a vaca gorda cotada em R$ 295/@ e a novilha terminada vendida por R$ 310/@, informou a Scot. Segundo a Agrifatto, os preços das boiadas mantĂȘm a tendĂȘncia de alta, refletindo a forte demanda (interna e externa) e a oferta limitada de animais prontos para abate. De acordo com a consultoria, o volume de negĂłcios efetuados nos Ășltimos dias nĂŁo foi suficiente para ampliar as escalas de abate dos frigorĂ­ficos brasileiras, que continuam curtas, em sete dias Ășteis, na mĂ©dia nacional. “Esse cenĂĄrio de preços firmes deve se manter na primeira quinzena de novembro, perĂ­odo marcado por maior consumo domĂ©stico e pelo ritmo aquecido das exportaçÔes para a China”, acreditam os analistas da Agrifatto. ApĂłs o recuo observado no fechamento da Ășltima sexta-feira, os contratos futuros do boi gordo subiram na segunda-feira (3/11). O papel com vencimento em novembro/25 encerrou a sessĂŁo cotado em R$ 332,20/@, com ganho de 0,97% em relação ao dia anterior. CotaçÔes do boi gordo desta segunda-feira (3/11), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$325,00 a arroba. Boi China: R$325,00. MĂ©dia: R$325,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abates de sete dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$325,00. Boi China: R$325,00. MĂ©dia: R$325,00. Vaca: R$295,00. Novilha R$310,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$290,00 por arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. Preços brutos do “boi-China” na segunda-feira (3/11), de acordo com levantamento diĂĄrio da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 318,00/@ (Ă  vista) e R$ 322,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto regiĂŁo Sul): R$ 306,00/@ (Ă  vista) e R$ 310,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 306,00/@ (Ă  vista) e R$ 310,00/@ (prazo)

MATO GROSSO DO SUL: R$ 321,00/@ (à vista) e R$ 325,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 306,00/@ (à vista) e R$ 310,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 301,50/@ (à vista) R$ 305,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ:  R$ 301,50/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 286,50/@ (à vista) e R$ 290,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 296,50/@ (à vista) e R$ 300,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 301,50/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo)

AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA

 

CARNES

 

2026 serå marcado por oferta de frango e forte crescimento para exportação de carne suína no Brasil 

O ano que vem será marcado por uma maior oferta global de carne de frango, com crescimentos de 1,6% nos EUA, entre 1,5% – 2% na União Europeia e de 2% no Brasil, segundo o Rabobank.

O cenĂĄrio pressiona as margens dos frigorĂ­ficos. Na visĂŁo da Safras & Mercado, o Brasil deve exportar 5,5 milhĂ”es de toneladas em 2026, com um ambiente mais estĂĄvel. “A gripe aviĂĄria trouxe impactos, mas setembro foi o melhor resultado da exportação de carne de frango do ano. Os preços estavam mais deprimidos, um sinal de que o Brasil estĂĄ exportando bastante para aliviar a pressĂŁo no mercado domĂ©stico”, vĂȘ o analista de proteĂ­na animal, Fernando Iglesias. No mercado interno, as projeçÔes de menor oferta interna de carne bovina, deve representar um maior consumo de proteĂ­nas como carne de frango e suĂ­na. O potencial para suĂ­nos atĂ© 2030 A Safras & Mercado enxerga a carne suĂ­na como o maior potencial de crescimento atĂ© o final da dĂ©cada, com exportaçÔes avançando entre 3,5% e 7% ao ano. “É o mercado com maior potencial para abrir novos mercados e se consolidar como um dos maiores fornecedores do mundo. O Brasil deve terminar 2025 como o 3Âș maior exportador global de carne suĂ­na e tem potencial para ganhar ainda mais mercado”.

Money Times

 

MEIO AMBIENTE

 

FrigorĂ­ficos buscam envolver os produtores na pecuĂĄria de baixo carbono

Empresas mantĂȘm programas para reduzir as emissĂ”es de metano ao longo da cadeia. Paulo Pianez: “Mais da metade das fazendas jĂĄ opera com sistemas integrados”

 

De olho nas metas climĂĄticas e nas exigĂȘncias do mercado internacional, os maiores frigorĂ­ficos do paĂ­s buscam acelerar a transição para uma pecuĂĄria de baixo carbono. MBRF, Minerva Foods e JBS lançaram programas que combinam ciĂȘncia, tecnologia e incentivos financeiros para reduzir as emissĂ”es de metano ao longo da cadeia produtiva e envolver produtores em prĂĄticas mais sustentĂĄveis, com metas verificĂĄveis de redução e neutralidade climĂĄtica ao longo da prĂłxima dĂ©cada. A MBRF vem intensificando os investimentos em descarbonização da pecuĂĄria com o Programa Verde+, criado em 2020 para apoiar produtores na adoção de boas prĂĄticas ambientais. Desde entĂŁo destinou US$ 500 milhĂ”es em tĂ­tulos de transição, e firmou parceria de US$ 37 milhĂ”es com o &Green Fund. O programa atua em quatro frentes: manejo e recuperação de pastagens, integração lavoura-pecuĂĄria-floresta (ILPF), melhoramento genĂ©tico e uso de aditivos alimentares que reduzem de 9% a 12% as emissĂ”es entĂ©ricas. Segundo Paulo Pianez, diretor global de sustentabilidade e relaçÔes institucionais, a MBRF mantĂ©m cerca de 8 mil produtores parceiros, com 100% de fornecedores diretos monitorados e rastreabilidade de 90,8% na AmazĂŽnia e 88,1% no Cerrado. A meta Ă© alcançar 100% atĂ© o fim deste ano, cobrindo toda a cadeia produtiva, da cria ao abate. “Mais da metade das fazendas fornecedoras jĂĄ opera com sistemas integrados e confinamento sustentĂĄvel”, diz. Entre 2021 e o primeiro trimestre de 2024, mais de 4,2 mil fazendas foram reincluĂ­das na base de fornecimento apĂłs processos de regularização e adoção de boas prĂĄticas. A idade mĂ©dia de abate caiu de 33 para 29 meses, com rendimento de carcaça 17% maior em relação a 2019. “O Verde+ muda a lĂłgica da pecuĂĄria: em vez de excluir quem tem problema, a gente inclui e ajuda a resolver”, afirma. A Minerva Foods aposta em incentivos financeiros para engajar produtores. Criado em 2021, o Programa Renove remunera fazendas certificadas pela FoodChain ID por ganhos ambientais como menor liberação de metano e maior sequestro de carbono. Com custos entre R$ 1.200 e R$ 12.500 por hectare, o programa reĂșne 145 propriedades, sendo 31 no Brasil, 108 no Uruguai e 6 no Paraguai. Segundo Marta Giannichi, diretora global de sustentabilidade, a meta Ă© alcançar 50% dos animais adquiridos atĂ© 2030 e neutralizar toda a cadeia atĂ© 2040. “Um bovino abatido aos 24 meses representa um potencial de redução de 74,4% nas emissĂ”es de metano em relação a 36 meses.” As fazendas participantes registraram aumento de 160% a 915% na produtividade e de 500% a 1.700% na renda operacional lĂ­quida por hectare. O peso mĂ©dio de abate Ă© 12,5% superior Ă  mĂ©dia da empresa, e a idade de abate chega a ser atĂ© seis meses menor, o que reduz as emissĂ”es. A JBS aposta em tecnologia e assistĂȘncia tĂ©cnica para acelerar a descarbonização. O modelo EscritĂłrios Verdes 2.0 reĂșne iniciativas como Fazenda Nota 10 e Selo CombustĂ­vel Social e oferece suporte aos produtores. A companhia investiu R$ 1,2 bilhĂŁo em sustentabilidade entre 2021 e 2023 e mantĂ©m 23 escritĂłrios regionais que jĂĄ atenderam mais de 7 mil produtores. Segundo FĂĄbio Dias, diretor de relaçÔes com pecuaristas, cada propriedade pode reduzir atĂ© 30% das emissĂ”es de metano e sequestrar 3,5 toneladas de carbono por hectare ao ano. A empresa tambĂ©m cofinancia o NeuTroPec, centro de pesquisa do governo paulista que desenvolve tecnologias para reduzir e neutralizar emissĂ”es da pecuĂĄria tropical. “O foco Ă© mostrar que sustentabilidade e rentabilidade caminham juntas. Quando o produtor melhora a eficiĂȘncia, emite menos e ganha mais”, afirma Dias. A JBS pretende zerar as emissĂ”es lĂ­quidas atĂ© 2040 e estima que a expansĂŁo do modelo possa mitigar 20 milhĂ”es de toneladas de CO2 e atĂ© 2035. “O grande desafio Ă© dar escala e viabilidade econĂŽmica Ă s soluçÔes de baixo carbono. Nossa missĂŁo Ă© levar conhecimento tĂ©cnico e tecnologia ao campo.” Os avanços dos frigorĂ­ficos apontam um caminho possĂ­vel, mas os desafios de escala e mensuração ainda limitam o impacto da pecuĂĄria de baixo carbono. Para Renata Potenza, coordenadora sĂȘnior de clima do Imaflora, o setor privado tem papel decisivo na mitigação do metano, mas as açÔes ainda sĂŁo limitadas. “O paĂ­s precisa de mĂ©tricas comparĂĄveis e sistemas robustos de monitoramento, reporte e verificação [MRV] para comprovar resultados. O que hoje Ă© projeto precisa virar polĂ­tica setorial”, afirma. Apesar do compromisso firmado na COP26 de reduzir em 30% as emissĂ”es atĂ© 2030, o metano segue em alta, segundo o SEEG/ObservatĂłrio do Clima. Potenza aponta barreiras como resistĂȘncia cultural dos pecuaristas, falta de assistĂȘncia tĂ©cnica e crĂ©dito, que ainda travam o avanço de soluçÔes no campo. “O Brasil tem potencial tĂ©cnico para cortar atĂ© 36% das emissĂ”es atĂ© 2030, sendo 28% apenas da agropecuĂĄria, o que permitiria superar o compromisso internacional. Mas para isso Ă© preciso conectar inovação com polĂ­tica pĂșblica e crĂ©dito rural”, afirma. O Imaflora apoia o MinistĂ©rio da Agricultura na elaboração de um plano de aceleração para a agenda de metano, a ser apresentado na COP30.

VALOR ECONÔMICO

 

EMPRESAS

 

FriGol registra receita recorde no terceiro trimestre

A receita bruta atingiu R$ 1,25 bilhão, avanço de 31,9%, em relação ao mesmo período de 2024. As exportaçÔes representaram 62,1% da receita bruta do FriGol

 

O frigorífico FriGol reportou lucro líquido de R$ 55,7 milhÔes no terceiro trimestre deste ano, valor quatro vezes superior aos R$ 13,1 milhÔes obtidos no mesmo período do ano anterior.

“Foi um dos melhores trimestres de nossa histĂłria, sustentado pelo aumento dos volumes embarcados e pela valorização dos preços no mercado internacional, especialmente na China”, afirmou, em nota, Luciano Pascon, CEO da FriGol. A receita bruta atingiu R$ 1,25 bilhĂŁo, avanço de 31,9%, enquanto a receita lĂ­quida foi de R$ 1,20 bilhĂŁo, melhor resultado da histĂłria da companhia. O Ebitda totalizou R$ 109,4 milhĂ”es, aumento de 121,6%, com margem de 9,1%. Nos nove primeiros meses do ano, o Ebitda acumulado soma R$ 276 milhĂ”es, indicando um resultado anual recorde. As exportaçÔes representaram 62,1% da receita bruta, com a China respondendo por 81% desse total. Em seguida vieram Israel (8%), Europa (3%), Hong Kong (2%) e demais destinos (6%). Os embarques para a Europa, por sua vez, cresceram 140% em relação ao mesmo perĂ­odo de 2024. No mercado interno, responsĂĄvel por 37,9% da receita, os produtos de maior valor agregado tiveram crescimento de 3,3% em volume. Ao todo, a empresa abateu 173.142 bovinos no trimestre, leve recuo de 0,6% em relação ao ano anterior. A queda Ă© atribuĂ­da Ă  menor oferta de gado e a uma alta de cerca de 35% no preço da arroba.

“O ano de 2025 tem sido marcado pela geração operacional consistente, com eficiĂȘncia industrial, disciplina financeira e mercado externo favorĂĄvel. Nos nove primeiros meses, o Ebitda acumulado alcançou R$ 276 milhĂ”es, indicando perspectiva de encerrarmos o ano com resultado anual recorde”, observou, tambĂ©m em nota, o diretor financeiro e sustentabilidade da companhia, Carlos CorrĂȘa.

VALOR ECONÔMICO

 

GOVERNO

 

JapĂŁo farĂĄ nova auditoria para liberar carne bovina do Brasil

Fåvaro espera a abertura do mercado ainda neste ano, mas fontes do setor avaliam que as negociaçÔes podem demorar mais. Japão pode liberar pré-listing e facilitar exportaçÔes do Brasil

 

A abertura do mercado do JapĂŁo para a carne bovina brasileira estĂĄ cada vez mais prĂłxima. Essa Ă© a expectativa do ministro da Agricultura, Carlos FĂĄvaro, que confirmou que o Brasil deve receber, ainda neste mĂȘs, uma nova visita de autoridades japonesas.  “Com essa auditoria final nas plantas frigorĂ­ficas, acho que o protocolo fica pronto e devemos ter o anĂșncio, se Deus quiser, ainda este ano”, destacou o ministro. Em junho, uma comitiva esteve no Brasil para fazer inspeção em estabelecimentos de vigilĂąncia sanitĂĄria como parte de um processo de avaliação do paĂ­s apĂłs o reconhecimento, pela Organização Mundial de SaĂșde Animal (OMSA), como livre de febre aftosa sem vacinação. Com base nessas auditorias, o JapĂŁo poderĂĄ autorizar o Brasil a operar no modelo de prĂ©-listing, o que facilitaria a exportação para todo o territĂłrio japonĂȘs.

Agro EstadĂŁo

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Plantio de soja avança para 79% da årea no Paranå, colheita de trigo vai a 88%, diz Deral

O plantio da soja da safra 2025/26 no Paranå atingiu 79% da årea estimada até esta semana, avanço de oito pontos percentuais em relação à semana anterior, segundo dados divulgados na terça-feira pelo Departamento de Economia Rural (Deral).

 

Na mesma época do ano passado, o índice de plantio da oleaginosa estava em 85%, indicando um ritmo ligeiramente mais lento nesta temporada, de acordo com órgão da Secretaria de Agricultura do Estado, um dos maiores produtores de soja do Brasil. A condição das lavouras de soja permanece majoritariamente boa, com 93% das åreas avaliadas nessa categoria, enquanto 6% estão em condição média e 1% em condição ruim. A maior parte das lavouras estå em fase de desenvolvimento vegetativo (80%), seguida pela germinação (16%) e floração (4%), em linha com o mesmo período do ano passado. O milho primeira safra também apresenta avanço significativo, com 99% da årea jå semeada, contra 98% na semana anterior e no mesmo período de 2024. A qualidade das lavouras é considerada boa em 94% dos casos.

A colheita do trigo do Paranå, também um dos principais produtores do cereal do Brasil, alcançou 88% da årea cultivada, contra 95% no mesmo período do ano passado. As lavouras restantes estão majoritariamente em fase de maturação, com 85% da årea.

REUTERS

 

ParanĂĄ retira carnes de aves cozidas da ST

Segundo o decreto, a novidade passa a valer jĂĄ a partir de janeiro. Esse prazo serve justamente para que a indĂșstria se adeque Ă s mudanças, integrando essas carnes ao regime regular do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

 

Ratinho Junior assinou na segunda-feira (3) o decreto nÂș 11.712/2025 que retira as carnes de aves cozidas do regime de Substituição TributĂĄria (ST). A medida era uma demanda do setor produtivo e deve aumentar a competitividade dos produtos paranaenses no mercado nacional, fortalecendo todo o setor. As carnes de aves cozidas sĂŁo apenas um dos diversos produtos que fazem parte da cadeia da avicultura do Estado e incluem, por exemplo, as embalagens de carne de frango desfiada. Embora o produto seja visto como uma pequena parcela da produção industrial do Estado, ela Ă© considerada importante por agregar valor a um setor no qual o ParanĂĄ jĂĄ Ă© lĂ­der. Segundo o decreto, a novidade passa a valer jĂĄ a partir de janeiro. Esse prazo serve justamente para que a indĂșstria se adeque Ă s mudanças, integrando essas carnes ao regime regular do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Na ST, o recolhimento do ICMS nĂŁo Ă© feito pelo estabelecimento que vende o produto, mas diretamente na indĂșstria de forma antecipada. Na prĂĄtica, isso faz com que os comerciantes paguem para manter os produtos em estoque — o que faz com que os produtos paranaenses tenham dificuldade de competir com carnes de outros estados, em que a tributação jĂĄ acontecia fora da ST. Com a mudança, eles arcarĂŁo com os custos tributĂĄrios apenas no momento da venda efetiva. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE), no Ășltimo trimestre, o ParanĂĄ produziu mais de 558,6 milhĂ”es de unidades de aves — o que corresponde a mais de um terço de toda a produção nacional.

Esse Ă© o segundo movimento do gĂȘnero adotado pelo ParanĂĄ para fortalecer sua agroindĂșstria. Em março, o Estado jĂĄ tinha retirado as carnes temperadas da Substituição TributĂĄria.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

DĂłlar sobe para perto dos R$5,40 em meio Ă  aversĂŁo global a ativos de risco

A aversão a ativos de risco ao redor do mundo, em meio aos receios de uma correção de preços mais profunda no mercado de açÔes dos Estados Unidos, deu força ao dólar ante o real na terça-feira, com a moeda norte-americana se reaproximando dos R$5,40.

 

O dĂłlar Ă  vista fechou com alta de 0,77%, aos R$5,3991. No ano, porĂ©m, a divisa acumula queda de 12,62%. Às 17h03, na B3, o dĂłlar para dezembro -- atualmente o mais lĂ­quido no Brasil -- subia 0,70%, aos R$5,4325. A sessĂŁo desta terça-feira foi marcada pela aversĂŁo aos ativos de risco ao redor do mundo, em meio aos receios de que possa haver uma correção intensa no mercado de açÔes norte-americano, impulsionado nos Ășltimos meses pela euforia em torno da inteligĂȘncia artificial. Durante evento em Hong Kong, o presidente-executivo do Morgan Stanley, Ted Pick, citou a possibilidade de “haver reduçÔes de 10% a 15%” nos preços das açÔes, sem que isso decorra de algum colapso macroeconĂŽmico. Neste cenĂĄrio, os Ă­ndices de açÔes foram pressionados na Europa e nos Estados Unidos, enquanto o dĂłlar ganhou força ante boa parte das demais divisas, incluindo o real. “VĂ­nhamos em uma toada mais favorĂĄvel, com os ativos de risco performando super bem no Ășltimo mĂȘs, puxados pelos ativos de tecnologia”, afirmou o superintendente de Tesouraria do Daycoval, Luiz Fernando GĂȘnova.

“Mas, depois do Fed, com a indefinição sobre os juros nos Estados Unidos, começamos a ter um gatilho mais intenso de correção”, acrescentou, em referĂȘncia ao fato de o Federal Reserve, apĂłs a reuniĂŁo da semana passada, ter dado indicaçÔes de que os juros podem nĂŁo cair novamente em dezembro nos EUA. No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou durante evento em SĂŁo Paulo que por mais que o Banco Central seja pressionado a nĂŁo baixar os juros, as taxas terĂŁo que cair. “VĂŁo ter que cair, vĂŁo ter que cair. Por mais pressĂŁo que os bancos façam sobre o Banco Central para nĂŁo baixar juros, elas vĂŁo ter que cair", disse Haddad. A expectativa do mercado Ă© de que o ComitĂȘ de PolĂ­tica MonetĂĄria (Copom) do BC mantenha a Selic em 15% ao ano na noite de quarta-feira, mas os agentes buscarĂŁo pistas no comunicado da decisĂŁo sobre quando os cortes começarĂŁo. As reuniĂ”es seguintes do colegiado ocorrem em dezembro, janeiro e março.

REUTERS

 

Ibovespa oscila perto da estabilidade, mas sustenta os 150 mil pontos apĂłs renovar recorde

Bolsa brasileira tem reação contida ao mau humor externo, sustentada pelo otimismo com os resultados corporativos locais

 

Mesmo com a aversĂŁo a risco em Wall Street devido Ă s incertezas com as empresas de inteligĂȘncia artificial e ao corte de juros nos Estados Unidos, a bolsa brasileira tem uma reação contida ao mau humor externo, sustentada pelo otimismo com os resultados corporativos locais. Na vĂ©spera da decisĂŁo do ComitĂȘ de PolĂ­tica MonetĂĄria (Copom), que deverĂĄ manter a Selic em 15%, os juros futuros operam em leve alta e pressionam algumas açÔes ligadas Ă  economia domĂ©stica. Por volta das 13h, o Ibovespa subia 0,07%, aos 150.554 pontos, com mĂĄxima em 150.888 pontos, novo recorde, enquanto a mĂ­nima foi de 149.979 pontos. O volume financeiro projetado para o Ă­ndice na sessĂŁo Ă© de R$ 13,3 bilhĂ”es. Em Nova York, o Dow Jones caĂ­a 0,29%; o S&P 500 perdia 0,72%; e o Nasdaq tinha queda de 1,20%. O Ă­ndice apresenta dificuldade em adotar uma tendĂȘncia Ășnica no pregĂŁo, em meio ao momento mais negativo do petrĂłleo e do minĂ©rio de ferro. Assim, a ON recuava 1,25% e as açÔes ordinĂĄrias e preferenciais da cediam 0,28% e 0,20%, respectivamente. Entre Ă s maiores perdas, ON caĂ­a 2,04%. Os investidores tambĂ©m reagem aos balanços das companhias no terceiro trimestre. Embora a tenha apresentado resultados em linha com o esperado, o ItaĂș BBA aponta que a empresa pode ter frustrado alguns investidores ao nĂŁo aumentar suas metas para o ano. A ação ordinĂĄria recuava 2,45% e liderava as baixas da sessĂŁo. O Citi, por sua vez, destaca que a empresa apresentou um terceiro trimestre positivo e segue no caminho para cumprir sua meta de receita. Para alcançar o “guidance” (projeçÔes), seria necessĂĄrio um crescimento de 11% no quarto trimestre, ritmo considerado confortĂĄvel, dado o avanço de 20% da receita nos primeiros nove meses de 2025. O desempenho abaixo do esperado na divisĂŁo de celulose foi compensado pelos resultados resilientes nos segmentos de papel e embalagem, avalia o ItaĂș BBA. Mais cedo, os mercados globais apresentam forte aversĂŁo a risco, apĂłs a decepção com os resultados da Palantir Technologies, uma das principais referĂȘncias em inteligĂȘncia artificial. As declaraçÔes conservadoras de dirigentes do Federal Reserve (Fed), que colocaram em dĂșvida a queda dos juros americanos em dezembro, tambĂ©m reforçaram a postura mais cautelosa dos investidores. Para a Eleven Financial, o potencial de valorização do Ibovespa segue elevado, impulsionado pelo crescimento dos lucros, especialmente entre as companhias fora do setor de commodities, e por um valuation ainda bem abaixo das mĂ©dias histĂłrica e global. Em relatĂłrio assinado pelo chefe de pesquisa da casa, Fernando Siqueira, a Eleven avalia que o inĂ­cio do ciclo de cortes de juros em 2026 deve contribuir para a valorização do Ă­ndice. A casa de anĂĄlise lembra que o preço-alvo do Ibovespa para 2025, de 150 mil pontos, jĂĄ foi atingido. Para 2026, a projeção Ă© de que o Ă­ndice avance a 175 mil pontos.

VALOR ECONÔMICO

 

POWERED BY

EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA

041 99697 8868 (whatsapp)

 

 
 
 
bottom of page