CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 981 DE 30 DE OUTUBRO DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5Â |Â nÂș 981 | 30 de outubro de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASILÂ
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Ritmo de alta ganha força nas praças brasileiras; âboi-Chinaâ bate R$ 320/@ em SP, apurou Scot
Desde a Ășltima semana e inĂcio desta, 16 regiĂ”es acompanhadas diariamente pela Agrifatto registraram valorização nas cotaçÔes da arroba: SP, AC, AL, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PR, RJ, RO, SC e TO. No PARANĂ: Boi: R$ 325,00 por arroba. Vaca: R$ 295,00. Novilha: R$ 310,00. Escalas de abate de sete dias.
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Na quarta-feira (29/10), o boi gordo subiu com mais força no mercado de SĂŁo Paulo, conforme apurou a Scot Consultoria, que acompanha diariamente mais de 30 praças brasileiras. O âboi-Chinaâ e o animal sem padrĂŁo-exportação registraram valorização diĂĄria de R$ 3/@, alcançando R$ 320/@ e R$ 315/@ (valores brutos, no prazo), respectivamente, segundo a Scot. Por sua vez, as fĂȘmeas terminadas tiveram aumento de R$ 4/@ em relação ao preço de terça-feira (28/10), atingindo R$ 291/@ (vaca) e R$ 305/@ (novilha). âA oferta de boiadas estĂĄ enxuta e os frigorĂficos tĂȘm tido dificuldade para compor as escalas de abateâ, relata a Scot, que acrescenta: âAs indĂșstrias paulistas que nĂŁo tĂȘm acordos com confinamentos para a entrega de boiadas tĂȘm tido que pagar mais pela arrobaâ. Segundo a equipe de analista da Agrifatto, o movimento de valorização do boi gordo, iniciado na semana passada, Ă© visto tambĂ©m em outras importantes praças brasileiras. Das 17 regiĂ”es acompanhadas diariamente pela consultoria, 16 registraram valorização da arroba ao longo da Ășltima semana e inĂcio desta: SP, AC, AL, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PR, RJ, RO, SC e TO. Considerando a mesma base de comparação, o boi gordo ficou estĂĄvel apenas na praça do Rio Grande do Sul, acrescenta. Pela apuração da Agrifatto, na quarta-feira (29/1), o animal sem padrĂŁo exportação atingiu R$ 320/@ em SĂŁo Paulo, enquanto o âboi-China âĂ© negociado por R$ 325/@. De acordo com apuração da Agrifatto, o movimento de alta do boi gordo Ă© impulsionado nĂŁo sĂł pela sustentação do consumo interno, mas tambĂ©m pelo forte volume de exportaçÔes, que pode alcançar 320 mil toneladas em outubro/25, o que seria um recorde para este mĂȘs. AlĂ©m disso, as escalas de abate dos frigorĂficos brasileiros seguem curtas, com mĂ©dia nacional de sete dias, de acordo com o levantamento semanal da Agrifatto. Nas indĂșstrias exportadoras, diz a consultoria, a oferta limitada de animais terminados em confinamento e o volume apenas regular de contratos a termo ajudam a sustentar a tendĂȘncia de alta dos preços. Por sua vez, os frigorĂficos de menor porte enfrentam dificuldade na compra de boi gordo, refletindo a oferta restrita e a estabilidade nos preços da carne bovina no mercado interno. CotaçÔes do boi gordo desta quarta-feira (29/10), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂO PAULO: Boi comum: R$ 320,00 a arroba. Boi China: R$325,00. MĂ©dia: R$ 322,50. Vaca: R$ 295,00. Novilha: R$ 310,00. Escalas de abates de sete dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$ 300,00 a arroba. Boi China: R$ 310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$ 280,00. Novilha: R$ 290,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$ 325,00. Boi China: R$ 325,00. MĂ©dia: R$ 325,00. Vaca: R$295,00. Novilha R$ 310,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$ 300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$ 280,00. Novilha: R$ 290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS e PARĂ: Boi comum: R$ 300,00 a arroba. Boi China: R$ 310,00. MĂ©dia: R$ 305,00. Vaca: R$ 275,00. Novilha: R$ 285,00. Escalas de abate de sete dias. GOIĂS: Boi comum: R$ 300,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. MĂ©dia: R$ 305,00. Vaca: R$ 280,00. Novilha: R$ 290,00. Escalas de abate de sete dias. RONDĂNIA: Boi: R$ 285,00 a arroba. Vaca: R$ 260,00. Novilha: R$ 270,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHĂO: Boi: R$ 290,00 por arroba. Vaca: R$ 265,00. Novilha: R$ 270,00. Escalas de abate de oito dias.Â
SCOT CONSULTORIA/AGRIFATTO/PORTAL DBO
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Mercado favorece aumento no confinamento de gado em 2025
Boas oportunidades de compra de insumos e utilização de ferramentas de fixação antecipada de preços interferiram na decisĂŁo de pecuaristas. NĂșmero deve ficar em torno de 11 milhĂ”es de animais, segundo a Assocon
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O nĂșmero de bovinos confinados no Brasil em 2025 deve superar as expectativas iniciais e alcançar cerca de 11 milhĂ”es de animais, segundo estimativa do presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), MaurĂcio Velloso. No começo do ano, a previsĂŁo era de um confinamento de 9 milhĂ”es de cabeças, mas foi impulsionado pelas condiçÔes favorĂĄveis de mercado. âO que se previa era algo em torno de 9 milhĂ”es de animais terminados, isso migrou para 10,5 milhĂ”es, e acredito que tenhamos algo prĂłximo de 11 milhĂ”es neste anoâ, afirmou o presidente da Assocon durante o Congresso Mundial da Carne, em CuiabĂĄ.
GLOBO RURAL
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Rabobank projeta arroba do boi gordo superior a R$ 350; saiba quando
Movimento de alta deve ser impulsionado pela queda entre 5% e 6% na produção interna e pelo aumento da demanda. Produção de carne deve recuar entre 5% e 6% no prĂłximo ano, como resultado do abate de fĂȘmeas.
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A produção de carne bovina brasileira deve recuar entre 5% e 6% no prĂłximo ano em relação a 2025, totalizando 10,5 milhĂ”es de toneladas em equivalente carcaça. Conforme perspectivas divulgadas na quarta-feira, 29, pelo Rabobank, o recuo Ă© resultado dos trĂȘs anos consecutivos de abates de fĂȘmeas que tĂȘm desencadeado quedas histĂłricas, tanto no rebanho de vacas quanto na produção de bezerros. Como reflexo da queda na oferta de animais, espera-se uma sustentação de preços da arroba bovina, principalmente no segundo semestre de 2026. âEntendemos que a variĂĄvel do lado da demanda, de incremento de poder de compra, deve ser positiva. Ainda nĂŁo estamos projetando R$ 400,00 a arroba para o ano que vem, mas certamente no segundo semestre devemos ver preços maiores do que R$ 350,00, principalmente por conta de uma reposição com valores elevadosâ, disse o analista de pecuĂĄria do Rabobank, Wagner Yanaguizawa. O fator climĂĄtico tambĂ©m estĂĄ no radar da produção de carne bovina. A confirmação do fenĂŽmeno La Niña no Ășltimo trimestre deste ano, se estendendo atĂ© o inĂcio de 2026, pode impactar o potencial de engorda da produção extensiva. Isso, segundo o Rabobank, deve ocorrer uma vez que a previsĂŁo de chuvas abaixo da mĂ©dia no Sul do Brasil e o excesso de precipitação no Centro-Oeste e na regiĂŁo do Matopiba (MaranhĂŁo, Tocantins, PiauĂ e Bahia) podem impactar negativamente a recuperação das pastagens e comprometer a engorda a pasto na primeira metade de 2026. âA qualidade das pastagens deve melhorar com o inĂcio das chuvas no Ășltimo trimestre, mas o risco de invernadas e dĂ©ficit hĂdrico permanece elevado nessas regiĂ”esâ, salienta o especialista. Conforme a anĂĄlise, a possibilidade de negociação de uma tarifa reduzida ou ampliação da cota de exportação da carne bovina do Brasil para os Estados Unidos poderia mitigar parte dos impactos negativos causados pelo cenĂĄrio climĂĄtico. A instituição ainda vĂȘ um movimento de recuo de cerca de 4% na oferta de animais nos EUA, apesar da leve recuperação do rebanho jĂĄ observada no paĂs. Enquanto isso, a demanda pela carne bovina seguirĂĄ aquecida. Do lado do mercado domĂ©stico, dois eventos no prĂłximo ano podem favorecer, temporariamente, o poder de compra da população: a Copa do Mundo de futebol e a eleição presidencial. Ele explica, contudo, que a expectativa de preços maiores para a carne bovina nos prĂłximos meses deve elevar a competitividade das proteĂnas animais mais baratas, interrompendo a sequĂȘncia de recuperação do consumo de carne bovina iniciado em 2023. Nesse aspecto, o Rabobank projeta queda entre 8% e 9% no consumo per capita de carne bovina em 2026, chegando prĂłximo a 30 quilos por habitante ao ano. Olhando para a variĂĄvel da demanda externa, a expectativa Ă© de incremento das exportaçÔes, com o Brasil seguindo como protagonista global e a China puxando esse movimento. Conforme o Rabobank, a forte aceitação da carne brasileira entre os consumidores chineses tem feito com que haja uma migração para cortes mais acessĂveis, o que pode sustentar a demanda mesmo em um cenĂĄrio de menor crescimento do paĂs asiĂĄtico. âAs principais oportunidades que o Brasil tem na China, do lado da demanda, ficam para o setor de varejo online. A gente tem visto um crescimento interessante, deve ser um fator interessante em termos de puxar a demanda, principalmente porque o Brasil deve continuar sendo o principal mercado fornecedor. E acredito que isso nĂŁo deve mudar para o ano que vemâ, diz o analista.
ESTADĂO/AGRO
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FRANGOS
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Carne de frango: embarques de outubro ainda podem chegar Ă s 500 mil toneladas e registrar novo recordeÂ
Nas quatro primeiras semanas de outubro (1 a 25, dezoito dias Ășteis) o Brasil exportou pouco mais de 395 mil toneladas de carne de frango in natura, volume que representou embarques de, aproximadamente, 21.950 toneladas diĂĄrias, 5% e 11% a mais que os registrados, respectivamente, em setembro passado e em outubro de 2024.
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E o resultado, projetado para a totalidade do mĂȘs, sinaliza algo em torno das 500 mil toneladas, resultado inĂ©dito no setor. Ă preciso convir, no entanto, que nĂŁo vai ser fĂĄcil chegar a esse volume. Porque, na semana passada, a quarta de outubro, os embarques efetivados apresentaram forte recuo â como, aliĂĄs, Ă© tĂpico das segundas quinzenas do mĂȘs. Demonstrando, na semana passada as exportaçÔes ficaram limitadas a 79.265 toneladas, 40% a menos que o embarcado na semana, quando o volume registrado chegou Ă s 132.521 toneladas. Supondo-se que o mesmo resultado permaneça nesta derradeira semana do mĂȘs, o total mensal ficarĂĄ prĂłximo das 475 mil toneladas, mesmo assim novo recorde para o mĂȘs em se tratando do produto in natura. Mas o que importa, no momento, Ă© que, com as 395 mil toneladas jĂĄ exportadas neste mĂȘs, o total acumulado no ano passa a superar a casa dos 4 milhĂ”es de toneladas, ficando apenas 2% abaixo do registrado nos mesmos 10 meses de 2024. Alcançado na semana o volume acima projetado (79.265 toneladas), a diferença a menos cairĂĄ para cerca de meio por cento. A registrar, ainda, que na semana houve significativa melhora no preço mĂ©dio do produto. Assim, apĂłs alcançar mĂ©dia US$1.533,55/tonelada nas trĂȘs primeiras semanas do mĂȘs, o preço agora registrado se encontra em US$1.681,35/tonelada, aumento de quase 10%. PorĂ©m, ainda se encontra 11,76% abaixo dos US$1.905,54/tonelada de outubro de 2024.
AVESITE
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Abertura de mercados para o Brasil na MalĂĄsia e em Burkina Faso
Com esses anĂșncios, o agronegĂłcio brasileiro alcança 470 aberturas de mercado desde o inĂcio de 2023
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O governo brasileiro concluiu negociaçÔes sanitĂĄrias e fitossanitĂĄrias com os governos da MalĂĄsia e de Burkina Faso que permitirĂŁo ao Brasil exportar diversos produtos do agronegĂłcio para aqueles paĂses. No contexto da visita presidencial Ă MalĂĄsia, as autoridades do paĂs autorizaram o Brasil a exportar pescado extrativo e de cultivo, bem como maçãs, melĂ”es, ovo em pĂł e gergelim. Com mais de 35 milhĂ”es de habitantes, a MalĂĄsia tem alto consumo âper capitaâ de pescado, constituindo assim importante mercado potencial para o setor produtivo brasileiro. Em 2024, o paĂs importou US$ 1,2 bilhĂŁo em produtos agropecuĂĄrios do Brasil.
Em Burkina Faso, as autoridades locais autorizaram o Brasil a exportar alimentos para animais de companhia, bem como insumos de origem vegetal e animal para elaboração de ração animal e produtos para alimentação animal de origem nĂŁo animal. Com cerca de 23 milhĂ”es de habitantes e um rebanho estimado de 81 milhĂ”es de cabeças, Burkina Faso se destaca como mercado promissor para as exportaçÔes brasileiras do setor. Com esses anĂșncios, o agronegĂłcio brasileiro alcança 470 aberturas de mercado desde o inĂcio de 2023.
MAPA
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JapĂŁo estĂĄ âmuito pertoâ de abrir o mercado para carne bovina brasileira, diz ministro
Membro do MinistĂ©rio das RelaçÔes Exteriores japonĂȘs reconheceu que o processo Ă© lento, mas enfatizou a disposição do governo em avançar na questĂŁo com as autoridades do Brasil
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O JapĂŁo estĂĄ âmuito pertoâ de abrir o seu mercado para carne bovina brasileira, disse Ryo Kuroishi, diretor da divisĂŁo da AmĂ©rica do Sul do MinistĂ©rio das RelaçÔes Exteriores do JapĂŁo.
Em entrevista aos canais de notĂcias internacionais, Kuroishi informa que houve progresso nas negociaçÔes sobre o assunto desde a visita do presidente Lula ao JapĂŁo, em março/25 e, posteriormente, a vinda ao Brasil de especialistas japoneses. Ambos os paĂses tĂȘm realizado consultas tĂ©cnicas regulares para cumprir as etapas necessĂĄrias para a reabertura do mercado japonĂȘs Ă carne brasileira. Kuroishi afirmou ao jornal Valor que, embora ainda faltem algumas etapas, o JapĂŁo pretende concluir suas avaliaçÔes cientĂficas e suspender as restriçÔes Ă importação o mais rĂĄpido possĂvel. âEstamos acompanhando as consultas cientĂficas e esperamos concluir todas as etapas e suspender a restrição o quanto antesâ, disse. O diretor explicou que a abertura do mercado japonĂȘs envolve padrĂ”es sanitĂĄrios rigorosos visto que o JapĂŁo jĂĄ enfrentou surtos de doenças em animais e, por isso, faz questĂŁo de manter uma polĂtica cautelosa em relação Ă importação de carne. No entanto, Kuroishi reconheceu que o processo Ă© lento, mas enfatizou a disposição do JapĂŁo em avançar na questĂŁo.
PORTAL DBO
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ECONOMIA/INDICADORES
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DĂłlar devolve perdas ante o real e fecha estĂĄvel apĂłs decisĂŁo do Fed
O dĂłlar fechou a quarta-feira praticamente estĂĄvel no Brasil, devolvendo as perdas vistas mais cedo, depois que a decisĂŁo de polĂtica monetĂĄria do Federal Reserve, que colocou em dĂșvida novo corte de juros em dezembro, deu força Ă moeda norte-americana em todo o mundo.
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O dĂłlar Ă vista fechou em leve baixa de 0,04%, aos R$5,3581. No ano, a divisa acumula queda de 13,29%. Ăs 17h08 na B3 o dĂłlar para novembro -- atualmente o mais lĂquido no Brasil -- cedia 0,03%, aos R$5,3635. AtĂ© o inĂcio da tarde o dĂłlar sustentou perdas ante o real e outras moedas de paĂses emergentes, como o peso chileno, o rand sul-africano e o peso mexicano. Mas a decisĂŁo do Fed Ă s 15h mudou o cenĂĄrio. O Fed cortou a taxa de referĂȘncia em 25 pontos-base, para a faixa entre 3,75% e 4,00%, mas destacou os limites em seu processo de tomada de decisĂŁo, jĂĄ que a paralisação do governo dos EUA reduziu o nĂșmero de indicadores econĂŽmicos disponĂveis. A decisĂŁo desta quarta-feira tambĂ©m foi dividida: dez membros votaram pelo corte de 25 pontos-base, um membro defendeu redução maior e outro votou pela manutenção da taxa. Em sua comunicação, o Fed tambĂ©m informou que vai encerrar a redução de seu balanço patrimonial de US$6,6 trilhĂ”es, em meio a evidĂȘncias de que as condiçÔes de liquidez do mercado monetĂĄrio começaram a ficar mais apertadas. A decisĂŁo, que jĂĄ vinha sendo sinalizada pelo chair do Fed, Jerome Powell, representarĂĄ a normalização da liquidez disponĂvel. O saldo da decisĂŁo do Fed e de sua comunicação foi o fortalecimento dos rendimentos dos Treasuries, em meio Ă percepção de que um novo corte de juros em dezembro nĂŁo estĂĄ garantido. Em entrevista coletiva, Powell reforçou essa percepção. Segundo ele, os membros do Fed estĂŁo lutando para chegar a um consenso sobre o que estĂĄ por vir e os mercados financeiros nĂŁo devem presumir que outro corte de juros ocorrerĂĄ no final do ano. Nos mercados de moedas, isso se traduziu na alta do dĂłlar ante boa parte das demais divisas, em movimento percebido tambĂ©m no Brasil. ApĂłs registrar a cotação mĂnima de R$5,3345 (-0,49%) Ă s 12h08, o dĂłlar Ă vista atingiu a mĂĄxima de R$5,3679 (+0,14%) Ă s 16h13, jĂĄ apĂłs a decisĂŁo do Fed e as declaraçÔes de Powell. No fechamento, se reaproximou da estabilidade.
REUTERS
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Ibovespa renova mĂĄximas e flerta com 149 mil pontos puxado por Vale e bancos
O Ibovespa renovou mĂĄximas histĂłricas nesta quarta-feira, ultrapassando os 149 mil pontos pela primeira vez no melhor momento, em desempenho puxado principalmente por Vale e bancos e referendado por decisĂŁo de juros do Federal Reserve.
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Ăndice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa avançou 0,82%, a 148.632,93 pontos, apĂłs marcar 149.067,16 pontos na mĂĄxima e 147.429,63 na mĂnima do dia. O volume financeiro no pregĂŁo somou R$23,85 bilhĂ”es. AlĂ©m do corte de juros, o Fed anunciou que reiniciarĂĄ compras limitadas de Treasuries apĂłs os mercados monetĂĄrios mostrarem sinais de que a liquidez estava se tornando escassa, uma condição que a autoridade se comprometeu a evitar. Na entrevista coletiva que se seguiu ao anĂșncio da decisĂŁo, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que autoridades do BC norte-americano estĂŁo lutando para chegar a um consenso sobre os prĂłximos passos e que os mercados nĂŁo devem presumir outro corte no final do ano. De acordo com o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, nĂŁo houve surpresa com a decisĂŁo do Fed, mas os comentĂĄrios de Powell dissuadindo expectativas de que mais um corte em dezembro estĂĄ garantido foram recebidos de forma negativa pelo mercado. "Ainda acreditamos que um corte de 0,25 (p.p.) Ă© o mais provĂĄvel, mas temos que reconhecer que Powell fez tudo o que pode para dizer que nada estĂĄ garantido", observou. "De um lado, ainda nĂŁo estĂĄ clara a magnitude do esfriamento no mercado de trabalho. De outro, nĂŁo sabemos se os impactos do tarifaço vĂŁo eventualmente impactar a trajetĂłria da inflação de forma mais contundente." Na decisĂŁo anunciada nesta quarta-feira, o diretor Stephen Miran pediu novamente uma redução mais profunda nos custos dos emprĂ©stimos e o presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, defendeu nenhum corte, dado o patamar atual de inflação.
REUTERS
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DĂvida pĂșblica federal cai 0,28% em setembro, mas custo aumenta, mostra Tesouro
A dĂvida pĂșblica federal caiu 0,28% em setembro ante agosto, para R$8,122 trilhĂ”es, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, em perĂodo tambĂ©m marcado por uma elevação no custo para rolagem dos tĂtulos pĂșblicos.
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No mĂȘs, a dĂvida pĂșblica mobiliĂĄria federal interna (DPMFi) caiu 0,31% em termos nominais, somando R$7,820 trilhĂ”es, enquanto a dĂvida pĂșblica federal externa (DPFe) aumentou 0,43% e atingiu R$301,5 bilhĂ”es. Contribuiu para o recuo da dĂvida pĂșblica no mĂȘs passado um resgate lĂquido de R$100 bilhĂ”es da dĂvida mobiliĂĄria interna registrado no perĂodo, parcialmente neutralizado por uma incorporação de juros no valor de R$75,7 bilhĂ”es na dĂvida interna. O Tesouro destacou que em setembro a redução de juros pelo banco central dos Estados Unidos e a perspectiva de aceleração no ritmo de cortes na taxa aumentaram o apetite ao risco no mercado e levaram a uma queda dos juros futuros para perĂodos mais longos, tambĂ©m refletindo a polĂtica monetĂĄria no Brasil e dados globais. Ainda assim, de acordo com as informaçÔes da pasta, o custo mĂ©dio do estoque da dĂvida pĂșblica federal acumulado em 12 meses teve uma elevação no mĂȘs passado, indo de 11,65% ao ano em agosto para 12,00%. O custo mĂ©dio das novas emissĂ”es de tĂtulos da dĂvida interna, por sua vez, subiu de 13,70% para 13,74% ao ano. Em relação ao perfil de vencimentos da dĂvida pĂșblica, o Tesouro informou que o prazo mĂ©dio do estoque passou de 4,09 anos para 4,16 anos em setembro. A reserva de liquidez, por sua vez, passou de R$1,134 trilhĂŁo em agosto para R$1,032 trilhĂŁo em setembro. O valor Ă© suficiente para quitar 9,33 meses de vencimentos de tĂtulos, contra 7,78 registrados um mĂȘs antes. Em relação ao mĂȘs de outubro, o Tesouro apontou que a expectativa de cortes de juros nos EUA impulsionou ativos de paĂses emergentes, ponderando que a percepção de risco no Brasil foi afetada por incertezas fiscais.
REUTERS
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Confiança da indĂșstria do Brasil cai em outubro e reforça pessimismo no setor, diz FGV
A confiança da indĂșstria no Brasil voltou a apresentar queda em outubro e marcou o sĂ©timo resultado mensal negativo no ano, reforçando o sentimento de pessimismo no setor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira.
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O Ăndice de Confiança da IndĂșstria (ICI) caiu 0,7 ponto em outubro, apagando a alta de 0,1 ponto em setembro e chegando a 89,8 pontos, de acordo com os dados da FGV. "O resultado da sondagem retrata Ă risca a complexidade do ambiente macroeconĂŽmico para o setor industrial que vem apresentando sinais de desaceleração da atividade no segundo semestre. Apesar da redução da incerteza e do bom momento do mercado de trabalho, a indĂșstria segue pessimista e distante de um reaquecimento da demanda, indicando desaceleração nos Ășltimos meses do anoâ, disse StĂ©fano Pacini, economista da FGV. O Ăndice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresĂĄrios sobre o momento presente do setor industrial, caiu 0,8 ponto e foi a 94,2 pontos, em meio a preocupaçÔes com o alto nĂvel dos estoques na maioria dos setores, segundo a FGV. O Ăndice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os prĂłximos meses, recuou 0,7 ponto, para 85,4 pontos, no pior resultado desde junho de 2020 (75,8 pontos). "Quanto ao futuro, o sentimento de pessimismo Ă© notado em todas as categorias de uso, sobretudo nas produtoras de bens durĂĄveis que sĂŁo mais sensĂveis aos reflexos da polĂtica monetĂĄria contracionista", completou Pacini. Com a taxa bĂĄsica de juros mantida em 15%, o Banco Central disse que entrou agora em um novo estĂĄgio da polĂtica monetĂĄria que prevĂȘ a Selic inalterada por longo perĂodo para buscar a meta de inflação.
Reuters
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