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CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 979 DE 28 DE OUTUBRO DE 2025

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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ

Ano 5 | nÂș 979 | 28 de outubro de 2025

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

Preços do boi gordo seguem firmes

As cotaçÔes do boi gordo abriram a segunda-feira (27/10) com estabilidade nas principais praças pecuĂĄrias brasileiras, mas o mercado segue operando com viĂ©s de alta, refletindo sobretudo a redução no abate de fĂȘmeas, a menor oferta de animais confinados e o ritmo forte das exportaçÔes de carne bovina in natura. No ParanĂĄ, preço bruto (30 dias), 317,00, preço lĂ­quido (30 dias), 312,00

 

Na Ășltima semana, o indicador Datagro (praça paulista) do boi gordo encerrou com mĂ©dia de R$ 311,26/@, acumulando elevação de 0,66% no comparativo semanal. “Apesar do movimento tĂ­mido de alta, o histĂłrico entre outubro e novembro indica que o dĂ©cimo primeiro mĂȘs do ano costuma ser marcado por valorizaçÔes nos preços do boi gordo, com mĂ©dia de 4,5% e picos significativos, como os registrados em 2019 (23,2%) e 12,5% (em 2023)”, destacou a Agrifatto. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, na praça de SĂŁo Paulo, o boi gordo “comum” estĂĄ cotado em R$3 11/@, a vaca gorda em R$ 287/@, a novilha terminada em R$ 301/@ e “boi-China” segue valendo R$ 316/@ (preços brutos, no prazo). O contrato futuro do boi gordo com vencimento em outubro/25 encerrou o pregĂŁo da B3 da sexta-feira (24/10) em R$ 313,70/@, com alta de 0,50% em relação ao fechamento da semana anterior. Os contratos futuros continuam a indicar um ĂĄgio relevante com relação aos preços fĂ­sicos, destaca a Agrifatto. Em relação ao papel com vencimento em novembro/25, a diferença entre o fĂ­sico e o preço futuro estĂĄ em R$ 12,84. Para o contrato de dezembro, essa diferença Ă© de R$ 17,19, enquanto o contrato de janeiro/26 aponta um ĂĄgio de R$ 18,24. Segundo dados divulgados pela Agrifatto com base em informaçÔes do governo chinĂȘs, o paĂ­s asiĂĄtico voltou a intensificar suas compras de carne bovina em setembro de 2025, importando 319,47 mil toneladas, o maior volume de 2025 e avanço de 22,4% em relação ao resultado de agosto/25. No acumulado de janeiro a setembro, as importaçÔes de carne bovina da China somaram 2,13 milhĂ”es de toneladas, um crescimento de 1,35% sobre o volume obtido em igual perĂ­odo de 2024, consolidando o paĂ­s como o maior comprador global da commodity. “Esse movimento dos importadores chineses reflete a recomposição dos estoques e a recuperação da demanda global, com o mercado atacadista local registrando alta nos preços”, observou a Agrifatto. No entanto, relembra a consultoria, o setor de importação de carne bovina da China opera sob incerteza regulatĂłria, devido Ă  investigação de salvaguarda conduzida pelo MinistĂ©rio do ComĂ©rcio desde dezembro de 2024. “A decisĂŁo, que adiada para novembro de 2025, poderĂĄ resultar em tarifas mais altas ou cotas de importação, o que vai definir o ritmo das compras chinesas nos prĂłximos meses”, antecipa a Agrifatto.

Agrifatto/Portal DBO/Scot Consultoria

 

CARNES

 

Frango, suíno e boi: preços e valorização obtidos pelos principais exportadores mundiais em 2025 

O Índice mensal de Preços das Carnes da FAO tem como base os preços alcançados pelos principais exportadores mundiais de cada tipo de carne.

 

No frango, EUA e Brasil; na carne suĂ­na, EUA, Brasil e UniĂŁo Europeia; na carne bovina, AustrĂĄlia, EUA e Brasil. No tocante aos produtos brasileiros, nos primeiros nove meses de 2025 apenas a carne de frango apresentou queda de preço em relação ao mesmo perĂ­odo de 2024 (-1,37%), enquanto as exportaçÔes norte-americanas experimentaram valorização de 5,5%. O preço da carne de frango exportada pelo Brasil foi cerca de 27% superior ao dos EUA. JĂĄ nas exportaçÔes de carne suĂ­na, apenas o produto brasileiro experimentou valorização neste ano – de 9,19%. O preço da carne suĂ­na dos EUA recuou 0,78% e o da UniĂŁo Europeia retrocedeu 7,38% – efeito da PSA que andou rondando alguns paĂ­ses do bloco neste ano. O preço brasileiro foi quase 14% superior ao da UE, revertendo a situação registrada em 2024, quando ficou 3,5% abaixo. Na carne bovina, a valorização dos preços brasileiros (+17%) ficou ligeiramente abaixo da experimentada pela AustrĂĄlia (+21,14%). Mas ultrapassou de forma significativa o aumento obtido pelos EUA, inferior a 1%.

FAO

 

SUÍNOS

 

A cidade que reĂșne o maior rebanho suĂ­no do Brasil com quase 1 milhĂŁo de animais

Com quase 1 milhão de suínos, Toledo consolida liderança na produção de proteína animal no país. 

 

Com 950 mil cabeças, a cidade de Toledo, no oeste do ParanĂĄ, tem o maior rebanho de suĂ­nos do Brasil. O municĂ­pio, que fica a cerca de 540 km de Curitiba, possui uma população estimada em 145 mil pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE), o que significa quase seis suĂ­nos por habitante. A regiĂŁo Ă© referĂȘncia na suinocultura e na agroindĂșstria paranaense, mas a origem do grande rebanho estĂĄ ligada aos trabalhadores do campo que colonizaram o oeste do estado e tinham os animais e as plantaçÔes como fontes de subsistĂȘncia. "As famĂ­lias que participaram da colonização de Toledo, hĂĄ 70 anos, vieram do Sul do paĂ­s e eram grandes, com seis, sete, oito filhos. Eles tiveram que produzir alternativas para o sustento, como a produção de leite e de suĂ­nos. SĂł a agricultura nĂŁo seria suficiente. AĂ­ veio o crescimento da suinocultura, com a chegada em seguida das cooperativas", explica Luiz Carlos Bombardelli, secretĂĄrio de Agricultura de Toledo. O rebanho suĂ­no registrou alta de 1,8% em relação a 2023 no municĂ­pio, o segundo maior volume da sĂ©rie histĂłrica, conforme os dados da pesquisa Produção da PecuĂĄria Municipal 2024, divulgada pelo IBGE. Em todo o ParanĂĄ, o rebanho suĂ­no chegou a 7,3 milhĂ”es de animais e representa 16,6% do total, sob a liderança de Santa Catarina em todo o paĂ­s. Juntos, os trĂȘs estados do Sul respondem por 51,9% da produção brasileira. Ao todo, o Brasil contabilizou 43,9 milhĂ”es de suĂ­nos em 2024. O IBGE apontou recorde no abate de suĂ­nos, com aumento de 1,2% na quantidade de animais abatidos e de 0,6% no peso das carcaças. Confira o ranking dos cinco municĂ­pios com maior rebanho suĂ­no do Brasil, segundo o IBGE: Toledo (PR) – 949.984 cabeças. UberlĂąndia (MG) – 623.933 cabeças. Marechal CĂąndido Rondon (PR) – 576.000 cabeças. ConcĂłrdia (SC) – 517.700 cabeças. Tapurah (MT) – 407.087 cabeças. Nove municĂ­pios paranaenses figuram entre os maiores produtores de proteĂ­na animal no paĂ­s, incluindo a suinocultura: Toledo, Marechal CĂąndido Rondon, Castro, CarambeĂ­, Nova Aurora, Palotina, Assis Chateaubriand, Arapoti e Ortigueira. Os produtores paranaenses abateram 12,4 milhĂ”es de porcos em 2024, o que representa 21,5% de todos os abates realizados no Brasil no perĂ­odo, de acordo com o IBGE. Ao longo da Ășltima dĂ©cada, eles sustentaram um ritmo firme de crescimento. Entre 2014 e 2024, o volume de abates no estado saltou de 6,9 milhĂ”es para 12,4 milhĂ”es de suĂ­nos, o que representa um aumento de 79%. Segundo o engenheiro agrĂŽnomo Edson Pacheco, gerente da Associação Regional de Suinocultores do Oeste do ParanĂĄ (Assuinoeste), um dos principais desafios para os produtores Ă© a questĂŁo ambiental, porque as ĂĄreas agrĂ­colas da regiĂŁo estĂŁo com alto teor de carga orgĂąnica, relacionada aos dejetos. AlĂ©m disso, o engenheiro agrĂŽnomo aponta o problema da sucessĂŁo familiar. Para manter os produtores na regiĂŁo, Ă© necessĂĄrio aumentar os ganhos e assim cobrir as necessidades das famĂ­lias. “Temos que buscar tratamentos alternativos, soluçÔes que possam destravar o teto produtivo da suinocultura no oeste do ParanĂĄ. Assim, o produtor pode aumentar o seu plantel, com o mesmo nĂșmero de hectares. Precisa melhorar a eficiĂȘncia do tratamento dos dejetos, onde se extraia a carga poluidora e a ĂĄgua seja retirada do substrato, sendo reutilizada na granja”, afirmou o gerente.

Gazeta do Povo

 

FRANGOS

 

Europa enfrenta onda severa de gripe aviĂĄria e teme crise

Em menos de trĂȘs meses, o velho continente jĂĄ registrou 56 surtos da doença, em 10 paĂ­ses

 

A Influenza aviĂĄria de alta patogenicidade (IAAP ou gripe aviĂĄria) volta a se espalhar rapidamente pela Europa. O avanço da doença reacende temores de uma repetição das crises de anos anteriores, quando dezenas de milhĂ”es de aves foram sacrificadas e os preços dos alimentos dispararam. Segundo a ESA, ĂłrgĂŁo francĂȘs de vigilĂąncia da saĂșde animal, foram registrados 56 surtos entre agosto e meados de outubro em 10 paĂ­ses da UniĂŁo Europeia e no Reino Unido — esse Ă© o maior nĂșmero de paĂ­ses em uma dĂ©cada registrando surtos precoces. Os casos se concentram principalmente na PolĂŽnia, maior produtora de aves do bloco, alĂ©m de Espanha e Alemanha. No mesmo perĂ­odo do ano passado, 31 surtos tinham sido confirmados em nove paĂ­ses. Na Alemanha, as autoridades de saĂșde confirmaram que, atĂ© a semana passada, mais de 400 mil aves jĂĄ foram sacrificadas em razĂŁo da gripe aviĂĄria. O Instituto Friedrich Loeffler (FLI) destacou que a atual onda Ă© semelhante Ă  epidemia de 2021 — uma das piores jĂĄ registradas no paĂ­s. Na Ă©poca, as autoridades sanitĂĄrias alemĂŁs tiveram que eliminar mais de 2 milhĂ”es de aves para conter a doença. AtĂ© o momento, a gripe aviĂĄria foi detectada em 30 granjas alemĂŁs, levando ao abate de galinhas, patos, gansos e perus. O FLI alertou que â€œĂ© impossĂ­vel prever como a situação vai evoluir”. As perdas mais expressivas ocorrem nos estados de Mecklemburgo-PomerĂąnia Ocidental e Brandemburgo, no nordeste do paĂ­s. No distrito de MĂ€rkisch-Oderland, em Brandemburgo, o governo anunciou o abate de mais 130 mil aves adicionais, apĂłs ter destruĂ­do cerca de 150 mil no inĂ­cio do ano. TambĂ©m foram registradas mortes em massa de aves na ĂĄrea de Linumer Teichland, ao noroeste da regiĂŁo. A situação tambĂ©m Ă© crĂ­tica na Holanda. O governo holandĂȘs confirmou na Ășltima semana que 161 mil frangos foram abatidos em uma granja no centro-leste do paĂ­s, apĂłs a detecção do vĂ­rus. Em resposta, foi proibido o transporte de aves e produtos avĂ­colas em um raio de 10 quilĂŽmetros do local. A medida afeta 26 propriedades rurais. AlĂ©m disso, o MinistĂ©rio da Agricultura holandĂȘs determinou que todas as granjas mantenham as aves confinadas e suspendeu exposiçÔes de animais como forma de prevenir novos focos. Na EslovĂĄquia, a Organização Mundial de SaĂșde Animal confirmou um surto em uma fazenda no norte do paĂ­s, prĂłxima Ă  fronteira com a PolĂŽnia. Segundo as autoridades locais, 27 aves morreram e o restante do plantel — 197 animais, entre galinhas, patos e gansos — foi abatido para conter a propagação. Apesar de o nĂșmero total de surtos ainda ser menor do que em 2022, especialistas temem que o inĂ­cio antecipado da temporada e o aumento das migraçÔes de aves selvagens criem um cenĂĄrio de nova crise sanitĂĄria e econĂŽmica para o setor avĂ­cola europeu neste inverno.

Agro EstadĂŁo

 

EMPRESAS

 

MBRF amplia parceria com fundo saudita e cria a Sadia Halal

Abertura de capital (IPO) deve acontecer partir de 2027 na Bolsa de Riad. Negócio serå a maior empresa de frango halal do mundo, com atuação também no mercado da carne bovina

 

A MBRF, empresa resultante da fusĂŁo entre Marfrig e BRF, estĂĄ ampliando sua joint venture com a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiĂĄria integral do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da ArĂĄbia Saudita. A transação, avaliada em US$ 2,07 bilhĂ”es, darĂĄ origem Ă  Sadia Halal e marca o primeiro passo para a realização de uma abertura de capital (IPO) a partir de 2027, na Bolsa de Riad, uma das dez maiores do mundo. Segundo a MBRF, o negĂłcio engloba as fĂĄbricas e centros de distribuição da empresa localizados na ArĂĄbia Saudita e Emirados Árabes Unidos, suas empresas de distribuição no Catar, Kuwait e OmĂŁ, e o negĂłcio de exportaçÔes diretas de aves, bovinos e produtos processados para clientes na regiĂŁo. “A expansĂŁo da parceria com a HPDC visa reforçar a presença regional da MBRF em um dos mercados mais lucrativos e influentes do mundo, aproximando cada vez mais nossas marcas dos consumidores locais e assegurando a presença permanente na agenda de segurança alimentar do paĂ­s. AlĂ©m disso, a operação abre a possibilidade para um IPO a partir de 2027”, afirmou Marcos Molina, chairman e controlador da MBRF. A MBRF prevĂȘ que o negĂłcio serĂĄ a maior empresa de frango halal do mundo, com atuação tambĂ©m no mercado da carne bovina. O mercado halal representa hoje 7,3% das vendas da BMRF. "É um mercado gigante. AtĂ© 2027, hĂĄ projeçÔes de que seja um mercado que atinja mais de US$ 1,5 trilhĂŁo de consumo", ressaltou FĂĄbio Mariano, vice-presidente da MBRF para o mercado halal e CEO da Sadia Halal.

A estimativa tambĂ©m estĂĄ relacionada aos dados demogrĂĄficos, jĂĄ que, segundo ele, espera-se que a população muçulmana cresça nos prĂłximos anos a um ritmo duas vezes maior do que o restante da população. O negĂłcio prevĂȘ a celebração de um acordo de fornecimento de produtos de frango e bovinos da MBRF para a Sadia Halal com duração de 10 anos renovĂĄveis, a partir das fĂĄbricas localizadas no Brasil.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

China acelera compras de carne bovina Ă  espera de decisĂŁo sobre salvaguardas

Pequim diminuiu ritmo de aquisiçÔes na primeira quinzena de outubro, mas, no caso do Brasil, as compras continuam avançando

 

A China deve decidir em novembro se irĂĄ aplicar ou nĂŁo medidas de salvaguarda sobre suas importaçÔes de carne bovina. A conclusĂŁo da investigação, em andamento desde o fim de 2024, pode ter reflexos diretos sobre o mercado global e, principalmente, sobre o Brasil — o maior fornecedor da proteĂ­na vermelha ao paĂ­s asiĂĄtico. Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, o comportamento recente da China nas compras internacionais de carne bovina jĂĄ reflete o clima de expectativa em torno dessa decisĂŁo. “Esse ritmo forte de compras que observamos agora pode ser um sintoma de que os importadores estĂŁo tentando se antecipar a alguma medida do governo, que eventualmente possa impor cotas ou tarifas adicionais”, avalia Iglesias. Iglesias explica que, normalmente, entre agosto e novembro, a China intensifica suas compras como forma de criar estoques internos para atender os preparativos do Ano Novo chinĂȘs, que ocorre no fim de janeiro de cada ano. Por isso, o movimento verificado nos Ășltimos meses foi recorde. Em setembro, por exemplo, dados compilados pela consultoria Agrifatto mostram que a China importou um volume recorde de 190 mil toneladas de carne bovina — o maior jĂĄ registrado em um Ășnico mĂȘs. Esse cenĂĄrio, contudo, tem sido consistente desde janeiro, com aumento gradual nas compras e quebras sucessivas de recordes mensais. Nas Ășltimas semanas, entretanto, os chineses começaram a colocar o pĂ© no freio, pelo menos frente ao volume histĂłrico adquirido no Ășltimo mĂȘs. As ofertas pela tonelada de carne bovina caĂ­ram entre 4% e 5%, sendo negociadas atualmente em torno de US$ 5,4 mil. Para a consultoria Agrifatto, o movimento Ă© sazonal. “Todo fim de ano, a China reduz o ritmo de importaçÔes apĂłs formar estoques mais robustos para o perĂ­odo de festas. Ainda assim, o temor em relação a possĂ­veis medidas de salvaguarda e o aumento do rigor nas inspeçÔes alfandegĂĄrias trazem insegurança ao mercado e pressionam as negociaçÔes”, aponta o relatĂłrio. Mesmo com o cenĂĄrio de cautela, o Brasil segue sendo o principal fornecedor de carne bovina para o gigante asiĂĄtico. No acumulado de 2025 (atĂ© setembro), os chineses importaram cerca de 1,85 milhĂŁo de toneladas de carne bovina, considerando todos os paĂ­ses — uma queda anual prĂłxima de 4%. Apesar da leve retração no total, as exportaçÔes brasileiras cresceram. Entre janeiro e setembro, a China importou aproximadamente 875 mil toneladas de carne bovina brasileira. O volume representa um incremento de 7% em relação ao mesmo perĂ­odo do ano passado. Com esse desempenho, a participação do Brasil no total de carne bovina importada pela China chegou a 47%. 

EstadĂŁo/Agro

 

Preço do gado cai nos EUA por preocupaçÔes com pressão de Trump para baixar valor

Os contratos futuros do gado bovino dos EUA despencavam nesta segunda-feira, ampliando uma queda acentuada depois que o presidente Donald Trump reclamou na semana passada que os preços estavam muito altos.

 

Os comerciantes disseram que esperam cada vez mais que o governo de Trump incentive mais importaçÔes de carne bovina e gado, em uma tentativa de compensar a oferta restrita dos EUA e reduzir os preços para os consumidores. Os preços da carne bovina nos EUA atingiram recordes este ano, pois a produção diminuiu e a demanda dos consumidores permaneceu forte. A produção foi prejudicada depois que uma seca que durou anos no oeste dos EUA atingiu as pastagens e aumentou os custos de alimentação, forçando os fazendeiros a reduzirem seus rebanhos para os nĂ­veis mais baixos em dĂ©cadas. "Esse mercado estĂĄ precificando a ideia de que todo o declĂ­nio da carne bovina dos EUA em 2026 serĂĄ compensado", disse Rich Nelson, estrategista-chefe da corretora Allendale. Na bolsa de Chicago, os futuros do boi para novembro caĂ­ram cerca de 4%, a 338,450 centavos de dĂłlar por libra-peso, no inĂ­cio da tarde. A bolsa ampliou temporariamente os limites diĂĄrios de negociação dos mercados na semana passada, depois que os futuros afundaram. Na semana passada, Trump pediu aos pecuaristas que baixassem os preços, ao mesmo tempo em que os enfureceu com um plano para quadruplicar as importaçÔes de carne bovina argentina com tarifas baixas do paĂ­s. Os pecuaristas disseram que o aumento das importaçÔes ameaça seus meios de subsistĂȘncia e que Trump deveria apoiar a demanda por produtos dos EUA. Os comerciantes disseram acreditar que Trump poderĂĄ reduzir as tarifas sobre os produtos brasileiros, incluindo a carne bovina, apĂłs uma reuniĂŁo no domingo com o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva. Trump impĂŽs tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros em agosto, diminuindo as importaçÔes americanas de carne bovina do maior exportador do mundo. "No inĂ­cio da semana passada, nĂŁo esperĂĄvamos que as tarifas contra os produtos brasileiros fossem removidas", disse Nelson. "Agora isso Ă© muito possĂ­vel." Nesta semana, o ministro da agricultura do MĂ©xico deve viajar para Washington com o objetivo de chegar a um acordo sobre a reabertura da fronteira para o gado mexicano. Desde maio, Washington tem bloqueado a maior parte das importaçÔes de gado mexicano para impedir a entrada de um parasita, restringindo ainda mais os suprimentos dos EUA.

Reuters

 

GOVERNO

 

Acordo Brasil- EUA pode sair em 10 dias

Encontro entre Donald Trump e Xi Jinping pode influenciar os rumos das relaçÔes comerciais do Brasil com EUA e China

 

O encontro entre os lĂ­deres do Brasil e dos Estados Unidos (EUA) renovou os Ăąnimos dos empresĂĄrios do agronegĂłcio. Mesmo assim, ainda hĂĄ um ar de cautela quanto aos prĂłximos passos, jĂĄ que uma suspensĂŁo das sobretaxas de 40% era esperada apĂłs a reuniĂŁo que aconteceu no Ășltimo domingo, 26, na MalĂĄsia, e nĂŁo se concretizou. Para o ex-secretĂĄrio de ComĂ©rcio Exterior e colunista do Agro EstadĂŁo, Welber Barral, a movimentação foi importante, mas o foco dos norte-americanos estava em outras questĂ”es. Ele avalia que “hĂĄ muitas pautas na mesa” dos EUA. “A grande prioridade deles nesta viagem Ă© primeiro a China, depois a CorĂ©ia do Sul. Os Estados Unidos vĂŁo anunciar um acordo com a CorĂ©ia e, posteriormente, vĂĄrios acordos lĂĄ com a TailĂąndia e o Camboja, que assinaram nesses Ășltimos dias. Provavelmente, agora, que eles vĂŁo parar para ver a questĂŁo do Brasil”, disse Ă  reportagem. Um encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, Ă© esperado para esta quinta-feira, 30, na CorĂ©ia do Sul. TambĂ©m em compasso de espera estĂĄ o acordo entre esses dois paĂ­ses, o que pode afetar a relação Brasil-China e Brasil-EUA. Barral cita, por exemplo, a investigação chinesa para aplicação de medidas de salvaguardas sobre a carne bovina importada. A investigação Ă© no Ăąmbito de todas as importaçÔes da proteĂ­na, ou seja, envolve nĂŁo sĂł a carne brasileira, mas tambĂ©m de outros paĂ­ses, como Estados Unidos, Argentina e AustrĂĄlia. “Eu acho que os chineses estĂŁo esperando para ver o que vai dar com esse acordo com os Estados Unidos, porque os Estados Unidos podem atĂ© colocar esse tema na pauta”, comentou Barral, que tambĂ©m cuida da defesa de associaçÔes no processo de investigação. Uma fonte do setor empresarial que participou da comitiva brasileira revelou ao Agro EstadĂŁo que o clima foi de animação e satisfação apĂłs as reuniĂ”es. AlĂ©m de Lula e Trump, equipes dos dois paĂ­ses tiveram um segundo momento de conversas. Na avaliação dele, o “acordo deve sair no mĂĄximo em dez dias, liberando as tarifas”. Questionado se a parte brasileira teve a impressĂŁo de que o Brasil nĂŁo era uma das prioridades na viagem de Trump, ele disse nĂŁo vĂȘ do mesmo jeito. Mas reconheceu que hĂĄ uma vontade grande do lĂ­der americano de tratar com Xi Jinping. Um dos pleitos colocados por Lula foi de que houvesse uma retirada da sobretaxa de 40% para que as negociaçÔes pudessem avançar. Na anĂĄlise do ex-secretĂĄrio de ComĂ©rcio Internacional, isso pode nĂŁo acontecer, se o ritmo das tratativas for rĂĄpido. “Por experiĂȘncia, ou vai ter uma negociação rĂĄpida e aĂ­ eles vĂŁo deixar para negociar tudo quando for fechado o acordo, ou a negociação vai ficar muito complicada e aĂ­ eles vĂŁo fazer uma redução parcial atĂ© terminar a negociação, que Ă© o que eles fizeram com a China, por exemplo”, opinou Barral. TambĂ©m, nesta segunda, 27, o ministro de RelaçÔes Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, destacou a jornalistas que uma “equipe de alto nĂ­vel” deve ir a Washington nos prĂłximos dias para avançar com as negociaçÔes. AlĂ©m disso, jĂĄ foi firmado um cronograma de reuniĂ”es entre as partes tĂ©cnicas que estĂŁo tratando do tema.

O Estado de SĂŁo Paulo/Agro

 

Lula diz que estabeleceu com Trump uma regra de negociação 

O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva comentou ontem Ă  noite (horĂĄrio local da MalĂĄsia) a Ășnica observação feita pelo presidente norte-americano, Donald Trump, ao pedido brasileiro para suspender a sobretaxa contra exportaçÔes brasileiras. Trump disse que o Brasil queria fazer um acordo e que “vamos ver”.

 

“Primeiro eu interpreto como um Ăłbvio. NĂŁo era possĂ­vel, nem vocĂȘs acreditavam, que numa Ășnica conversa a gente pudesse resolver os problemas. O que nĂłs estabelecemos Ă© uma regra de negociação, e toda vez que tiver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone, eu tenho o telefone dele, nĂłs vamos colocar as equipes para negociar”, afirmou Lula ao sair para um jantar de gala oferecido pelo primeiro-ministro da MalĂĄsia a chefes de Estado presentes em Kuala Lumpur. “A minha equipe Ă© de alto nĂ­vel, Ă© o [Geraldo] Alckmin, Ă© o [Fernando] Haddad e Ă© o Mauro Vieira, e nĂłs queremos negociar o fim das puniçÔes ao nosso ministro da Suprema Corte, nĂłs queremos negociar o fim da punição contra o ministro [Alexandre] Padilha e a sua filha, nĂłs queremos negociar a taxação, porque a taxação foi equivocada, numa mentira que deveria ter com o Brasil”, acrescentou. O presidente comentou que Trump sabe disso porque entregou para ele uma carta. “Portanto, nĂŁo foram apenas palavras. Ele tem um documento sabendo o que o Brasil quer e eu acho que nĂłs vamos fazer um bom acordo.” Em seguida, entrou no carro com sua esposa, Janja, e foi para a festa, vestido com roupa tĂ­pica da MalĂĄsia.

Valor EconĂŽmico

 

Missão na Ásia resulta em novos acordos para produtos agrícolas brasileiros

Agendas na Indonésia e na Malåsia promoveram abertura de mercados, revisão de protocolos sanitårios e parcerias técnicas

 

A missĂŁo do governo brasileiro ao Sudeste AsiĂĄtico, que termina nesta terça-feira, 28, trouxe avanços para o setor agropecuĂĄrio nacional. As negociaçÔes conduzidas na IndonĂ©sia e na MalĂĄsia resultaram na abertura de seis novos mercados, na retomada de exportaçÔes estratĂ©gicas e na assinatura de acordos voltados Ă  cooperação tĂ©cnica e cientĂ­fica — medidas que devem ampliar a competitividade e a presença do setor em uma das regiĂ”es mais dinĂąmicas do comĂ©rcio mundial. A MalĂĄsia anunciou a abertura de mercados para produtos como pescados, gergelim, ovo em pĂł, melĂ”es do CearĂĄ e do Rio Grande do Norte, e maçãs do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. TambĂ©m foi retomado o comĂ©rcio de carne de frango brasileira com o paĂ­s, com a atualização do protocolo sanitĂĄrio. A medida reduziu de 12 para trĂȘs meses o perĂ­odo de suspensĂŁo em casos de Influenza AviĂĄria, o que traz mais previsibilidade e segurança Ă s exportaçÔes. AlĂ©m disso, a MalĂĄsia antecipou para novembro a auditoria que poderĂĄ habilitar novos frigorĂ­ficos de carne suĂ­na, permitindo ampliar os embarques brasileiros. No campo da cooperação tĂ©cnica, foi firmado um acordo entre o MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂĄria (Mapa), a Embrapa e o Instituto de Pesquisa AgrĂ­cola da MalĂĄsia (MARDI). O documento prevĂȘ projetos conjuntos em biotecnologia e nanotecnologia, alĂ©m de intercĂąmbio tĂ©cnico nas cadeias de sorgo, soja, milho e coco. Outro ponto foi a confirmação da retomada do sistema de prĂ©-listing para exportaçÔes de carne de frango Ă  UniĂŁo Europeia, suspenso desde 2018. O mecanismo simplifica o processo de habilitação de frigorĂ­ficos, eliminando a necessidade de auditorias individuais e reduzindo custos operacionais. Na IndonĂ©sia, as negociaçÔes avançaram para ampliar o mercado de carne bovina. EstĂĄ prevista uma nova auditoria ainda este ano para habilitação de plantas exportadoras. TambĂ©m foi firmado um acordo de cooperação com a autoridade quarentenĂĄria local, que define regras de equivalĂȘncia sanitĂĄria, fitossanitĂĄria e certificação eletrĂŽnica — mecanismos que aumentam a confiança mĂștua e reduzem barreiras comerciais. Com os acordos, o Brasil soma 466 mercados abertos para produtos do agronegĂłcio desde o inĂ­cio deste governo.

EstadĂŁo/Agro

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Leilão do Lote 5 de rodovias do Paranå atrai Påtria e consórcio da Way Brasil 

A concessĂŁo prevĂȘ R$ 6,7 bilhĂ”es de investimentos, alĂ©m de outros R$ 5,2 bilhĂ”es em despesas operacionais estimadas ao longo do contrato de 30 anos

 

A licitação do Lote 5 de rodovias do ParanĂĄ, marcada para esta quinta-feira (30), deverĂĄ ser disputada por ao menos dois grupos: a gestora PĂĄtria e o consĂłrcio formado pela Way Brasil e pela gestora Kinea. A entrega de ofertas foi realizada nesta segunda-feira (27), na sede da B3, em SĂŁo Paulo, e teve a presença de representantes dos dois grupos. A concessĂŁo prevĂȘ R$ 6,7 bilhĂ”es de investimentos, alĂ©m de outros R$ 5,2 bilhĂ”es em despesas operacionais estimadas ao longo do contrato de 30 anos. O bloco contempla 433 km de estradas, em trechos que conectam MaringĂĄ a Cascavel, e Cascavel a GuaĂ­ra. O projeto exige a duplicação em 238 km de rodovias, alĂ©m da construção de cinco novas passarelas para pedestres e um ponto de parada e descanso. As principais obras, porĂ©m, estĂŁo concentradas a partir do terceiro ano do contrato. Na concorrĂȘncia, o vencedor serĂĄ aquele que apresentar o maior desconto sobre a tarifa bĂĄsica de pedĂĄgio, cujo valor mĂĄximo foi definido em R$ 0,17911 por km. Tal como nos demais leilĂ”es de rodovias da UniĂŁo, caso a empresa ultrapasse o desĂĄgio de 18% em sua oferta, terĂĄ que pagar um aporte de recursos, que ficarĂĄ vinculado ao projeto. Este serĂĄ o Ășltimo lote de um pacote de seis concessĂ”es rodoviĂĄrias no ParanĂĄ. Os blocos, estruturados pelo governo federal em parceria com o Estado, incluem trechos dos dois entes e vĂȘm sendo licitados desde agosto de 2023. A mais recente concorrĂȘncia da sĂ©rie de estradas do ParanĂĄ foi realizada na semana passada, com o leilĂŁo do bloco 4. A disputa terminou com a vitĂłria da EPR, que teve que superar ofertas do PĂĄtria, da Motiva (CCR) e da Mota-Engil. O grupo terminou com uma oferta de 21,3% de desconto sobre o pedĂĄgio, com um aporte de R$ 390 milhĂ”es. Na disputa desta semana, esses mesmos grupos vinham estudando o ativo, segundo fontes. O PĂĄtria jĂĄ opera uma concessĂŁo no ParanĂĄ — o Lote 1, que reĂșne cerca de 470 km de estradas, passando pela capital, Curitiba. A Way Brasil, plataforma de rodovias formada pelas construtoras Bandeirantes, Senpar, Torc e TCL, ainda nĂŁo estĂĄ presente no Estado. O grupo opera duas concessĂ”es de estradas estaduais no Mato Grosso do Sul e uma concessĂŁo federal em Minas Gerais, a chamada Rota do Zebu — esta Ășltima em consĂłrcio com o Kinea, com quem a empresa estĂĄ formando uma plataforma voltada a rodovias. Os demais lotes do pacote paranaense ficaram com a EPR, que conquistou os lotes 2, 4 e 6, e com a Motiva (CCR), que assumiu o Lote 3. Os dois grupos, porĂ©m, ficaram de fora da Ășltima disputa da sĂ©rie.

Valor EconĂŽmico

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

DĂłlar cai no Brasil apĂłs Lula discutir agenda comercial com Trump

O dĂłlar fechou a segunda-feira em baixa ante o real, reagindo ao recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior e ao encontro no fim de semana, considerado positivo pelo mercado, entre o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Donald Trump.

 

O dĂłlar Ă  vista fechou em baixa de 0,42%, aos R$5,3706. No ano, a divisa acumula queda de 13,08%. Às 17h13, na B3 o dĂłlar para novembro -- atualmente o mais lĂ­quido no Brasil -- cedia 0,27%, aos R$5,3810. No domingo, Lula e Trump se encontraram na MalĂĄsia para discutir a agenda comercial e econĂŽmica entre os dois paĂ­ses. Lula pediu a Trump que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros seja suspensa durante o processo de negociação entre os paĂ­ses, conforme relato do ministro de RelaçÔes Exteriores, Mauro Vieira. Em entrevista coletiva jĂĄ apĂłs o encontro, Lula afirmou que Trump "garantiu" que os dois paĂ­ses chegarĂŁo a um acordo sobre comĂ©rcio. O presidente norte-americano, por sua vez, apĂłs deixar a MalĂĄsia, disse que teve uma "boa reuniĂŁo" com Lula, a quem descreveu como "um cara bastante enĂ©rgico", mas estava incerto sobre as perspectivas de um acordo. "NĂŁo sei se algo vai acontecer, mas veremos", disse a repĂłrteres a bordo do aviĂŁo presidencial Air Force One. O encontro entre os dois presidentes contribuiu para reduzir um pouco mais as tensĂ”es entre Brasil e Estados Unidos, o que abriu espaço para a baixa do dĂłlar ante o real nesta segunda-feira, em paralelo ao avanço do Ibovespa para perto dos 147 mil pontos. O movimento esteve em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante quase todas as demais divisas no exterior, onde os investidores demonstravam otimismo em relação a um possĂ­vel acordo comercial entre Estados Unidos e China, apĂłs Trump afirmar que os dois paĂ­ses estĂŁo prontos para isso. "Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo", disse Trump aos repĂłrteres no aviĂŁo presidencial Air Force One, a caminho do JapĂŁo. "A China estĂĄ chegando e serĂĄ muito interessante." Trump e o presidente chinĂȘs, Xi Jinping, devem se reunir no final desta semana.

Às 17h11, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,10%, a 98,821.

Reuters

 

Ibovespa fecha em alta e renova recordes com otimismo generalizado

No setor de proteĂ­nas, MBRF ON saltou 6,45%, apĂłs sua subsidiĂĄria integral BRF GmbH assinar contrato de investimento com a Halal Products Development Company (HPDC), uma subsidiĂĄria integral do fundo soberano da ArĂĄbia Saudita, o PIF. A transação marca o primeiro passo para a realização de um IPO da BRF Arabia a partir de 2027. AtĂ© a Ășltima sexta-feira, os papĂ©is acumulavam um declĂ­nio de quase 23% em outubro.

 

A MINERVA ON recuou 0,42%, no segundo pregĂŁo seguido de queda, apĂłs uma sequĂȘncia de oito pregĂ”es de alta, perĂ­odo em que acumulou valorização de quase 10%. Na Ășltima quinta-feira, o fĂŽlego do papel teve suporte em decisĂŁo dos EUA de quadruplicar a cota tarifĂĄria da carne bovina da Argentina, paĂ­s onde a Minerva, maior exportadora de carne bovina in natura e seus derivados da AmĂ©rica do Sul, tem seis plantas. O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, renovando mĂĄximas histĂłricas e encostando nos 148 mil pontos, em uma sessĂŁo de recordes em Wall Street e nova melhora em previsĂ”es de inflação no Brasil, enquanto MBRF disparou apĂłs acordo com o fundo soberano da ArĂĄbia Saudita. DiscussĂ”es comerciais entre autoridades chinesas e norte-americanas alimentaram expectativas de um acordo entre as duas maiores economias do mundo, tendo no radar um encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping previsto para quinta-feira, o que reverberou na bolsa paulista. TambĂ©m repercutiu o encontro de Trump com o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva no domingo, com o brasileiro afirmando que o norte-americano "garantiu" durante a reuniĂŁo que Brasil e EUA chegarĂŁo a um acordo sobre o comĂ©rcio. A semana ainda reserva decisĂŁo de juros do Federal Reserve na quarta-feira, com as apostas no mercado sinalizando expectativa de corte de 0,25 ponto percentual. Índice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa avançou 0,55%, a 146.969,1 pontos, apĂłs marcar 147.976,99 na mĂĄxima e 146.173,72 na mĂ­nima do dia. O volume financeiro somou R$16,488 bilhĂ”es, abaixo da mĂ©dia diĂĄria do mĂȘs, de R$22,283 bilhĂ”es. De acordo com o analista NĂ­colas Merola, da EQI Research, trata-se de uma semana muito importante para os mercados, que começou com "pĂ© direito", em boa parte pelas expectativas para a reuniĂŁo entre Trump e Xi. Isso, afirmou, estĂĄ acalmando os mercados e apoiando a busca por ativos de risco. O pregĂŁo no Brasil ainda teve como pano de fundo pesquisa Focus mostrando nova queda nas previsĂ”es no mercado para o IPCA em 2025 e 2026, com a mediana das estimativas para este ano recuando para 4,56% e aproximando-se do teto da meta de inflação buscada pelo Banco Central.

Reuters

 

AgroindĂșstria recua 2,1% em agosto, revela FGVAgro

No acumulado do ano, a queda Ă© de 0,5%.

 

O volume de produção da AgroindĂșstria registrou queda de 2,1% em agosto ante o mesmo mĂȘs do ano passado. No acumulado do ano, a retração Ă© de 0,5%, de acordo com os dados da pesquisa sobre o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) do FGVAgro. Em agosto, os setores que mais contraĂ­ram foram: Bebidas (-4,9%) e Produtos NĂŁo-AlimentĂ­cios (-4,2%), ambos acumulam quedas sucessivas ao longo do ano. No setor de Bebidas, as alcoĂłlicas sofreram uma redução em sua produção de 11,8%, atingindo o menor nĂ­vel desde 2014. Vale ressaltar que os casos de contaminação por metanol ocorreram em setembro, apĂłs o perĂ­odo analisado pela pesquisa. No segmento de Produtos NĂŁo AlimentĂ­cios, a contração foi derivada, principalmente, da queda na produção de BiocombustĂ­veis (-24,1%), o pior resultado para o mĂȘs desde o inĂ­cio da sĂ©rie histĂłrica em 2003. Segundo anĂĄlise dos pesquisadores do FGVAgro, o ano de 2025 tem sido desafiador para a AgroindĂșstria, por alguns motivos, entre eles, a economia brasileira em ritmo de desaceleração devido, principalmente, Ă  polĂ­tica monetĂĄria restritiva; valorização do real, reduzindo a competitividade e/ou a receita de alguns produtos agroindustriais brasileiros no mercado internacional e; os efeitos de primeira e de segunda ordens decorrentes do tarifaço. Dessa forma, Ă© importante ressaltar que parte da perda decorrente do tarifaço nĂŁo se deu apenas pela redução dos embarques com destino aos EUA (efeitos de primeira ordem), mas pela deterioração das expectativas dos empresĂĄrios (efeitos de segunda ordem), inclusive de segmentos que tinham sido classificados como "isentos" da elevação da tarifa anunciada em julho pelo presidente Donald Trump.

FGVAgro

 

Mercado reduz projeção de alta do IPCA de 2025 de 4,70% para 4,56%, mostra Focus 

Para 2026, a mediana das expectativas para a inflação oficial do país foi reduzida de 4,27% para 4,20% e, para 2027, de 3,83% para 3,82%

 

A mediana das projeçÔes dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira em 2025 recuou de 4,70% para 4,56%, na quinta queda seguida, segundo o relatĂłrio Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (27) com estimativas coletadas atĂ© sexta-feira (24). Para 2026, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cedeu de 4,27% para 4,20% e, para 2027, recuou de 3,83% para 3,82%. Selic Para a taxa bĂĄsica de juros (Selic), a mediana das estimativas manteve-se em 15% no fim de 2025, pela 18ÂȘ semana seguida; se manteve em 12,25% no fim de 2026 pela 5ÂȘ semana seguida e seguiu em 10,50% em 2027 pela 37ÂȘ semana. A mediana das projeçÔes para o crescimento da economia brasileira em 2025 foi reduzida de 2,17% para 2,16%. Para 2026, a mediana das expectativas para a expansĂŁo do Produto Interno Bruto (PIB) foi alterada de 1,80% para 1,78%, e, para 2027, foi elevada de 1,82% para 1,83%. 7 A mediana das projeçÔes para o dĂłlar no fim de 2025 caiu de R$ 5,45 para R$ 5,41. Para 2026, a mediana das expectativas para a moeda americana se manteve em R$ 5,50 e, para 2027, recuou de R$ 5,51 para R$ 5,50.

Valor EconĂŽmico

 

Confiança do consumidor brasileiro sobe pelo 2Âș mĂȘs seguido em outubro, diz FGV

A confiança dos consumidores brasileiros avançou pelo segundo mĂȘs seguido em outubro diante da melhora da percepção sobre o presente e das expectativas futuras, mostraram dados da Fundação GetĂșlio Vargas divulgados na segunda-feira.

 

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mĂȘs alta de 1,0 ponto, chegando a 88,5 pontos. "A segunda alta consecutiva da confiança do consumidor consolida a trajetĂłria de recuperação gradativa do indicador, iniciada em março de 2025, apĂłs as perdas incorridas no fim do ano passado", disse em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE. "O resultado foi impulsionado pela melhora da percepção sobre o presente e das expectativas futuras, alĂ©m de ter sido notadamente influenciado pela alta da confiança das famĂ­lias de menor renda", completou. Tanto o Índice de Situação Atual (ISA) quanto o Índice de Expectativas (IE) tiveram alta de 1,0 ponto no mĂȘs, alcançando respectivamente 83,0 e 92,8 pontos. Entre os quesitos que compĂ”em o ISA, o indicador de situação econĂŽmica local atual avançou 2,3 pontos, para 95,5 pontos. No IE, o indicador de situação econĂŽmica local futura avançou 2,3 pontos, para 106,9 pontos, maior nĂ­vel desde outubro de 2024 (107,2 pontos).

"O quadro do mĂȘs sinaliza um consumidor menos pessimista dada a manutenção do emprego e da renda junto a uma trajetĂłria de queda da inflação nos Ășltimos meses. Por outro lado, os nĂ­veis de inadimplĂȘncia e a alta taxa de juros comprometem uma melhora mais robusta da confiança", disse Gouveia. Com a taxa bĂĄsica de juros mantida em 15%, o Banco Central disse que entrou agora em um novo estĂĄgio da polĂ­tica monetĂĄria que prevĂȘ a Selic inalterada por longo perĂ­odo para buscar a meta de inflação.

Reuters

 

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