CLIPPING DO SINDICARNE Nº 966 DE 09 DE OUTUBRO DE 2025
- prcarne
- 9 de out.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 966 | 09 de outubro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi gordo registra preços acima da referência em alguns estados
Mercado reflete escalas apertadas em frigoríficos menores, recuperação da carne no atacado e suporte das exportações
O mercado físico do boi gordo teve movimentações acima da referência média em diversos estados nesta terça-feira (7). Frigoríficos de menor porte continuam com escalas de abate apertadas, exigindo postura mais agressiva na compra de animais. Segundo a consultoria Safras & Mercado, por outro lado, indústrias maiores mantêm escalas confortáveis, com boa oferta de animais de parceria na temporada. As exportações seguem oferecendo suporte aos preços, enquanto o mercado doméstico apresenta avanços com recuperação dos preços da carne no atacado nos últimos dias, destacou Fernando Henrique Iglesias, da Consultoria Safras & Mercado. Preços médio do boi gordo: São Paulo: R$ 310,08 (modalidade à prazo). Goiás: R$ 294,11. Minas Gerais: R$ 292,94. Mato Grosso do Sul: R$ 320,68. Mato Grosso: R$ 292,88.
O mercado atacadista também apresentou elevação nos preços. Segundo Iglesias, a tendência é de continuidade do movimento no curto prazo, impulsionada pela entrada dos salários, pelo décimo terceiro salário e pelo aumento do consumo de proteínas no final do ano, especialmente com as confraternizações e contratações temporárias. Preços do atacado: Quarto traseiro: R$ 25,00. Quarto dianteiro: R$ 17,70 (alta de R$ 0,20). Ponta de agulha: R$ 16,50.
Safras News
Mercado do boi gordo: alta na cotação da vaca em São Paulo
Após a alta nos preços do boi registrada no dia anterior, o mercado permaneceu estável no dia seguinte, inclusive para a cotação da novilha gorda. Já a cotação da vaca gorda apresentou um aumento de R$2,00/@.
Após a alta nos preços do boi registrada no dia anterior, o mercado permaneceu estável no dia seguinte, inclusive para a cotação da novilha gorda. Já a cotação da vaca gorda apresentou um aumento de R$2,00/@. O cenário foi de um mercado com oferta considerada razoável e um escoamento de carne bovina mais favorável nos primeiros dias de outubro. Em Goiás, a oferta de bovinos esteve mais enxuta, o que levou os frigoríficos a oferecerem valores mais altos pelo boi gordo. Em Minas Gerais, a oferta de bovinos atendeu à demanda, embora tenha começado a diminuir. O escoamento de carne apresentou melhora, mas permaneceu abaixo do esperado, enquanto as escalas continuaram confortáveis. Com isso, as cotações se mantiveram estáveis na comparação diária.
Scot Consultoria
Exportações de carne bovina batem recordes de volume e receita em setembro
Aumento ocorreu mesmo com a queda de vendas para os Estados Unidos devido ao tarifaço
As exportações de carne bovina do Brasil totalizaram 373,8 mil toneladas em setembro, aumento de 17% no comparativo anual e um novo recorde mensal. Na mesma linha, a receita atingiu a máxima histórica mensal de US$ 1,920 bilhão, avanço de 49% comparado a setembro de 2024. Os dados, que consideram carne in natura, industrializada e subprodutos, foram divulgados nesta quarta-feira (8/10) pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) com base em informações do governo federal. A China é a principal compradora da proteína bovina brasileira do mês, seguida pela União Europeia. O bloco assumiu a posição dos Estados Unidos desde que o presidente americano, Donald Trump, anunciou uma sobretaxa de 50% dos EUA contra produtos brasileiros, que elevou a tarifa da carne bovina para 76,4%. “Esse forte desempenho ocorreu no segundo mês de vigência das taxas adicionais impostas a produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos, mostrando que o setor vem conseguindo superar com sucesso as adversidades e aproveitar novas oportunidades comerciais, compensando a queda nas vendas para o país norte-americano”, disse a entidade em nota. Com a sobretaxa, as vendas de carne bovina in natura para os americanos recuaram 58% em setembro, em relação a agosto, para US$ 42,2 milhões. O comércio de industrializados caiu 20% no mesmo período comparativo, para US$ 30 milhões, enquanto as vendas de sebo e gorduras bovinas caíram 7%, para US$ 30,5 milhões, de acordo com o levantamento da associação. No total, as exportações de carne e subprodutos bovinos para os Estados Unidos somaram US$ 102,9 milhões em setembro, queda de 41% na variação anual. Já bloco europeu gerou receitas de US$ 131,7 milhões ao Brasil com a compra de carne bovina em setembro, mais que o dobro do ano passado, com uma alta de 106%, e embarques de 15.322 toneladas (+83%). “Os países da União Europeia também remuneram melhor o produto brasileiro, com preço médio que alcançou US$ 8.739 por tonelada de carne bovina in natura em setembro de 2025”.
Acumulado - Entre janeiro e setembro, os números do acumulado do ano também são recordes históricos: o Brasil já faturou US$ 12,759 bilhões (+35,84%) e movimentou 2.349.077 toneladas (+18,7%) com as vendas do setor. A China, que respondeu por 47,2% das exportações do setor até setembro, continua mantendo a primeira posição entre os maiores importadores. No acumulado do ano, as aquisições do país asiático somaram US$ 6,021 bilhões (+46,2%), com volumes de 1.135.786 toneladas embarcadas (+21,8%). Quando se consideram apenas exportações de carne bovina in natura, o gigante asiático representou 53%, até setembro. Segundo a Abrafrigo, os EUA continuam sendo o segundo maior importador do ano, com aquisições totais no valor de US$ 1,708 bilhão (+55,1%) e volume de 593.118 toneladas (+50,7%) de janeiro a setembro de 2025. O México disparou nas compras de carne bovina do Brasil, com 94.266 toneladas importadas (+195%) e receitas de US$ 513,31 milhões (+251%). As vendas para o bloco europeu também foram destaque e somaram US$ 676 milhões (+63,5%), com embarques de 83.679 toneladas (+44,4%).
Globo Rural
Carne bovina: seis árabes entre os maiores destinos da proteína brasileira
Egito, Arábia Saudita, Argélia, Emirados Árabes Unidos, Líbano e Líbia integram lista dos 20 principais importadores
Seis países árabes estão entre os principais destinos da carne bovina produzida no Brasil neste ano, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), informa a Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA). Segundo dados divulgados na terça-feira (7) pela associação, o setor registrou recorde no total das exportações em setembro e também no acumulado do ano, mesmo após o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos entrar em vigor. Segundo a Abrafrigo, em setembro, foram exportados US$ 1,920 bilhão, um crescimento de 49%, em valores, sobre o mesmo mês de 2024. Em volumes, os embarques somaram 373,8 mil toneladas, em alta de 17% na mesma comparação. No acumulado do ano, o faturamento com exportações soma US$ 12,7 bilhões, em alta de 35,8% sobre a mesma comparação de 2024. Em volumes, foram exportadas 2,3 milhões de toneladas, em alta de 18,7%.
No ano, o principal destino das exportações foi a China, que importou US$ 6 bilhões entre janeiro e setembro. Foi seguida pelos Estados Unidos, que compraram US$ 1,7 bilhão, México, Chile, Rússia, Filipinas, Itália, Hong Kong, Egito e Arábia Saudita, entre os dez principais destinos. O Egito, no ano, importou US$ 240,2 milhões, em queda de 3,8% em comparação com o mesmo período de 2024 até setembro. A Arábia Saudita, por sua vez, ampliou suas compras em 7,7% na variação anual, para US$ 219,2 milhões. A Argélia foi o 13º destino da carne bovina e derivados brasileiros, com aquisições que somaram US$ 185,3 milhões, em expansão de 18,3%. As vendas para os Emirados Árabes Unidos, 14º maior comprador, caíram 72,6%, a maior retração anual entre os 20 principais importadores. O Líbano foi o 17º destino das vendas, com um total de US$ 100 milhões negociados no ano, em alta de 42,7%. A Líbia, 19º destino das exportações do setor, ampliou suas compras em 45,8%, para US$ 91,2 milhões.
No total, afirma a nota da Abrafrigo, 130 países compradores de carne bovina brasileira ampliaram suas compras no acumulado do ano e 48 reduziram. Os dados da Abrafrigo são calculados a partir de informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e reúnem carne in natura, industrializada, miudezas comestíveis e sebo, entre outros subprodutos.
Portal DBO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Preços de comidas e bebidas caem pelo quarto mês seguido no Paraná
O Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR - Alimentos e Bebidas) do Estado registrou queda de 0,33% em setembro. Esse foi o quarto mês consecutivo de alívio nos preços médios dos produtos que compõe o índice. Os declínios anteriores foram de 0,53% em junho, 0,72% em julho e de 0,58% em agosto.
Com isso, a variação acumulada durante o ano está em 1,51%, 0,34 ponto percentual (p.p.) abaixo da registrada no mês anterior e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,98%, taxa 1,47 p.p. inferior a da última apuração. As maiores quedas nos preços em setembro foram em tubérculos e raízes (-11,64%), hortaliças e verduras (-6,3%) e cereais (-2,37%). Nos subgrupos, os principais produtos que registraram quedas nos preços em relação a agosto foram pepino, abobrinha, cebola, tomate, batata-inglesa, melancia, couve, alface e alho. As frutas tiveram alta pontual nos preços. A menor disponibilidade de banana-caturra no mercado interno devido baixa a produtividade, consequência de alterações climáticas, contribuiu para o aumento mensal de 15,95%. Na variação acumulada em 12 meses, os principais reajustes estão relacionados aos subgrupos carne bovina, 21,56%, bebidas e infusões, 13,57%, carne suína, 12,87% e ovos de galinha, 10,61%. No outro extremo, entre outubro de 2024 a setembro de 2025 foram observadas quedas em cereais (24,50%), tubérculos, raízes e legumes (19,31%), frutas (9,79%) e pescados (2,12%). Em 2025, os grupos que ajudaram a conter a inflação foram frutas (-6,68%), óleos e gorduras (-4,78%) e cereais (-23,94%). O resultado estadual do IPR em setembro foi reflexo das quedas observadas em todas as localidades pesquisadas. Em Umuarama, o índice caiu 0,69%, seguido pelas retrações de 0,47% em Guarapuava, 0,35% em Curitiba, 0,34% em Londrina, 0,29% em Foz do Iguaçu, 0,27% em Maringá, 0,22% em Ponta Grossa, 0,19% em Cascavel e 0,15% em Pato Branco.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha perto da estabilidade com mercado à espera de votação no Congresso
Os investidores do mercado de câmbio brasileiro operaram nesta quarta-feira em compasso de espera pela votação, no Congresso, da medida provisória que trata da taxação de aplicações financeiras, o que fez o dólar fechar o dia praticamente estável ante o real.
O dólar à vista encerrou a sessão em leve baixa de 0,13%, aos R$5,3430. No ano, a divisa acumula baixa de 13,53%. Às 17h03 na B3 o dólar para novembro -- atualmente o mais líquido no Brasil – cedia 0,23%, aos R$5,3645. A moeda norte-americana registrou altas e baixas ante o real em diferentes momentos da manhã, mas sem força suficiente para manter uma tendência.
A expectativa pela votação da MP no Congresso -- considerada essencial para que o governo garanta arrecadação para fechar as contas -- reduziu a liquidez no mercado de câmbio e manteve as cotações muito próximas da estabilidade durante a maior parte do dia. O dólar à vista variou entre a cotação máxima de R$5,3638 (+0,25%), às 9h02, e a mínima de R$5,3298 (-0,38%), às 10h13, para depois oscilar dentro desta margem estreita. Operador ouvido pela Reuters pontuou que, além da cautela antes da votação da MP, o fato de a divulgação de indicadores econômicos estar congelada nos EUA, em função da paralisação parcial do governo, travava as operações no Brasil. No exterior, o dólar sustentava ganhos ante o iene e o euro pela terceira sessão consecutiva, em meio ao processo de formação de novos governos no Japão e na França. Às 17h04, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,22%, a 98,849. No entanto, a moeda norte-americana cedia ante divisas pares do real, como o peso chileno, a lira turca e o peso mexicano.
Reuters
Ibovespa fechou em alta na quarta-feira em dia de ajustes
O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, em meio a ajustes, após cair em quatro dos cinco primeiros pregões de outubro, com Petrobras freando uma recuperação mais robusta do índice, apesar do avanço do preço do petróleo no exterior.
O cenário fiscal brasileiro também refreou os ânimos, com governo e aliados correndo contra o tempo para aprovar na Câmara dos Deputados e no Senado a medida provisória que trata da taxação de aplicações financeiras - ou ela perderá a validade. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,56%, a 142.145,38 pontos, tendo chegado a 142.385,02 pontos na máxima e 141.356,43 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$19,87 bilhões. Para o head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, Anderson Silva, a bolsa tem refletido nos últimos pregões um movimento de correção após renovar máximas históricas. Silva citou que as empresas do Ibovespa vêm reportando bons resultados desde o começo do ano, salvo exceções, e que a temporada dos números do terceiro trimestre não deve ser um componente desfavorável para as ações na bolsa paulista. "Acredito que o problema para o nosso mercado não andar mais não está nos resultados das empresas, mas nas incertezas ...em relação às mudanças de 'regras do jogo'...por exemplo, o que está para ser votado na chamada 'MP dos impostos." Silva citou que essas incertezas podem afetar o fluxo de capital dos investidores, principalmente os estrangeiros, nas ações no Brasil. Em relação à Medida Provisória 1303, a comissão mista para a matéria aprovou na véspera uma versão desidratada do texto, por um placar apertado, por 13 votos a favor e 12 contra, num indicativo das dificuldades para o governo. O texto aprovado retirou a previsão inicial de taxação de títulos hoje isentos, como LCI, LCA, CRI e CRA, e a proposta de elevação da tributação de empresas de apostas online, as bets. As mudanças reduziram o potencial de arrecadação da MP de R$20,9 bilhões para mais de R$17 bilhões no próximo ano. Investidores estão receosos quanto a potenciais medidas visando as eleições de 2026 com efeito fiscal negativo. Após notícias nos últimos dias sobre o governo federal estar estudando um programa de tarifa zero para transporte público, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse na quarta-feira que "não tem nada programado para ano que vem, nem para este ano". Em entrevista na segunda-feira à TV Record, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que essa seria uma proposta da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição em 2026, o que repercutiu negativamente entre agentes financeiros.
Reuters
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$223 milhões em setembro, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$223 milhões em setembro, em movimento puxado pela via financeira, informou na quarta-feira o Banco Central.
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$780 milhões em setembro. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de setembro foi positivo em US$557 milhões. Na semana passada, de 29 de setembro a 3 de outubro, o fluxo cambial total foi negativo em US$1,056 bilhão. No acumulado do ano até 3 de outubro, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$17,609 bilhões.
Reuters
Poupança tem retirada líquida de R$ 15 bilhões em setembro
Rendimentos creditados nas contas somam R$ 6,4 bilhões, diz BC
O saldo da aplicação na caderneta de poupança caiu em setembro, com registro de mais saques do que depósitos. As saídas superaram as entradas em R$ 15 bilhões, de acordo com relatório divulgado na quarta-feira (8) pelo Banco Central (BC). No mês passado, foram aplicados R$ 356,6 bilhões, contra saques da ordem de R$ 371,6 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 6,4 bilhões. O saldo da poupança é pouco mais de R$ 1 trilhão. Trata-se do terceiro mês seguido de resultado negativo na poupança. Os quatro primeiros meses do ano também foram de retiradas, seguidos dos meses de maio e junho com entradas líquidas. No acumulado de 2025, a caderneta tem resgate líquido de R$ 78,5 bilhões. Nos últimos anos, a caderneta vem registrando mais saques que depósitos. Em 2023 e 2024, as retiradas líquidas da poupança foram R$ 87,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, respectivamente. Entre as razões para os saques está a manutenção da Selic – a taxa básica de juros – em alta, o que estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. Em julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC interrompeu o ciclo de aumento de juros após sete altas seguidas na Selic e, desde então, vem mantendo a taxa em 15% ao ano. O objetivo da autoridade monetária é garantir que a meta da inflação, de 3%, seja alcançada. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Até agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerado a inflação oficial do país – acumula alta de 5,13% em 12 meses.
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