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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 965 DE 08 DE OUTUBRO DE 2025

  • prcarne
  • 8 de out.
  • 18 min de leitura
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 965 | 08 de outubro de 2025


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Boi gordo aponta no caminho de alta, puxado pela melhoria da demanda interna e pela explosão das exportações

Das 17 praças acompanhadas diariamente pela Agrifatto, seis fecharam a terça-feira (7/10) com valorizações nas cotações da arroba: SP, GO, MG, MS, PR e SC. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias

 

Depois de um período de certa estabilidade, os preços do boi gordo registraram um movimento de alta mais firme na terça-feira (7/10), refletindo o aumento na demanda doméstica de carne bovina, além do fortalecimento dos embarques brasileiros da proteína, que alcançaram recorde mensal histórico em setembro/25, superando as 300 mil toneladas.

A Agrifatto apurou valorização nas cotações da arroba em 6 das 17 praças acompanhadas diariamente: SP, GO, MG, MS, PR e SC. Nas demais regiões, as tabelas de preços não mudaram, acrescenta a consultoria. “O cenário aponta para um mercado consistente, apoiado no fôlego da demanda interna e externa, mesmo num ambiente marcado por cautela e estratégias defensivas por parte da indústria”, destacam os analistas da Agrifatto. Segundo a consultoria, os frigoríficos brasileiros de menor porte operam com escalas de abate mais curtas, enquanto as grandes indústrias mantêm programações apoiadas na entrega de animais provenientes de confinamentos próprio ou de parcerias contratuais com pecuaristas. Ainda assim, diz a Agrifatto, o aumento das negociações não foi suficiente para ampliar as escalas de abate dos frigoríficos, que seguem com programação de oito dias úteis, na média nacional. Pelos dados da Scot Consultoria, o boi gordo sem padrão-exportação registrou avanço de R$ 2/@, para R$ 305/@, enquanto o “boi-China” subiu R$ 3/@, negociado agora a R$ 310/@ (valores brutos, no prazo). Aquecimento dos negócios no atacado/varejo. O mercado de carne bovina apresenta um crescimento típico na demanda no início do mês, tanto no atacado quanto no varejo. No atacado de carne com osso, as distribuições se intensificaram a partir da metade da semana passada, impulsionadas pelo aumento dos pedidos de reposição feitos pelo varejo, acrescentam os analistas. No mercado futuro, os contratos do boi gordo operaram em leve queda na segunda-feira (6/10), com o papel com vencimento em outubro/25 encerrando o pregão cotado a R$ 311,10, uma queda diária de 0,59%. Cotações do boi gordo da terça-feira (7/10), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$ 315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$300,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. GOIÁS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China/Europa: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de dez dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Carne bovina: embarques brasileiros atingem receita recorde de US$ 11,4 bi de jan-set/25, tendo China e EUA como protagonistas

Exportações da proteína nos primeiros nove meses do ano registram forte acréscimo de 37,3% sobre o resultado obtido em igual período de 2024

 

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina in natura (congelada, resfriada e fresca) somaram US$ 11,4 bilhões, um forte acréscimo de 37,3% sobre a receita obtida em igual período de 2024, de US$ 8,3 bilhões, segundo dados apurados pelo Portal DBO com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Trata-se de um novo recorde histórico para o período, superando o recorde de igual período de 2022, de US$ 9,2 bilhões. Em volume, as vendas externas da proteína no acumulado dos nove meses do ano também atingiram recorde, alcançando 2,1 milhões de toneladas, um aumento de 16,4% em relação ao resultado obtido entre janeiro e setembro de 2024, de 1,8 milhão de toneladas (recorde anterior). O preço médio da carne in natura exportada no período de janeiro a setembro de 2025 ficou em US$ 5,30/kg, 18% acima da cotação média obtida em igual intervalo do ano passado, de US$ 4,49/kg, e ainda longe do recorde obtido nos primeiros nove meses de 2022, de US$ 6,11/kg. China, EUA e Chile são os principais compradores. Em receita, a China respondeu por 52,9% das compras totais registradas no período de janeiro a setembro/25, o equivalente a US$ 6 bilhões. Considerando o mesmo período, os EUA ficaram em segundo lugar no ranking dos principais importadores da carne bovina brasileira, com aquisições totais de US$ 941,3 bilhões (participação de 8,3%), seguido pelo México (US$ 511,9 milhões e 4,5% de participação) e Chile (US$ 492,8 milhões e de 4,3% de participação).

Na avaliação dos analistas da Agrifatto, o principal responsável pelo desempenho recorde dos embarques de carne bovina em setembro/25 foi a China. Os envios para o gigante asiático cresceram 18,48% e 38,2% no comparativo mensal e anual, respectivamente, atingindo 187,27 mil toneladas em setembro/25, o maior volume enviado em um único mês para o gigante asiático, destaca a consultoria. A receita obtida em reais com a venda de carne bovina para a China alcançou R$ 5,58 bilhões, valor 18,48% superior ao registrado em agosto de 2025.

Entre os novatos, destaque para Filipinas e Indonésia. O número de parceiros comerciais do Brasil também cresceu nesta parcial de 2025, com destaque para Filipinas e Indonésia, que abriram a “porteira” recentemente (a partir de agosto/25) para a carne bovina com osso e miúdos. “Esse maior número de países também veio acompanhado de um melhor desempenho, o que levou 2025 a registrar mais um recorde”, observam os analistas da Agrifatto. Segundo a consultoria, a manutenção do boi “mais barato do mundo” tem sido um fator decisivo para o avanço das exportações brasileiras. “Com preços competitivos, ampliação de parceiros comerciais e forte demanda internacional, o Brasil consolida sua posição como principal fornecedor global de carne bovina”, destaca a Agrifatto.

Portal DBO

 

SUÍNOS

 

ABPA: Exportações de carne suína alcançam maior volume mensal da história

Receita com embarques realizados durante o mês de setembro também é recorde

 

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 151,6 mil toneladas em setembro. É o maior volume mensal já registrado pelo setor, e que supera em 25,9% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 120,4 mil toneladas. A receita obtida com as exportações de setembro também é recorde. Ao todo, foram US$ 368,4 milhões realizados este ano, o que supera em 29,9% o total alcançado no mesmo período do ano passado, com US$ 283,7 milhões. Com o desempenho expressivo de setembro, os embarques de carne suína já acumulam alta de 13,2% em volume exportado entre janeiro e setembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 1,121 milhão de toneladas em 2025, contra 990,7 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, a alta chega a 24,6%, com US$ 2,702 bilhões neste ano, contra US$ 2,169 bilhões no ano anterior. As Filipinas seguem expandindo sua participação nas exportações brasileiras, com 49 mil toneladas de carne suína importadas em setembro - saldo 73,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida estão China, com 13,6 mil toneladas (-18,2%), Japão, com 11,4 mil toneladas (+32,4%), Vietnã, com 9,6 mil toneladas (+39,8%), México, com 9,6 mil toneladas (+55,8%), Chile, com 8,3 mil toneladas (-13,7%), Hong Kong, com 8,2 mil toneladas (-5,3%), Singapura, com 5,6 mil toneladas (+2,2%), Argentina, com 4,2 mil toneladas (+82,2%) e Geórgia, com 4 mil toneladas (+120%). Santa Catarina segue como maior estado exportador de carne suína, com 72,7 mil toneladas exportadas em setembro (+17,4% em relação ao mesmo período do ano anterior), e é seguido pelo Rio Grande do Sul, com 35,7 mil toneladas (+39,6%), Paraná, com 25,3 mil toneladas (+35,5%), Minas Gerais, com 2,9 mil toneladas (-10,6%) e Mato Grosso, com 3,9 mil toneladas (+19,1%).

ABPA

 

FRANGOS

 

Embarques de carne de frango restabelecem níveis e alcançam 480 mil toneladas em setembro

África do Sul assume liderança entre os principais destinos do mês

 

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 482,3 mil toneladas em setembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).  É o melhor resultado mensal registrado nos 11 meses, sendo superado apenas pelo volume embarcado em setembro de 2024, com 485 mil toneladas - ficando, portanto, apenas 0,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado. 

A receita das exportações de carne de frango alcançou US$ 857,9 milhões em setembro, saldo 10,1% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, com US$ 953,8 milhões. No ano (janeiro a setembro), foram embarcadas 3,876 milhões de toneladas, volume 1% inferior ao exportado nos nove primeiros meses do ano anterior, com 3,917 mil toneladas. A receita acumulada no período chegou a US$ 7,166 bilhões, número 1,5% menor em relação a 2024, com US$ 7,273 bilhões. Pela primeira vez, a África do Sul foi o principal destino mensal das exportações do setor, com 38,7 mil toneladas exportadas em setembro - número 35,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. O ranking dos principais destinos do mês é completado por Emirados Árabes Unidos, com 37,2 mil toneladas (-10,2%), México, com 37,1 mil toneladas (+55,5%), Japão, com 36,4 mil toneladas (-0,2%), Arábia Saudita, com 35,7 mil toneladas (+19,2%), Filipinas, com 32,3 mil toneladas (+103,2%), Coreia do Sul, com 25,7 mil toneladas (+229,8%),Chile, com 18 mil toneladas (+81,3%), Iraque, com 13,5 mil toneladas (+7,9%) e Hong Kong, com 12,5 mil toneladas (+138,6%). Principal estado exportador brasileiro, o Paraná embarcou 182,3 mil toneladas em setembro (-6,9%), seguido por Santa Catarina, com 116,7 mil toneladas (+10,5%), Rio Grande do Sul, com 65,2 mil toneladas (+3,2%), São Paulo, com 31,1 mil toneladas (+10,7%) e Goiás, com 21,6 mil toneladas (+10,8%). 

ABPA

 

Livre de gripe aviária, Brasil prorroga status de emergência para a doença

Desde outubro de 2023, país registrou 185 casos da doença, sendo apenas um em criação comercial

 

A China, principal comprador de frango do Brasil, mantém o embargo contra produtos avícolas

O Ministério da Agricultura prorrogou, nessa segunda-feira (6/10), o estado de emergência zoossanitária em todo o país em função da gripe aviária por mais 180 dias. O status está válido desde outubro de 2023, quando os primeiros casos de infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres foram registrados no Brasil. Desde lá, são 185 casos de gripe aviária no país, sendo apenas um em ave de criação comercial, ocorrido em maio de 2025 em uma granja de Montenegro (RS). De acordo com o painel de acompanhamento do Ministério da Agricultura, foram 172 focos em aves silvestres e 12 em aves de criação de subsistência. Atualmente, apenas um caso de síndrome respiratória e nervosa das aves está em investigação. É um caso de ave silvestre no Espírito Santo. O status de emergência zoossanitária permite acelerar a liberação de recursos para ações contra a disseminação da doença. Com a detecção de um caso em granja comercial, diversos mercados fecharam as portas para exportações de carnes de aves do Brasil. Gradualmente, os países retomaram as compras após o encerramento do foco e a declaração, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), de país livre da doença. Mesmo assim, o principal comprador, a China, mantém o embargo. Em setembro, uma missão técnica de chineses visitou granjas, frigoríficos, laboratórios e outras instalações no Brasil para auditar o sistema de inspeção federal. A China deve emitir um relatório sobre a visita. A expectativa no setor produtivo, principalmente do Rio Grande do Sul, é de reabertura do mercado ainda em 2025. Os gaúchos estão com as vendas suspensas desde julho de 2024, quando um caso da Doença de Newcastle (DNC) foi identificado em Anta Gorda (RS).

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Paraná diversifica mercados e se consolida como 5º maior exportador do Brasil

De janeiro a setembro, foram US$ 17,7 bilhões exportados, com saldo positivo de US$ 2 bilhões em relação às importações. Os produtos paranaenses chegaram a 209 mercados internacionais. Argentina, Índia, Irã e Singapura, por exemplo, apresentaram forte crescimento.

 

Com um cenário cada vez mais desafiador no comércio exterior, o Paraná tem conseguido expandir as vendas para outros mercados, consolidando-se como o 5º maior exportador do País. De janeiro a setembro deste ano, foram US$ 17,7 bilhões exportados, com saldo positivo de US$ 2 bilhões em relação às importações, que somaram US$ 15,6 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e foram organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O Paraná é o 5º maior exportador do País e o primeiro do Sul, atrás apenas de São Paulo (US$ 52,4 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 33,6 bilhões), Minas Gerais (US$ 33 bilhões) e Mato Grosso (US$ 22,5 bilhões). Pará (US$ 17,6 bilhões), Rio Grande do Sul (US$ 15,4 bilhões), Goiás (US$ 10,4 bilhões), Santa Catarina (US$ 9 bilhões) e Bahia (US$ 8,3 bilhões) também foram destaque. Os demais estados responderam juntos por US$ 37,8 bilhões. As exportações paranaenses vêm passando por um processo de desconcentração de mercados internacionais. De janeiro a setembro deste ano, os produtos paranaenses chegaram a 209 mercados internacionais. Argentina, Índia, Irã e Singapura, por exemplo, apresentaram forte crescimento. A vizinha Argentina, por exemplo, praticamente dobrou a participação nas importações de produtos paranaenses, passando de 4,3% nos primeiros nove meses de 2024, para 8,2% no mesmo período deste ano. Foi a maior variação registrada por um parceiro comercial, com 86,4%. A exportação de automóveis cresceu 253%, chegando a US$ 367,7 milhões em 2025, ante US$ 112,7 milhões no ano passado. Já a Índia viu sua participação na balança comercial do Paraná sair de 1,8% para 2,7% entre janeiro e setembro de um ano e outro, o que representa uma variação de 48,5%. O óleo de soja bruto foi o responsável por puxar esse aumento, com US$ 338,8 milhões e participação de 71,6% nas exportações. Produtos químicos orgânicos e metalúrgicos diversos também tiveram contribuição expressiva, com 37,4% e 24,9% de variação positiva, respectivamente.

O Irã foi responsável por 2,5% das vendas paranaenses para o mundo em 2025, com uma variação de 15,8% em relação aos 2,1% no mesmo período de 2024. Foram US$ 434,7 milhões comprados pelo país asiático, com destaque para os cereais, com US$ 269,8 milhões e variação de 476,6% em relação aos US$ 46,7 milhões do ano passado. Já Singapura passou de 1,3% para 1,9% de participação, com óleos e combustíveis sendo o produto mais comercializado pelo Paraná ao país, com US$ 222,6 milhões de janeiro a setembro deste ano, um aumento de 101,6% em relação aos US$ 110,4 milhões do mesmo período de 2024. Essa desconcentração das exportações é reflexo do momento atual pelo qual as duas maiores economias do mundo vêm passando. A China, grande importadora de soja e seus derivados, representou 23,7% do total vendido pelo Paraná ao Exterior nos nove primeiros meses de 2025, ante uma participação de 28,5% relativa ao mesmo período de 2024, uma redução de 4,8 pontos percentuais. Essa diminuição é consequência da posição chinesa de reduzir a participação do farelo de soja como ração animal. Nesse mesmo sentido, os Estados Unidos, que antes registraram uma participação de 6,4% de janeiro a setembro de 2024, viram esse número reduzir para 5,6% no mesmo período deste ano. A diminuição tem como pano de fundo as tarifas impostas aos produtos brasileiros pelo governo norte-americano, que impactaram principalmente as cadeias da madeira e café. A soja em grão continua como o principal produto paranaense exportado para o mundo, representando 20,9% da balança comercial do Estado. Foram US$ 3,7 bilhões nos primeiros nove meses de 2025. Na sequência, aparecem carne de frango “in natura”, responsável por 14,8% das exportações paranaenses, com US$ 2,6 bilhões comercializados; farelo de soja, com 5,4% e US$ 953,2 milhões; açúcar bruto, com 4,7% e US$ 830,7 milhões; automóveis, com 3,7% e US$ 649,7 milhões; papel e cereais, ambos com 3,5% de participação e US$ 618,5 milhões e US$ 616,8 milhões vendidos, respectivamente. A balança comercial foi favorável para o Estado. De janeiro a setembro de 2025, foram US$ 17,7 bilhões exportados, contra US$ 15,6 bilhões importados, um saldo positivo de US$ 2 bilhões.

Agência Estadual de Notícias

 

Exportações para os EUA caem 20% em setembro no 2º mês do tarifaço

As exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 2,58 bilhões em setembro, uma queda de 20,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados na segunda (6).

 

O resultado reflete o segundo mês de impacto direto da sobretaxa de 50% imposta pelo governo de Donald Trump a produtos brasileiros, medida que tem ampliado o déficit comercial entre os dois países. O Brasil registrou um déficit de US$ 1,77 bilhão com os Estados Unidos no mês passado, importando mais do que exportando. As importações somaram US$ 4,35 bilhões em setembro, um aumento de 14,3% sobre o mesmo mês de 2024. Segundo o MDIC, a queda nas exportações foi generalizada e atingiu tanto os produtos afetados pela tarifa quanto aqueles que ficaram de fora da medida. Em agosto, primeiro mês do tarifaço, as vendas externas ao mercado americano já haviam recuado 18,5%. Entre os itens mais afetados pela sobretaxa de 50% estão a carne bovina, com redução de 58% nas exportações, açúcar e melaço (-77%), armas e munições (-92%), tabaco (-95,7%) e café torrado (-29%). Mesmo produtos que escaparam da sobretaxa, como ferro-gusa (-41%), celulose (-27,3%) e minério de ferro (que não teve embarques em setembro), também registraram queda. No acumulado de janeiro a setembro, as exportações brasileiras aos Estados Unidos totalizaram US$ 29,21 bilhões, recuo de 0,6% em relação a 2024. Já as importações cresceram 11,8%, somando US$ 34,32 bilhões, o que resultou em um déficit de US$ 5,1 bilhões para o Brasil no período. Apesar da retração nas vendas ao mercado norte-americano, o país registrou em setembro o maior volume de exportações da série histórica para o mês, com US$ 30,53 bilhões, alta de 7,2% frente ao mesmo mês do ano anterior. As importações, porém, também cresceram fortemente, 17,7%, totalizando US$ 27,54 bilhões — o maior valor já registrado. Assim, o saldo da balança comercial brasileira ficou positivo em US$ 2,99 bilhões, queda de 41,1% em comparação com setembro de 2024.Diante do cenário, a Secretaria de Comércio Exterior revisou as projeções para a balança comercial de 2025, prevendo agora um superávit de US$ 60,9 bilhões, ante estimativa anterior de US$ 50,4 bilhões. Caso o número se confirme, representará uma redução de 17,9% em relação ao superávit de US$ 74,2 bilhões de 2024. A previsão para as exportações subiu levemente para US$ 344,9 bilhões, enquanto as importações foram ajustadas para baixo, para US$ 284 bilhões. O governo norte-americano, segundo o comunicado, designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para prosseguir nas negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin (que também é ministro do MDIC), o chanceler Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o ministro Fernando Haddad (Fazenda). Ainda segundo a nota, os líderes “combinaram um novo encontro pessoalmente em breve”.

Gazeta do Povo

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar tem alta firme e encerra a R$ 5,35 com risco fiscal no radar 

A dinâmica ainda foi reflexo do mau humor dos investidores com a sustentabilidade da dívida pública em países desenvolvidos, mas risco fiscal local também pesou 

 

O dólar à vista exibiu apreciação firme frente ao real, em um movimento em linha com o observado na maioria dos mercados mais líquidos acompanhados pelo Valor. A dinâmica ainda foi reflexo do mau humor dos investidores com a sustentabilidade da dívida pública em países desenvolvidos. Apesar da valorização da moeda americana ser global, o real ficou entre as cinco moedas com pior desempenho do dia. Operadores avaliaram que preocupações também com a questão fiscal no Brasil geraram pressão adicional sobre o câmbio doméstico. Encerradas as negociações do mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,75%, cotado a R$ 5,3506, depois de ter atingido a mínima de R$ 5,3195 e encostado na máxima de R$ 5,3532. Já o euro comercial exibiu apreciação de 0,24%, a R$ 6,2335. No exterior, perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, registrava alta de 0,53%, aos 98,632 pontos. Para Eduardo Aun, sócio e gestor da AZ Quest, se os ventos externos que tanto beneficiaram os mercados locais até agora neste ano começarem a soprar em sentido contrário, o contexto fiscal no Brasil tende a pressionar os ativos. “No fim das contas, estamos falando de um resultado de vetores. Se o vetor lá de fora, que é mais forte, muda de direção, ele deixa de fazer contraponto às questões locais, e problemas fiscais voltam a ter efeitos nos preços”, diz. Ainda na leitura de Aun, é natural que daqui em diante temas relacionados à eleição fiquem mais no radar dos investidores. “As pessoas querem saber qual vai ser a direção de política econômica, dado que a situação fiscal do país é crítica”, diz. Ainda que veja espaço para o dólar globalmente perder mais força, Aun diz que há um limite nessa dinâmica, não muito distante por conta da dificuldade de outras moedas em apreciar. “Dá para ter uma correção ainda, mas é preciso levar em consideração que o movimento do dólar não é isolado, e sim uma dinâmica relativa. A moeda americana, portanto, concorre com outras instituições de outros países, e estamos vendo isso esta semana com a fragilidade no Japão e na França.” O Commerzbank diz, em nota, que ontem surgiram duas boas notícias para o real. Primeiro, o banco alemão lembra da conversa entre o presidente Lula e seu homólogo americano, Donald Trump. “Ao que tudo indica, o momento aponta para um degelo nas relações entre os dois países — embora, com Donald Trump, nunca se saiba quanto tempo isso vai durar”, diz Michael Pfister, analista do banco alemão. Além disso, o Commerzbank aponta para os dados comerciais do Brasil de setembro, que surpreenderam positivamente, especialmente as exportações. “Já havíamos enfatizado aqui várias vezes que, até o momento, quase não se via efeito das tarifas mais altas dos EUA sobre as exportações brasileiras — e esse desenvolvimento, ao que tudo indica, continuou em setembro. Ambas são boas notícias para o real brasileiro.”

Valor Econômico

 

Ibovespa fecha em queda com exterior

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, quase perdendo os 141 mil pontos no pior momento, com receios fiscais e a piora no cenário externo nesta sessão amplificando movimentos de realização de lucros que vêm marcando as primeiras sessões de outubro na bolsa paulista.

 

MRV&Co capitaneou as perdas do dia, com tombo de mais de 12%, após prévia operacional do terceiro trimestre, com números sobre fluxo de caixa frustrando expectativas. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,55%, a 141.376,17 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 141.035,06 pontos na mínima e 143.606,01 pontos na máxima. O volume financeiro somava R$19,57 bilhões antes dos ajustes finais.

Reuters

 

Alta do IGP-DI acelera menos que o esperado em setembro, mostra FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta abaixo do esperado de 0,36% em setembro, depois de avanço de 0,20% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira.

 

A expectativa em pesquisa da Reuters era de um avanço de 0,43%. Com o resultado de setembro, o índice passou a acumular em 12 meses alta de 2,31%%. No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,30%, de alta de 0,35% no mês anterior. "A inflação ao produtor foi impulsionada, sobretudo, pelas grandes commodities, com destaque para café, milho e carne bovina", afirmou Matheus Dias, economista do FGV IBRE. No IPA, esses produtos subiram respectivamente 14,81%, 4,27% e 1,72%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) -- que responde por 30% do IGP-DI -- passou a subir 0,65% em setembro, de queda de 0,44% em agosto. "No IPC, o reajuste decorrente do bônus de Itaipu exerceu papel relevante na alta dos preços ao consumidor", explicou Dias.

Com isso, o grupo Habitação passou a registrar alta de 2,13% em setembro, de recuo de 0,80% em agosto, influenciado pelo fim dos descontos na conta de energia elétrica com o Bônus de Itaipu, valor distribuído aos consumidores todo ano após apuração do saldo registrado na conta de comercialização da energia da usina hidrelétrica binacional no ano anterior. O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou desaceleração da alta a 0,17% em setembro, de 0,52% antes. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Reuters

 

Banco Mundial eleva estimativa de crescimento econômico da América Latina para 2026

O Banco Mundial aumentou sua estimativa para o crescimento econômico da América Latina e do Caribe no próximo ano, embora a região continue sendo a de crescimento mais lento do mundo devido à inflação persistente, ao alto endividamento e às crescentes incertezas decorrentes das políticas tarifárias dos Estados Unidos.

 

A economia da região deve crescer 2,5% em 2026, acima da previsão de junho de 2,4%, informou o Banco Mundial. Sua previsão para este ano permaneceu em 2,3%, o que representaria uma ligeira melhora em relação aos 2,2% do ano passado. A estimativa para o Brasil em 2025 permaneceu em 2,4%, com o crescimento desacelerando para 2,2% no próximo ano. Espera-se agora que a economia do México tenha expansão de 0,5% este ano, acima da previsão de junho de 0,2%, com o crescimento acelerando para 1,4% no próximo ano. "Os governos da região têm conduzido suas economias através de repetidos choques, preservando a estabilidade", disse Susana Cordeiro Guerra, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. "Agora é o momento de continuar a construir sobre essa base, acelerando as reformas para melhorar o clima de negócios, investir em infraestrutura favorável e mobilizar o capital privado." A Argentina continua sendo a economia de crescimento mais rápido entre as maiores da região, mas sua estimativa para 2025 foi a mais reduzida, de 5,5% para 4,6%. Para 2026, o Banco Mundial espera desaceleração do crescimento para 4%. A economia da Bolívia agora é vista em contração neste ano e no próximo, apresentando desafios para o vencedor do segundo turno da eleição presidencial marcada para 19 de outubro. O Banco Mundial disse que, embora haja expectativa de preços estáveis, as metas de inflação ficaram mais difíceis de serem atingidas e as taxas de juros estão caindo mais lentamente. A incerteza sobre as políticas comerciais globais - em face das tarifas impostas pelos Estados Unidos - pesou sobre os investimentos em todos os setores. O relatório observou que barreiras conhecidas, como infraestrutura fraca, um viés a favor de empresas estabelecidas e educação deficiente em todos os níveis, estavam inibindo o empreendedorismo e a forma como as grandes empresas podem crescer. "As empresas querem contratar mais pessoas, mas não conseguem obter os trabalhadores", disse William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. "E é uma combinação do sistema escolar e do sistema de treinamento que não está fazendo isso direito."

Reuters

 

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