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CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 963 DE 06 DE OUTUBRO DE 2025

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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ

Ano 5 | nÂș 963 | 06 de outubro de 2025


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Boi gordo segue firme, acima dos R$ 300/@ em SP

Pelo terceiro dia seguido, as 17 praças acompanhadas pela Agrifatto registraram preços eståveis para os animais terminados, o que reforça a solidez do mercado, destacam os analistas. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de seis dias.

 

O mercado brasileiro do boi gordo encerrou a semana apresentando preços firmes na maioria das regiĂ”es produtoras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuĂĄrio. Na sexta-feira (3/10), a arroba do boi gordo (com ou sem padrĂŁo-China) foi negociada a R$ 310/@ em SĂŁo Paulo, segundo os dados levantados pela Agrifatto. Na mĂ©dia das 16 outras regiĂ”es monitoradas diariamente pela consultoria, o animal terminado estĂĄ cotado em R$ 294,20/@. De acordo com apuração dos analistas da Scot Consultoria, em SĂŁo Paulo, parte dos frigorĂ­ficos exportadores optou por ficar fora das compras nesta sexta-feira, enquanto as indĂșstrias que atuaram no mercado mantiveram os preços nos mesmos patamares de quinta-feira (2/10), mesmo com a menor oferta de bovinos. Por sua vez, diz a Scot, os frigorĂ­ficos voltados ao mercado interno registram escalas de abate mais curtas, diante da menor disponibilidade de bovinos, reflexo da postura retraĂ­da dos pecuaristas em negociar nos preços vigentes. Os nĂșmeros da Scot para o mercado paulista indicam um boi gordo “comum” em R$ 303/@, a vaca gorda em R$ 280/@, a novilha em R$ 292/@ e o “boi-China” em R$ 307/@ (todos os preços sĂŁo brutos, no prazo). Enquanto isso, no mercado da carne bovina, o cenĂĄrio domĂ©stico apresenta bom desempenho, informou a Agrifatto. “Na primeira semana de outubro/25, o atacado registrou vendas expressivas, com toda a mercadoria absorvida rapidamente pelo mercado e negociaçÔes para entrega jĂĄ na prĂłxima terça-feira (em 07/10)”, relatou a consultoria. Paralelamente, continua a consultoria, as exportaçÔes de carne bovina in natura mantĂȘm desempenho robusto, alcançando recordes mensais e contribuindo decisivamente para a manutenção dos preços da arroba em patamares elevados.

“A exportação segue com desempenho excepcional apesar do ‘tarifaço’ norte-americano”, destaca o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot. Em setembro/25, considerando dados ainda parciais, o Brasil exportou volume recorde de carne in natura – 294,7 mil toneladas.

“Pela primeira vez na histĂłria deveremos exportar mais de 300 mil toneladas em Ășnico mĂȘs”, antecipa Fabbri, que aguarda os nĂșmeros oficiais do mĂȘs (setembro/25) que serĂŁo divulgados em breve pela Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex). Na opiniĂŁo de Fabbri, no curto prazo, a cotação fĂ­sica da arroba poderĂĄ subir, conforme jĂĄ ponta os preços dos contratos futuros negociados na B3. Mas, diz Fabbri, requererĂĄ alguns pontos para isso: “a oferta de bovinos, que poderĂĄ diminuir de olho na estação de monta, uma apreciação do dĂłlar ante o real, alĂ©m de uma melhora na demanda interna com o começo de mĂȘs e o recebimento de salĂĄrios”. No mercado futuro, conforme mencionado acima, os preços do boi gordo seguem em alta. Na quinta-feira (2/10), o papel com vencimento em 31 de outubro/25 fechou o pregĂŁo da B3 em R$ 309,10/@, um avanço de 0,70% no comparativo diĂĄrio. cotaçÔes do boi gordo da sexta-feira (3/10), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$300,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove e oito dias, respectivamente. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. 

SCOT CONSULTORIA/AGRIFATTO/PORTAL DBO 

 

FĂȘmeas superaram 50% do abate nos frigorĂ­ficos

Este cenĂĄrio deve reduzir a oferta e contribuir para a valorização da arroba em 2026. A disponibilidade da oferta de fĂȘmeas no mercado ajudou a segurar os preços da arroba neste ano

 

O abate de fĂȘmeas atingiu nĂ­veis histĂłricos neste ano de 2025 e estĂĄ contribuindo para a mudança de ciclo pecuĂĄrio. Esse cenĂĄrio contribuiu para os preços da arroba neste ano, mas a expectativa Ă© que a redução do plantel reprodutivo deve gerar menor oferta de animais e valorização da carne a partir de 2026. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE) revelam que o abate de fĂȘmeas atingiu patamares histĂłricos em 2025, ultrapassando a marca de 50% da participação nos frigorĂ­ficos e, em alguns meses, superando o volume de machos. Esse movimento, que jĂĄ vinha sendo observado desde 2023, ganhou força neste ano e agora levanta alertas sobre os efeitos no mĂ©dio prazo. No curto prazo, a disponibilidade da oferta de fĂȘmeas no mercado ajudou a segurar os preços da arroba em SĂŁo Paulo, que oscilaram entre R$ 305,00 e R$ 310,00 depois de sucessivas quedas em setembro.

O analista de mercado Pedro Gonçalves, da Scot Consultoria, explica que o volume elevado de fĂȘmeas abatidas ajudou a manter a arroba do boi gordo pressionada neste ano. “Esse descarte elevado de fĂȘmeas sustenta preços mais baixos agora, mas compromete a produção de bezerros nos prĂłximos anos. A reposição jĂĄ subiu 30% a 35% em relação a 2024, e a tendĂȘncia Ă© de valorizaçÔes ainda maiores em 2026 e 2027”, afirma. Entre as fĂȘmeas abatidas, as novilhas tiveram participação expressiva. FrigorĂ­ficos voltados a programas de carne premium ampliaram a procura por esses animais, considerados de melhor acabamento. Para o pecuarista de corte e fundador da comunidade BalcĂŁo do Boi, Lorenzo Junqueira, os dados mais recentes mostram que a queda no descarte de vacas e novilhas jĂĄ começa a refletir na valorização do animal pronto para o abate. “Com a redução do abate de fĂȘmeas, assim como jĂĄ vimos em ciclos anteriores, a oferta de animais tende a diminuir consideravelmente. Esse Ă© um movimento que dĂĄ sustentação para preços mais firmes Ă  frente”, explica Junqueira. Segundo ele, nĂŁo se pode esquecer que o descarte recorde de fĂȘmeas nos Ășltimos anos ainda terĂĄ efeitos diretos sobre o mercado. “Essa redução no plantel reprodutivo certamente vai impactar a disponibilidade de animais prontos para o abate nos prĂłximos ciclos”, acrescenta. Mesmo diante de momentos pontuais de queda nas cotaçÔes, o pecuarista reforça que os fundamentos seguem indicando um cenĂĄrio de alta. “Os nĂșmeros estĂŁo aĂ­: a oferta futura tende a ficar mais restrita. O produtor precisa ficar atento a esses sinais e se preparar para os prĂłximos movimentos do mercado”, completa. Para a indĂșstria, o abate recorde de fĂȘmeas foi uma forma de manter a engrenagem girando em 2025, num cenĂĄrio de margens estreitas e consumo retraĂ­do. “A pecuĂĄria estĂĄ num ponto de inflexĂŁo. O excesso de oferta segurou preços agora, mas estamos construindo uma escassez para o futuro. Quem se preparar terĂĄ a chance de colher os melhores resultados do ciclo”, concluiu o analista da Scot Consultoria. O momento, segundo Junqueira, Ă© de atenção e estratĂ©gia. Quem tiver condição deve antecipar a reposição, especialmente com animais mais jovens. A lĂłgica Ă© clara: um bezerro de 12 meses comprado agora estarĂĄ pronto para abate em 2026, perĂ­odo em que a oferta pode ser ainda mais restrita.

SCOT CONSULTORIA 

 

Relação de troca boi gordo/bezerro recua 1,5% em set/25, na média Brasil

Com avanço de 2,18% no mĂȘs passado, preço mĂ©dio do animal de 200 kg alcançou R$ 2.798,56/cab, maior patamar desde abril/22, informou a Agrifatto

 

Enquanto o preço mĂ©dio do boi gordo perdeu valor em setembro/25, a cotação mĂ©dia do bezerro (indicador Cepea/Esalq) atingiu o maior patamar desde abril/22, com valorização de 2,18% sobre agosto/25, ficando precificado a R$ 2.798,56/cabeça, na mĂ©dia Brasil, de acordo com dados levantados pela Agrifatto. Diante de tal conjuntura, a relação de troca entre boi gordo de 20 arrobas e o bezerro de 200 kg finalizou setembro/25 em 2,13 cab./cab., na mĂ©dia nacional, um recuo de 1,5% no comparativo mensal, acrescenta a consultoria. “A relação de troca permaneceu abaixo da mĂ©dia histĂłrica em 6,62%”, apontam os analistas. O maior recuo regional foi registrado em Mato Grosso, onde a troca encerrou setembro/25 em 2,12 cab./cab., com retração mensal de 4,23%, destacou a Agrifatto. Na avaliação dos analistas da consultoria, porĂ©m, ainda Ă© um momento estratĂ©gico para adquirir animais para reposição, “pois as projeçÔes indicam uma demanda externa bastante aquecida ao longo dos meses finais de 2025 e uma oferta reduzida de carne bovina para 2026, fatores que tendem a valorizar o boi gordo”.

PORTAL DBO 

 

FRANGOS

 

Frango/Cepea: Setor segue Ă  espera de um possĂ­vel retorno dos envios Ă  China

A China ainda nĂŁo retomou as compras de carne de frango brasileira – as aquisiçÔes estĂŁo suspensas desde meados de maio, quando foi registrado um caso de gripe aviĂĄria em uma granja comercial do RS –, mas o setor avĂ­cola nacional estĂĄ otimista e Ă  espera de boas notĂ­cias nas prĂłximas semanas, apontam pesquisadores do Cepea.

 

Vale lembrar que representantes chineses estiveram no Brasil na segunda quinzena de setembro avaliando a forma que o PaĂ­s administrou a ocorrĂȘncia do caso da gripe aviĂĄria. Dados da Secex mostram que, de janeiro a maio, a mĂ©dia mensal de exportação de carne Ă  China era de 45,65 mil de toneladas, quantidade que representava, em mĂ©dia, 10% do total escoado pelo Brasil. JĂĄ em junho, julho e agosto, a mĂ©dia de escoamento ao paĂ­s asiĂĄtico caiu para 191 toneladas, passando a representar apenas 0,05% dos embarques nacionais nesse perĂ­odo. Pesquisadores do Cepea indicam que, caso a China – Ășnico paĂ­s que mantĂ©m o embargo sobre a proteĂ­na brasileira – retome as compras por aqui, o Brasil estĂĄ preparado para ofertar carne de frango o suficiente para atender ao paĂ­s asiĂĄtico sem comprometer a disponibilidade domĂ©stica e nem impulsionar os valores internos da proteĂ­na. 

CEPEA

 

EMPRESAS

 

Seara lança emissão de até R$ 3 bilhÔes em CRA com garantia da JBS

Os recursos obtidos com a emissão serão destinados para aquisição de produtos agropecuårios, principalmente milho

 

A Seara Alimentos, subsidiĂĄria da JBS, deu inĂ­cio a nova emissĂŁo de Certificados de RecebĂ­veis do AgronegĂłcio (CRA), em cinco sĂ©ries, com valor unitĂĄrio de R$ 1 mil, totalizando inicialmente R$ 3 bilhĂ”es. A operação foi estruturada pela Eco Securitizadora e estĂĄ sujeita a lote adicional de atĂ© 25% do montante. Os CRA sĂŁo lastreados em cinco CĂ©dulas de Produto Rural Financeiras (CPR-Financeiras) emitidas pela Seara, com garantia fidejussĂłria da JBS S.A. e da JBS N.V. Segundo prospecto, os recursos obtidos com a emissĂŁo serĂŁo destinados integralmente Ă  Seara para aquisição de produtos agropecuĂĄrios, principalmente milho. As cinco sĂ©ries apresentam prazos de vencimento distintos, que vĂŁo de sete a 13 anos, com remuneração que varia de 5,30% a 8% ao ano, conforme cada sĂ©rie. O CRA 1ÂȘ SĂ©rie terĂĄ juros pagos semestralmente, enquanto a 3ÂȘ sĂ©rie prevĂȘ um perĂ­odo de carĂȘncia de 192 meses, com pagamento da amortização em cinco parcelas anuais. As demais sĂ©ries terĂŁo pagamento integral no vencimento, com remuneração semestral atĂ© a data final. A oferta Ă© destinada a investidores qualificados e profissionais, com valor mĂ­nimo de investimento de R$ 1 mil por CRA. A negociação ocorrerĂĄ no mercado de balcĂŁo organizado da B3, sem formador de mercado contratado. A revenda dos papĂ©is serĂĄ restrita, podendo ser feita ao pĂșblico em geral apenas seis meses apĂłs o tĂ©rmino da oferta. O calendĂĄrio prevĂȘ perĂ­odo de reservas entre 6 e 30 de outubro, fixação de preços em 31 de outubro, divulgação do resultado do rateio em 3 de novembro e liquidação em 5 de novembro, quando os investidores receberĂŁo a confirmação da compra e poderĂŁo iniciar a negociação dos tĂ­tulos. A agĂȘncia Moody’s atribuiu classificação preliminar “AAA.br(sf)” aos CRA em 29 de setembro, refletindo o perfil da oferta e o lastro fornecido pela Seara e garantido pela JBS. Os coordenadores da oferta sĂŁo XP Investimentos, ItaĂș BBA, Bradesco BBI, BTG Pactual, BB-BI, Daycoval, Banco Safra e Genial, que atuarĂŁo sob o regime de “melhores esforços”.

VALOR ECONÔMICO 

 

INTERNACIONAL

 

Índice de Preços de Alimentos da FAO cai 0,69% em setembro

Milho, arroz e trigo tiveram redução nos preços, enquanto as carnes tĂȘm alta recorde; veja mais produtos

 

O Índice de Preços de Alimentos da FAO registrou mĂ©dia de 128,8 pontos em setembro de 2025, ligeiramente abaixo do nĂ­vel de agosto, de 129,7 pontos. A queda, de 0,69%, refletiu recuos nos subĂ­ndices de cereais, lĂĄcteos, açĂșcar e Ăłleos vegetais, que superaram a alta observada na carne. Apesar da retração mensal, o Ă­ndice segue 3,4% acima de setembro de 2024, mas ainda estĂĄ 19,6% abaixo do pico alcançado em março de 2022. Nos cereais, o indicador ficou em 105 pontos, 0,6% menor que em agosto e 7,5% inferior ao de um ano antes. O trigo recuou pelo terceiro mĂȘs consecutivo, pressionado pela fraca demanda internacional e pelas colheitas abundantes na RĂșssia, Europa e AmĂ©rica do Norte. O milho tambĂ©m perdeu força diante das projeçÔes de oferta elevada no Brasil e nos Estados Unidos, alĂ©m da suspensĂŁo temporĂĄria do imposto de exportação na Argentina. Em contrapartida, cevada e sorgo registraram altas, enquanto o arroz cedeu 0,5%, pressionado pela ampla oferta exportĂĄvel e pela menor demanda de paĂ­ses como Filipinas e mercados africanos. No caso dos Ăłleos vegetais, o Ă­ndice ficou em 167,9 pontos, queda de 0,7% no mĂȘs, mas ainda 18% acima do registrado em setembro de 2024. O recuo foi puxado por menores cotaçÔes de Ăłleo de palma e de soja, que superaram as altas nos Ăłleos de girassol e colza. O Ăłleo de palma caiu diante do aumento inesperado dos estoques da MalĂĄsia, no maior nĂ­vel em 20 meses, enquanto o Ăłleo de soja recuou pela segunda vez consecutiva, refletindo maior disponibilidade da Argentina apĂłs a suspensĂŁo temporĂĄria dos tributos de exportação. JĂĄ o Ă­ndice do açĂșcar caiu para 99,4 pontos, retração de 4,1% em relação a agosto e de 21,3% na comparação anual, atingindo o menor patamar desde março de 2021. A queda foi impulsionada pela produção acima do esperado no Brasil, com moagem robusta e maior destinação da cana ao açĂșcar nas regiĂ”es produtoras do Sul. Colheitas promissoras na Índia e na TailĂąndia tambĂ©m aumentaram a pressĂŁo baixista, apĂłs chuvas favorĂĄveis de monção e expansĂŁo da ĂĄrea plantada. Na contramĂŁo, o Ă­ndice de carnes avançou para 127,8 pontos, alta de 0,7% no mĂȘs e de 6,6% em relação a setembro de 2024, atingindo um recorde. A valorização foi puxada pelas carnes bovina e ovina. Nos Estados Unidos, a forte demanda e a limitação da oferta domĂ©stica impulsionaram as importaçÔes, sobretudo da AustrĂĄlia, onde os preços tambĂ©m subiram. O Brasil registrou alta nas cotaçÔes da carne bovina, sustentada pelo apetite externo, apesar das tarifas adicionais impostas pelo mercado norte-americano. JĂĄ os preços da carne ovina dispararam, apoiados na forte procura global e na oferta restrita da Oceania. As carnes suĂ­na e de frango permaneceram estĂĄveis, mesmo diante de tarifas chinesas sobre a carne suĂ­na europeia e de restriçÔes pontuais ligadas Ă  gripe aviĂĄria. O Ă­ndice de lĂĄcteos recuou 2,6% em setembro, para 148,3 pontos, na terceira baixa mensal consecutiva, embora ainda esteja quase 9% acima do registrado em 2024. O declĂ­nio foi puxado pela manteiga, que caiu 7%, pelo leite em pĂł desnatado, com queda de 4,3%, e pelo leite em pĂł integral, que recuou 3,1%, enquanto o queijo cedeu apenas de forma marginal. A redução da manteiga refletiu o aumento sazonal da oferta de creme com o fim da temporada de sorvetes no HemisfĂ©rio Norte e expectativas de maior produção na Nova ZelĂąndia.

O ESTADO DE SÃO PAULO/AGRO 

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Resfriamento no Pacífico avança, mas fenÎmeno La Niña ainda não estå configurado

Os levantamentos mais recentes da NOAA (Administração Nacional Oceùnica e Atmosférica dos EUA) indicam um avanço nas condiçÔes para a formação do fenÎmeno La Niña.

 

Desde o inĂ­cio do ano, a agĂȘncia americana aponta o predomĂ­nio de uma fase de neutralidade, ou seja, sem a atuação do El Niño (aquecimento do PacĂ­fico) ou do La Niña (resfriamento). Como resultado, as estaçÔes do ano se manifestaram de forma mais definida no Brasil. O inverno, por exemplo, foi rigoroso, com registros de neve na regiĂŁo Sul e mĂșltiplas ocorrĂȘncias de geadas no Sul e Sudeste do paĂ­s. Contudo, ao longo dos Ășltimos meses, observou-se uma evolução em direção a uma condição de La Niña. Essa situação, no entanto, ainda nĂŁo se concretizou e nĂŁo demonstra uma atuação clara sobre o clima do Brasil. As probabilidades de ocorrĂȘncia do fenĂŽmeno, que eram de pouco mais de 50% em setembro, aumentaram para cerca de 60% em outubro, devendo se manter nesse patamar atĂ© dezembro. “O PacĂ­fico Equatorial estĂĄ esfriando, mas sĂŁo necessĂĄrios cinco meses mĂłveis para o fenĂŽmeno se concretizar. O que vemos, neste momento, Ă© a formação de um La Niña, uma condição que, se ocorrer, terĂĄ maior atuação durante o verĂŁo. Por enquanto, a previsĂŁo indica que serĂĄ de baixa intensidade e de forma rĂĄpida”, comenta Barbara Sentelhas, meteorologista e CEO da Agrymet. A meteorologista acrescenta que, alĂ©m do PacĂ­fico, outro oceano influencia o cenĂĄrio: o Índico. Ele estĂĄ em fase de Dipolo Negativo, condição em que a ĂĄgua mais quente se concentra no Leste e a mais fria no Oeste. Segundo ela, a combinação dessas duas condiçÔes tende a atrasar o regime de chuvas no Brasil. Denis Garcia, meteorologista da Meteored, complementa a anĂĄlise, apontando que as temperaturas do Oceano AtlĂąntico tambĂ©m contribuem para o menor volume de precipitaçÔes neste inĂ­cio de outubro. “As ĂĄreas mais prĂłximas da costa do Nordeste estĂŁo com temperaturas dentro da mĂ©dia, o que dificulta a chegada de umidade para a regiĂŁo e para parte do Norte do paĂ­s. Por outro lado, na regiĂŁo Sul, o oceano estĂĄ mais quente, o que favorece a formação de um corredor de umidade nos estados sulistas. Portanto, ainda nĂŁo temos uma influĂȘncia clara do La Niña, e se ela vier a ocorrer, seus efeitos serĂŁo mais sentidos no final de dezembro e inĂ­cio de janeiro”, analisa o especialista. De forma geral, o consenso entre os meteorologistas Ă© que a ausĂȘncia de chuvas significativas, especialmente no Brasil Central, deve persistir atĂ© a segunda quinzena de outubro. A partir desse perĂ­odo, espera-se que as chuvas retornem de forma mais generalizada, criando condiçÔes favorĂĄveis para o plantio da soja. Contudo, mapas de anomalia de precipitação do Inmet alertam que, mesmo com a regularização das chuvas, algumas localidades ainda poderĂŁo registrar volumes abaixo da mĂ©dia histĂłrica.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

ApĂłs oscilar em alta, dĂłlar terminou praticamente estĂĄvel

Após oscilar em alta durante boa parte da sessão, descolado do exterior, o dólar perdeu força no Brasil e fechou a sexta-feira próximo da estabilidade, com investidores ponderando por um lado o recuo das cotaçÔes da moeda norte-americana ante outras divisas e por outro preocupaçÔes com o equilíbrio fiscal no Brasil.

 

O dĂłlar Ă  vista encerrou a sessĂŁo em leve baixa de 0,10%, aos R$5,3345. Na semana, a divisa acumulou baixa de 0,08% e, no ano, queda de 13,67%. Às 17h44 na B3 o dĂłlar para novembro – atualmente o mais lĂ­quido no Brasil – cedia 0,01%, aos R$5,3785. Na quinta-feira, especulaçÔes de que o governo Lula estaria estudando a possibilidade de um programa federal para implementar a tarifa zero no transporte coletivo deram força Ă s taxas dos DIs (DepĂłsitos Interfinanceiros) e ao dĂłlar ante o real. Nesta sexta-feira, atĂ© o inĂ­cio da tarde o dĂłlar se manteve em alta no Brasil, ainda que contida, com investidores mantendo a cautela jĂĄ vista na vĂ©spera em relação Ă  polĂ­tica fiscal. O movimento ocorria a despeito de, no exterior, a moeda norte-americana estar em queda ante boa parte das demais divisas, em meio Ă  paralisação parcial do governo norte-americano, que congelou as divulgaçÔes de dados econĂŽmicos -- como o relatĂłrio de empregos payroll, previsto para a manhĂŁ desta sexta. Às 12h10, o dĂłlar Ă  vista marcou a cotação mĂĄxima de R$5,3625 (+0,42%). Durante a tarde, porĂ©m, as cotaçÔes se firmaram mais perto da estabilidade no Brasil, em um ambiente de liquidez reduzida e sem gatilhos para o mercado operar. Às 17h43 o Ă­ndice do dĂłlar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caĂ­a 0,10%, a 97,724.

REUTERS 

 

Ibovespa fechou com alta discreta

O Ibovespa fechou com uma alta discreta na sexta-feira, com Embraer entre os suportes, apĂłs dados de entregas do terceiro trimestre, assim como WEG, que prevĂȘ começar a vender na Europa no inĂ­cio do prĂłximo ano recarregadores de bateria de veĂ­culos elĂ©tricos fabricados naquela regiĂŁo.

 

Índice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa encerrou com acrĂ©scimo de 0,19%, a 144.217,59 pontos, de acordo com dados preliminares, chegando a 144.518,29 pontos na mĂĄxima do dia. Na mĂ­nima, registrou 143.675,62 pontos, pressionado por realização de lucros. Na semana, caiu 0,85%. O volume financeiro no pregĂŁo da sexta-feira somava R$14,4 bilhĂ”es antes dos ajustes finais.

REUTERS 

 

Produção da indĂșstria do Brasil cresce mais que o esperado em agosto

A produção industrial brasileira cresceu mais do que o esperado em agosto depois de quatro meses de fraqueza, mesmo com a entrada em vigor das tarifas dos Estados Unidos e em meio a um cenårio de juros elevados no país.

 

Em agosto, a indĂșstria nacional registrou avanço de 0,8% em relação ao mĂȘs anterior, resultado que ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,3%. Esse foi o maior avanço mensal desde março, quando a produção das fĂĄbricas cresceu 1,7%. Nos quatro meses seguintes o setor apresentou queda da produção em trĂȘs deles, sendo que em junho expandiu apenas 0,1%, e acumulou nesse perĂ­odo perda de 1,2%, segundo dados divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE). A pesquisa mostrou ainda que, na comparação com o mesmo mĂȘs do ano anterior, a produção teve recuo de 0,7%, contra expectativa de queda de 0,8%. De acordo com o gerente da pesquisa, AndrĂ© Macedo, a base de comparação depreciada Ă© um fator importante para entender o resultado positivo na comparação com julho, bem como o perfil disseminado de taxas positivas. Macedo destacou ainda que houve mençÔes nos questionĂĄrios da pesquisa a impactos sobre a produção de alguns setores das tarifas norte-americanas sobre os produtos brasileiros que entraram em vigor no inĂ­cio de agosto. "Isso a gente vĂȘ em madeira, estĂ©tica, mĂłveis e outros", disse ele, afirmando, no entanto, que nĂŁo Ă© possĂ­vel quantificar isso no resultado. "Como o setor industrial vai se comportar atĂ© o fim do ano temos que ver", completou. Analistas consideram que os impactos do tarifaço sobre a atividade econĂŽmica brasileira como um todo devem ser moderados. Mas o setor industrial brasileiro, segundo economistas, tende a seguir mostrando falta de tração este ano diante dos efeitos da polĂ­tica monetĂĄria restritiva, com a taxa bĂĄsica de juros Selic em 15%, que dificulta o crĂ©dito e afeta decisĂ”es de investimentos. O levantamento do IBGE mostrou que 16 das 25 atividades industriais pesquisadas tiveram aumento de produção em agosto, maior espalhamento tambĂ©m desde março deste ano. As influĂȘncias positivas de maior destaque foram exercidas por produtos farmoquĂ­micos e farmacĂȘuticos (13,4%), coque, produtos derivados do petrĂłleo e biocombustĂ­veis (1,8%) e produtos alimentĂ­cios (1,3%). Entre as nove atividades que apontaram queda na produção, produtos quĂ­micos exerceram o principal impacto, com queda de 1,6%, interrompendo trĂȘs meses consecutivos de crescimento. Entre as categorias econĂŽmicas, trĂȘs das quatro apresentaram expansĂŁo em agosto -- bens intermediĂĄrios (1,0%), bens de consumo semi e nĂŁo durĂĄveis (0,9%) e bens de consumo durĂĄveis (0,6%). Bens de capital registraram recuo de 1,4%.

REUTERS

  

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