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CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 961 DE 02 DE OUTUBRO DE 2025

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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ

Ano 5 | nÂș 961 | 02 de outubro de 2025


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Com escalas ainda alongadas, frigoríficos seguem cautelosos nas aquisiçÔes de boiadas

Segundo as equipes de analistas da Agrifatto e Scot Consultoria, que acompanham diariamente o movimento dos negócios no mercado pecuårio, a quarta-feira (1/10) foi de estabilidade nas cotaçÔes dos animais terminados nas principais praças do País, apesar da pressão de baixa imposta pelos frigoríficos compradores. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de seis dias.

 

Pelos dados da Scot, o animal “comum” segue valendo R$ 302/@ em SĂŁo Paulo, enquanto o boi-China” Ă© vendido por R$ 307/@ (valores brutos, no prazo). Na mesma praça, a vaca e a novilha gordas sĂŁo negociadas por R$ 280/@ e R$ 290/@, respectivamente, acrescenta a Scot.

As escalas de abate entre os frigorĂ­ficos paulistas atendem, em mĂ©dia, a dez dias, informa a consultoria. Segundo apuração da Agrifatto, em SĂŁo Paulo, o boi sem padrĂŁo-exportação e o animal-China apresentam o mesmo valor de tabela: R$ 310/@. Nas outras 16 praças monitoradas pela consultoria, o animal terminado em R$ 294,20/@, em mĂ©dia. No mercado futuro, os contratos do boi gordo subiram na sessĂŁo de terça-feira (30/1) da B3. O papel com vencimento em dezembro/25 fechou o pregĂŁo a R$ 324,45/@, com ligeira alta de 0,43% no comparativo diĂĄrio. Setembro/25 registrou baixa variação nos preços do boi gordo em grande parte do PaĂ­s, observou a Agrifatto. Na praça paulista, o indicador CEPEA encerrou o mĂȘs em R$ 307,87/@, em mĂ©dia, uma pequena elevação de 0,20% sobre o valor mĂ©dio registrado em agosto/25. No comparativo anual, porĂ©m, esse mesmo indicador apresenta aumento expressivo de 20,52%, destaca a Agrifatto. Segundo a consultoria, setembro/25 foi marcado pela maior oferta de animais provenientes do primeiro giro de confinamento, somada a um mercado domĂ©stico da carne bovina com escoamento mais compassado. “O fator principal que sustentou as cotaçÔes foi o desempenho das exportaçÔes, que registraram novo recorde histĂłrico”, destaca a Agrifatto. Entre as praças pecuĂĄrias, Mato Grosso do Sul se destacou pelo encurtamento do diferencial de base em setembro/25 (em relação ao preço de SP), que atingiu 2,8%, o melhor nĂ­vel da histĂłria. AlĂ©m disso, a regiĂŁo registrou valorização de 1,06% na cotação mĂ©dia do boi gordo na comparação com agosto/25, alcançando mĂ©dia de R$ 316,48/@, informa a Agrifatto. CotaçÔes do boi gordo da quarta-feira (1/10), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$300,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove e oito dias, respectivamente. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. 

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

PecuĂĄria: fĂȘmeas tĂȘm maior abate pela primeira vez na sĂ©rie histĂłrica do IBGE

Pela primeira vez desde o início da série histórica do IBGE, o abate de vacas superou o de bois no Brasil. Os dados mais recentes, que são referentes ao segundo trimestre de 2025, apontam que o abate total de bovinos cresceu 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Pela primeira vez desde o inĂ­cio da sĂ©rie histĂłrica do IBGE, o abate de vacas superou o de bois no Brasil. Os dados mais recentes, que sĂŁo referentes ao segundo trimestre de 2025, apontam que o abate total de bovinos cresceu 3,9% em relação ao mesmo perĂ­odo do ano passado. Para o analista da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, o avanço estĂĄ diretamente ligado ao ciclo pecuĂĄrio de preços e ao desestĂ­mulo Ă  retenção de matrizes para a produção de bezerros. “Esse abate acelerado de fĂȘmeas Ă© reflexo do ciclo pecuĂĄrio de preços. Desde 2023, o cenĂĄrio tem sido de desestĂ­mulo Ă  retenção de vacas e novilhas. AlĂ©m disso, a alta recente da arroba estimulou ainda mais o descarte, jĂĄ que muitos pecuaristas buscaram recompor o caixa”, explica.

Scot Consultoria

 

FRANGOS

 

Cotado na mĂ©dia do mĂȘs por R$7,69/kg, o frango abatido em setembro alcançou o maior preço dos Ășltimos quatro meses

Além disso, de voltou a superar a cotação registrada um ano atrås, fato que não havia ocorrido em agosto, quando seu preço registrou evolução anual negativa.

 

Mesmo assim continuou valendo menos que nos sete meses transcorridos entre novembro de 2024 e maio de 2025. Embora, na prĂĄtica, esse tenha sido o melhor desempenho do quadrimestre – aumento mensal de, praticamente, 5% e anual de 2,86% – o resultado esconde o real desempenho do mĂȘs, marcado por dois momentos antagĂŽnicos. No primeiro momento (quinzena inicial do mĂȘs) os preços refluĂ­ram a um dos piores nĂ­veis dos Ășltimos 12 meses. A mĂ©dia da quinzena ficou em R$7,32/kg, mas houve ocasiĂŁo (inĂ­cio do mĂȘs) em que a cotação caiu para apenas R$7,02/kg, valor que nĂŁo era registrado desde março de 2024. JĂĄ no momento seguinte (segunda quinzena de setembro) ocorreu verdadeira explosĂŁo de preços, com a mĂ©dia do perĂ­odo aumentando 10% em relação Ă  primeira quinzena. Subiu para R$8,06/kg, ou seja, um valor aquĂ©m, mas nĂŁo muito distante da mĂ©dia registrada entre janeiro e maio deste ano (R$8,51/kg). O preço mĂ©dio dos Ășltimos quatro meses (junho/setembro), da ordem de R$7,46/kg, correspondeu, em valores reais, ao segundo pior resultado do Ășltimo quinquĂȘnio, ficando aquĂ©m, apenas, do valor registrado em 2023. Dado o excepcional desempenho nos cinco primeiros meses de 2025, a mĂ©dia alcançada entre janeiro e setembro, da ordem de R$8,05/kg, continua correspondendo ao maior valor nominal de todos os tempos. Em valores deflacionados, no entanto, permanece inferior ao registrado no biĂȘnio 2021/22.

AVESITE

 

EMPRESAS

 

MBRF conclui aquisição de fatia na empresa de gelatinas e colågeno Gelprime. total do investimento é de R$ 312,5 milhÔes

Gelprime estĂĄ localizada em IbiporĂŁ (PR)

 

A MBRF anunciou nesta quarta-feira (1/10) que concluiu a aquisição de uma fatia que chegarĂĄ a 50% da Gelprime, empresa especializada na produção, comercialização e distribuição de gelatina e colĂĄgeno, localizada em IbiporĂŁ (PR). O valor total do investimento Ă© de R$ 312,5 milhĂ”es, informou a companhia em comunicado. Deste montante, R$ 160,46 milhĂ”es jĂĄ haviam sido adiantados, outros R$ 106,05 milhĂ”es foram pagos hoje e o restante serĂĄ acertado no dia 1 de novembro deste ano. "O valor total da aquisição ainda poderĂĄ sofrer ajustes, para mais ou para menos, em função do capital de giro e da dĂ­vida lĂ­quida da Gelprime", disse a MBRF, empresa formada pela fusĂŁo entre Marfrig e BRF. O pagamento ainda poderĂĄ ter um acrĂ©scimo do equivalente em reais de atĂ© US$ 13,6 milhĂ”es, a depender da performance da Gelprime durante os prĂłximos trĂȘs anos. A compra ocorrerĂĄ em duas etapas. A primeira foi concluĂ­da na presente data, com a transferĂȘncia para a MBRF de participação equivalente a 32% do capital da Gelprime. A segunda etapa ocorrerĂĄ em 1 de novembro, quando a MBRF passarĂĄ a deter a participação de 50% da empresa de colĂĄgeno. Com isso, os resultados da Gelprime passarĂŁo a ser consolidados nas demonstraçÔes financeiras da MBRF. Criada em 2019, a companhia atua no mercado de gelatina e colĂĄgeno atravĂ©s do processamento de matĂ©ria-prima de origem animal. Atualmente, a Gelprime tem 228 funcionĂĄrios e opera com capacidade instalada de 9.000 ton/ano. Em 2024, a empresa obteve receita lĂ­quida em torno de R$ 170 milhĂ”es. O anĂșncio da aquisição foi feito, inicialmente, pela BRF como uma estratĂ©gia para crescer em produtos de maior valor agregado.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

População ocupada no agro no segundo trimestre de 2025 é recorde, diz Cepea/CNA

A previsão de safras recordes e a manutenção de altos volumes de abate tem impulsionado a demanda por mão de obra nos agrosserviços que atendem essas atividades

 

O agronegĂłcio brasileiro empregou 28,2 milhĂ”es de pessoas no segundo trimestre deste ano, com avanço de 0,9% (ou de aproximadamente 244 mil pessoas) frente ao mesmo perĂ­odo de 2024, conforme indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e PecuĂĄria do Brasil). Trata-se de um novo recorde da sĂ©rie histĂłrica do Cepea/CNA, iniciada em 2012. No mercado de trabalho brasileiro, a mesma comparação indicou crescimento de 2,3%, equivalente a aproximadamente 2,43 milhĂ”es de trabalhadores. Diante disso, a participação do setor no total de ocupaçÔes do Brasil atingiu 26% no segundo trimestre de 2025. Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, o avanço no nĂșmero de pessoas trabalhando no agronegĂłcio brasileiro no segundo trimestre de 2025 frente ao mesmo perĂ­odo do ano anterior se deve ao maior contingente ocupado no segmento de insumos, de 7,4%, na agroindĂșstria, de 2,1%, e nos agrosserviços, de 3,2%. JĂĄ o nĂșmero de pessoas atuando no segmento primĂĄrio caiu 2,6%.

Ainda que o avanço em percentual registrado para insumos tenha sido mais intenso, pesquisadores do Cepea/CNA destacam a elevação verificada para agrosserviços, que correspondeu a pouco mais de 325 mil trabalhadores, levando o segmento a empregar 10,5 milhĂ”es de pessoas, um recorde. “Esse cenĂĄrio reflete tanto o contexto econĂŽmico do PaĂ­s quanto a crescente importĂąncia do setor para a economia brasileira. De maneira geral, a expansĂŁo das ocupaçÔes neste segmento estĂĄ diretamente vinculada Ă  recuperação das atividades agroindustriais, que vĂŁo desde o processamento de produtos agropecuĂĄrios atĂ© a produção de insumos – um reflexo, em Ășltima instĂąncia, da transformação econĂŽmica observada no agronegĂłcio”, destaca o comunicado do Cepea.

Portal DBO

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Cùmara aprova por unanimidade isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil e taxação para os mais ricos

Proposta, promessa de campanha de Lula, recebeu apoio do Centrão e da oposição, com 493 votos favoråveis; texto segue agora para o Senado

 

O plenĂĄrio da CĂąmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, 1Âș, por unanimidade, o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha atĂ© R$ 5 mil - promessa de campanha do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva. Como compensação Ă  isenção para a base da pirĂąmide, o texto tributa contribuintes de alta renda. O texto recebeu o apoio do CentrĂŁo e da oposição e foi aprovado com placar de 493 votos favorĂĄveis. Todos os partidos, inclusive da oposição, orientaram de forma favorĂĄvel Ă  aprovação do texto. O projeto deverĂĄ passar tambĂ©m por votação no Senado antes de ser levado Ă  sanção presidencial. Se for aprovada, a medida passa a valer em janeiro. AlĂ©m da isenção atĂ© R$ 5 mil, o projeto tambĂ©m prevĂȘ a desoneração parcial de quem recebe atĂ© R$ 7.350. O presidente Lula comemorou a aprovação, agradeceu aos lĂ­deres da CĂąmara e jĂĄ sinalizou para os senadores: “Agradeço o presidente Hugo Motta, o relator Arthur Lira e cada um dos lĂ­deres que conduziram o processo de aprovação do projeto. Tenho certeza de que a proposta tambĂ©m contarĂĄ com amplo apoio no Senado.” O custo inicial da medida era de R$ 25,8 bilhĂ”es por ano, mas foi elevado para R$ 31,2 bilhĂ”es apĂłs o relator do projeto na CĂąmara, deputado Arthur Lira (PP-Al), aumentar a parcela de contribuintes com desconto no IR de R$ 7 mil (proposta original da Fazenda) para R$ 7.350 e fazer concessĂ”es ao agronegĂłcio e a contribuintes de alta renda. “Temas tributĂĄrios sĂŁo difĂ­ceis de convergir e esse, surpreendentemente foi aprovado com unanimidade, com todos a favor, com 493 votantes”, disse Lira, apĂłs a votação. Agora Ă© a hora de esperar a votação e esperar que o Senado ratifique. Se ele retificar volta para a CĂąmara e podemos analisar para seguir para sanção do presidente ainda neste ano.” O Senado aprovou um texto semelhante, proposto pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que Ă© rival de Lira, na semana passada, na ComissĂŁo de Assuntos EconĂŽmicos. NĂŁo se sabe como serĂĄ a tramitação com a chegada do texto aprovado na CĂąmara. O presidente da CĂąmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi questionado sobre se o placar seria tambĂ©m uma resposta dos deputados Ă s manifestaçÔes contra a PEC da Blindagem. “A CĂąmara tem o seu tempo para amadurecer as propostas, e nĂłs fizemos um calendĂĄrio que estĂĄ sendo seguido desde o inĂ­cio”, disse. “O que pesou, penso eu, para que a votação fosse unĂąnime foi o senso de responsabilidade de cada parlamentar de votar a favor daquilo que Ă© importante para a população brasileira”. A ministra Gleisi Hoffmann, responsĂĄvel pela articulação polĂ­tica do governo, acompanhou a votação dentro do plenĂĄrio da CĂąmara. Ela disse prever uma tramitação rĂĄpida no Senado. A principal fonte de compensação Ă© a tributação sobre os mais ricos com uma alĂ­quota mĂ­nima de Imposto de Renda. Ela começa a incidir sobre quem tem rendimentos acima de R$ 600 mil por ano (R$ 50 mil por mĂȘs) e chega a 10% sobre quem ganha R$ 1,2 milhĂŁo ou mais por ano (R$ 100 mil por mĂȘs). O argumento da equipe econĂŽmica Ă© que cerca de 141 mil contribuintes de alta renda serĂŁo taxados, uma vez que pagam menos IR - em mĂ©dia, 2,54% - do que trabalhadores de classe mĂ©dia, como policiais e professores, com alĂ­quota efetiva superior a 9%. Isso ocorre, segundo a Receita Federal, porque contribuintes tĂȘm acesso a isençÔes que reduzem a tributação sobre seus rendimentos, como Ă© o caso dos dividendos. Por isso, todos os pagamentos de dividendos que superaram R$ 50 mil mensais serĂŁo tributados em 10% na fonte. Caso o contribuinte nĂŁo seja enquadrado como de alta renda ou jĂĄ pague a alĂ­quota mĂ­nima para a sua faixa de renda (veja calculadora do EstadĂŁo abaixo), o imposto serĂĄ devolvido no ano seguinte, na restituição do IR. Em seu relatĂłrio, Lira atendeu tambĂ©m contribuintes de alta renda de alta renda, retirando do cĂĄlculo para o cĂŽmputo do que Ă© tributĂĄvel rendimentos de produtores rurais e de aplicaçÔes financeiras. A mudança feita por Lira em relação ao texto original da Fazenda excluiu a chamada “renda isenta da atividade rural” do somatĂłrio de rendimentos que servirĂŁo para enquadrar o contribuinte como de alta renda. Isso representa 80% da renda obtida pelo produtor rural — sĂł 20% Ă© a base tributĂĄvel.

O Estado de SĂŁo Paulo

 

DĂłlar fecha estĂĄvel ante o real a despeito de queda no exterior

ApĂłs oscilar abaixo dos R$5,30 pela manhĂŁ, o dĂłlar se recuperou e fechou a quarta-feira praticamente estĂĄvel no Brasil. No exterior a moeda norte-americana cedia ante a maior parte das demais divisas, na esteira de novos dados sobre o mercado de trabalho dos EUA.

 

O dólar à vista encerrou a sessão em leve alta de 0,10%, aos R$5,3280. No ano, a divisa acumula queda de 13,77%. Às 17h03 na B3 o dólar para novembro – atualmente o mais líquido no Brasil – subia 0,19%, aos R$5,3695. No início da sessão o dólar cedia ante boa parte das demais divisas, com o mercado repercutindo a paralisação parcial do governo dos EUA, após republicanos e democratas não chegarem a um acordo sobre um projeto de Orçamento.

O impasse afetarĂĄ a divulgação de dados econĂŽmicos de ĂłrgĂŁos pĂșblicos norte-americanos, o que inclui os nĂșmeros sobre pedidos de auxĂ­lio-desemprego programados para quinta-feira e o relatĂłrio de empregos payroll previsto para sexta-feira. O viĂ©s negativo para a moeda norte-americana se intensificou apĂłs o RelatĂłrio Nacional de Emprego da ADP mostrar que o setor privado dos EUA fechou 32.000 postos de trabalho no mĂȘs passado, depois de um declĂ­nio de 3.000 em agosto, em dado revisado para baixo. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 50.000 postos, depois da criação de 54.000 vagas relatada anteriormente em agosto. Neste cenĂĄrio, o dĂłlar marcou a menor cotação do dia, de R$5,2944 (-0,53%), Ă s 9h18, logo apĂłs os nĂșmeros da ADP. Mas ainda durante a manhĂŁ o dĂłlar se reaproximou da estabilidade no Brasil, passando a registrar leves altas em alguns momentos. Às 12h55, atingiu o pico intradia de R$5,3375 (+0,28%). Para Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o diferencial de juros favorĂĄvel ao Brasil -- com uma taxa bĂĄsica Selic a 15%, ante taxas em queda nos Estados Unidos -- influenciou a cotação local do dĂłlar. “Em contraste com a queda dos yields dos Treasuries na sessĂŁo de hoje, o diferencial de juros reforça a atratividade do real no curto prazo”, pontuou em comentĂĄrio escrito. No exterior, Ă s 17h09 o Ă­ndice do dĂłlar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caĂ­a 0,08%, a 97,755.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda

O Ibovespa fechou em queda o primeiro pregão de outubro na quarta-feira, refletindo ajustes de posiçÔes, após uma performance positiva em setembro, marcada por novas måximas.

 

O pregĂŁo tambĂ©m teve como pano de fundo dados de emprego dos EUA que corroboraram a perspectiva de mais cortes de juros, que tem alimentado o fĂŽlego na bolsa paulista, mas que tambĂ©m acenderam preocupaçÔes sobre a saĂșde da maior economia do mundo. Em paralelo, agentes ainda repercutiram a falta de um acordo entre democratas e republicanos nos EUA envolvendo um projeto orçamentĂĄrio para estender o financiamento federal, que provocou uma paralisação parcial das atividades do governo norte-americano. Índice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa recuou 0,49%, a 145.517,35 pontos. O volume financeiro somou R$20,7 bilhĂ”es. A queda ocorre apĂłs o Ibovespa acumular alta de 3,4% em setembro, ampliando o ganho no ano para 21,58%. No mĂȘs passado, tambĂ©m ultrapassou os 147 mil pontos pela primeira vez, embora nunca tenha conseguido fechar acima de tal patamar. "Muitos investidores aproveitando para realizar algumas das Ășltimas altas do Ibovespa" afirmou o especialista em investimentos Felipe Sant'Anna, do grupo Axia Investing, destacando que o foco ficou voltado "basicamente" ao exterior. Ele chamou a atenção para o impasse no Congresso norte-americano em relação ao orçamento do prĂłximo ano, o que deve afetar, entre outras ĂĄreas, a divulgação de dados econĂŽmicos relevantes na definição de expectativas sobre a polĂ­tica monetĂĄria dos EUA. E apontou os nĂșmeros ADP, citando que hĂĄ necessidade de dados fracos do mercado de trabalho para influenciarem as prĂłximas decisĂ”es do Federal Reserve, mas que um dado muito fraco pode trazer receio sobre recessĂŁo.

No mĂȘs passado, foram fechados 32.000 postos de trabalho no setor privado dos EUA mĂȘs passado, segundo o RelatĂłrio Nacional de Emprego da ADP, apĂłs um declĂ­nio de 3.000 em agosto em dado revisado para baixo.

Reuters

 

Brasil tem fluxo cambial positivo de US$596 milhÔes em setembro até dia 26, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$596 milhÔes em setembro até o dia 26, em movimento puxado pela via financeira, informou nesta quarta-feira o Banco Central.

 

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao cùmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de US$1,170 bilhão em setembro até o dia 26. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operaçÔes. Pelo canal comercial, o saldo de setembro até o dia 26 foi negativo em US$574 milhÔes. Na semana passada, de 22 a 26 de setembro, o fluxo cambial total foi positivo em US$1,141 bilhão. No acumulado do ano até 26 de setembro, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$16,554 bilhÔes.

Reuters

 

IndĂșstria do Brasil sofre maior contração em quase dois anos e meio em setembro, mostra PMI

As condiçÔes operacionais do setor industrial brasileiro apresentaram a deterioração mais intensa em quase dois anos e meio em setembro diante da redução da demanda, mostrou na quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI).

 

O PMI para a indĂșstria do Brasil, compilado pela S&P Global, caiu a 46,5 em setembro, de 47,7 em agosto, indo ainda mais abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração e atingindo o nĂ­vel mais baixo em 29 meses. Com esse resultado, o desempenho do setor no terceiro trimestre foi o mais fraco desde o segundo trimestre de 2023, ressaltou o levantamento. Com a queda da demanda, as novas encomendas para os fabricantes brasileiros recuaram no ritmo mais rĂĄpido desde abril de 2023, assim como os volumes de produção, que tiveram a quinta queda mensal seguida. As vendas internacionais tambĂ©m diminuĂ­ram, mas no ritmo mais lento desde maio. Os participantes da pesquisa relataram que as tarifas dos Estados Unidos adotadas em agosto provocaram cancelamentos, mas que isso foi compensado por uma demanda melhor da Argentina, ItĂĄlia, MĂ©xico, Uruguai e Reino Unido. Houve algum alĂ­vio em relação aos custos, jĂĄ que os preços de insumos caĂ­ram em setembro pela primeira vez desde o final de 2023, permitindo alguns descontos nos preços cobrados em meio a tentativas de estimular as vendas. Segundo os participantes da pesquisa, a depreciação do dĂłlar e uma maior disponibilidade de insumos entre os fornecedores ajudaram a aliviar as pressĂ”es de custos. Apesar da deterioração da atividade, os dados de setembro mostraram que os produtores brasileiros continuam otimistas em relação aos prĂłximos 12 meses. Foram citadas expectativas de melhora da demanda e de que um acordo tarifĂĄrio favorĂĄvel serĂĄ alcançado com os EUA, alĂ©m de perspectivas de investimentos em tecnologia e aquisiçÔes. Isso teve um impacto positivo sobre os empregos, que tiveram leve aumento em setembro apĂłs contração moderada em agosto.

Reuters

 

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