CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 960 DE 01 DE OUTUBRO DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5Â |Â nÂș 960 | 01 de outubro de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASILÂ
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Boi gordo: Scot aponta quedas em SP e Agrifatto apurou altas em AL, GO, MG, PA e TOÂ
Com as escalas tranquilas e um fraco escoamento de carne bovina no mercado domĂ©stico, alguns frigorĂficos de SĂŁo Paulo aproveitaram a boa oferta de animais da terça-feira (30/9) para negociar valores do boi gordo abaixo das referĂȘncias de segunda-feira (29/9) â com exceção da vaca, cuja cotação nĂŁo mudou, informou a Scot Consultoria. No PARANĂ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de seis dias.
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Com isso, pelos nĂșmeros apurados pela Scot, o boi gordo sem padrĂŁo-exportação perdeu R$ 3/@ nesta terça, no mercado paulista, e agora vale R$ 302/@. Por sua vez, o âboi-Chinaâ registrou desvalorização diĂĄria de R$ 1/@, fechando o dia em R$ 307/@ â R$5/@ de ĂĄgio sobre a cotação do animal direcionado ao mercado interno paulista. A maior baixa ficou para a novilha gorda, que recuou R$ 5/@ em SĂŁo Paulo, para R$ 290/@. Segundo levantamento da Scot, as escalas de abate das indĂșstrias paulistas atendem, em mĂ©dia, 11 dias. Dados coletados pela Agrifatto indicaram aumento nos preços do boi gordo em 5 das 17 praças monitoradas nesta terça-feira: AL, GO, MG, PA e TO. Nas demais regiĂ”es, os preços da arroba permaneceram estĂĄveis, acrescenta a consultoria. Segundo o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, a oferta de animais terminados estĂĄ confortĂĄvel ao comprador e a demanda por carne bovina segue morosa no mercado interno, refletindo a menor capitalização da população. Enquanto isso, diz Fabbri, a taxa de ocupação dos confinamentos em 2025 superou o Ăndice do ano anterior em todos os meses, elevando a oferta de bovinos oriunda de parceiros. Enquanto a demanda interna promete recuperação lenta, as vendas externas assumem um papel central na manutenção das atividades e no equilĂbrio do mercado pecuĂĄrio, destacam os analistas da Agrifatto. Os embarques brasileiros de setembro/25 podem superar 300 mil toneladas de carne bovina fresca, congelada e resfriada, o que seria um novo recorde mensal para o setor, antecipa a consultoria. Segundo Fabbri, a virada de mĂȘs, perĂodo de pagamento dos salĂĄrios, poderĂĄ dar tração ao consumo interno e a maior necessidade de reabastecimento das gĂŽndolas no varejo. O analista da Scot cita um outro fundamento de alta esperado para o curto prazo: a Ă©poca sazonal de preparo da estação de monta nas propriedades do Brasil-Central e, consequentemente, a menor oferta de fĂȘmeas aos frigorĂficos â principalmente os menores. Na segunda-feira (29/9), os contratos do boi gordo encerraram o pregĂŁo da B3 em alta. O papel com vencimento em dezembro/25 encerrou o o primeiro dia da semana cotado a R$ 324,45/@, com ligeira alta de 0,43% em comparação ao fechamento da sexta-feira (26/9). CotaçÔes do boi gordo desta terça-feira (30/9), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$300,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS e PARĂ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove e oito dias, respectivamente. GOIĂS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. RONDĂNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHĂO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias.Â
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
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Arroba paulista valoriza e amplia diferença de preço com Mato Grosso em setembro
Preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso registrou uma leve queda de 0,31%
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O preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso registrou uma leve queda de 0,31%, com a mĂ©dia de R$ 295,98. De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia AgropecuĂĄria (IMEA), essa disparidade elevou o diferencial de base (MT-SP) para -5,13%, uma redução de 0,66 ponto percentual em comparação com agosto. A principal causa para essa diferença Ă© o aumento da oferta de bovinos terminados. Esse movimento tem pressionado os preços do boi gordo, principalmente em Mato Grosso, enquanto a demanda em SĂŁo Paulo se mantĂ©m mais aquecida, garantindo a valorização local. A expectativa do mercado Ă© que esse cenĂĄrio possa mudar no final do ano, com a tendĂȘncia de recuperação dos preços do boi gordo, o que poderia encurtar a diferença de base entre os dois estados. O futuro desse diferencial dependerĂĄ da dinĂąmica entre oferta e demanda nas prĂłximas semanas, perĂodo crucial para a pecuĂĄria brasileira. Na semana anterior, o preço do boi magro de 12@ no estado do Mato Grosso recuou 2,89% entre as semanas, sendo cotado em mĂ©dia a R$ 342,60/@, devido Ă menor procura pela categoria. O Instituto mato-grossense ainda destacou que as indĂșstrias seguem com suas escalas de abate confortĂĄveis, em mĂ©dia a 13,50 dias Ășteis, alta de 0,19% no comparativo semanal. O Imea reportou tambĂ©m que devido ao alongamento das escalas pelos frigorĂficos, o preço da arroba do boi gordo a prazo caiu 1,09% na semana passada, sendo cotado em mĂ©dia a R$ 295,00/@.Â
IMEA
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FRANGOS
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Normalizadas, exportaçÔes de carne de frango mostram ter superado o efeito IAAP
Mesmo continuando com seu principal mercado fechado, as exportaçÔes de carne de frango in natura dĂŁo claras mostras de superação e de retorno Ă normalidade: nos cinco dias Ășteis da quarta semana de setembro somaram 113.500 toneladas, desempenho que nĂŁo era observado desde a 1ÂȘ semana de maio passado, ou seja, antes que ocorresse o episĂłdio de IAAP na avicultura comercial
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Com este resultado, a mĂ©dia diĂĄria embarcada nos primeiros 20 dias de Ășteis de setembro se encontra na casa das 22.025 toneladas, volume cerca de 2,5% superior ao alcançado hĂĄ um ano e quase 24% acima do registrado em agosto passado. Ă, tambĂ©m, o quarto melhor resultado dos Ășltimos 12 meses. Assim, antes de completado o mĂȘs, chegam Ă s 440,5 mil toneladas, volume que supera o que foi exportado, mĂȘs a mĂȘs, entre maio e agosto, e que, na prĂĄtica, se iguala Ă s 440,6 mil toneladas de abril, maior volume dos Ășltimos 12 meses. Mantida a mesma mĂ©dia nestes dois Ășltimos dias de setembro, o total exportado no mĂȘs irĂĄ superar as 480 mil toneladas, aumentando pouco mais de 7% em relação a setembro de 2024. JĂĄ o total acumulado em nove meses irĂĄ ultrapassar os 3,640 milhĂ”es de toneladas, ficando em torno de meio por cento aquĂ©m do registrado nos mesmos nove meses do ano passado. Por ora, porĂ©m, os 3,605 milhĂ”es de toneladas acumulados permanecem negativos em 1,68%. No entanto, atĂ© aqui, os ganhos em volume nĂŁo se estendem ao preço. Pouco superior a US$1.764,00/tonelada, ele se encontra 8% aquĂ©m dos US$1.918,74/tonelada alcançados hĂĄ um ano. Como resultado, a receita decorrente, da ordem de US$777 milhĂ”es, permanece quase 6% aquĂ©m da obtida em setembro de 2024. PorĂ©m, mantidos os atuais parĂąmetros de volume e preço, pode aproximar-se dos U$855 milhĂ”es, resultado apenas 1% menor que o de um ano atrĂĄs.
AVESITE
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EMPRESAS
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Minerva quer reduzir endividamento usando dinheiro que compraria plantas da Marfrig no Uruguai
Empresa alcançou 100% de sinergias nas unidades adquiridas. Minerva espera ter crescimento orgùnico de 10% em 2026
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O montante de, aproximadamente, R$ 750 milhĂ”es que seria utilizado pela Minerva para a compra de trĂȘs unidades da Marfrig - atual MBRF - no Uruguai terĂĄ outro destino apĂłs o negĂłcio ter sido barrado pela ComisiĂłn de PromĂłcion y Defensa de la Competencia (Coprtodec) , autoridade antitruste uruguaia. "Vamos usar o recurso para fazer redução de dĂvida, ajudar no processo de desalavancagem da companhia", disse Edison Ticle, vice-presidente de Finanças e RelaçÔes com Investidores da Minerva, na terça-feira (30/9) durante o Minerva Day. A expectativa do executivo Ă© fechar o ano de 2025 com a relação entre dĂvida lĂquida e Ebitda (alavancagem) abaixo de 2,8 vezes. Com o processo de redução de endividamento, e o retorno da geração de caixa positivo, a Minerva pretende voltar a pagar dividendos em 2026. A compra das unidades uruguaias de San JosĂ©, Salto e ColĂŽnia fazia parte de uma transação em que a Minerva comprou 13 plantas da Marfrig localizadas no Brasil, Argentina e Chile. As plantas jĂĄ adquiridas estĂŁo sob o controle da Minerva desde outubro de 2024, quando esta etapa da transação foi concluĂda. Depois de ter barrado algumas vezes o negĂłcio no Uruguai, a Coprodec deu mais uma negativa na semana passada. O CEO da Minerva, Fernando Queiroz, disse que Ă© possĂvel recorrer sobre a decisĂŁo, mas a companhia ainda estĂĄ avaliando se tomarĂĄ alguma medida. As 13 unidades da Minerva que foram adquiridas da Marfrig - atual MBRF - no Brasil, Argentina e Chile alcançaram 100% das sinergias esperadas no final de setembro, um trimestre mais cedo do que o esperado, afirmou Ticle. As novas plantas passaram a ser operadas pela compradora em outubro do ano passado. "Isso vai nos permitir rodar o quarto trimestre com utilização de capacidade acima de 75%", ressaltou o executivo durante o Minerva Day. Ticle calcula que as unidades estĂŁo entregando entre R$ 350 milhĂ”es e R$ 400 milhĂ”es em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglĂȘs) por trimestre. Isso significa que o Ebitda anual das novas unidades pode se aproximar de R$ 1,5 bilhĂŁo por ano, mesmo sem as trĂȘs plantas localizadas no Uruguai que estavam previstas no contrato de compra, mas tiveram o negĂłcio barrado pela autoridade antitruste do paĂs ComisiĂłn de PromociĂłn y Defensa de la Competencia (Coprodec). "Os nĂșmeros das performances das plantas adquiridas sĂŁo sensivelmente superiores ao que anunciamos na aquisição. Provavelmente, no ano que vem a gente vai revisitar estes nĂșmeros", disse. Diante deste desempenho operacional e com um cenĂĄrio internacional de demanda firme pela carne produzida na AmĂ©rica do Sul, sem dar um novo guidance, Ticle acredita que o Ebitda de 2025 pode ficar ao redor de R$ 4,75 bilhĂ”es a 5,2 bilhĂ”es para a companhia como um todo. A receita lĂquida do ano tende a alcançar um montante entre R$ 50 bilhĂ”es e R$ 58 bilhĂ”es. "A gente deve ficar muito perto do topo do range", afirmou. A geração de fluxo de caixa livre caminha para terminar 2025 positiva entre R$ 500 milhĂ”es e R$ 1,5 bilhĂŁo e, nesta conjuntura, a alavancagem - relação entre dĂvida lĂquida e Ebitda - estĂĄ estimada entre 2,5 vezes e 2,8 vezes. "A gente fecha o ano certamente com uma alavancagem abaixo de 2,8 vezes", enfatizou Ticle. Segundo ele, um fator que contribuiu para este processo foi o aumento de capital realizado pela companhia, que pode chegar a R$ 3 bilhĂ”es atĂ© 2028. A otimização de processos com o uso de inteligĂȘncia artificial nas operaçÔes da Minerva tem potencial para gerar uma captura de valor da ordem de R$ 288 milhĂ”es por ano. Atualmente, a companhia estima que tem conseguido R$ 40 milhĂ”es em ganhos, mas Ă© possĂvel avançar, disse o vice-presidente de tecnologia, Roberto Stern. As otimizaçÔes estĂŁo, por exemplo, nas ĂĄreas de logĂstica, arbitragem na compra de gado, orçamento e precificação. Enquanto dĂĄ sequĂȘncia a um processo de redução de endividamento, que limita novas aquisiçÔes, a Minerva pretende crescer 10% organicamente em 2026. "O crescimento vai ser orgĂąnico, que vem das eficiĂȘncias das operaçÔes", disse Ticle. O executivo destacou que a empresa tambĂ©m pretende obter cerca de R$ 2 bilhĂ”es com a alienação de imĂłveis considerados nĂŁo essenciais para a Minerva. Um dos ativos que estĂŁo em anĂĄlise para possĂvel alienação Ă© uma planta de biodiesel localizada em Palmeiras de GoiĂĄs (GO). Estes recursos da alienação de imĂłveis devem ajudar na meta de diminuição de endividamento da companhia. O CEO da empresa, Fernando Queiroz, acrescentou que onde hĂĄ espaço para a Minerva expandir no mĂ©dio e longo prazo Ă© na categoria de produtos de valor agregado, lembrando que a companhia Ă© a que mais tem atuação em ĂĄreas de gado no bioma dos pampas, onde hĂĄ raças europeias. As perspectivas para curto e longo prazo vĂȘm em um cenĂĄrio de demanda firme por carne no mercado internacional e a percepção de que houve uma mudança no patamar de preços do produto.
Globo Rural
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Brasil pode aprovar maior carga tributåria do mundo com isenção do IRPF, alertam empresas
Brasil pode aprovar maior carga tributĂĄria do mundo para empresas junto a isenção do IRPF.Â
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O Congresso Nacional pode aprovar nesta semana a maior carga tributåria do mundo para empresas. O alerta é de entidades empresariais, que chegaram a essa conclusão por meio de um estudo que investigou os impactos do Projeto de Lei (PL) 1.087/2025. O PL tem como objetivo ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil.
Segundo estudo encomendado pela Associação Brasileira das Empresas de Capital Aberto (Abrasca), caso o PL seja aprovado como estĂĄ, o paĂs pode atingir um patamar de mais de 40% de tributação sobre o lucro empresarial. Uma alĂquota que desalinharia o Brasil em relação Ă Â Organização para a Cooperação e Desenvolvimento EconĂŽmico (OCDE), fĂłrum internacional que reĂșne 38 paĂses para promover o desenvolvimento econĂŽmico e social. O estudo foca nas empresas sujeitas ao regime do Lucro Real, nas Companhias Abertas e no Investimento Estrangeiro Direto (IED), setores que seriam desproporcionalmente afetados pela mudança. A principal conclusĂŁo do relatĂłrio Ă© a projeção de um aumento significativo nas alĂquotas. No caso de instituiçÔes financeiras o imposto sobre o lucro poderia chegar atĂ© a 48%. Para as pessoas jurĂdicas brasileiras nĂŁo-financeiras que apuram pelo Lucro Real, a alĂquota efetiva mĂ©dia de tributação (IRPJ/CSLL + Novo IRRF) saltaria para mais de 30,77%. Este percentual efetivo equivaleria a uma alĂquota nominal de 40,6%, superando os atuais 34% e se tornando o maior Ăndice global, segundo o estudo. Em contraste, a mĂ©dia dos paĂses da OCDE Ă© de uma tarifa de cerca de 23% sobre os lucros. Para a Federação das IndĂșstrias do ParanĂĄ (Fiep), um aumento tĂŁo grande da tributação resulta no comprometimento da iniciativa privada e do investimento produtivo. Embora apoie uma revisĂŁo na faixa, alerta para riscos de prejudicar o ambiente de negĂłcios e os investimentos. âA Fiep reconhece a importĂąncia de ampliar a faixa de isenção do IRPF, (...) No entanto, a entidade alerta para os riscos de compensar essa medida com o aumento da carga sobre a renda corporativa, (...) prejudicar o ambiente de negĂłcios e afastar investimentosâ, escreveu a entidade. Como forma de compensação para a perda de arrecadação, a sugestĂŁo da Fiep Ă© de taxar 15% sobre a receita bruta das apostas virtuais de cota fixa, conhecidas como bets.
Gazeta do Povo
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85% das cidades paranaenses registram saldo positivo de empregos em 2025
A campeĂŁ de vagas Ă© Curitiba, que empregou 22.989 pessoas no acumulado do ano. Na sequĂȘncia aparecem Londrina, SĂŁo JosĂ© dos Pinhais, Cascavel, MaringĂĄ, Toledo, Colombo, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Arapongas.
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Com o terceiro maior saldo de empregos formais do PaĂs entre janeiro e agosto de 2025, o ParanĂĄ tem 339 dos seus 399 municĂpios com Ăndice positivo na geração de postos de trabalho, o equivalente a 85% do Estado. Ă o que mostra o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (29) pelo MinistĂ©rio do Trabalho e Emprego (MTE). Apenas as cidades de Diamante do Sul, no Centro-Sul, e Peabiru, no Centro-Oeste, registraram o mesmo nĂșmero de contrataçÔes e demissĂ”es nos primeiros oito meses do ano, com 32 e 510 vagas, respectivamente. Outras 58 cidades tiveram saldo negativo de vagas, apenas 14,5% do Estado. A campeĂŁ de vagas Ă© Curitiba, que empregou 22.989 pessoas no acumulado do ano, resultado das 402.125 admissĂ”es e 379.136 demissĂ”es. O setor de serviços Ă© o que mais contratou na cidade, com 15.708 vagas, seguido do comĂ©rcio, com 3.464; construção, com 2.180; indĂșstria, com 1.546; e agropecuĂĄria, com 91 empregos criados. O estoque de empregos da Capital Ă© de 830.753. Na sequĂȘncia aparece a segunda cidade mais populosa do Estado. Londrina teve 7.920 empregos formais gerados de janeiro a agosto deste ano, com os serviços liderando a oferta de vagas, com 5.267. Foram 81.826 contrataçÔes, contra 73.906 desligamentos, com um estoque de 180.781 postos de trabalho. SĂŁo JosĂ© dos Pinhais, na RegiĂŁo Metropolitana de Curitiba (RMC), vem em terceiro lugar, com saldo positivo de 5.105 vagas e um estoque de 126.075. Serviços, com 2.830 vagas, e indĂșstria, com 1.231, foram os principais setores responsĂĄveis pelas contrataçÔes. Completam a lista de 10 municĂpios com mais vagas criadas em nĂșmeros absolutos Cascavel (4.756), MaringĂĄ (4.493), Toledo (3.747), Colombo (2.327), Foz do Iguaçu (2.251), Ponta Grossa (2.223) e Arapongas (2.001). Outras trĂȘs cidades da RMC aparecem em sequĂȘncia na criação de postos de trabalho: Fazenda Rio Grande, com 1.775 vagas; AraucĂĄria, com 1.758; e Pinhais, com 1.564 oportunidades. Fecham a lista de municĂpios com mais de mil vagas criadas de janeiro a agosto de 2025 Dois Vizinhos (1.528), ParanaguĂĄ (1.255), Apucarana (1.160), Pato Branco (1.072), Almirante TamandarĂ© (1.034) e Umuarama (1.007). O ParanĂĄ Ă© o terceiro estado com maior volume de novas vagas com carteira assinada geradas entre janeiro e agosto de 2025. Nos oito primeiros meses deste ano, o saldo de empregos formais no Estado foi de 108.778 â resultado de 1,43 milhĂŁo de admissĂ”es e 1,32 milhĂŁo de desligamentos no perĂodo. O saldo de empregos do Estado foi o melhor da regiĂŁo Sul, superando Santa Catarina (83,8 mil) e Rio Grande do Sul (74,5 mil). Em nĂvel nacional, ficou atrĂĄs apenas de SĂŁo Paulo (436,7 mil) e Minas Gerais (152,9 mil), estados mais populosos. Com as novas contrataçÔes, o ParanĂĄ conta atualmente com um estoque de 3,3 milhĂ”es de empregos.
AgĂȘncia Estadual de NotĂcias
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Governo encaminha LOA de R$ 81,6 bilhÔes à Assembleia
O destaque para o ano que vem Ă© justamente o maior valor da peça orçamentĂĄria de toda a histĂłria do ParanĂĄ, superando em 4% o orçamento de 2025 â o maior atĂ© entĂŁo. Dentro desse valor estĂĄ incluso tambĂ©m os R$ 7,1 bilhĂ”es destinados apenas para investimentos, outro recorde da peça orçamentĂĄria.
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Com orçamento recorde de R$ 81,6 bilhĂ”es, o Governo do Estado enviou na terça-feira (30) o Anteprojeto de Lei OrçamentĂĄria (PLOA), referente ao ano de 2026 à Assembleia Legislativa do ParanĂĄ (Alep). Ele estabelece a estimativa de receita e fixa as despesas do Orçamento Geral do Estado. O texto prevĂȘ um total de R$ 78,9 bilhĂ”es de receitas totais destinadas ao Orçamento Fiscal e ao Orçamento do Regime PrĂłprio de PrevidĂȘncia Social (RPPS). Isso inclui o pagamento de pessoal e encargos sociais, juros e outras despesas correntes. AlĂ©m disso, outros R$ 2,7 bilhĂ”es sĂŁo destinados ao Orçamento de Investimento das Empresas PĂșblicas e das Sociedades de Economia Mista. JĂĄ para as diferentes ĂĄreas do governo, como SaĂșde, Educação e Segurança PĂșblica, o PLOA prevĂȘ um crescimento mĂ©dio de 4%. Segundo o secretĂĄrio estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, isso Ă© reflexo de uma mudança de metodologia que tornou as projeçÔes orçamentĂĄrias para os vĂĄrios setores mais factĂveis com a capacidade de execução de cada pasta. âEssa medida torna o orçamento do ParanĂĄ ainda mais eficiente, o que faz com que o valor recorde seja tĂŁo emblemĂĄtico. SĂŁo mais de R$ 81 bilhĂ”es que chegarĂŁo de fato ao dia a dia do paranaenseâ. Ortigara destaca o total destinado para investimentos, o maior jĂĄ planejado pelo Estado. âSĂŁo 11% a mais do que previsto no orçamento de 2025 (R$ 6,3 bilhĂ”es). E esses R$ 7,1 bilhĂ”es vĂŁo se converter em obras e entregas em todas as regiĂ”es do ParanĂĄ, levando desenvolvimento e melhorias para o cidadĂŁo na forma de estradas, de escolas, hospitais e serviços de qualidade. Somando com os investimentos destinados Ă s nossas empresas, como Sanepar e Portos do ParanĂĄ, o total ultrapassa os R$ 9,8 bilhĂ”esâ, afirma. Na LOA 2025, o total para investimentos foi de R$ 9,4 bilhĂ”es. O ParanĂĄ projeta uma receita corrente de R$ 75,1 bilhĂ”es para 2026. Essas receitas referem-se Ă entrada de recursos financeiros que sustentam as operaçÔes regulares do governo. O valor Ă© 5% maior em relação Ă LOA de 2025, que foi de R$ 71,3 bilhĂ”es. O aumento Ă© puxado principalmente pela perspectiva de um acrĂ©scimo de 7% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A prospecção da Secretaria de Estado da Fazenda Ă© que o valor salte dos atuais R$ 31,1 bilhĂ”es para R$ 33,3 bilhĂ”es. HĂĄ ainda mais R$ 1,7 bilhĂŁo de receitas de capital â recursos destinados a financiar investimentos e projetos de longo prazo, como operaçÔes de crĂ©dito e alienação de bens â e outros R$ 4,7 bilhĂ”es de receitas intraorçamentĂĄrias, totalizando os R$ 81,6 bilhĂ”es previstos pela secretaria. JĂĄ as despesas correntes representam uma parte significativa do orçamento, e somam R$ 68,5 bilhĂ”es. Estas despesas englobam os custos operacionais do governo, como pagamento de salĂĄrios de servidores pĂșblicos, manutenção de instalaçÔes, aquisição de materiais, entre outros. Despesas de capital estĂŁo previstas em R$ 8,8 bilhĂ”es, alĂ©m de cerca de R$ 1,8 bilhĂŁo destinados a reservas de contingĂȘncia. As despesas de capital sĂŁo direcionadas para investimentos em infraestrutura, aquisição de ativos fixos, e outros gastos que visam melhorar a capacidade produtiva e o crescimento de longo prazo. Outro ponto importante do PLOA 2026 encaminhado Ă Assembleia Legislativa diz respeito aos valores destinados Ă SaĂșde e Educação, que tambĂ©m aumentaram. A LOA traz um total de R$ 18,9 bilhĂ”es para a Educação, o que representa um aumento de 2% em comparação ao valor presente no orçamento de 2025 (R$ 18,6 bilhĂ”es). JĂĄ na SaĂșde, o crescimento Ă© de 7% em relação Ă peça orçamentĂĄria anterior, chegando aos R$ 10 bilhĂ”es. Nas despesas referentes a Transporte e Urbanismo, o salto Ă© ainda maior. O orçamento de 2026 prevĂȘ mais de R$ 4,1 bilhĂ”es apenas para obras e melhorias em estradas e urbanização. O valor Ă© 34% superior ao presente na LOA 2025, que foi de R$ 3,1 bilhĂ”es. Quanto aos poderes, os orçamentos do Legislativo, JudiciĂĄrio e MinistĂ©rio PĂșblico obedecerĂŁo aos limites percentuais da Receita Geral do Tesouro Estadual estabelecidos na LDO 2026: Legislativo, 5% (dos quais 1,9% para o Tribunal de Contas); JudiciĂĄrio, 9,5%; e MinistĂ©rio PĂșblico, 4,2%. A Defensoria PĂșblica receberĂĄ R$ 260 milhĂ”es.
AgĂȘncia Estadual de NotĂcias
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ECONOMIA/INDICADORES
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Dólar fecha eståvel em dia de Ptax e temor de paralisação nos EUA
Em um dia de oscilaçÔes estreitas, o dĂłlar fechou a terça-feira praticamente estĂĄvel no Brasil, influenciado por um lado pela disputa pela formação da Ptax de fim de mĂȘs e por outro pelo recuo da moeda norte-americana no exterior, em meio ao temor de paralisação parcial do governo dos EUA.
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O dĂłlar Ă vista encerrou a sessĂŁo em leve alta de 0,06%, aos R$5,3228. No ano, a divisa acumula queda de 13,86%. Ăs 17h03 na B3 o dĂłlar para novembro -- que nesta terça-feira passou a ser o mais lĂquido no Brasil -- subia 0,06%, aos R$5,3650. Na primeira metade do dia o dĂłlar sofreu a influĂȘncia da disputa pela Ptax -- taxa calculada pelo Banco Central com base nas cotaçÔes do mercado Ă vista e que serve de referĂȘncia para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mĂȘs, agentes financeiros tentam direcionĂĄ-la a nĂveis mais convenientes Ă s suas posiçÔes, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotaçÔes) ou vendidas em dĂłlar (no sentido de baixa). âO dĂłlar andou de lado durante a disputa da Ptax. Os vendidos conseguiram conquistar algum espaço na primeira e na segunda janela de coleta, mas depois os comprados deram uma forçada nas cotaçÔes na terceira e na quartaâ, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. As janelas de coleta do BC sĂŁo prĂłximas de 10h, 11h, 12h e 13h. Definida a Ptax (R$5,3186) no inĂcio da tarde, o dĂłlar Ă vista ficou livre para oscilar conforme o noticiĂĄrio, mas ainda assim as cotaçÔes se mantiveram travadas, prĂłximas da estabilidade. âEstĂŁo todos em compasso de espera pela negociação sobre o Orçamento dos Estados Unidosâ, disse Rugik. Desde o inĂcio do dia investidores acompanhavam os desdobramentos das negociaçÔes entre republicanos e democratas, nos Estados Unidos, em torno de uma proposta orçamentĂĄria para evitar o âshutdownâ (paralisação) do governo a partir de quarta-feira. A falta de acordo conduzia a busca pela segurança dos Treasuries, pesando sobre os rendimentos dos tĂtulos, e a queda do dĂłlar ante a maior parte das demais divisas globais. Ainda assim, no Brasil o dĂłlar se manteve perto da estabilidade ante o real. Ă tarde, em uma indicação de que o acordo sobre o Orçamento nĂŁo parece prĂłximo, o presidente dos EUA, Donald Trump, advertiu os democratas que permitir a paralisação do governo federal Ă meia-noite daria a sua administração a oportunidade de tomar medidas "irreversĂveis", incluindo o encerramento de programas importantes para eles.
Reuters
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Ibovespa fecha quase estĂĄvel no Ășltimo dia de mĂȘs positivo, marcado por recordes
O Ibovespa assegurou nova mĂĄxima intradia no Ășltimo pregĂŁo de setembro, antes de fechar a terça-feira quase estĂĄvel, reflexo de realização de lucros e com as açÔes da Petrobras entre as maiores pressĂ”es em meio Ă queda do petrĂłleo no exterior.
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Ăndice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,07%, a 146.237,02 pontos, apĂłs marcar 147.578,39 pontos no melhor momento -- novo topo intradia -- e 145.774,24 pontos na mĂnima do pregĂŁo. O volume financeiro somou R$23,02 bilhĂ”es. Em setembro, o Ibovespa acumulou uma valorização de 3,4%, em performance apoiada pelo fluxo de capital externo, com entrada de lĂquida de R$4,79 bilhĂ”es no mĂȘs atĂ© o dia 26. Tal movimento tem sido endossado pela perspectiva de novos cortes de juros dos Estados Unidos ainda neste ano, bem como expectativas de que o Banco Central do Brasil tambĂ©m começarĂĄ a promover um afrouxamento monetĂĄria no começo de 2026. "Tivemos um cenĂĄrio de otimismo global, puxado pela expectativa de cortes de juros nos EUA ainda este ano", afirmou o especialista em investimentos Leonardo Santana, sĂłcio da casa de anĂĄlise Top Gain. Ele acrescentou que o mercado jĂĄ precifica mais dois cortes pelo Federal Reserve, o que pode mudar o fluxo internacional de capitais, acrescentando que hĂĄ trilhĂ”es de dĂłlares parados em renda fixa americana. "Parte desse dinheiro começa a migrar em busca de mais retorno em mercados emergentes. Nesse contexto, o Brasil se torna particularmente atraente, pois temos uma das maiores taxas de juros reais do mundo e uma bolsa que ainda apresenta potencial de valorização", disse.
ReutersÂ
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Desemprego no Brasil fica estĂĄvel em 5,6% no tri atĂ© agosto e repete menor nĂvel da sĂ©rie histĂłrica
A taxa de desemprego no Brasil ficou estĂĄvel no trimestre atĂ© agosto frente aos trĂȘs meses encerrados em julho e interrompeu sĂ©rie de quatro quedas seguidas nesse tipo de comparação, mas permaneceu no nĂvel mais baixo da sĂ©rie histĂłrica do IBGE com o menor contingente de pessoas desocupadas, mostrando que o mercado de trabalho segue aquecido e resiliente.
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Nos trĂȘs meses atĂ© agosto, a taxa de desemprego permaneceu em 5,6%, repetindo a taxa de julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE) na terça-feira. O resultado mostra queda na comparação com os trĂȘs meses imediatamente anteriores, atĂ© maio, quando foi de 6,2%. No mesmo perĂodo do ano anterior a taxa de desemprego havia sido de 6,6%. A taxa, que segue no patamar mais baixo desde 2012, inĂcio da sĂ©rie histĂłrica, ainda ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters. O mercado de trabalho vem mostrando força e resiliĂȘncia neste ano mesmo diante de uma desaceleração gradual da atividade econĂŽmica, o que mantĂ©m o Banco Central em alerta. Neste mĂȘs, o BC decidiu manter a taxa bĂĄsica de juros Selic em 15%, destacando que o ambiente incerto demanda cautela e que seguirĂĄ avaliando se manter os juros nesse patamar por perĂodo bastante prolongado serĂĄ suficiente para levar a inflação Ă meta. Se por um lado o mercado de trabalho forte com renda elevada ajuda a sustentar a economia, especialmente atravĂ©s do consumo das famĂlias, por outro dificulta o controle da inflação, com atenção especial Ă de serviços. Nos trĂȘs meses atĂ© agosto, o nĂșmero de desempregados caiu 9,0% ante o trimestre atĂ© maio e atingiu 6,084 milhĂ”es de pessoas, o menor contingente da sĂ©rie, o que representa ainda queda de 14,6% sobre o mesmo perĂodo de 2024. JĂĄ o total de ocupados aumentou 0,5% na comparação trimestral, com 102,418 milhĂ”es de empregados, uma alta de 1,8% em relação ao ano anterior. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado registraram aumento de 0,4% nos trĂȘs meses atĂ© agosto sobre o trimestre imediatamente anterior, atingindo um recorde de 39,118 milhĂ”es de pessoas. Os que nĂŁo tinham carteira subiram 0,5%. "O mercado de trabalho aquecido proporciona uma alteração do perfil das contrataçÔes, pois com menor disponibilidade relativa de mĂŁo de obra, as contrataçÔes somente acontecem com mais benefĂcios para os trabalhadores, como a carteira assinada por exemploâ, explicou o analista da pesquisa, William Kratochwill. Segundo ele, a queda na desocupação passa pelo setor de educação pĂșblica. "A educação prĂ©-escolar e fundamental faz contrataçÔes ao longo do primeiro semestre. SĂŁo trabalhadores sem carteira, com contratos de trabalho temporĂĄrios", explicou ele. Esse grupo faz parte dos trabalhadores sem carteira do setor pĂșblico, que cresceu 5,5% em relação ao trimestre atĂ© maio e aumentou 0,8% frente ao trimestre atĂ© agosto de 2024. No perĂodo, a renda mĂ©dia real chegou a R$3.488, de R$3.457 no trimestre atĂ© maio, uma alta de 0,9%.
Reuters
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DĂvida pĂșblica bruta do Brasil fica estĂĄvel em 77,5% do PIB em agosto, mostra BC
A dĂvida bruta do Brasil ficou estĂĄvel em agosto, quando o setor pĂșblico consolidado brasileiro apresentou dĂ©ficit primĂĄrio menor do que o esperado, de acordo com dados divulgados na terça-feira pelo Banco Central.
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A dĂvida pĂșblica bruta do paĂs como proporção do PIB fechou agosto em 77,5%, mesmo nĂvel do mĂȘs anterior e abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 78,0%. JĂĄ a dĂvida lĂquida do setor pĂșblico foi a 64,2%, de 63,6% em julho e expectativa de 64,1%. Em agosto, o setor pĂșblico consolidado registrou um dĂ©ficit primĂĄrio de R$17,255 bilhĂ”es, menor do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$21,0 bilhĂ”es. O desempenho mostra que o governo central teve dĂ©ficit de R$15,934 bilhĂ”es, enquanto Estados e municĂpios registraram rombo primĂĄrio de R$1,314 bilhĂŁo e as estatais tiveram saldo negativo de R$6 milhĂ”es, mostraram os dados do Banco Central.
Reuters
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DĂvida pĂșblica federal sobe 2,59% em agosto e Tesouro eleva projeção para estoque em 2025
A dĂvida pĂșblica federal subiu 2,59% em agosto ante julho, para R$8,145 trilhĂ”es, informou na terça-feira o Tesouro Nacional, que tambĂ©m elevou seu parĂąmetro para o estoque total da dĂvida no encerramento de 2025 citando um ambiente de maior demanda por tĂtulos pĂșblicos federais.
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Em agosto, a dĂvida pĂșblica mobiliĂĄria federal interna (DPMFi) somou R$7,845 trilhĂ”es, enquanto a dĂvida pĂșblica federal externa (DPFe) atingiu R$300,23 bilhĂ”es. Conforme o Tesouro, do total da dĂvida pĂșblica federal no final de agosto, 20,95% correspondiam a tĂtulos prefixados, 26,10% a tĂtulos vinculados a Ăndices de preços, 49,29% a papeis atrelados Ă Selic e 3,67% a papeis cambiais. No mĂȘs passado, o crescimento da dĂvida deveu-se, conforme o Tesouro, Ă emissĂŁo lĂquida no valor de R$136,64 bilhĂ”es, e Ă apropriação positiva de juros, no valor de R$69,33 bilhĂ”es. O ĂłrgĂŁo informou ainda que a reserva de liquidez da dĂvida pĂșblica -- uma espĂ©cie de "colchĂŁo" para o pagamento dos compromissos -- subiu 14,78% em termos nominais em agosto, para R$1,134 trilhĂŁo, o que garante o pagamento dos prĂłximos 7,78 meses de vencimentos. Na comparação com agosto de 2024, a reserva de liquidez aumentou 23,73%. O Tesouro tambĂ©m promoveu um ajuste em seu Plano Anual de Financiamento (PAF) do ano. A meta para o estoque da dĂvida pĂșblica federal (DPF) no final deste ano foi para a faixa de R$8,500 trilhĂ”es a R$8,800 trilhĂ”es no PAF 2025, ante intervalo de R$8,100 trilhĂ”es a R$8,500 trilhĂ”es previsto anteriormente. "Diante de queda nas taxas futuras nas partes intermediĂĄria e longa da curva de juros e de um ambiente de menor volatilidade em relação ao Ășltimo trimestre de 2024, o Tesouro Nacional identificou uma janela de oportunidade para aumentar o volume de emissĂ”es a partir do inĂcio do ano", afirmou o Tesouro em nota, ao justificar o fato de o estoque da dĂvida ter crescido acima do previsto inicialmente. "A estratĂ©gia foi executada de forma compatĂvel com a demanda de mercado, sem exercer pressĂ”es significativas sobre os preços." Durante entrevista coletiva em BrasĂlia, o subsecretĂĄrio da DĂvida PĂșblica, Daniel Leal, afirmou que, ainda que o parĂąmetro mĂĄximo para o estoque no ano seja de R$8,800 trilhĂ”es, isso nĂŁo significa que o Tesouro esteja buscando este nĂșmero ou que o limite vĂĄ, de fato, ser alcançado. "Estabelecemos parĂąmetros confortĂĄveis para a dĂvida", comentou Leal, acrescentando que em semanas recentes o Tesouro adotou um ritmo "mais moderado" de emissĂ”es, na comparação com o inĂcio do ano. Durante a coletiva, Leal reconheceu que perĂodos eleitorais podem "carregar um pouco mais de volatilidade no ano que em outros perĂodos", mas ressaltou que o Tesouro nunca encontrou dificuldades no financiamento da dĂvida. Segundo ele, como a janela de oportunidade em 2025 estava positiva, o Tesouro atuou para que possa entrar no prĂłximo ano em situação mais confortĂĄvel. "NĂŁo hĂĄ uma expectativa especĂfica de que este ano eleitoral serĂĄ mais volĂĄtil ou nĂŁo", afirmou Leal, acrescentando que o Tesouro tambĂ©m nĂŁo estĂĄ mirando um nĂvel especĂfico para o colchĂŁo de liquidez, hoje suficiente para cobrir os vencimentos dos prĂłximos 7,78 meses. "A gente evita chegar ao nĂvel prudencial, que Ă© de 3 meses", ressaltou. Apesar de ter alterado o parĂąmetro para o estoque da DPF em 2025, o Tesouro manteve o prazo mĂ©dio da dĂvida pĂșblica em 2025 no intervalo de 3,8 a 4,2 anos. O ĂłrgĂŁo tambĂ©m manteve no PAF as metas atuais de participação dos diferentes tĂtulos na dĂvida: 19% a 23% para prefixados; 24% a 28% para papeis indexados a Ăndices de preços; 48% a 52% para tĂtulos vinculados Ă Selic e 3% a 7% para tĂtulos cambiais. Na entrevista coletiva, Leal reforçou ainda que o Tesouro serĂĄ proativo nas emissĂ”es externas. Segundo ele, hĂĄ espaço para nova emissĂŁo externa ainda em 2025, mas isso dependerĂĄ das condiçÔes do mercado e nĂŁo serĂĄ uma obrigação. Uma emissĂŁo de tĂtulo sustentĂĄvel no exterior, conforme Leal, estĂĄ sendo considerada, podendo ser feita neste ou no prĂłximo ano.
Reuters
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Ipea reduz projeção do IPCA em 2025 de 5,2% para 4,8%
A valorização do real frente ao dĂłlar â de cerca de 5% no Ășltimo trimestre â foi apontada por pesquisadoras do ĂłrgĂŁo como a principal influĂȘncia para a redução de 0,4 ponto percentual na projeçãoÂ
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O Instituto de Pesquisa EconĂŽmica Aplicada (Ipea) revisou a estimativa da inflação oficial brasileira em 2025 de 5,2% para 4,8%. A valorização do real frente ao dĂłlar â de cerca de 5% no Ășltimo trimestre â foi apontada por pesquisadoras do ĂłrgĂŁo como a principal influĂȘncia para a redução de 0,4 ponto percentual na projeção para o Ăndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas a safra recorde de grĂŁos tambĂ©m teve impacto. Ambos os fatores contribuĂram para o recuo das estimativas de alta dos preços de alimentos, bens industriais e combustĂveis. A taxa estimada em 4,8% para o IPCA como um todo acompanha as projeçÔes mais recentes dos economistas do mercado pelo relatĂłrio Focus do Banco Central (BC) da segunda-feira (29), de 4,81%. A expectativa do Ipea para a alta de preços administrados este ano acelerou de 4,4% para 4,7%, para refletir os reajustes das tarifas de transporte pĂșblico. Por outro lado, houve recuo das previsĂ”es para a inflação dos alimentos no domicĂlio â de 6,7% para 4,4% - e dos bens industriais â de 3,6% para 3,1%. ResponsĂĄveis pelas estimativas, Maria AndrĂ©ia Parente Lameiras e Tarsylla da Silva de Godoy Oliveira acreditam em altas menos intensas dos preços de carnes, aves, ovos e cafĂ©, que refletiriam âcenĂĄrio mais benigno para a inflação de alimentosâ. âO processo de desinflação na economia brasileira avança, mas ainda de maneira bem gradual e com custo elevado em termos de polĂtica monetĂĄriaâ, afirmam as autoras do estudo âAnĂĄlise e ProjeçÔes de Inflaçãoâ. Elas alertam, no entanto, que o cenĂĄrio inflacionĂĄrio ainda exige cautela, especialmente diante de pressĂ”es persistentes: âO principal ponto de atenção atual nĂŁo estĂĄ mais nos preços volĂĄteis das commodities, que explicaram grande parte da inflação no perĂodo pĂłs-pandemia, mas no comportamento dos serviçosâ. A estimativa para a inflação de serviços em 2025 foi mantida em 6,2%, diante de um cenĂĄrio em que o mercado de trabalho segue aquecido apesar da desaceleração da atividade econĂŽmica. Os preços de serviços, lembram as autoras, Ă© pressionado pela massa de rendimentos de toda a economia, pelo lado de demanda, e pelo custo da mĂŁo de obra, pelo lado da oferta. Na terça-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, repetindo o menor nĂvel da sĂ©rie histĂłrica, iniciada em 2012. No caso do Ăndice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede o custo mĂ©dio de vida das famĂlias com renda de um a cinco salĂĄrios-mĂnimos, a estimativa para a alta em 2025 recuou de 4,9% para 4,5%. Segundo o estudo, a queda Ă© explicada por um aumento menos intenso na inflação de alimentos â cuja projeção caiu de 6,4% para 4,2% â e de bens industriais â de 3,2% para 2,9%. Apesar da revisĂŁo para baixo do IPCA, as pesquisadoras destacaram o grau de incerteza das projeçÔes: âNas condiçÔes internas, a sustentabilidade do controle inflacionĂĄrio depende de polĂtica monetĂĄria vigilante e de ancoragem fiscal. Externamente, tensĂ”es geopolĂticas e comerciais podem reverter o comportamento benigno de commodities e cĂąmbioâ, afirmam Lameiras e Oliveira na nota.
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