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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 959 DE 30 DE SETEMBRO DE 2025

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  • 30 de set.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 959 | 30 de setembro de 2025


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL  


Semana abre com preços firmes para o boi gordo, sustentados pelo bom ritmo das exportações

Pela apuração da Scot Consultoria, nada mudou na segunda-feira (29/9): o boi gordo “comum” segue valendo R$ 305/@ em SP, enquanto “boi-China” é negociado em R$ 308/@. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias

 

No final de semana, o mercado de carne bovina foi marcado pela queda de demanda típica da segunda quinzena do mês, quando há um maior esgotamento dos salários recebidos pelos trabalhadores. Com isso, os frigoríficos brasileiros, apesar de operarem atualmente com escalas mais curtas em relação ao quadro registrado nas primeiras semanas de setembro/25, tiraram o pé das compras de boiadas gordas. Nesta conjuntura, os preços do boi gordo seguiram estáveis nas principais praças brasileiras, de acordo com dados coletados pelas consultorias na segunda-feira (29/9). Pela apuração da Agrifatto, o animal terminado segue valendo R$ 310/@ na praça de São Paulo, seja ele sem ou com padrão-China. Nas outras 16 regiões produtoras monitoradas pela consultoria, o preço médio do boi gordo ficou em R$292,65/@. Segundo acompanhamento feito pela Scot Consultoria, o mercado paulista abriu a semana com poucos negócios. “Algumas indústrias ainda estão decidindo como serão as ofertas de compra com base nas vendas do fim de semana, relataram os analistas da consultoria. A Scot apurou que nada mudou em relação ao quadro de preços observado na sexta-feira (29/9). Ou seja, em São Paulo, o boi gordo “comum” está cotado em R$ 305/@, enquanto “boi-China” é negociado em R$ 308/@. Na avaliação da Agrifatto, nas últimas semanas, os grandes frigoríficos têm recebido sobretudo lotes oriundos de contratos de parcerias (boi a termo), além de animais terminados em confinamentos próprios. Porém, na última semana, tais ofertas não foram suficientes para alongar as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros, que seguem atendendo de 8 a 9 dias, de acordo com o levantamento da Agrifatto. No entanto, observam os analistas da Agrifatto, enquanto o mercado interno ainda patina, as exportações brasileiras de carne bovina in natura seguem firmes, sustentando os negócios na cadeia produtiva. Cotações do boi gordo desta segunda-feira (29/9), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de nove dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$300,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. PARÁ: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. GOIÁS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China/Europa: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Brasil já bate recorde de exportações de carne bovina IN NATURA com 294,7 mil toneladas em setembro. receita está 50% acima

Os embarques de carne bovina in natura já bateram o recorde da série histórica até a quarta semana de setembro/25, em que foram exportadas 294,7 mil toneladas. O volume total exportado neste mês será divulgado no dia 6 de outubro pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do MDIC, ou seja, o total enviado deve ultrapassar as 300 mil toneladas.

 

Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o volume registrado nas exportações de carne bovina ficou dentro das expectativas, com a China mantendo posição de destaque entre os principais compradores. No ano passado, o volume exportado de carne bovina em setembro alcançou 251,6 mil toneladas e a movimentação deste ano já representa um avanço de 17,13%, frente ao embarcado até a quarta semana de setembro. No comparativo mensal, o volume exportado em setembro teve um aumento de 9,76%, frente ao total enviado em agosto/25 que exportou 268,5 mil toneladas. Com relação à média diária exportada, ela ficou próxima de 14,7 mil toneladas, avanço de 23% frente a do ano anterior, que ficou em 11,9 mil toneladas. O faturamento ficou em US$ 1,654 bilhão, acima da receita de setembro do ano anterior que foi de US$ 1,135 bilhão. A média diária do faturamento na quarta semana de setembro ficou em US$ 82,7 milhões, ganho de 52,9%, frente ao observado no mês de setembro do ano passado, que ficou em US$ 54 milhões. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.613 por tonelada até a quarta semana de setembro/25, ganho anual de 24,4%, quando se compara com os valores observados em setembro de 2024, em que estavam em US$ 4.514 por tonelada. Iglesias reforça que é necessário observar de perto o comportamento do país asiático, uma vez que segue em curso a investigação de salvaguardas. “Tivemos três meses seguidos de compras expressivas, o que pode indicar a adoção de algum tipo de cota de importação em novembro, não apenas para a carne bovina brasileira. Por isso, é importante acompanhar com atenção esses sinais vindos da China”, avaliou. Em agosto deste ano, o Ministério do Comércio da China (MOFCOM) informou a prorrogação da investigação de salvaguarda sobre as importações de carne bovina estrangeira. A apuração foi estendida por mais três meses, com novo prazo final previsto para o final de novembro deste ano. Outro fator importante que ajuda a entender esse volume é que a China comemora a partir de dia 01 de outubro, a Semana Dourada que é considerado o feriado prolongado mais importante do calendário chinês. Ou seja, eles precisam abastecer seus estoques para o consumo doméstico. O analista também destacou o avanço da importância diversificação dos destinos da proteína nacional, que contribuíram também para esse cenário de recorde no volume exportado Estamos embarcando bons volumes para México, União Europeia e Oriente Médio.

SECEX/MDCIC/Agência Safras

 

SUÍNOS

 

Receita e volume das exportações de carne suína já superam setembro do ano passado

Volume movimentado chegou a 127,3 mil toneladas até a quarta semana de setembro, com aumento da média diária e elevação nos preços.

 

O volume exportado de carne suína in natura chegou em 127,3 mil toneladas até a quarta semana de setembro/25, informou a Secretária de Comércio Exterior (Secex), do MDIC. No ano passado, o volume exportado alcançou 107,6 mil toneladas em 21 dias úteis de setembro/24. 

A média diária até a quarta semana de setembro/25 ficou em 6,3 mil toneladas, alta de 24,2% frente a média diária embarcada em setembro do ano passado, que ficou em 5,1 mil toneladas. A receita obtida ficou em US$ 328,5 milhões, sendo que o faturamento de setembro do ano anterior, foi de US$ 269 milhões. A média diária do faturamento até a quarta semana de setembro ficou em US$ 16,4 milhões e teve um avanço de 28,2% frente a média diária do ano anterior, que ficou em US$ 12,8 milhões. Já o preço pago por tonelada até a quarta semana de setembro/25 ficou em US$ 2.580 por tonelada, avanço de 3,3% frente ao observado em setembro do ano passado, que estava sendo negociado em US$ 2.499 por tonelada.

SECEX/MDIC

 

FRANGOS

 

Exportações de carne de frango somam 440,5 mil toneladas até a quarta semana de setembro/25. receita recua frente a 2024

Média diária exportada teve um avanço de 2,5% até a quarta semana de setembro

 

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, o volume exportado de carne de aves in natura ficou em 440,5 mil toneladas até a quarta semana de setembro/25. No ano passado, o volume exportado alcançou 451,3 mil toneladas em 21 dias úteis em 2024. A média diária até a quarta semana de setembro/25 ficou em 22 mil toneladas, sendo que isso representa um avanço de 2,5% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 21,4 mil toneladas. O preço pago pelo produto ficou em US$ 1.764 por tonelada, e isso representa uma queda de 8% se comparado com os valores praticados em setembro do ano anterior, que estavam em US$ 1.918 por tonelada. No faturamento, a receita obtida até a quarta semana de setembro ficou em US$ 777,2 milhões, enquanto em setembro do ano anterior o valor ficou em US$ 866 milhões. Já a média diária do faturamento ficou em US$ 38,8 milhões e teve um recuo de 5,8% frente a média diária observada em setembro do ano anterior, que ficou em US$ 41,2 milhões. 

SECEX/MDIC

 

EMPRESAS

 

Frísia prevê investimento bilionário para dobrar de tamanho até 2030

Plano é investir R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para sustentar a expansão dos negócios no Paraná e em Tocantins. Segundo o superintendente da Frísia, Mario Dykstra, a expansão envolve todas as áreas de negócios — produção de leite, carne suína, grãos, sementes e florestal

A Frísia Cooperativa Agroindustrial, de Carambeí (PR), planeja investimentos da ordem de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos, para sustentar a expansão dos negócios no Paraná e em Tocantins. A cooperativa, que celebrou 100 anos em agosto, espera sair de uma receita de R$ 5,79 bilhões em 2024 para R$ 13 bilhões até 2030. Para este ano, a previsão é alcançar faturamento de R$ 5,9 bilhões, com lucro de pelo menos R$ 240 milhões. De acordo com o superintendente da Frísia, Mario Dykstra, a expansão envolve todas as áreas de negócios — produção de leite, carne suína, grãos, sementes e florestal. A Frísia também pretende se valer de parcerias com outras cooperativas — estratégia que já adota em algumas áreas — para avançar na verticalização da produção. “Para o planejamento estratégico até 2030, queremos focar no crescimento, para suportar a produção do nosso cooperado e agregar mais valor, permitindo a ele beneficiar e industrializar a produção”, afirma Dykstra. Segundo ele, a cooperativa vai buscar financiamento para parte dos projetos, com recursos do Plano Safra, do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). O maior investimento será na instalação de uma esmagadora de soja, com capacidade para processar entre 3 mil toneladas e 3,5 mil toneladas de soja por dia. Dykstra afirma que a indústria será construída em parceria com outras cooperativas.

A Frísia negocia com outras cinco cooperativas — Agrária, Castrolanda, Capal, Bom Jesus e Coopagrícola — o investimento conjunto. “O investimento final da Frísia vai depender de quantos sócios conseguirmos e quanto cada um pretende aportar no projeto”, acrescenta. A esmagadora de soja funcionará como empresa, tendo as cooperativas como sócias, com participações proporcionais aos aportes de cada uma. A cooperativa também prevê investir entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões na ampliação de sua capacidade de armazenagem no Paraná e Tocantins. A intenção é ampliar a capacidade em 90 mil toneladas, sobre as atuais 667 mil toneladas de grãos. Pelo menos R$ 100 milhões serão investidos em Tocantins, onde a Frísia espera ter crescimento mais acelerado, com a adesão de novos cooperados. “Nós pretendemos sair de uma área plantada em Tocantins de 40 mil hectares para 72 mil hectares até 2030. Naturalmente, vamos precisar de mais espaço para estocar e armazenar os grãos”, afirma o superintendente. A cooperativa tem atualmente 139 cooperados em Tocantins. No Paraná, são 938, com uma área de cultivo em torno de 158 mil hectares. No ano passado, a produção pelos cooperados da Frísia alcançou 826,8 mil toneladas de grãos, entre soja, milho, trigo, cevada, sorgo, gergelim e feijão. Na área de sementes, o plano da Frísia é investir R$ 50 milhões na instalação de uma estrutura para beneficiamento e armazenagem refrigerada de sementes de soja, trigo e cevada. “Também trabalhamos a intercooperação na área de sementes, inicialmente com a Castrolanda”, afirma Dykstra. A ampliação da fábrica de rações da Frísia também está prevista e deve demandar R$ 30 milhões. Em 2024, a indústria produziu 239 mil toneladas de rações para atender os criadores de bovinos e suínos cooperados. “Esses negócios vão avançar e dar bastante sustentação ao nosso crescimento”, diz. Para alavancar o crescimento e acelerar a industrialização, a estratégia da Frísia tem sido fazer parcerias com outras cooperativas. É sócia da Agrária, da Castrolanda, da Capal, da Bom Jesus e da Coopagrícola na Maltaria Campos Gerais, instalada em Ponta Grossa (PR), que teve investimento de R$ 1,6 bilhão. A maltaria começou a operar em 2024 e tem capacidade para produzir 240 mil toneladas de malte por ano. A cooperativa também opera com a Castrolanda e a Capal, por meio da Unium, um moinho em Ponta Grossa, que fornece farinha de trigo para indústrias de panificação, massas e biscoitos. No momento, de acordo com Dykstra, está em estudo também a produção de alimentos prontos para os clientes industriais, como biscoitos.

Ainda por meio da Unium, é feita a produção e a comercialização de leite. No ano passado, a Frísia produziu 362,2 milhões de litros de leite, com expansão de 8,24%. A Unium produz laticínios com as marcas Colaso, Colônia Holandesa e Naturalle.Os aportes planejados pela Frísia até 2030 preveem também a ampliação da unidade produtora de leitões, de 5,5 mil matrizes atualmente para até 8 mil matrizes. “A intenção é construir uma nova linha de produção de suínos, além da modernização da fábrica atual”, revela o superintendente. Na área de manejo florestal, a Frísia registrou 73 mil toneladas de produção florestal no ano passado. A cooperativa adquiriu 300 hectares e arrendou 230 hectares para ampliar as áreas de plantio. A cooperativa pretende investir em um picador novo, para produção de cavacos de madeira.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

Exportações argentinas de carne bovina atingem maior volume do ano em agosto

Foram embarcadas 85 mil toneladas equivalentes de carcaça, quase igualando os picos de 2024; preços internacionais subiram 39% em relação ao ano passado.

 

As exportações argentinas de carne bovina registraram em agosto o melhor desempenho de 2025 até agora. Segundo as informações do site Valor Di Carne, foram embarcadas 85 mil toneladas equivalentes de carcaça (TEC), volume mensal mais alto do ano e muito próximo dos picos de agosto e setembro de 2024, quando o país exportou 86 mil e 89 mil TEC, respectivamente. O avanço foi sustentado por preços internacionais mais firmes e pela valorização cambial, além de um alívio tributário. Desde a mínima de março, de apenas 52 mil TEC, os embarques vêm crescendo de forma constante até alcançarem o patamar de agosto. Apesar do bom resultado, as projeções indicam que 2025 deverá encerrar abaixo do recorde de 930 mil TECs exportados em 2024, já que seria necessário manter volumes próximos de 100 mil TECs por mês até dezembro, algo considerado improvável. O aumento em relação a julho (5.100 t adicionais) foi puxado principalmente pela China (+3.500 t), seguida pela União Europeia (+1.600 t), Estados Unidos (+600 t) e Chile (+500 t). Houve estabilidade nos embarques para Israel e quedas para Rússia e México (200 t cada). Na comparação com agosto do ano passado, houve ganhos de vendas para a UE (+1.400 t), Israel (+500 t) e Brasil (+100 t), mas reduções para México (-1.000 t), Chile (-400 t) e Rússia (-300 t). Os preços médios se mantiveram firmes em agosto. Frente a julho, houve valorização de 3% nos embarques para a China, estabilidade em Israel e quedas entre 2% e 15% nos demais destinos, com média ponderada de -1%. Na comparação anual, os resultados são expressivos: China +60%, UE +20%, Israel +39%, Chile +30% e EUA +45%, o que representa um aumento médio de 39%. O valor alcançado em agosto ficou apenas 7% abaixo do pico histórico de abril de 2022. Entre janeiro e agosto deste ano, a Argentina exportou 536 mil TECs, volume 12% menor que o registrado no mesmo período de 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, foram embarcados 858 mil TECs, repetindo o resultado do mês anterior, mas 2% abaixo do verificado um ano antes. Apesar do desempenho positivo em agosto, o setor reconhece que 2025 não deverá superar o recorde histórico do ano passado, conforme reportou o site argentino.

Valor Di Carne

 

Após medidas de Trump, EUA perdem mercado de carne bovina na China para Austrália

Os embarques australianos ao mercado chinês saltaram de um histórico recente de US$ 140 milhões/mês para US$ 221 milhões em julho/25 e US$ 226 milhões em agosto/25, compara a Reuters

 

A carne bovina australiana substituiu o fornecimento dos Estados Unidos para a China desde que o presidente Donald Trump retornou à Casa Branca, relata reportagem da agência Reuters. Segundo a agência de notícias, os embarques da proteína dos EUA para a China, no valor de cerca de US$ 120 milhões por mês, despencaram depois que Pequim permitiu, em março/25, que as licenças expirassem em centenas de frigoríficos norte-americanos, desencadeando uma guerra tarifária retaliatória por parte do governo Trump. Nos últimos anos, diz a Reuters, as exportações de carne bovina dos EUA perderam força, refletindo o período de seca prolongada no país, que reduziu o rebanho bovino e, consequentemente, a produção local, elevando os preços locais da proteína para níveis recordes. No entanto, diz a agência, a queda no comércio com a China foi muito mais repentina e extrema: o valor da carne bovina dos EUA enviada à China caiu para apenas US$ 8,1 milhões em julho/25 e US$ 9,5 milhões em agosto/25, segundo dados do comércio chinês, em comparação com US$ 118 milhões e US$ 125 milhões nos mesmos meses do ano anterior. Por sua vez, os embarques de carne bovina da Austrália para a China saltaram de um histórico recente de US$ 140 milhões/mês para US$ 221 milhões em julho/25 e US$ 226 milhões em agosto/25, informou a Reuters. O Brasil, maior fornecedor de carne bovina da China, também intensificou as exportações ao país asiático nos últimos meses, mas a Austrália foi a mais beneficiada, pois sua carne bovina alimentada com grãos é a mais próxima dos produtos norte-americanos. “É bom para a Austrália”, disse à Reuters Matt Dalgleish, analista de carnes e pecuária da Australian Consulting. “Está sustentando preços realmente altos para o gado”, acrescentou. Os embarques de carne bovina dos EUA para a China aumentaram em 2020 e 2021 depois que Trump, em seu primeiro mandato, fechou um acordo comercial com Pequim, relembrou a Reuters. “A China desempenha um papel útil para os processadores de carne bovina dos EUA, pagando preços premium por cortes como o chuck roll, que são menos populares nos Estados Unidos”, diz a reportagem. A produção de carne bovina da Austrália atingiu níveis históricos e sua carne está muito mais barata – tanto que a Austrália não só está exportando mais para a China, como também quantidades recordes para os Estados Unidos. “Os EUA não estão realmente em posição de serem competitivos”, afirma Dalgleish, à Reuters.

Reuters

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Paraná gera 108 mil empregos formais até agosto 2025

Em nível nacional, o estado ficou atrás de São Paulo (436,7 mil) e Minas Gerais (152,9 mil). Com as novas contratações, o Paraná conta atualmente com o estoque de 3,3 milhões empregos.

 

O Paraná é o terceiro estado com maior volume de novos empregos com carteira assinada gerados entre janeiro e agosto de 2025, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nos oito primeiros meses deste ano, o saldo de postos de trabalho formais no Estado foi de 108.778 – resultado de 1,43 milhão de admissões e 1,32 milhão de desligamentos no período. Com as novas contratações, o Paraná conta atualmente com o estoque de 3,3 milhões empregos. Em agosto, foram criados mais de 6 mil novos empregos com carteira assinada no Estado – resultado de aproximadamente 171 mil contratações e 165 mil demissões no mês. O resultado ficou atrás apenas Rio de Janeiro (16.128), São Paulo (45.450) no Sul e Sudeste. No Sul, Santa Catarina gerou apenas 315 empregos e o Rio Grande do Sul fechou o mês com saldo negativo de 1.648 vagas. O desempenho no ano é positivo em todos os setores da economia paranaense. O principal destaque é o segmento de serviços, responsável por mais de 58 mil empregos a mais no comparativo com o mesmo período de 2024. A indústria registrou o segundo maior volume, com 25,2 mil contratações a mais do que demissões no mesmo intervalo de tempo, seguida pelo comércio, com 14,3 mil. A construção civil e a agropecuária fecham a lista, com 9,7 mil e 1,5 mil vagas no ano, respectivamente. Em agosto, os maiores saldos foram nos setores de serviços (2,3 mil vagas), comércio (2,1 mil) e indústria (1,3 mil). Entre os paranaenses que iniciaram ou retornaram ao mercado formal de trabalho, as mulheres são maioria: 55,3 mil, o equivalente a 50,9% dos contratados. Os homens respondem pelas demais 53,4 mil vagas ocupadas (48,1%). Com exceção daqueles com 65 anos ou mais, todas as outras faixas de idade têm saldo positivo de empregos em 2025 no Paraná. Aqueles com 18 a 24 anos formam a maior parcela, com 52,9 mil admissões a mais do que demissões no ano. Depois, aparecem os empregados de até 17 anos (25,4 mil), 30 a 39 anos (12,1 mil), 40 a 49 anos (11,3 mil), 25 a 29 anos (8,5 mil) e 50 a 64 anos (1 mil). Curitiba liderou entre as cidades com maior saldo de empregos com carteira assinada no acumulado de 2025, com quase 23 mil novos postos de trabalho. Londrina ficou na vice-liderança com 7,9 mil, seguida por São José dos Pinhais (5,1 mil), Cascavel (4,7 mil) e Maringá (4,5 mil).

Agência Estadual de Notícias

 

Agropecuária registra saldo negativo de empregos em agosto

Produção de café puxou o resultado no mês passado, informam os dados do Caged, do Ministério do Trabalho. A produção de café teve o pior desempenho em agosto, com 10,331 mil empregos a menos

 

A agropecuária brasileira demitiu mais do que contratou em agosto. É o que mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor perdeu 2,665 mil vagas com carteira assinada, resultado de 96,454 mil admissões e 99,919 mil dispensas no mês. Foi a única atividade econômica com resultado negativo no mês passado. O levantamento do Caged inclui agricultura, pecuária, produção florestal e pesca e aquicultura. As lavouras permanentes puxaram o resultado negativo da agropecuária, com a perda de 7,999 mil vagas formais (18,656 mil admissões e 26,655 mil demissões). A produção de café teve o pior desempenho, com 10,331 mil empregos a menos (3,761 mil contratados e 14,072 mil dispensados). “Agropecuária teve queda, motivada, principalmente, pelo final da safra de café. Aí, tem a sazonalidade”, ressaltou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em entrevista coletiva. De outro lado, as produções de cacau (36), uva (1,085 mil), laranja (1,147 mil) e de outras frutas (371) tiverem desempenho positivo, com mais contratações do que demissões no mês de agosto. Nas lavouras temporárias, houve a geração de 4,997 mil vagas formais, com 27,668 mil admissões e 22,671 mil demissões. O cultivo de cana de açúcar (2,931 mil) puxou o resultado positivo, seguido outras lavouras temporárias (2,508 mil), cultivo de cereais (337), e cultivo de algodão e outras fibras (181). O cultivo de soja ficou negativo em 934 vagas e o de outras oleaginosas, em 38.

A pecuária gerou 1,340 mil empregos com carteira assinada, resultado de 23,597 mil contratações e 22,257 mil dispensas. A criação de aves puxou o desempenho, com a geração de 648 vagas, seguida pela bovinocultura, com 574 e suinocultura, com 115 vagas. A horticultura e floricultura foi outro segmento com resultado positivo dentro da agropecuária. Gerou 196 empregos em agosto. Produção de sementes e mudas (-1,648 mil), pesca e aquicultura (-74) e produção florestal (-586) registraram perda de empregos no mês de agosto.

No total, o Caged registrou a geração de 147,358 mil vagas formais de trabalho em agosto, com 2,239 milhões de admissões e 2,092 milhões de demissões. O desempenho foi liderado pelo setor de serviços, com 81,002 mil contratações a mais do que dispensas, seguido por comércio, com 32,612 mil, indústria, com 19,098 mil, e construção, com 17,328 mil empregos.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai ante o real sob influência do exterior

O dólar voltou a ceder ante o real na segunda-feira, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana no exterior, em meio ao receio de que possa haver uma paralisação parcial do governo norte-americano, caso o Congresso dos EUA não chegue a um acordo sobre o orçamento até terça-feira.

 

O dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,35%, aos R$5,3197. No ano, a divisa acumula queda de 13,91%. Às 17h04, na B3, o dólar para outubro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,58%, aos R$5,3240. O dólar engatou perdas ante o real já no início da sessão, acompanhando o sinal negativo vindo do exterior, onde a moeda norte-americana cedia em meio ao risco de paralisação do governo dos EUA. Ainda que o financiamento esteja prestes a expirar, nesta terça-feira, os republicanos e democratas no Congresso dos EUA não dão sinais de que concordarão com uma solução temporária para os gastos. Entre os eventos do dia, destaque para comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante o evento Itaú Macro Day, em São Paulo. Galípolo descartou mudanças na abordagem atual da instituição em relação às reservas cambiais e ao estoque de swaps, reforçando que o câmbio no Brasil é flutuante e que a instituição atua para corrigir disfuncionalidades. "Não há nenhum objetivo ou preocupação no sentido de recomposição de reservas ou mudanças em swaps", disse Galípolo, acrescentando que o BC tem reservas robustas para responder a qualquer disfuncionalidade no mercado de câmbio. Questionado sobre o déficit atual da conta corrente brasileira, Galípolo afirmou que o resultado demonstra que a demanda interna segue elevada. No mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não está fazendo ajuste fiscal vendendo patrimônio, acrescentando que continuará a perseguir as metas fiscais estabelecidas, tanto para 2025 quanto para 2026. "A meta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) ... está sendo perseguida com todo o esforço", afirmou Haddad sobre o objetivo de 2025. "Para 2026 vai ser igual", acrescentou. No exterior, no fim da tarde o dólar seguia em baixa. Às 17h11 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,20%, a 97,952.

Reuters

 

Ibovespa renova recorde intradiário, mas perde ímpeto no fechamento

De um lado, a perda mais intensa das ações da Petrobras e a virada para cima dos juros futuros pesaram sobre o índice, assim com a diminuição dos ganhos em Nova York 

 

Em linha com o dia mais favorável para mercados emergentes, o Ibovespa avançou na segunda-feira. Logo após a abertura dos negócios, o índice chegou a renovar seu recorde intradiário, ao tocar os 147.558 pontos, mas perdeu força no decorrer do pregão. De um lado, a perda mais intensa das ações da Petrobras e a virada para cima dos juros futuros pesaram sobre o índice, assim com a diminuição dos ganhos nas bolsas em Nova York. De outro, o avanço de blue chips de bancos e da garantiu suporte para o índice manter a alta firme até o término do pregão. No fim do dia, o Ibovespa encerrou com ganho de 0,61%, aos 146.337 pontos, distante da mínima de 145.447 pontos. Com isso, a principal referência acionária local ficou a poucos pontos de renovar a máxima histórica de fechamento nominal, que é de 146.492 pontos. O desempenho do EWZ (principal fundo de índice de ações brasileiras negociado em NY) ficou em linha com o do EEM (principal fundo de índice de mercados emergentes) na sessão de ontem, ao subir 0,85% e 0,90%, respectivamente. Entre as blue chips, bancos foram destaque de alta: BTG Pactual (+1,69%); Bradesco PN (+1,02%); Itaú PN (+0,57%); Santander (+0,38%) e (+0,05%). Segundo analistas, a perspectiva de encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump nesta semana, juntamente com a entrada de investidores estrangeiros, pode ter ajudado os papéis do setor bancário a subirem em bloco. Já blue chips de commodities encerraram mistas: as ON da Petrobras cederam 1,89%, enquanto as PN da petroleira recuaram 1,36%; as ON da subiram 0,33%. As ações da Petrobras foram afetadas pelas perdas de quase 3% nos preços de petróleo no mercado futuro. O movimento negativo em torno dos papéis da petroleira foi amplificado ainda pelo corte do preço-alvo dos recibos de ações da empresa negociados em NY (ADRs), feito por analistas do Citi, de US$ 12,50 para US$ 12, reiterando a recomendação neutra. Já revisões para cima ajudaram os papéis da Vale a subirem, na contramão da queda dos preços do minério de ferro em Dalian, na China. Os analistas do Bank of America (BofA) elevaram o preço-alvo das ações da companhia, de R$ 68 para R$ 69, reiterando a recomendação de compra. O volume financeiro do Ibovespa na sessão de hoje foi reduzido e chegou a R$ 13,7 bilhões, alcançando R$ 17,9 bilhões na B3.

Valor Econômico

 

Brasil cria 147 mil empregos formais em agosto; resultado vem menor que o esperado

O Brasil gerou 147 mil vagas de trabalho formal em agosto, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados na segunda-feira (29) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O número representa uma queda na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando houve 239 mil postos criados.

 

O resultado em agosto é fruto de 2,2 milhões de contratações e de 2 milhões de desligamentos. O número veio abaixo da expectativa de economistas consultados pela Bloomberg, que previam criação de quase 182 mil vagas. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo é de 1,4 milhão de empregos formais criados, também uma redução na comparação com o período entre setembro de 2023 e agosto do ano passado. O setor com maior número absoluto de novas vagas foi o de serviços, com 81 mil postos formais. Neste, os destaques são para administração pública e de informação, com 39 mil e 12 mil, respectivamente. O segundo setor com maior saldo foi de comércio, com 32 mil novos postos formais. Dentre os setores, a agropecuária foi o único que registrou saldo negativo, com menos 2.665 postos formais de trabalho. Segundo o MTE, a queda maior foi para o cultivo de café, que registrou uma redução de 10 mil nos empregos com carteira assinada, motivada pelo fim da safra. Por estado, as maiores altas foram na Paraíba, onde houve aumento de 1,61% no total de empregos formais, seguido pelo Rio Grande do Norte, com 0,98%, e Pernambuco, com 0,82%. Este último também teve o terceiro maior saldo de novos postos, de 12 mil, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. O estado com menor saldo foi o Rio Grande do Sul, onde houve uma queda de 0,06%, com uma redução de 1.648 no total de postos criados. O ministro Luiz Marinho, de Trabalho e Emprego, afirma que há um pequeno impacto decorrente das tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump, mas que o principal motivo por trás da desaceleração é a alta dos juros. "Há alguma influência da tarifa, que pode impactar um pouco no Rio Grande do Sul. [Mas] o maior impacto é dos juros. A tarifa impacta em alguns setores específicos, especialmente que trabalham com exclusividade para produtos para o comércio americano. O juro interfere no conjunto da economia, não nos setores específicos. Ele pega pesado no ritmo do crescimento."

Folha de São Paulo

 

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