CLIPPING DO SINDICARNE Nº 947 DE 12 DE SETEMBRO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 947 | 12 de setembro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Sobe e desce no mercado do boi gordo revela disputa acirrada
Na quinta-feira (11/9), as cotações ficaram estáveis na maioria das praças brasileiras, refletindo o alongamento das escalas de abate das indústrias. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de nove dias.
A oferta de boi gordo para abate está confortável e parte dos frigoríficos compradores relataram escalas mais alongadas na quinta-feira (11/9), apurou a Scot Consultoria, referindo-se ao mercado pecuário de São Paulo. Os preços do boi gordo andaram de lado na quinta-feira, tanto em São Paulo quanto no restante das principais praças do País. Pelos dados da Scot, o animal sem padrão-exportação vale R$ 312/@ em São Paulo, enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 315/@. Por sua vez, ainda em relação ao mercado paulista, a vaca gorda está apregoada em R$ 285/@ e a novilha terminada segue vendida a R$ 300/@, acrescenta a Scot. Analistas da Agrifatto lembram que, após a forte pressão baixista registrada em julho/25, o mercado físico do boi gordo encontrou suporte em agosto/25, com a arroba valorizando ao longo do mês passado. “A demanda externa, especialmente por parte da China, seguiu aquecida, mantendo as exportações brasileiras (de carne bovina in natura) em ritmo forte, apesar da retração dos embarques para os EUA em razão do aumento tarifário”, recordam os especialistas da Agrifatto. Uma maior disponibilidade de bovinos terminados ativou o movimento de baixa dos preços do boi gordo nas principais praças pecuárias na parcial de setembro/25. Na quarta-feira (10/9) houve queda em 10 das 17 regiões monitoradas (SP, ES, GO, MG, MS, MT, PA, PR, SC e TO”, observou a Agrifatto, acrescentando que as cotações do boi gordo em todas as praças acompanhadas pela consultoria ficaram estáveis na quinta-feira (11/9). A expectativa para os próximos meses, prevê a Agrifatto, é de estímulo ao confinamento, aliado à manutenção da demanda firme por parte da China, o principal cliente mundial da carne bovina brasileira, com quase 60% das compras em agosto/25. Após as quedas registradas na terça-feira (9/10), os contratos do boi gordo apresentaram ligeira recuperação na sessão de quarta-feira (10/9) da B3, informou a Agrifatto. O contrato com vencimento em setembro/25 encerrou o pregão a R$ 307,35/@, com alta de 0,29% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo desta quinta-feira (11/9), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abates de dez dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de dez dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$310,00. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha R$300,00. Escalas de nove dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. PARÁ: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de dez dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de doze dias. MARANHÃO: Boi: R$290,00 por arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de dez dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Boi/Cepea: Em meio à baixa liquidez, preços seguem estáveis
Levantamentos do Cepea mostram que as negociações no mercado pecuário seguem apresentando estabilidade
Pesquisadores explicam que esse cenário se deve ao fato de as escalas de abate estarem preenchidas por animais de contrato e/ou gado próprio, o que reduz a necessidade de compra dos frigoríficos no spot. De modo geral, pecuaristas negociam apenas lotes pequenos nesse mercado, o que tem tornado a liquidez relativamente baixa. No estado de São Paulo, os preços do boi vêm oscilando principalmente entre R$ 310 e R$ 315, com alguns negócios a até R$ 320, ainda conforme levantamentos do Centro de Pesquisas.
Cepea
Confinamento: Índice de Custo Alimentar cai em agosto de 2025
A safra recorde reduziu os preços dos grãos e trouxe alívio direto aos custos de nutrição, informa a Ponta Agro
O Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) apresentou, em agosto/25, o mesmo comportamento nas duas principais regiões produtoras do país. No Centro-Oeste, o ICAP foi de R$ 14,14, representando uma redução de 3,02% em relação a julho, enquanto no Sudeste o índice alcançou R$ 12,53, com queda de 1,18%. Na safra 2024/2025, o Brasil consolidou recordes de produção de grãos. Essa expansão, sustentada por clima favorável, ganhos de produtividade e investimentos agrícolas, ampliou a oferta e pressionou os preços para baixo. “O movimento trouxe alívio direto aos custos de nutrição no confinamento, reduzindo o ICAP em agosto. Ao mesmo tempo, o avanço das exportações de carne bovina manteve a arroba valorizada, garantindo margens positivas aos pecuaristas”, avalia a Ponta Agro, em comunicado à imprensa. No comparativo anual, o ICAP de agosto expõe uma contradição: mesmo diante de uma safra recorde de grãos, os custos da nutrição animal ficaram acima de 2024 — alta de 3,21% no Centro-Oeste e de 12,98% no Sudeste. De acordo com a empresa, o motivo não está apenas na oferta, mas no apetite da própria pecuária. “Com a arroba firme, mais animais foram confinados, ampliando a demanda por milho, soja e coprodutos. Essa pressão foi reforçada pelo crescimento das demais cadeias de proteína: o leite retomou fôlego, a produção de ovos avança em ritmo acelerado e suínos e frango caminham para novos recordes. Todas essas atividades compartilham de parte de insumos utilizados na pecuária de corte, mantendo os custos nutricionais firmes em 2025 nos confinamentos brasileiros”, explica o informe da Ponta Agro.
Portal DBO
SUÍNOS
Suinocultura independente registra estabilidade em São Paulo e queda em Minas Gerais
Enquanto o preço permanece em R$ 9,60/kg em SP, suinocultores mineiros enfrentam recuo de 3,26%; já em Santa Catarina, leve alta sustenta a cotação.
Na quinta-feira (11), as associações pontuaram que os preços atingiram um valor máximo, mas que a oferta ainda segue controlada. De acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço dos suínos no estado de São Paulo permaneceu estável pela segunda semana consecutiva e está precificado em R$ 9,60/kg. No mercado mineiro, o valor do animal também apresentou queda de 3,26% e está cotado em R$ 8,90/kg no fechamento desta semana, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). "O mercado já vinha em queda de braços: de um lado, a dificuldade da demanda no varejo e atacado; de outro, a escassez de oferta do produtor. Agora, com a demanda mais enfraquecida, o preço cedeu. A lógica é automática: quando uma das variáveis se enfraquece, o equilíbrio se desmonta. Ainda assim, continuaremos com preços na margem de lucro", disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles. Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal também registrou avanço de 0,22% nesta semana, em que os preços passaram de R$ 8,91/kg para R$ 8,93/kg.
APCS/ Asemg/ ACCS
Suínos/Cepea: Vivo inicia setembro com a maior média mensal desde nov/24
Os preços médios do suíno vivo iniciam setembro nos maiores patamares nominais desde novembro/24, aponta levantamento do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, isso evidencia que o mercado suinícola vem se mostrando firme ao longo de 2025 – após cair fortemente em janeiro, devido ao típico enfraquecimento da demanda nesse período do ano, os valores do animal vivo subiram em fevereiro e se mantiveram relativamente estáveis até julho. Em agosto, pesquisadores explicam que um movimento de alta foi iniciado e, com isso, a média da parcial de setembro se mantém no maior nível deste ano. Agentes consultados pelo Cepea indicam que há certo equilíbrio entre a oferta e a demanda por animais no mercado independente de suíno vivo. Quanto às exportações brasileiras, dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que foram enviadas 120 mil toneladas de carne suína em agosto, diminuição de 4,2% frente ao volume de julho, mas avanço de 2,6% em relação ao de agosto/24.
Cepea
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Comércio do Paraná cresce 2,3% em julho
Índice de refere ao aumento mensal em relação a junho das atividades no comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de vendas de veículos e materiais de construção. Desempenho ficou um ponto percentual acima da média nacional no período.
As vendas do comércio varejista ampliado do Paraná cresceram 2,3% entre junho e julho deste ano, resultado um ponto percentual acima da média nacional, que foi de 1,3% no mesmo período. O levantamento é da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além das atividades tradicionais do setor, o comércio varejista ampliado considera as vendas de veículos e de materiais de construção. Por incluir estes dois segmentos estratégicos da economia, o recorte ajuda a analisar a real dinâmica do consumo da população e da geração de receita de todo o segmento. O Paraná se destacou ao superar estados de maior mercado consumidor, como São Paulo (0,7%) e Rio de Janeiro (2,1%), além de apresentar desempenho superior aos registrados por Santa Catarina (0,6%), Rio Grande do Sul (0,6%), Minas Gerais (0,3%) e Espírito Santo (-2,6%). No acumulado do ano, o comércio varejista ampliado do Paraná avançou 1,4%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses a alta foi de 2,8%. Os números reforçam a consistência do setor no Estado, mesmo diante de um cenário nacional marcado por oscilações sazonais em alguns segmentos específicos. As vendas de materiais de construção, por exemplo, cresceram 6,4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2024, com altas de 6% no ano e de 9,1% nos últimos 12 meses. Já as vendas de veículos, motocicletas, partes e peças tiveram aumento de 0,3% no acumulado de 2025 e de 7,5% em 12 meses. Os resultados contribuíram de forma significativa para o desempenho geral do comércio ampliado. O varejo restrito também apresentou avanço importante no Estado. Em julho, as vendas cresceram 3,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, mais do que o triplo da média nacional, que foi de apenas 1%. No ano, o comércio varejista restrito acumula alta de 2,5% no Paraná, ante um crescimento de 1,7% de todo o setor no País. Entre os segmentos do varejo restrito com melhor desempenho estão aqueles voltados para a venda de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 9,2%. Também apresentaram bons indicadores as vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (6,2%) e hipermercados e supermercados (4,9%).
Agência Estadual de Notícias
Preços de alimentos e bebidas caem pelo 3º mês consecutivo no Paraná, aponta Ipardes
Entre os 91 produtos monitorados pelo Ipardes, 54 registraram redução no valor pago pelos consumidores paranaenses em agosto. Maiores recuos foram observados em tubérculos, raízes e legumes, ovos de galinha, sal, condimentos e cereais.
O Paraná registrou, em agosto, o terceiro mês de queda consecutiva nos preços de alimentos e bebidas, de acordo com o Índice Ipardes de Preços Regional – Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas). Elaborado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico (Ipardes), o índice recuou 0,58% no último mês, reduzindo a variação acumulada em 2025 para apenas 1,85%. Dos 18 subgrupos que compõem o IPR – e Alimentos e Bebidas, 11 registraram preços menores, com maior impacto em tubérculos, raízes e legumes (-8,11%), que reduziram o índice mensal em -0,32 p.p. Outros destaques foram ovos de galinha (-3,49%), sal e condimentos (-3,01%) e cereais (-2,43%). Entre os 91 produtos pesquisados, 54 apresentaram preços menores. O impacto em mais de metade dos produtos pesquisados mostra que a redução de preços foi generalizada no Estado. A maior queda proporcional de preços ocorreu na manga (-18,26%), favorecida pela maior oferta no mercado interno após redução das exportações, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O tomate (-15,63%), a cebola (-14,26%), os brócolis (-9,25%) e a abobrinha (-8,49%) também registraram diminuições expressivas. O clima favorável e a boa produtividade das colheitas ampliaram a oferta desses produtos, refletindo diretamente no preço final ao consumidor. Outros itens com quedas relevantes incluíram batata-doce, cenoura, repolho e alface, reforçando a tendência de redução generalizada nos hortifrutis. Entre setembro de 2024 e agosto de 2025, cereais (-22,54%), tubérculos, raízes e legumes (-11,17%) e frutas (-9,40%) registraram quedas importantes, contribuindo para manter o custo de vida mais equilibrado para a população. A queda do IPR em agosto foi observada em oito dos nove municípios pesquisados, sendo mais intensa em Ponta Grossa (-0,93%), Curitiba (-0,91%) e Pato Branco (-0,76%). Apenas Foz do Iguaçu registrou leve alta (0,13%). Entre os produtos com maior retração, a batata-inglesa apresentou queda de até 55,93% em Curitiba, e a cebola caiu 51,18% em Guarapuava, confirmando a forte influência da produção agrícola local na redução dos preços.
Agência Estadual de Notícias
IBGE prevê safra recorde em 2025: 341,2 milhões de toneladas
Em relação ao relatório anterior, a previsão é 0,2% maior. Segundo o IBGE, colheita de grãos neste ano será 16,6% superior ao registrado em 2024
A safra brasileira de grãos, leguminosas e oleaginosas deve ser recorde e atingir 341,2 milhões de toneladas em 2025, 16,6% acima de 2024. É o que informou na quinta-feira (11/8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). Também nesta quinta-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou suas projeções indicando 350,2 milhões de toneladas para o ciclo 2024/25, um avanço de 16,3% na comparação com a safra anterior. Em relação ao relatório de julho do IBGE, a previsão é 0,2% superior, um acréscimo de 773,6 mil toneladas. O IBGE informou ainda que a área semeada ficou em 81,3 milhões de hectares, aumento de 2,8% frente à área colhida em 2024; e alta de 0,1 (acréscimo de 82,7 mil hectares) ante projeção de julho. A soja, o milho, e o arroz, os três principais produtos deste grupo, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 88% da área a ser colhida. O instituto detalhou ainda que, na safra 2025 ante safra 2024, estão previstos acréscimos na área de 5,1% do algodão herbáceo (em caroço); de 11,2% na do arroz em casca; de 3,5% na da soja, de 3,6% na do milho (declínio de 5,4% no milho 1ª safra e crescimento de 6,2% no milho 2ª safra) e de 11,2% na do sorgo. Em contrapartida, foram apurados declínios de 18,5%, na área a ser colhida, na do trigo; e de 6,6% na do feijão. Em relação à produção, na LSPA de agosto, houve acréscimos de 6,6% para o algodão herbáceo (em caroço), de 17,2% para o arroz em casca, de 14,5% para a soja, de 20,3% para o milho (crescimento de 13,7% para o milho 1ª safra e de 22% para o milho 2ª safra), de 24,7% para o sorgo, e de 2,6% para o trigo. Em contrapartida, houve decréscimo de 0,5% para o feijão.
Globo Rural
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha abaixo de R$5,40 após dados reforçarem aposta de corte de juros nos EUA
O dólar fechou a quinta-feira em queda no Brasil, indo abaixo dos R$5,40 no pela primeira vez desde meados de agosto, acompanhando o recuo da moeda norte-americana no exterior após dados da inflação e do mercado de trabalho dos EUA reforçarem a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.
Durante a tarde a moeda dos EUA se manteve no território negativo, com investidores atentos à continuação do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal. Com o voto da ministra Carmen Lúcia, a Primeira Turma do STF formou maioria para condenar Bolsonaro por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. O ministro Cristiano Zanin, que apresentava suas considerações neste fim de tarde, também votou pela condenação de Bolsonaro, levando o placar para 4 a 1 contra o ex-presidente. A condenação de Bolsonaro era largamente esperada no mercado, que agora segue monitorando eventual nova medida de retaliação do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil -- este sim um fator com potencial para mexer nos ativos. O dólar à vista fechou em baixa de 0,30%, aos R$5,3911 -- abaixo de R$5,40 pela primeira vez desde 15 de agosto, quando encerrou a R$5,3994, e na menor cotação desde 12 de agosto, quando atingiu R$5,3864. No ano a divisa acumula baixa de 12,75%. Às 17h04 na B3 o dólar para outubro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,24%, aos R$5,4160. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em agosto, depois de aumentar 0,2% em julho. Nos 12 meses até agosto, o indicador avançou 2,9%, o maior aumento desde janeiro, depois de ter subido 2,7% em julho. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,3% no mês e 2,9% em 12 meses. Já os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA somaram 263 mil na semana passada, acima da expectativa de 235 mil em pesquisa da Reuters, em um novo sinal de piora nas condições do mercado de trabalho. Às 17h13 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,27%, a 97,523.
Reuters
Ibovespa renova duplo recorde em dia favorável a ativos de risco
Novos dados de inflação e de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos consolidaram a perspectiva de cortes dos juros americanos neste mês
Depois de marcar um novo recorde intradiário ao tocar os 144.012 pontos durante a manhã, o Ibovespa perdeu um pouco de força ao longo da tarde. A principal referência acionária local reduziu parte do ímpeto após a divulgação de nova pesquisa do Datafolha, que apontou que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 33%, atingindo o pico do ano. Ainda assim, o índice conseguiu suporte para renovar a máxima nominal de fechamento, aos 143.150 pontos, com alta de 0,56%. Até então, o recorde de fechamento era de 142.640 pontos, que foi batido na última sexta-feira (5). Pela manhã, novos dados de inflação e de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos consolidaram a perspectiva de cortes dos juros americanos neste mês, enquanto os números de varejo no Brasil reforçaram a percepção de desaceleração da atividade e a chance de o Banco Central antecipar o início do afrouxamento monetário. O movimento impulsionou um pregão mais favorável a ativos de risco por aqui e nos EUA. Entre as blue chips, as units do BTG Pactual foram destaque, ao subir 1,67%. Da mesma forma, o dia foi positivo para os papéis da Vale, que avançaram 0,78%. Por outro lado, a queda nos preços de petróleo no mercado futuro empurrou as ações da Petrobras para o negativo: as ON da estatal cederam 1,05%, enquanto as PN recuaram 0,38%. Apesar da alta firme do índice na sessão, o volume financeiro do Ibovespa encerrou em apenas R$ 14,2 bilhões e R$ 24,4 bilhões na B3. Em Wall Street, os principais índices fecharam em alta mais expressiva: o Dow Jones subiu 1,36%, o S&P 500 avançou 0,85%, e o Nasdaq teve alta de 0,72%.
Valor Econômico
Fazenda vê PIB mais fraco e inflação menor em 2025, mantém projeções para 2026
O Ministério da Fazenda revisou para baixo as previsões para o crescimento do país e a inflação neste ano, em meio a uma política restritiva de juros do Banco Central, informou a Secretaria de Política Econômica (SPE) na quinta-feira, mantendo estáveis as projeções para 2026.
Segundo boletim divulgado pela SPE, a Fazenda reduziu sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2,3% neste ano, contra previsão de 2,5% feita em julho. Para 2026, a estimativa de crescimento foi mantida em 2,4%. “A revisão está relacionada ao resultado abaixo do esperado observado para o PIB do segundo trimestre comparativamente ao projetado em julho, repercutindo canais potentes de transmissão da política monetária ao crédito e atividade”, disse a SPE em nota. Segundo a pasta, a economia tem mostrado sinais de desaceleração, com moderação no ritmo de crescimento do crédito, além de uma tendência de arrefecimento da expansão da massa salarial, apesar do nível baixo de desemprego. Na semana passada, após a divulgação do desempenho do PIB do segundo trimestre deste ano, a secretaria já havia informado que o dado apontava para um “leve viés de baixa” na projeção de crescimento de 2,5% vigente naquele momento para 2025. A Fazenda ainda projetou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará este ano com alta de 4,8%, ante avanço de 4,9% na projeção de julho. Para 2026, o ministério prevê que a inflação será de 3,6%, mesmo patamar estimado anteriormente, "convergindo para o centro da meta (de 3%) de 2027 em diante". Na avaliação da SPE, a perspectiva de um índice de preços menor neste ano reflete efeitos defasados do real mais valorizado, menor inflação no atacado agropecuário e industrial e um “excesso de oferta de bens em escala mundial como reflexo do aumento nas tarifas comerciais”. O Banco Central estacionou a taxa básica de juros do país a 15% ao ano, maior nível em duas décadas, e previu que ela permanecerá nesse patamar por período bastante prolongado para levar a inflação à meta de 3%, citando a desaceleração da atividade como fator importante nesse processo. A autoridade monetária voltará a deliberar sobre os juros em reunião na próxima semana.
Reuters
Vendas no varejo do Brasil recuam 0,3% em julho, em linha com o esperado
As vendas do varejo brasileiro marcaram o quarto mês consecutivo de queda em julho, fornecendo mais um indicativo do esfriamento gradual da atividade na abertura do terceiro trimestre, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira.
As vendas varejistas recuaram 0,3% frente a junho, na série com ajuste sazonal, com alta de 1,0% na comparação com julho de 2024. Economistas esperavam uma queda de 0,3% do varejo frente a junho e alta de 0,8% na comparação anual, segundo pesquisa da Reuters. Das oito atividades do comércio varejista investigadas pelo IBGE, metade teve queda nas vendas, liderada por equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,1%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,9%). As maiores altas foram registradas em móveis e eletrodomésticos (1,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%). O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destacou a perda de fôlego no curto prazo do varejo, que acumulou queda de 1,1% no patamar de vendas desde março. "O que se vê é uma trajetória lenta e contínua de queda do varejo brasileiro nesses últimos meses", disse a jornalistas. O chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, teve crescimento de 1,3% das vendas em julho sobre junho, com queda de 2,5% na comparação anual. Dados do IBGE na semana passada mostraram que a produção industrial do país também encolheu em julho, em 0,2%, marcando o quarto mês seguido sem crescimento.
Reuters
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