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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 940 DE 03 DE SETEMBRO DE 2025

  • prcarne
  • 3 de set.
  • 13 min de leitura
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 940 | 03 de setembro de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Boi gordo de SP sobe mais que em MT e alonga diferencial de base

Arroba paulista valorizou 2,23% em agosto/25; em Mato Grosso, a valorização foi de 1,13%. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias.

 

Em agosto/25, o diferencial de base MT-SP apresentou alongamento de 1,04 p.p., e ficou na média de -4,48% no período. Assim, o boi gordo em MT foi cotado a R$ 296,92/@, alta de 1,13%, enquanto em SP valorizou 2,23%, encerrando o mês a R$ 310,83/@ – cotações a prazo e livres de Funrural em ambas as praças. As informações são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo o Imea, considerando os últimos 17 anos, os preços da arroba mato-grossense em setembro apresentaram aumento médio de 1,84% em relação a agosto. “Para este ano, a oferta elevada de bovinos permitiu que os frigoríficos iniciassem set/25 com as escalas bem alimentadas, tendo em vista o indicador alongado, influenciando negativamente a recuperação dos preços da arroba”, observa o instituto. Para setembro de 2025, aponta o Imea, os ajustes nas cotações tendem a ser mais limitados, com expectativa de recuperação expressiva do indicador no último trimestre do ano. Cotações do boi gordo, conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abates de nove dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$305,00. Escalas de dez dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. GOIÁS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de nove dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Frigoríficos se mantém abastecidos, mas demanda por exportação não deixa arroba ceder

O mercado físico do boi gordo iniciou a semana sem apresentar mudanças significativas no padrão das negociações, com acomodação nas principais praças pecuárias.

De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos, em especial os de maior porte, ainda dispõem de animais de parceria (contratos a termo), além da utilização de confinamento próprio para suprir suas necessidades, o que mantém uma frente de relativo conforto em suas escalas de abate. “A demanda ainda é um ponto relevante a ser considerado, em especial quando se trata das exportações, em um ritmo acelerado de embarques no decorrer do ano”, disse. Preços médios da arroba do boi. São Paulo: R$ 313,58 — na sexta: R$ 313,00. Goiás: R$ 307,86 — R$ 307,14. Minas Gerais: R$ 303,24 — R$ 304,12. Mato Grosso do Sul: R$ 316,14 — R$ 316,59. Mato Grosso: R$ 313,72 — R$ 313,18. O mercado atacadista teve preços firmes para a carne bovina nesta segunda-feira (1). Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes dos preços ao longo da primeira quinzena do mês, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo. “Por outro lado, a carne de frango ainda dispõe de maior competitividade ante as proteínas concorrentes, em especial se comparado a carne bovina “, ressalta. O quarto traseiro segue cotado a R$ 22,90, por quilo; o quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 18,25, por quilo; e a ponta de agulha segue no patamar de R$ 17,25.

Safras News


CARNES

 

Brasil deve estar entre os cinco maiores consumidores per capita de carnes do mundo em 2033

Estudo desenvolvido conjuntamente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e FAO estima que em 2033 o Brasil estará colocado como o quinto maior consumidor per capita das carnes bovina, suína e de frango, ficando atrás de EUA, Austrália, Argentina e Israel.

 

 O indicador não leva em conta a produção total ou os volumes totais disponíveis em cada país, mas os volumes prontos para o consumo. Daí os resultados serem bastantes inferiores aos divulgados normalmente nas estatísticas. No caso brasileiro, por exemplo, estima-se que o consumo per capita total das três carnes girará em torno dos 64 kg, enquanto o de carne de frango não irá muito além dos 32 kg. São volumes muito inferiores àqueles apontados internamente para 2024 – 45.5 kg para a carne de frango, pela ABPA; mais de 100 kg para as três carnes, pela CONAB. E o que se observa é que em sete desses 10 países a carne mais consumida continuará sendo a de frango. As exceções ficam restritas a dois países asiáticos (Coreia do Sul e Vietnã) e à Rússia. Nos três, a carne suína continuará liderando o consumo. Dessa forma, no consumo per capita estimado para 2033, a carne de frango representará 43% do total, vindo a seguir a carne suína com 30% e, na terceira posição, a carne bovina, com 27% do total.

OCDE/FAO

 

EMPRESAS

 

Salic faz operação de R$ 3,7 bilhões e estrutura posição na BRF via derivativos, dizem fontes

Fundo de investimentos árabe tem participação também na Minerva Foods

 

O fundo árabe Saudi Agricultural and Livestock investiment Company (Salic) realizou nesta terça-feira (2/9) uma operação envolvendo R$ 3,7 bilhões na BRF e terá sua posição via derivativos, segundo cinco fontes ouvidas pelo Valor. A operação teve a corretora Citigroup como intermediária. Conforme fontes, o fundo pode reaver a posição via ações e mantém, pelo contrato, os direitos econômicos desses papéis. “Fizeram uma estrutura de derivativo para atender questões internas”, afirmou uma das fontes. Outro interlocutor acrescentou que a operação faz parte de uma otimização fiscal necessária para o Salic. Na prática, o fundo árabe continua a possuir 11% do capital social da BRF, mas não na forma de ações, “mas eles têm um contrato de derivativo que dá direitos econômicos e eles podem reaver as ações”, explicou uma fonte. Além disso, “tecnicamente também, o banco passa a ter o percentual da Salic na BRF”, acrescentou. O fato de o Salic ser acionista da BRF e do frigorífico Minerva, com 25% de participação, levou a Minerva a questionar a fusão entre BRF e sua controlada Marfrig no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) alegando, entre outros pontos, eventual conflito de interesses que o Salic poderia ter. O Valor obteve a informação de que a operação com derivativos não foi feita a pedido da Minerva Foods. Até agora, o posicionamento dos investidores árabes é o de que sua participação na empresa da família Vilela de Queiroz não será prejudicada por sua atuação na companhia que resultará da fusão de Marfrig e BRF. Em junho, o Salic optou por se abster na votação sobre a fusão que, se aprovada pelo Cade, criará a MBRF.

Globo Rural

 

GOVERNO

 

Governo abre recurso extra para emergências na sanidade agropecuária

Mapa havia pedido R$ 135 milhões, mas montante é menor do que o solicitado; atualmente, existem quatro pedidos de emergência em curso

 

O Executivo federal autorizou a abertura de um crédito extraordinário destinado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Serão R$ 83,5 milhões extras para atender demandas relacionadas às emergências fitossanitárias e zoosanitária instaladas no Brasil. A medida provisória (MP) que abre o recurso foi publicada nesta terça-feira, 02, no Diário Oficial da União e começa a valer imediatamente. Em junho, em meio à resposta brasileira à gripe aviária, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que a pasta tinha encaminhado à Casa Civil uma proposta de MP para abertura de um crédito extraordinário de R$ 135 milhões. O montante seria empregado para o enfrentamento dessas emergências sanitárias. Na ocasião, Fávaro reconheceu que o contingenciamento aos recursos da pasta poderia comprometer o trabalho. Atualmente, o Mapa declarou estado de emergências na sanidade agropecuária para quatros casos e ainda estão em vigor: Gripe aviária; Vassoura de bruxa da mandioca; Monilíase do cacaueiro; Mosca da carambola. De forma geral, uma emergência fitossanitária (em plantas) ou zoosanitária (em animais) é declarada quando for constatado um risco iminente de introdução de uma doença exótica ou praga quarentenária ainda não presente no país ou quando a risco de surto ou epidemia de alguma doença ou praga já existente. O Mapa é autorizado a adotar medidas para responder a esse problema, como a contratação de pessoal para ajudar na defesa agropecuária, por exemplo.

O Estado de São Paulo/Agro

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Indústria paranaense alerta para riscos de atraso na adaptação à reforma tributária

Fiep aponta desafios na emissão de notas fiscais a partir de 2026; cenário no Paraná reflete preocupações da indústria nacional

 

A menos de quatro meses do início da implementação da reforma tributária, a indústria do Paraná manifesta apreensão com os desafios de adaptação para as empresas e prepara um curso para ajudar na compreensão sobre as mudanças que começam a valer em janeiro de 2026. Para Guilherme Hakme, coordenador do conselho temático de assuntos tributários da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), muitas empresas do setor estão atrasadas nessa preparação e já deveriam estar se mobilizando, principalmente para as mudanças na nota fiscal eletrônica. A partir de 2026, as notas fiscais eletrônicas emitidas no país deverão trazer os campos referentes ao IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e à CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), novos tributos que irão substituir os atuais sobre consumo. Sem essas informações, o sistema governamental rejeitará o documento e as empresas podem ficar impossibilitadas de faturar. Segundo ele, cada companhia precisa ajustar seus sistemas junto aos provedores de software para evitar problemas no início da vigência da obrigatoriedade. O alerta atinge especialmente as pequenas e médias, que em geral têm departamentos jurídico-tributários menos estruturados. Hakme afirma que tem tido conversas com o governo para que erros no preenchimento das notas não levem à rejeição automática. A ideia é que se adote um período de transição, permitindo que o setor se ajuste sem que a atividade industrial seja paralisada por descumprimento da obrigação. Com todas essas mudanças, surgem iniciativas de capacitação. A Fiep está promovendo o "Curso de Reforma Tributária - O que muda e como sua empresa pode se preparar", formação gratuita e online, com 35 horas-aula, para preparar indústrias na adaptação às novas regras tributárias do país. Para Guilherme, o ritmo de preparação precisa acelerar. As indefinições quanto às alíquotas efetivas do IBS e da CBS, bem como sobre a aplicação de impostos seletivos e as novas regras de incentivos fiscais, reforçam um cenário de incerteza. No Paraná, como em outros estados, a extinção de incentivos fiscais preocupa o setor. "Foi criado um fundo de compensação, mas há regras que dificultam o acesso a esse fundo. A dúvida é: que empresas conseguirão entrar e quanto recurso haverá disponível? Não parece suficiente para compensar a perda", observa Hakme. Outro ponto sensível é o impacto sobre empresas do Simples Nacional, regime em que se enquadram muitas indústrias de pequeno porte. Embora o modelo simplificado continue existindo, há receio de perda de competitividade: como o IBS permitirá que empresas aproveitem créditos de impostos pagos na etapa anterior, quem compra pode preferir fornecedores fora do Simples, que geram mais desses créditos. O coordenador chama atenção ainda para o risco de perda de competitividade no mercado externo, principalmente em segmentos como o automotivo, calçadista, têxtil e de vestuário, que sofrem mais com o aumento de custos internos. Isto porque encarecer o produto nacional beneficia ainda mais concorrentes estrangeiros, como a China, que já consegue colocar no país produtos com preços mais baixos.

Folha de SP 

 

Deral indica colheita do milho em 94% no Paraná; plantio de verão já está em 9%

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, para a segunda safra de milho, 94% das lavouras já foram colhidas e o restante das áreas está todo em maturação.   

 

Os técnicos do Deral classificaram ainda 46% dessas áreas como em boas condições, 32% como médias e 22% como ruins. Enquanto isso, as atividades de plantio da safra de verão 2025/26avançam e atingem 9% do total estimado no estado, com 94% ainda em germinação e 6% em desenvolvimento vegetativo. O relatório do Departamento indica que a colheita da safrinha está praticamente concluída em diversas regiões, restando apenas áreas isoladas. “Nas áreas remanescentes a colheita avança favorecida pela redução da umidade dos grãos. As produtividades ficaram dentro das estimativas iniciais, embora algumas lavouras tenham sofrido perdas devido à estiagem no início do ciclo”, destacam os técnicos do Deral. Já para o milho de verão, o plantio avança em algumas localidades, com ritmo variável conforme a umidade do solo. “Apesar do avanço inicial, há cautela em função da possibilidade de frentes frias tardias, o que leva os produtores a escalonarem a semeadura”.

SEAB-PR/DERAL

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar sobe na esteira de ganhos no exterior com receios fiscais globais

O dólar à vista fechou em alta ante o real na terça-feira, na esteira de fortes ganhos da moeda norte-americana no exterior impulsionados por temores fiscais, enquanto na cena doméstica o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado ficou no radar.

 

O dólar à vista fechou em alta de 0,66%, a R$5,4748. Às 17h14, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,64%, a R$5,512 na venda. Os movimentos do real nesta sessão tiveram como pano de fundo a força do dólar nos mercados globais diante da aversão ao risco provocada pelo acirramento da preocupação dos agentes financeiros com a situação fiscal nas principais economias do mundo, em particular dos Estados Unidos. Na reabertura do mercado norte-americano após feriado na véspera, os investidores reagiram negativamente à decisão de sexta-feira de um tribunal de recursos que considerou ilegal a maioria das tarifas do presidente Donald Trump, ameaçando uma importante fonte de receita para o país. Os receios com a crescente dívida federal dos EUA têm aumentado desde a aprovação de um projeto de lei de cortes de impostos pelo Congresso neste ano, levando membros do governo a defenderem as taxas de importação como uma forma de controlar os déficits por meio da arrecadação. Os temores fiscais também se estenderam pela Europa, onde os investidores demonstraram receios com a situação fiscal de França e Reino Unido, duas fortes economias cujos desempenhos podem impactar o continente como um todo. O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,69%, a 98,318. Na cena doméstica, o mercado nacional monitorou o início do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) na terça, exibindo preocupação de que uma condenação do ex-presidente possa levar ao agravamento do impasse comercial entre Brasil e EUA. Quando Trump anunciou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros em julho, ele vinculou a decisão, entre pontos, à suposta "caça às bruxas" de que Bolsonaro seria vítima. A probabilidade de retaliação contra o Brasil também deixou os investidores mais avessos ao risco neste pregão.

Reuters

 

Ibovespa perde os 141 mil pontos em dia de menor apetite por risco 

No fim do dia, o índice recuou 0,67%, aos 140.335 pontos, depois de oscilar entre os 139.625 pontos e os 141.279 pontos

 

O movimento de maior aversão a risco ao redor do globo empurrou o Ibovespa para o campo negativo desde o começo do pregão desta terça-feira. No fim do dia, o índice recuou 0,67%, aos 140.335 pontos, depois de oscilar entre os 139.625 pontos e os 141.279 pontos. O desempenho local espelhou a performance das principais referências acionárias em Nova York, que registraram queda firme. “Há uma leitura de risco institucional. O nível de inclinação da curva americana e europeia está aumentando. Vemos uma deterioração das instituições americanas [com o debate sobre a credibilidade do Federal Reserve]”, pontua o gestor de renda variável da Western Asset, Guto Leite, ao explicar parte da razão para o movimento de aversão a risco registrado ontem. Temores em torno de novas sanções americanas que poderiam ser tomadas contra o voltaram a balançar as ações da instituição financeira no pregão de ontem, que fecharam com queda de 3,18%, a R$ 20,42, depois de ceder até os R$ 20,08, na mínima intradiária. O dia também foi negativo para outras blue chips do setor bancário, com exceção das units do BTG Pactual, que avançaram 0,18%. Por outro lado, a sessão foi de ganhos para os papéis PN da Petrobras, que subiram 0,51%. Já as ações ON da Vale recuaram 0,38%. O início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) também foi acompanhado de perto pelos investidores no pregão, em meio a receios de que uma eventual condenação possa contribuir para estimular novas sanções americanas contra o Brasil. Para Leite, o julgamento de Bolsonaro é mais um gerador de volatilidade do que um fator determinante para o preço dos ativos. O executivo, porém, não descarta que uma eventual “condenação draconiana”, ou seja, mais dura, do ex-mandatário do país possa disparar uma nova rodada de sanções contra o Brasil. Para ele, é cedo para saber os eventuais efeitos sobre bancos no caso de uma escalada das tensões entre Brasil e Estados Unidos. Leite defende que, antes, o mercado precisa entender se as medidas serão direcionadas a instituições específicas, ou se serão mais generalizadas. O volume financeiro negociado no Ibovespa foi de R$ 16,2 bilhões e de R$ 21,1 bilhões. Em Wall Street, os principais índices encerram em queda: o Nasdaq cedeu 0,82%, o S&P 500 recuou 0,69%, e o Dow Jones teve perda de 0,55%

Valor Econômico

 

Economia do Brasil desacelera no 2º tri em meio a juros elevados

A atividade econômica do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre sobre os primeiros três meses do ano, em dado ligeiramente acima do esperado, mas que confirma as expectativas de enfraquecimento em meio à política monetária restritiva e antes do tarifaço dos Estados Unidos. A agropecuária registrou retração de 0,1%, após crescer 12,3% nos três primeiros meses com uma safra recorde de soja

 

Do lado da produção, o desaquecimento refletiu uma esperada retração do setor agropecuário, mostraram os dados divulgados na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do lado da demanda, o consumo das famílias cresceu novamente, embora tenha perdido força, enquanto o investimento voltou a registrar retração, refletindo um cenário doméstico ainda aquecido, mas em processo de desaceleração. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no período de abril a junho já marca uma forte desaceleração ante a expansão de 1,3% no primeiro trimestre, em dado revisado de 1,4% informado antes. Ainda assim, o dado superou a expectativa em pesquisa da Reuters de expansão de 0,3% e, segundo o IBGE, levou o PIB a atingir o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, o PIB teve avanço de 2,2%, em linha com a expectativa na pesquisa nessa base de comparação. "O efeito mais forte negativo sobre o PIB veio da política monetária, há uma clara desaceleração e isso tem a ver com juros mais altos", disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. O enfraquecimento da economia no segundo trimestre já era esperado diante da política monetária restritiva, que inibe o crédito e o consumo. Por outro lado, o mercado de trabalho segue aquecido e deve continuar dando algum suporte à demanda. O impulso dado pela agropecuária no início do ano se dissipou e o setor registrou no segundo trimestre retração de 0,1%, após crescer 12,3% nos três primeiros meses com uma safra recorde de soja. Ainda no lado da produção, o setor de serviços -- que responde por cerca de 70% da economia do país -- seguiu mostrando resiliência com alta de 0,6%, acima dos 0,4% do primeiro trimestre. A indústria, por sua vez, saiu de uma estagnação nos três primeiros meses do ano para crescer 0,5% de abril a junho, com destaque para o crescimento de 5,4% na atividade Indústrias Extrativas, enquanto as indústrias de Transformação e Construção foram afetadas pelos juros elevados. A expectativa dos economistas é que política monetária restritiva siga impactando a atividade econômica no restante do ano, em linha com a necessidade do Banco Central de estabilizar os preços e as expectativas de inflação. Do lado da demanda, o consumo das famílias aumentou 0,5% no segundo trimestre, perdendo força ante a alta de 1,0% no período anterior em meio às restrições de crédito. O consumo do governo caiu 0,6%, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, teve retração de 2,2%, depois de ter expandido 3,2% no primeiro trimestre. No setor externo, as exportações de bens e serviços aumentaram 0,7%, enquanto as importações diminuíram 2,9%.

Reuters

 

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