CLIPPING DO SINDICARNE Nº 938 DE 01 DE SETEMBRO DE 2025
- prcarne
- 1 de set.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 938 | 01 de setembro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi gordo: estabilidade nas cotações
O mercado físico do boi gordo registrou movimentação consistente nos últimos dias, sob influência direta da disponibilidade ajustada de animais prontos para abate, resume a Agrifatto em boletim enviado na sexta-feira (29/8) aos seus assinantes. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias.
O viés de alta do boi é atribuído sobretudo ao forte ritmo das exportações brasileiras de carne bovina in natura (resfriada, fresca e congelada), além da possibilidade de aquecimento nas vendas domésticas nas próximas semanas. Pelos dados apurados pela Agrifatto, atualmente, os frigoríficos estabelecidos em SP, MS e PR fecham negócios a R$ 320/@ em determinados casos envolvendo lotes de animais terminados, enquanto as indústrias de MT, PA e TO operaram com compras por volta de R$ 300 – não há, porém, consolidação dessas referências. Todas as 17 regiões monitoradas diariamente pele equipe de analistas da Agrifatto fecharam a semana com preços estáveis para as categorias de boiadas prontas para abate – sem alterações em relação ao dia anterior (quinta-feira, 28/8). Segundo a Agrifatto, os frigoríficos brasileiros de maior relevância mantêm sua estratégia voltada para exportação, o que contribui diretamente para a firmeza das cotações do boi gordo. “O setor externo, com desempenho histórico forte, segue impulsionando tanto o volume quanto o faturamento dos frigoríficos brasileiros”, ressaltam os analistas da consultoria. Por sua vez, continua a Agrifatto, as plantas brasileiras focadas no mercado interno apresentam postura mais contida nos balcões de negociação, aguardando tradicionalmente uma reação positiva da demanda logo no início do próximo mês. Do lado de dentro das porteiras, diz a consultoria, os pecuaristas adotam uma postura cautelosa, ofertando volumes de maneira gradual e aguardando possíveis valorizações no curto prazo. Tal conjuntura, reforça a Agrifatto, permite que ambos os lados – produtores e indústrias – ajustem suas estratégias sem pressões excessivas do mercado. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (29/8), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abates de nove dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$305,00. Escalas de dez dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. GOIÁS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de nove dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Preço do boi gordo encerra agosto com estabilidade, mas acumula alta no mês
Cotações têm se mantido no patamar nos últimos dias. Nos últimos dias de agosto, a oferta de bovinos foi suficiente para que os frigoríficos compusessem suas escalas, sem excedentes
As cotações do boi gordo fecharam a semana e o mês de agosto estáveis na maioria das regiões brasileiras, sem alterações em relação ao dia anterior. Nesta sexta-feira (29/8), das 32 regiões pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, 27 apresentaram estabilidade, e apenas cinco tiveram ligeiras altas nos preços: oeste do Rio Grande do Sul, Cuiabá (MT), oeste do Maranhão, Marabá (PA) e sudeste de Rondônia. Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado pecuário, não houve alteração em nenhuma categoria de bovino. O boi gordo seguiu cotado a R$ 312 a arroba no pagamento a prazo. No acumulado do mês, as cotações tiveram altas. O indicador Cepea/Esalq do boi gordo registrou alta de 5,49%, encerrando a sexta-feira com o preço médio de R$ 310,50 a arroba. Segundo a Scot, nos últimos dias de agosto, a oferta de bovinos foi suficiente para que os frigoríficos compusessem suas escalas (em média, de nove dias), mas sem excedentes. O escoamento da carne no mercado interno ocorreu, ainda que em ritmo menor em comparação com o início do mês. Além disso, a exportação manteve bom desempenho. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que, que nos últimos dias, os preços têm se mantido no patamar, com alta em alguns negócios. A carne também tem conseguido se sustentar no atacado, o que reflete oferta compatível com o consumo dos brasileiros. “Muitos frigoríficos de menor porte têm diminuído o abate diário ou mesmo deixado de abater por um ou dois dias da semana. Além disso, as exportações também ajudam a enxugar a oferta doméstica”, afirma o Cepea.
Globo Rural
FRANGOS
Frango/Cepea: Demanda enfraquecida mantém preços em queda
Levantamentos do Cepea mostram que as cotações dos produtos avícolas seguem em queda no encerramento de agosto, ainda refletindo o típico enfraquecimento da demanda na segunda quinzena
De acordo com o Centro de Pesquisas, as desvalorizações levaram a média mensal a ficar abaixo da de julho. Esse cenário, combinado às altas de preços dos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja), reduziu o poder de compra do avicultor paulista em agosto.
Cepea
EMPRESAS
Marfrig encerra contrato de venda de unidades no Uruguai com Minerva
A Marfrig informou nesta sexta-feira que o contrato para venda de determinadas unidades de abate de bovinos e ovinos no Uruguai para a Athena Foods, controlada da Minerva, foi encerrado.
O acordo, firmado em agosto de 2023, previa a alienação de ativos no país vizinho, mas as condições suspensivas exigidas para a conclusão da operação não foram cumpridas dentro do prazo estipulado de 24 meses. Apesar da resolução do contrato, a Marfrig disse em fato relevante que as três unidades envolvidas na negociação seguem operando normalmente.
Reuters
Transação no Uruguai opõe Marfrig e Minerva em divulgações ao mercado
As rivais do setor de carne bovina Minerva e Marfrig divulgaram na sexta-feira fatos relevantes ao mercado em que demonstram discordâncias contratuais sobre uma transação entre as duas companhias no Uruguai.
O caso envolve unidades de abate de bovinos de Colônia, Salto e San José, avaliadas em R$675 milhões, de acordo com informação anterior. A Marfrig informou na sexta-feira que o contrato para venda de determinadas unidades de abate de bovinos e ovinos no Uruguai para a Athena Foods, controlada da Minerva, foi encerrado. O acordo, firmado em agosto de 2023, previa a alienação de ativos no país vizinho, mas as condições suspensivas exigidas para a conclusão da operação não foram cumpridas dentro do prazo estipulado de 24 meses, segundo a Marfrig. Apesar de considerar o contrato encerrado, a Marfrig disse em fato relevante que as três unidades envolvidas na negociação seguem operando normalmente. Já a Minerva afirmou em outro fato relevante que discorda de alegação de Marfrig sobre término de contrato para venda de ativos no Uruguai. Segundo a Minerva, a operação segue sujeita à aprovação da autoridade concorrencial uruguaia e a companhia continua "engajada" na aprovação da operação. Para a Minerva, o "contrato permanece em vigor". Nos fatos relevantes, as empresas não detalham os desdobramentos da discordância. A transação envolvendo os ativos no Uruguai fez parte de um negócio mais amplo entre as duas empresas, no qual a Minerva pretendia comprar um total de 16 unidades de abate da Marfrig na América do Sul, por R$7,5 bilhões. Mas a autoridade concorrencial uruguaia barrou a transação das três unidades, no ano passado. A Comissão de Defesa da Concorrência do Uruguai (Coprodec) indicou anteriormente que a aquisição daria à Minerva cerca de 43% da capacidade de abate de bovinos no Uruguai.
Reuters
MEIO AMBIENTE
Brasil investiga JBS e outros frigoríficos por compra de gado de terras desmatadas
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou 12 frigoríficos, incluindo dois operados pela JBS, por seu suposto envolvimento em um esquema de compra de gado de terras desmatadas ilegalmente na floresta amazônica, de acordo com um documento visto pela Reuters na sexta-feira.
O Ibama disse em um comunicado na quinta-feira, sem nomear nenhuma das partes, que 12 frigoríficos "estão sob investigação por aquisição de gado suspeito, triangulado com fazendas 'limpas' para disfarçar a origem ilegal". O Ibama acrescentou que já havia multado seis frigoríficos não identificados em R$4 milhões pela "compra direta de 8.172 cabeças de gado de áreas embargadas". A JBS afirmou que não teve acesso ao relatório de fiscalização do Ibama, o que seria "necessário para apurar os fatos mencionados na autuação", segundo empresa. As empresas privadas Frigol e Mercúrio também estão entre os 12 produtores de carne bovina implicados, segundo o documento. A Frigol disse em um comunicado que o Ibama cometeu um erro, acrescentando que não comprou gado da fazenda que o órgão disse ter sido ilegalmente desmatada. O presidente do conselho da Mercúrio, Lincoln Bueno, disse à Reuters que uma empresa terceirizada monitora a origem dos animais que a companhia abate, acrescentando que são bloqueadas compras de propriedades com irregularidades ambientais e trabalhistas. Como parte da investigação do Ibama, o órgão disse que apreendeu mais de 7.000 cabeças de gado que estavam em 2.100 hectares de fazendas cujo uso comercial havia sido bloqueado após o desmatamento ilegal. "Produzir, vender ou comprar gado dessas áreas embargadas é crime ambiental e os responsáveis são autuados", diz o comunicado do Ibama. Além de apreender o gado, o Ibama disse que multou os infratores em um total de R$49 milhões, sem especificar se eram empresas ou pessoas.
Reuters
INTERNACIONAL
México registra aumento de 53% nos casos de mosca-da-bicheira do Novo Mundo
O terrível parasita carnívoro “ainda é uma ameaça muito presente”, diz representante da associação dos criadores norte-americanos de gado (NCBA)
Os casos de bicheira-do-Novo-Mundo (parasita carnívoro) continuam a crescer no México: foram computados 5.086 registros em animais até 17 de agosto, um aumento de 53% em relação ao número de casos relatados em julho/25, relata reportagem da revista norte-americana Drovers. “Isso é absolutamente preocupante”, diz Neal Wilkins, CEO da East Foundation, grupo baseado no sul do Texas, EUA, perto da fronteira com o México. Ele acrescenta: “Ter um aumento de 50% nos números mensais, especialmente no calor extremo, significa que eles não conseguiram controlar a situação preocupante Reportagem da Drovers também cita declarações de um representante da associação dos criadores de gado norte-americano (NCBA, na sigla em inglês): “O aumento de casos relatados no México demonstra que a bicheira-do-Novo Mundo ainda é uma ameaça muito presente; precisamos continuar buscando todas as ferramentas possíveis de prevenção e mitigação”. Segundo a Drovers, a maioria dos casos relatados no México foi identificada em bovinos, embora dados do governo mexicano também tenham mostrado infestações em cães, cavalos e ovelhas. Em 8 de julho, o Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Agroalimentar do México relatou um caso de NWS em Ixhuatlan de Madero, Veracruz, México, que fica a aproximadamente 600 km ao sul da fronteira EUA/México, relembra o texto. Essa detecção em direção ao norte ocorreu aproximadamente dois meses após os casos registrados em Oaxaca e Veracruz, a menos de 1.120 km da fronteira com os EUA, acrescenta a reportagem.
Drovers
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Agroindústria tem o pior mês de junho desde 2019, revela FGV Agro
Em junho de 2025, o volume de produção agroindustrial contraiu 5,3% frente ao mesmo mês de 2024, sendo o pior resultado para junho desde 2019, quando havia contraído 5,6%. É o que revela a pesquisa sobre o volume de produção agroindustrial, do FGVAgro. Essa contração foi derivada tanto do segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas (cuja queda foi de 3,5%) quanto de Produtos Não- Alimentícios (–7,5%).
O estudo mostra que a perda do dinamismo da Agroindústria ao longo dos primeiros seis meses de 2025 não foi um processo linear, mas uma reversão de desempenho; no primeiro trimestre, o crescimento acumulado do setor foi de 2,1%; já no segundo trimestre, a Agroindústria acumulou uma queda de –3,1%. Com isso, no agregado dos primeiros seis meses do ano, o setor registrou uma contração de 0,7%. Segundo análise do FGVAgro é importante ressaltar que, por trás desse desempenho, deve ficar claro que não foi o tarifaço, anunciado por Trump no início de julho, que levou a Agroindústria ao campo negativo, uma vez que até junho não contávamos com esse fator. Além disso, também não foi a gripe aviária que gerou esses resultados, uma vez que a produção de alimentos de origem animal (notadamente, carnes) aumentou tanto em maio quanto em junho de 2025. Essa perda de dinamismo parece estar associada à desaceleração da economia brasileira devido, sobretudo, à política monetária mais restritiva (taxa de juros elevada e maior restrição do crédito). Para o segundo semestre de 2025, é esperado que a Agroindústria enfrente alguns obstáculos adicionais. Além de já entrar em julho operando em ritmo de contração, ainda terá que digerir as consequências adversas do tarifaço, que passou a valer efetivamente apenas no início do mês de agosto.
FGV Agro
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem leve alta com mercado de olho em impasse Brasil-EUA e dados de inflação
O dólar à vista registrou leve alta ante o real na sexta-feira, encerrando a semana na estabilidade, conforme o mercado doméstico acompanhou o noticiário sobre o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, com dados da maior economia do mundo também no radar.
O dólar à vista fechou em alta de 0,30%, a R$5,4223. Na semana, a moeda acumulou baixa de 0,01%, enquanto no mês teve queda de 3,18%. Às 17h15, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,11%, a R$5,426 na venda. O Ministério das Relações Exteriores acionou a Câmara de Comércio Exterior (Camex) na quinta para analisar a aplicação pelo Brasil da Lei da Reciprocidade Econômica sobre os EUA. Mas depois do temor inicial, o mercado ficou aliviado com falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista à Rádio Itatiaia, em que disse que não está com pressa para adotar medidas de reciprocidade e reiterou que o Brasil deseja negociar com Washington para resolver o impasse. No período da manhã, a volatilidade no mercado de câmbio local também foi maior devido à disputa pela taxa Ptax de fim de mês. Calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. A mínima do dia foi de R$5,392 (-0,26%), alcançada logo após a abertura. Pela manhã, o Banco Central vendeu US$250 milhões em um leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra). A operação terá como data de recompra o dia 2 de dezembro de 2025. No cenário externo, as atenções dos agentes financeiros estiveram voltadas para a divulgação de dados de inflação nos EUA, que vieram em linha com o esperado. O governo norte-americano informou que o índice PCE teve alta de 0,2% em julho, ante um avanço de 0,3% no mês anterior. Em 12 meses até julho, o índice -- que é o indicador de inflação preferido do Fed -- repetiu a alta de 2,6% registrada em junho. Tanto o número da base mensal quanto da base anual era esperado em pesquisa da Reuters com analistas. Com isso, operadores continuaram precificando uma chance alta, a 88%, de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros em setembro, segundo dados da LSEG, com outra redução da mesma magnitude totalmente precificada até dezembro.
Reuters
Ibovespa renova máxima histórica e sobe no mês e na semana
No setor de proteínas MARFRIG ON subiu 5,37% e MINERVA ON teve acréscimo de 0,17%, devolvendo as perdas do início da sessão, registradas em meio a discordâncias contratuais entre as rivais do setor de carne bovina sobre uma transação entre as duas empresas. A Marfrig informou na sexta que o contrato para venda de determinadas instalações de abate no Uruguai para a Athena Foods, controlada da Minerva, foi encerrado devido ao não cumprimento de condições suspensivas exigidas antes do prazo. A Minerva disse que discorda da alegação e que o "contrato permanece em vigor". No setor, BRF ON subiu 3,62%.
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, renovando patamar recorde e estendendo a valorização observada na véspera, quando ultrapassou a marca dos 142 mil pontos pela primeira vez. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou em alta de 0,26%, a 141.422,26 pontos, novo recorde de fechamento. O recorde anterior era de 141.263,56 pontos, alcançado há quase dois meses, em 4 de julho. Na semana, o Ibovespa contabilizou ganho de 2,5%, fechando agosto com alta acumulada de 6,28%. O volume financeiro na sessão somou R$23,17 bilhões, de uma média diária de R$22,86 bilhões no mês e R$23,97 bilhões no ano. Segundo equipe do Itaú BBA, o índice poderá estender o movimento de alta em direção aos 150.000 e 165.000 pontos numa visão de médio prazo, após o desempenho da véspera. "Do lado da baixa, o índice possui o suporte em 137.200 pontos. Abaixo deste, encontrará próximos suportes em 133.800 pontos e a região dos 131.500 pontos - importante no curto prazo em que encontramos a média móvel de 200 períodos", afirmaram em análise técnica Diário do Grafista. Em Wall Street, os principais índices acionários fecharam no vermelho, com o S&P em queda em relação a recordes anteriores, pressionado pelas ações da Dell, Nvidia e de outras empresas ligadas à tecnologia de inteligência artificial. Investidores também repercutiram na sessão as leituras de inflação nos Estados Unidos. Os gastos do consumidor dos EUA, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica, aumentaram 0,5% no mês passado, após alta revisada para cima de 0,4% em junho, em linha com previsão de economistas consultados pela Reuters. Já o índice de preços PCE subiu 0,2% no mês passado, após um avanço não revisado de 0,3% em junho. Nos 12 meses até julho, o indicador avançou 2,6%, igualando o resultado de junho.
Reuters
Governo propõe superávit de R$34,5 bilhões para 2026 em projeto orçamentário
O governo enviou o projeto de Orçamento de 2026 na sexta-feira ao Congresso Nacional prevendo um superávit de R$34,5 bilhões, próximo ao centro da meta fiscal, em projeto que também projetou alta de 2,44% para o PIB do ano que vem, informou o Ministério do Planejamento e Orçamento.
A meta de resultado primário para 2026 é de superávit de 0,25% do PIB, ou R$34,3 bilhões. O projeto do governo, portanto, tem uma pequena sobra em relação à meta. A regra prevê uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. De acordo com o Planejamento, o resultado primário do ano -- diferença entre receitas e despesas, excluindo gastos com juros da dívida pública -- será obtido após a dedução de R$57,8 bilhões de gastos com precatórios que não são contabilizados na meta por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O texto prevê R$2,577 trilhões em receitas líquidas, que excluem transferências para Estados e municípios. As despesas totais foram definidas em R$2,601 trilhões. Implementado na atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o arcabouço fiscal permite que os gastos do governo cresçam a um ritmo de 70% da arrecadação, limitados anualmente a uma alta real entre 0,6% e 2,5%. Segundo a pasta, o Orçamento de 2026 prevê R$83 bilhões relativos ao piso de desembolsos para investimentos. Para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a destinação ficou em R$52,9 bilhões. O atingimento do superávit proposto em 2026 é considerado desafiador por analistas em meio a uma aceleração de despesas obrigatórias com Previdência e benefícios sociais, que comprimem outros gastos do governo. A expectativa do mercado é que o governo tenha um déficit de 0,60% do PIB no próximo ano, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. O projeto, que ainda passará por análise e votação no Legislativo, também prevê que o salário-mínimo a partir de janeiro de 2026 será de R$1.631 -- o piso nacional está hoje em R$1.518. O valor poderá mudar a depender da variação da inflação até o fechamento do ano. A projeção de PIB apresentada no texto veio em linha com a previsão feita em julho pelo Ministério da Fazenda, que apontava para uma alta de 2,4% da atividade no ano que vem. O texto também manteve a previsão de alta de 3,6% para a inflação de 2026.
Reuters
Dívida pública bruta do Brasil sobe a 77,6% do PIB em julho
A dívida bruta do Brasil registrou alta em julho e ficou acima do esperado, enquanto o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário mais forte do que o projetado, de acordo com dados divulgados na sexta-feira pelo Banco Central.
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou julho em 77,6 %, contra 76,6 % no mês anterior. Já a dívida líquida do setor público foi a 63,7%, de 62,9%. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 77,0% para a dívida bruta e de 63,4% para a líquida. Em julho, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$66,566 bilhões, contra expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$60,2 bilhões. O desempenho mostra que o governo central teve rombo de R$56,361 bilhões no mês, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de R$8,148 bilhões e as estatais tiveram saldo negativo de R$2,058 bilhões, mostraram os dados do Banco Central.
Reuters
Sem pagamento de precatório, déficit primário teria sido de R$ 6 bi em julho, diz BC
Segundo a autoridade monetária, setor público consolidado apresentou déficit primário de R$ 66,566 bilhões em julho
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou na sexta-feira (29) que, sem o pagamento de precatórios realizado em julho, o déficit primário do setor público consolidado, que inclui União, Estados, municípios e estatais, teria sido de cerca de R$ 6 bilhões, em vez dos R$ 66,566 bilhões registrados e divulgado mais cedo pelo Banco Central (BC). Com a exclusão do efeito dos precatórios, o resultado fiscal mostra uma melhora. O déficit primário teria caído de R$ 21,3 bilhões em julho de 2024 para algo em torno de R$ 6 bilhões no mesmo mês deste ano. Apesar da análise, Rocha explicou que, em 2024, o pagamento de precatórios ocorreu em fevereiro, enquanto em 2025 se concentrou em julho, o que dificulta a comparação entre os períodos. “No ano de 2024, o pagamento de precatórios se concentrou no mês de fevereiro. Agora, no ano de 2025, concentrou-se no mês de julho. Isso é uma questão normal, definição de cronogramas e de opção de pagamento desse montante, mas quando a gente fica vinculado à comparação no mês, ela pode ser prejudicada por isso”, disse. Diante disso, Rocha afirmou que a forma mais adequada de avaliar é por meio de uma análise contrafactual. “É possível apenas avançar em uma análise contrafactual bastante simples, em que a gente, apenas para fins de comparação, para ver a evolução econômica do resultado fiscal sem esse impacto dos precatórios, a gente pode descontar ou tirar essa despesa de precatórios do resultado”, disse. “Então a gente teria tido, sem o pagamento de precatórios, um déficit primário de alguma coisa em torno de R$ 6 bilhões. E aí a gente conseguiria ver uma redução de resultado de déficit primário de R$ 21,3 bilhões em julho de 2024 para por volta de R$ 6 bilhões em julho de 2025”, completou.
Valor Econômico
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