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CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 930 DE 20 DE AGOSTO DE 2025

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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ

Ano 5 | nÂș 930 | 20 de agosto de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Preço do boi gordo segue firme, sustentado pelo bom ritmo das exportaçÔes

Na terça-feira (19/8), o animal terminado negociado na praça de SP permaneceu cotado em R$ 317,50/@, apurou a Agrifatto, referindo-se ao valor mĂ©dio entre o boi “comum” e o “boi-China”. Escalas de abate dos frigorĂ­ficos brasileiros, que giram em sete dias Ășteis, na mĂ©dia nacional. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de seis dias.

 

Sem grandes mudanças, o mercado fĂ­sico do boi gordo segue com preços estĂĄveis, embora com diferenças de comportamento entre os Estados produtores, informou a Agrifatto. No Norte do PaĂ­s, disse a consultoria, os negĂłcios envolvendo boiadas gordas ocorreram acima da referĂȘncia neste inĂ­cio da semana. Nas regiĂ”es Sudeste e Centro-Oeste, o ritmo de vendas nos balcĂ”es de negociação segue travado, com valores andando de lado e frigorĂ­ficos comprando sem dificuldades. Na terça-feira (19/8), o preço da arroba na praça de SĂŁo Paulo permaneceu em R$ 317,50, informou a Agrifatto, referindo-se ao valor mĂ©dio entre o boi “comum” e o “boi-China”. “As 17 praças brasileiras mantiveram as cotaçÔes inalteradas”, afirma os analistas da consultoria, referindo-se Ă s regiĂ”es que recebem monitoramento diĂĄrio de seus analistas. Na segunda-feira (18/8), 7 das 17 regiĂ”es monitoradas pela Agrifatto registraram valorização nos preços do boi gordo: BA, ES, GO, MA, MG, RO e TO. Nas demais, as cotaçÔes ficaram inalteradas. Pelos dados da Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 308/@ e o “boi-China” Ă© negociado por R$ 315/@, ou seja, com ĂĄgio de R$ 7/@ sobre o animal sem padrĂŁo-exportação. Segundo os analistas da Agrifatto, o setor de exportação de carne bovina permanece bastante aquecido, com chance de recorde mensal em volume e receita. AtĂ© a terceira semana de agosto/25, os embarques atingiram 135,7 mil toneladas, com uma mĂ©dia diĂĄria de 12,3 mil toneladas, um aumento de 24,9% frente ao volume diĂĄrio mĂ©dio registrado em agosto de 2024. A cotação mĂ©dia da tonelada exportada ficou em US$ 5,6 mil nesta parcial do mĂȘs, com alta de 26,9% na comparação com o preço mĂ©dio de agosto/24. No mercado futuro, os contratos do boi gordo registraram nova queda na segunda-feira (18/8). O papel com vencimento em outubro/25 encerrou o pregĂŁo da B3 a R$ 320,80/@, com retração de 0,96% em relação ao fechamento anterior. A semana abriu com giro fraco na ponta varejista da carne bovina, e a terça-feira seguiu no mesmo ritmo, informou a Agrifatto. No atacado, diz a Agrifatto, a distribuição de carne bovina com osso permanece praticamente travada desde segunda-feira (18/9), com pedidos do varejo muito reduzidos, prĂłximos de zero. CotaçÔes do boi gordo da terça-feira (19/8), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂŁo Paulo: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$320,00. MĂ©dia: R$317,50. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$305,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. GOIÁS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$275,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de sete dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO 

 

Indonésia passarå a importar carne bovina com osso do Brasil

Esta Ă© a segunda abertura de mercado para esse produto neste mĂȘs. O consumo de carne bovina na IndonĂ©sia vem crescendo nos Ășltimos anos

 

Os governos do Brasil e da IndonĂ©sia acertaram requisitos sanitĂĄrios para permitir a exportação de carne bovina com osso, miĂșdos bovinos, produtos cĂĄrneos e preparados de carne brasileiros para o paĂ­s asiĂĄtico. Esta Ă© a segunda abertura de mercado para esse produto neste mĂȘs de agosto. No inĂ­cio da semana passada, o MinistĂ©rio da Agricultura anunciou que as Filipinas tambĂ©m passarĂŁo a importar carnes brasileiras. Sobre a IndonĂ©sia, o ministĂ©rio disse que com 283 milhĂ”es de habitantes, seu mercado Ă© considerado estratĂ©gico para a proteĂ­na animal. “O consumo de carne bovina no paĂ­s vem crescendo nos Ășltimos anos, impulsionado pelo aumento da renda da população e pela expansĂŁo da classe mĂ©dia urbana”, disse a Pasta. Ainda segundo o ministĂ©rio, a medida representa uma conquista importante para o Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, e fortalece a parceria comercial com a IndonĂ©sia, que em 2024 importou US$ 4,2 bilhĂ”es em produtos agropecuĂĄrios brasileiros, especialmente dos complexos sucroalcooleiro e da soja, fibras e produtos tĂȘxteis. Com este anĂșncio, o agronegĂłcio brasileiro alcança 402 aberturas de mercado desde o inĂ­cio de 2023.

Globo Rural

 

FRANGOS

 

Embarques de carne de frango evoluem com lentidĂŁo

Os embarques de carne de frango in natura da 3ÂȘ semana de agosto foram menores que os das semanas anteriores. Entre 1 e 8 de agosto, o volume mĂ©dio embarcado foi de 18.813 toneladas diĂĄrias. JĂĄ na semana passada (10 a 16 de agosto, cinco dias Ășteis) a mĂ©dia diĂĄria recuou quase 5,5%, caindo para 17.790 toneladas diĂĄrias.

 

Com isso, a mĂ©dia diĂĄria da quinzena inicial de agosto, prĂłxima de 18.350 toneladas/dia continua abaixo da registrada nos quatro primeiros meses do ano, mas jĂĄ supera o que foi registrado no trimestre maio/julho, alĂ©m de se encontrar 12,2% e 13,4% acima do que foi embarcado diariamente no mĂȘs anterior e no mesmo mĂȘs do ano passado. HĂĄ um ano, os preços obtidos pela carne de frango in natura alcançaram valor excepcional (US$2.070,62/tonelada, em decorrĂȘncia de momentĂąneo embargo das exportaçÔes por conta de caso de Newcastle na avicultura gaĂșcha no mĂȘs de julho) e, desde entĂŁo, permanecem em queda quase contĂ­nua, com o que o resultado anual negativo sĂł tem aumentado. O valor de US$1.772,65/tonelada jĂĄ corresponde a uma redução anual prĂłxima dos 15%. Mantidas, nestas duas Ășltimas semanas de agosto, a mĂ©dia registrada na 1ÂȘ quinzena, o volume mensal, da ordem de 385 mil toneladas, ainda serĂĄ 8% superior ao de um ano atrĂĄs. Mas a receita, da ordem de US$683 milhĂ”es, ficarĂĄ mais de 7% abaixo da alcançada em agosto de 2024.

SECEX/MDIC

 

INTERNACIONAL

 

Uruguai projeta estabilidade no preço do gado e vĂȘ espaço para competir com Brasil em carnes premium

Martín Secco, diretor do Frigorífico San Jacinto, no Uruguai, analisou a situação atual do mercado da carne em diålogo com Martín Olaverry para o programa Valor Agregado, na rådio Carve.

 

“A cadeia da carne uruguaia transmite muito bem os preços internacionais e, embora poucas vezes tenhamos vivido tanta incerteza polĂ­tica, o mercado internacional segue firme em demanda e preços”, afirmou. Sobre a atividade no Uruguai, disse que se estĂĄ trabalhando em bom ritmo, com muita demanda e um mercado interno em linha com a oferta, onde os frigorĂ­ficos estĂŁo absorvendo o gado disponĂ­vel e aguardando uma melhor oferta de animais terminados a pasto (verdeos). Consultado sobre os preços do gado, Secco foi direto: “nĂŁo acredito que haverĂĄ grandes mudanças no preço do gado se o mercado internacional seguir como está”. A respeito da tensĂŁo entre Brasil e Estados Unidos e das oportunidades para paĂ­ses como o Uruguai, o diretor de San Jacinto destacou que os volumes de carne exportĂĄvel no mundo sĂŁo previsĂ­veis e o mercado sabe o que o Uruguai pode oferecer. “Essa demanda estĂĄ sendo paga pelo consumidor americano, porque os importadores repassam esse sobrecusto Ă  cota. NĂłs vamos continuar exportando cerca de 10% a mais, e nos prĂłximos meses ficaremos sem cota ou ela ficarĂĄ reservada para cortes de alto valor”, disse, ressaltando que os volumes exportados devem superar os de anos anteriores. Sobre o mercado chinĂȘs, Secco afirmou que estĂĄ comprando a bons preços, enquanto sobre a Europa comentou que estĂĄ “tracionando bem”, e que, embora o Uruguai participe cada vez menos da cota 481, esse negĂłcio vem sendo substituĂ­do pela mesma carne fora da cota. “É um mercado estĂĄvel e, para esse segmento de alta qualidade, imagino que o Brasil terĂĄ dificuldade em competir com o Uruguai e a Argentina.” Em relação ao confinamento, Secco disse nĂŁo ter dĂșvidas de que o negĂłcio seguirĂĄ atrativo, independentemente da manutenção dos preços. “Hoje estamos no melhor dos mundos, mas mesmo com margens menores, o confinamento veio para ficar. É uma forma eficiente de a indĂșstria manter um abate constante e de o produtor colocar aqueles Ășltimos quilos que faltam”, relatou. Por fim, sobre os ovinos, declarou que em San Jacinto irĂŁo abater toda a oferta disponĂ­vel, em um produto que jĂĄ teve aumentos de atĂ© 40% em seu valor, com demanda presente e “escassez em todo o mundo”.

El PaĂ­s

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Salårios da agropecuåria do Paranå crescem e superam em 58% a média nacional

No período de um ano, a remuneração média dos trabalhadores da agropecuåria estadual registrou aumento real de 23%, ou seja, jå com o desconto da inflação, enquanto os rendimentos no setor primårio brasileiro avançaram 5,2% no mesmo intervalo. O rendimento médio do Paranå estå acima de outros estados com forte produção agrícola.

 

O salĂĄrio mĂ©dio mensal dos trabalhadores da agropecuĂĄria paranaense atingiu R$ 3.428 no 2Âș trimestre de 2025, superando em 58,5% o rendimento mĂ©dio de R$ 2.163 alcançado pelos ocupados no setor em Ăąmbito nacional. Os dados sĂŁo da PNAD ContĂ­nua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE) na semana passada. No perĂ­odo de um ano, a remuneração mĂ©dia dos trabalhadores da agropecuĂĄria estadual registrou aumento real de 23%, ou seja, jĂĄ com o desconto da inflação, enquanto os rendimentos no setor primĂĄrio brasileiro avançaram 5,2% no mesmo intervalo. Com isso, o salĂĄrio mĂ©dio dos ocupados na agropecuĂĄria brasileira correspondeu a apenas 63,1% do rendimento mĂ©dio referente ao ParanĂĄ, abaixo do percentual de 73,7% observado hĂĄ um ano.  rendimento mĂ©dio do ParanĂĄ estĂĄ acima de outros estados com forte produção agrĂ­cola: em Santa Catarina, Ă© de R$ 3.229, no Mato Grosso do Sul, R$ 3.149, em GoiĂĄs, R$ 3.071, em SĂŁo Paulo, R$ 2.989, em Minas Gerais, R$ 2.440, e no ParĂĄ, R$ 1.425. O maior aumento dos salĂĄrios no ParanĂĄ Ă© resultado, entre outros fatores, da elevação da produção agrĂ­cola. Segundo levantamento mais recente do IBGE, acompanhado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento EconĂŽmico e Social (Ipardes), a colheita de cereais, leguminosas e oleaginosas deverĂĄ totalizar 45,7 milhĂ”es de toneladas no ParanĂĄ na safra 2025, superando em 21,8% o volume produzido no ano passado (37,5 milhĂ”es de toneladas). No Brasil, estima-se um incremento da ordem de 16,3%.

AgĂȘncia Estadual de NotĂ­cias

 

Colheita do milho safrinha atinge 86% da ĂĄrea no PR, aponta Deral

Operação entra em fase final em grande parte do Estado; lavouras afetadas por estiagem ou geadas tiveram baixo rendimento. Segundo o Deral, produtividade tem surpreendido em algumas åreas

 

A colheita do milho de segunda safra 2024/25 alcançou 86% da ĂĄrea cultivada no ParanĂĄ atĂ© esta segunda-feira, 18, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado (Seab). A operação estĂĄ na fase final em grande parte do Estado, restando apenas ĂĄreas pontuais a serem retiradas do campo. “A produtividade tem surpreendido positivamente em algumas ĂĄreas”, informou o Deral. O ĂłrgĂŁo destacou que lavouras afetadas por estiagem ou geadas tiveram baixo rendimento. Os plantios ainda por colher encontram-se em maturação (99%) e frutificação (1%). Sobre as condiçÔes, 45% sĂŁo classificadas como boas, 34% em condição mĂ©dia e 21% em situação ruim. De olho no plantio de verĂŁo, produtores começam a fazer adubação e correção do solo. As chuvas dos Ășltimos trĂȘs dias favoreceram o desenvolvimento do trigo. O cereal encontra-se majoritariamente nas fases de floração e frutificação, com algumas lavouras avançando para a maturação fisiolĂłgica. A cultura estĂĄ 100% plantada, com 81% das lavouras em condição boa, 13% mĂ©dia e 6% ruim. As fases predominantes sĂŁo desenvolvimento vegetativo (19%), floração (23%), frutificação (40%) e maturação (18%). “As chuvas recentes melhoraram o potencial produtivo e permitiram a retomada de aplicaçÔes fitossanitĂĄrias”, relatou o Deral. As geadas nĂŁo causaram danos significativos, embora haja perdas localizadas em ĂĄreas mais sensĂ­veis.

O Estado de SP/Agro

 

Produtor rural estå mais cauteloso para tomar crédito, diz secretårio do Mapa

A continuidade dessa cautela vai depender do andamento da safra e das condiçÔes do mercado. O primeiro mĂȘs do Plano Safra 25/26 teve retração de 25% no total de valores desembolsados pelas instituiçÔes financeiras

 

Em um cenĂĄrio de juros elevados e custos maiores para tomada de crĂ©dito rural, o produtor rural colocou o pĂ© no freio. “O que estamos sentindo nesse inĂ­cio de Plano Safra Ă© uma cautela mais acentuada do que nos anos anteriores (pelos produtores)”, disse Guilherme Campos, secretĂĄrio de PolĂ­tica AgrĂ­cola do MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂĄria (Mapa), nesta terça-feira (19/8) durante evento promovido pelo Santander. A continuidade dessa cautela vai depender do andamento da safra e das condiçÔes do mercado. “Com um juro base de 15% e o Plano Safra com juros que sĂŁo altos, o que se vĂȘ Ă© uma prudĂȘncia muito grande. O produtor estĂĄ fazendo conta”, comentou. No entanto, Campos ressaltou que “nĂŁo hĂĄ nada mais barato que o Plano Safra”, em termos de crĂ©dito rural. O primeiro mĂȘs do Plano Safra 25/26 teve retração de 25% no total de valores desembolsados pelas instituiçÔes financeiras. Em julho deste ano, os bancos e as cooperativas de crĂ©dito concederam R$ 24,2 bilhĂ”es em financiamentos aos produtores pelas linhas tradicionais de crĂ©dito rural contra R$ 32,2 bilhĂ”es no mesmo perĂ­odo de 2024. A principal queda nos valores desembolsados em julho foi nas operaçÔes de investimentos, de R$ 5,5 bilhĂ”es para R$ 1,9 bilhĂŁo. A diminuição jĂĄ era esperada pelo governo federal por conta da alta nos juros nesta temporada e de incertezas no mercado. Para mĂ©dios e grandes produtores, as alĂ­quotas variam de 8,5% a 13,5% ao ano.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

DĂłlar tem forte alta com pesquisa eleitoral e tensĂŁo entre Brasil e EUA no radar

Operadores entendem que o “bom momento” que os mercados brasileiros viveram nas Ășltimas semanas se quebrou e, agora, uma perspectiva mais cautelosa deve predominar

 

O dĂłlar Ă  vista encerrou o pregĂŁo da terça-feira em forte alta, encerrando bem perto do patamar de R$ 5,50, em meio Ă  maior preocupação dos agentes financeiros com uma possĂ­vel escalada nas tensĂ”es entre Brasil e Estados Unidos. Neste ambiente menos construtivo para os ativos locais, relatos sobre uma possĂ­vel melhora na aprovação do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) estaria gerando pressĂŁo adicional nos mercados devido Ă  perspectiva de nĂŁo ocorrer uma reformulação na polĂ­tica fiscal do paĂ­s. Encerradas as negociaçÔes do mercado Ă  vista, o dĂłlar comercial registrou valorização de 1,19%, cotado a R$ 5,4993, depois de ter tocado a mĂ­nima de R$ 5,4305 e ter encostado na mĂĄxima de R$ 5,5053. O real encerrou com o pior desempenho entre as 33 moedas mais lĂ­quidas acompanhadas pelo Valor. JĂĄ o euro comercial teve apreciação de 1,01%, a R$ 6,4048. Na leitura de um gestor estrangeiro, na condição de anonimato, os riscos estĂŁo longe de serem benignos, em especial porque as sançÔes americanas (atreladas a fatores polĂ­ticos) indicam que o cenĂĄrio serĂĄ de escalada no estresse entre os paĂ­ses. TambĂ©m na terça, houve relatos de operadores de cĂąmbio de que informaçÔes sobre uma pesquisa eleitoral a ser divulgada nos prĂłximos dias teria pesado sobre os mercados. Mas a perspectiva mais cĂ©tica sobre o bom desempenho do real nĂŁo Ă© unĂąnime. O presidente e economista-chefe do BRP, Nelson Rocha Augusto, diz ver o dĂłlar mais perto de R$ 5,40 ao longo do fim deste ano, ainda que haja oscilaçÔes pontuais. “Acredito que hĂĄ quatro fatores que podem explicar isso: o diferencial de juros deve continuar elevado; o excepcionalismo americano, ainda que se mostre presente, vai erodir; quando a inflação começar a cair, com os juros tambĂ©m em vias de queda, os estrangeiros vĂŁo ter mais horizontes para cĂĄlculos econĂŽmicos e os investimentos diretos no paĂ­s devem aumentar; e o estresse que hĂĄ nas relaçÔes Brasil-Estados Unidos deve passar depois do julgamento do ex-presidente [Jair Bolsonaro]. No caso do Ășltimo ponto, a leitura do economista do BRP Ă© de que a tensĂŁo de hoje relativa ao estresse entre o Brasil e os EUA tende a acalmar nos prĂłximos 60 a 90 dias. “NĂŁo hĂĄ interesse do governo americano ficar batendo no Brasil o tempo todo. Acho que o Brasil consegue negociar e reduzir tarifas. NĂŁo vai ser algo do dia para a noite, mas acho possĂ­vel mais acordos.” JĂĄ em relação Ă s eleiçÔes, o executivo diz atĂ© ver o tema causando alguma volatilidade em “trades diĂĄrios”, mas nĂŁo no mĂ©dio prazo, atĂ© o fim do ano. “Ainda acho muito cedo para esse assunto ditar o rumo do cĂąmbio.”

Valor EconĂŽmico

 

Ibovespa recua mais de 2% com decisĂŁo de Dino e pesquisas no radar

Na avaliação de participantes do mercado, a resposta do governo americano à decisão do ministro do STF é sinal de continuidade do impasse

 

Pressionado por uma queda expressiva de blue chips de bancos, o Ibovespa encerrou a terça-feira com perdas de 2,10%, aos 134.432 pontos, perto da mĂ­nima de 133.997 pontos. Na mĂĄxima, o Ă­ndice chegou a alcançar os 137.321 pontos. Desde o inĂ­cio do pregĂŁo, a escalada das tensĂ”es diplomĂĄticas entre Brasil e Estados Unidos empurrou a principal referĂȘncia acionĂĄria local para o campo negativo. Na avaliação de participantes do mercado, a resposta do governo americano Ă  decisĂŁo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) FlĂĄvio Dino — que determinou que leis estrangeiras nĂŁo tĂȘm validade imediata no paĂ­s — Ă© sinal de continuidade do impasse. O movimento mais negativo foi amplificado na tarde de hoje, com a circulação de informaçÔes, nas mesas de operaçÔes, de que uma pesquisa eleitoral a ser divulgada em breve apontaria uma melhora na aprovação do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT). No fim do dia, açÔes de bancos caĂ­ram em bloco: os papĂ©is ON do cederam 6,03%, as units do Santander recuaram 4,88%, as units do BTG Pactual tiveram perdas de 3,48%. Da mesma forma, as preferenciais do Bradesco contraĂ­ram 3,43%, enquanto as ordinĂĄrias recuaram 3,29%. JĂĄ as PN do ItaĂș cederam 3,05%. Com isso, os bancos perderam R$ 40,1 bilhĂ”es em valor de mercado na sessĂŁo de hoje. O dia tambĂ©m foi negativo para as PN da Petrobras, que perderam 1,05%. Na contramĂŁo, as açÔes da Vale encerraram estĂĄveis, com ganho de 0,08%. O volume financeiro negociado no Ă­ndice foi de R$ bilhĂ”es e de R$ bilhĂ”es na B3. JĂĄ em Wall Street, os principais Ă­ndices americanos fecharam mistos: o Nasdaq cedeu 1,46%, o S&P 500 recuou 0,59%, e o Dow Jones fechou estĂĄvel, com alta de 0,02%.

Valor EconĂŽmico

 

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