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CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 1000 DE 27 DE NOVEMBRO DE 2025

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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ

Ano 5 | nÂș 1000 | 27 de novembro de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Preços dos machos terminados e da novilha gorda não sofrem alteraçÔes hå 14 dias

Segundo a consultoria Agrifatto, a oferta de boi castrado segue regular, mas hĂĄ escassez de vaca, boi inteiro e, principalmente, de novilha, tanto para o mercado in natura quanto para a indĂșstria de desossa. No PARANÁ: Boi: R$322,50 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abate de sete dias. BOI CHINA: PARANÁ: R$ 326/@ (Ă  vista) e R$ 335,00/@ (prazo)

O mercado brasileiro do boi gordo manteve, na quarta (26/11), o mesmo padrĂŁo dos Ășltimos dias, com preços estĂĄveis nas 17 regiĂ”es monitoradas pela Agrifatto. Pelos dados da consultoria, no mercado paulista, a arroba seguiu em R$ 322,50 (valor mĂ©dio entre o animal “comum” e o “boi-China”). Nas outras 16 praças acompanhadas pela Agrifatto, a mĂ©dia permaneceu em R$306,10/@. De acordo com o levantamento diĂĄrio da Scot Consultoria, a praça de SĂŁo Paulo registra 14 dias sem alteraçÔes nos preços para os machos terminados e para a novilha gorda (e 8 dias seguidos para a vaca gorda). Com isso, diz a Scot, o boi gordo sem padrĂŁo-exportação segue cotado em R$320/@, o “boi-China” em R$ 325/@, a vaca em R$302/@ e a novilha em R$ 312/@ (valores brutos, no prazo). Segundo a Agrifatto, neste inĂ­cio da semana, os frigorĂ­ficos brasileiros adotam posiçÔes estratĂ©gicas distintas. “Parte deles segue sem indicar valores para adquirir lotes, enquanto outras indĂșstrias ofertaram preços abaixo das referĂȘncias usuais”, observa a Agrifatto. Mesmo assim, o baixo volume de negĂłcios fechados nos atuais patamares nĂŁo foi suficiente para alterar as cotaçÔes da arroba e nem para alongar as escalas de abate dos frigorĂ­ficos brasileiros, que continuam, na mĂ©dia nacional, em atĂ© 7 dias. “Com o ambiente externo menos tenso, as exportaçÔes brasileiras de carne bovina tendem a ganhar ritmo e os preços encontram mais espaço para se firmar, apĂłs semanas de volatilidade e recuos na B3″, acredita a Agrifatto. No mercado futuro, os contratos do boi gordo registraram certa estabilidade no pregĂŁo de terça-feira (26/11) da B3. O destaque ficou para o papel com vencimento em dezembro/25, que encerrou a sessĂŁo valendo R$ 319,30/@, com ligeira alta de 0,63% em relação ao dia anterior. cotaçÔes do boi gordo desta quarta-feira (26/11), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$325,00. MĂ©dia: R$322,50. Vaca: R$300,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$325,00. MĂ©dia: R$322,50. Vaca: R$300,00. Novilha R$315,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$290,00 a arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$295,00 por arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de nove dias. Preços brutos do “boi-China” nesta quarta-feira (26/11), de acordo com levantamento diĂĄrio da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 321,00/@ (Ă  vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto regiĂŁo Sul): R$ 313,00/@ (Ă  vista) e R$ 317,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 301,00/@ (Ă  vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 318,00/@ (Ă  vista) e R$ 322,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 312,00/@ (Ă  vista) e R$ 316,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 306,00/@ (Ă  vista) R$ 310,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ: R$ 301,00/@ (Ă  vista) e R$ 305,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 277,50/@ (Ă  vista) e R$ 281,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 301,00/@ (Ă  vista) e R$ 305,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 298,00/@ (Ă  vista) e R$ 302,00/@ (prazo). AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA  

 

CARNES

 

Conab prevĂȘ novo recorde na produção de carne de frango em 2026, estimada em 15,86 milhĂ”es de toneladas

No caso da carne bovina, em 2025 a produção é estimada em 11,38 milhÔes de toneladas, volume levemente superior ao obtido em 2024. As exportaçÔes seguem aquecidas e a expectativa é que até o final de 2025 sejam embarcadas 4,21 milhÔes de toneladas, o maior volume jå registrado.

 

O bom resultado da avicultura de corte, junto com a suinocultura, influencia positivamente a produção das trĂȘs principais proteĂ­nas mais consumidas pelos brasileiros, estimada em 32,6 milhĂ”es de toneladas. A produção de carne de frango em 2026 pode chegar a cerca de 15,86 milhĂ”es de toneladas. Se confirmado, o volume representa um novo recorde na sĂ©rie histĂłrica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), superando a estimativa de produção deste ano, que Ă© de 15,5 milhĂ”es de toneladas. O bom resultado da avicultura de corte, junto com a suinocultura, influencia positivamente a produção de carnes no paĂ­s. Devem ser produzidas no paĂ­s 32,6 milhĂ”es de toneladas de carnes, quando somadas as trĂȘs principais proteĂ­nas mais consumidas pelos brasileiros (aves, suĂ­na e bovina). O volume previsto para o prĂłximo ano representa uma ligeira alta de 0,4% em relação Ă  quantidade prevista para este ano, de 32,48 milhĂ”es de toneladas, e se configura como um novo recorde. É o que revela o quadro de suprimento do produto atualizado nesta quarta-feira (26) pela estatal. Neste ano, o bom resultado da produção de carne de frango permite um aumento na disponibilidade interna do produto no mercado domĂ©stico, mesmo com o ligeiro aumento nas exportaçÔes, estimadas em 5,2 milhĂ”es de toneladas, frente ao volume embarcado em 2024 de 5,15 milhĂ”es de toneladas. Vale lembrar que as vendas ao mercado internacional foram afetadas pelo registro de um caso de Influenza AviĂĄria em maio, no Rio Grande do Sul. Ainda assim, os embarques seguiram aquecidos, com outros mercados absorvendo parte significativa da produção, amenizando o impacto nas exportaçÔes. Neste mĂȘs, a China, o maior importador de carne de frango, declarou a retomada das compras do produto brasileiro. Para 2026, a expectativa Ă© de continuidade da trajetĂłria positiva das exportaçÔes, com o volume total embarcado estimado em 5,25 milhĂ”es de toneladas. Mais uma vez, o aumento nas vendas internacionais nĂŁo deve impactar o mercado domĂ©stico, jĂĄ que a disponibilidade interna tambĂ©m deve crescer no prĂłximo ano em 3,1%, saindo de 10,3 milhĂ”es de toneladas em 2025 para 10,62 milhĂ”es de toneladas em 2026, possibilitando que a disponibilidade per capita seja estimada em 51,3 quilos por habitante, garantindo o abastecimento. Panorama semelhante Ă© esperado para a carne suĂ­na. Em 2025, a produção deve chegar a 5,63 milhĂ”es de toneladas. As exportaçÔes seguem crescendo, mesmo com a desaceleração da demanda chinesa em razĂŁo da recuperação do seu plantel apĂłs ser afetada pela Peste SuĂ­na Africana (PSA), e devem atingir 1,48 milhĂŁo de toneladas atĂ© o final deste ano. Ainda assim, a disponibilidade interna deve sair de 4 milhĂ”es de toneladas em 2024 para 4,16 milhĂ”es de toneladas em 2025. Esse cenĂĄrio positivo tende a se repetir no prĂłximo ano. Em 2026, a Conab espera uma alta na produção de 4,5% em comparação com este ano, podendo chegar a 5,88 milhĂ”es de toneladas. Esse aumento no volume produzido possibilita uma nova elevação nos embarques, projetados em 1,6 milhĂŁo de toneladas, sem afetar o abastecimento interno, uma vez que Ă© previsto um incremento na disponibilidade interna no prĂłximo ano na ordem de 3,2%, estimada em cerca de 4,3 milhĂ”es de toneladas. No caso da carne bovina, em 2025 a produção Ă© estimada em 11,38 milhĂ”es de toneladas, volume levemente superior ao obtido em 2024. As exportaçÔes seguem aquecidas e a expectativa Ă© que atĂ© o final de 2025 sejam embarcadas 4,21 milhĂ”es de toneladas, o maior volume jĂĄ registrado. O bom ritmo das exportaçÔes acontece mesmo com as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos ao produto brasileiro, retiradas em meados de novembro deste ano, e Ă© estimulado pela demanda chinesa, que absorveu 53,7% das exportaçÔes brasileiras.

JĂĄ em 2026, deverĂĄ ser marcada a reversĂŁo do ciclo pecuĂĄrio, o que reflete em uma menor produção de carnes, estimada em 10,89 milhĂ”es de toneladas, diante de uma maior retenção de fĂȘmeas. A demanda internacional pelo produto brasileiro deve seguir aquecida e o volume exportado tende a se manter prĂłximo da estabilidade, em torno de 4,25 milhĂ”es de toneladas. Por sua vez, hĂĄ expectativa de redução na quantidade do produto disponĂ­vel no mercado interno, estimada em 6,67 milhĂ”es de toneladas.

Conab

 

MEIO AMBIENTE

 

Parlamento Europeu adia lei antidesmatamento por mais um ano

Objetivo é permitir que as grandes empresas façam as adaptaçÔes necessårias para cumprir a regulação. O texto foi aprovado por 402 votos a favor, 250 votos contrårios e oito abstençÔes

 

O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (26/11) medidas para simplificar a implementação do Regulamento da UniĂŁo Europeia sobre Produtos Livres de Desmatamento (EUDR). Como parte das decisĂ”es, o parlamento confirmou o adiamento, por um ano, do inĂ­cio da aplicação das regras. O texto foi aprovado por 402 votos a favor, 250 votos contrĂĄrios e oito abstençÔes. O texto segue agora para negociação com os Estados-Membros. A versĂŁo final precisa ser aprovada pelo Parlamento e pelo Conselho Europeu e publicada no Jornal Oficial da UE atĂ© o fim de 2025, para que o adiamento de um ano entre em vigor. O objetivo do adiamento Ă© permitir que as grandes empresas façam as adaptaçÔes necessĂĄrias para cumprir a regulação, que passa a valer a partir de 30 de dezembro de 2026. As micro e pequenas empresas terĂŁo atĂ© 30 de junho de 2027 para se adaptarem. O secretĂĄrio de ComĂ©rcio e RelaçÔes Internacionais do MinistĂ©rio da Agricultura, Luis Rua, destacou a importĂąncia da extensĂŁo do prazo para o setor exportador brasileiro. “TerĂŁo mais um ano de prazo para se adequar”, afirmou. Entre as medidas de simplificação estĂŁo a simplificação do dever de diligĂȘncia (due diligence). A obrigação de declaração de due diligence fica agora com as empresas que enviam o produto para o mercado da UniĂŁo Europeia e nĂŁo mais com as operadoras e empresas que comercializarem os produtos posteriormente. Os operadores passam a ter que apresentar uma declaração simplificada apenas uma vez, em vez de uma declaração a cada remessa, desde que os dados permaneçam vĂĄlidos. As atualizaçÔes sĂŁo opcionais e exigidas apenas em caso de mudanças significativas. Os micros e pequenos operadores primĂĄrios podem usar um endereço postal, em vez de coordenadas geogrĂĄficas precisas das ĂĄreas de produção. Os operadores tambĂ©m poderĂŁo informar quantidades anuais estimadas de produção uma Ășnica vez em suas declaraçÔes. O Parlamento Europeu tambĂ©m solicitou uma revisĂŁo de simplificação atĂ© 30 de abril de 2026, para avaliar possĂ­veis ajustes e reduzir burocracias. O secretĂĄrio de ComĂ©rcio e RelaçÔes Internacionais do MinistĂ©rio da Agricultura, Luis Rua, afirmou que a aprovação do adiamento da implementação da EUDR pelo Parlamento Europeu Ă© uma "volta Ă  racionalidade". Segundo ele, a proposta de simplificação das regras Ă© o principal ponto a ser observado na nova prorrogação. Rua disse que o Brasil conseguiu evoluir na demonstração da sua sustentabilidade, com a COP30 e com a redução dos nĂ­veis de desmatamento. "O Brasil tem mostrado suas polĂ­ticas sustentĂĄveis. Os nĂ­veis de desmatamento tĂȘm caĂ­do, e eu acho que Ă© uma medida que vem em boa hora", concluiu.

GLOBO RURAL

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Brasileiro vai pagar mais caro pelo churrasco em 2026

Especialistas explicam fatores que devem pressionar o preço das carnes no próximo ano.

 

O churrasco deve ficar mais caro para os brasileiros em 2026. Isso porque o preço da carne bovina deve subir nos prĂłximos meses, pressionando outras proteĂ­nas tambĂ©m comuns Ă  mesa, como a carne de frango e os ovos. Segundo Felippe Serigati, pesquisador do Centro de Estudos do AgronegĂłcio da Fundação GetĂșlio Vargas (FGV Agro), o motivo Ă© o ciclo pecuĂĄrio. O movimento natural de alta e baixa nos preços do gado ao longo dos anos deve ditar o ritmo do mercado em um cenĂĄrio onde a oferta de animais tende a diminuir, enquanto a demanda e os custos de produção seguem elevadas. A combinação desses fatores resulta em novo reajuste.

Em outubro, as carnes registraram elevação de 0,21% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 12,24%, puxada, principalmente, pelo peito (17,04%) e a capa de filĂ© (16,69%). A picanha, corte tradicional e preferido nos churrascos, teve aumento de 7,68% no mesmo perĂ­odo.

 

Veja as maiores altas do Ășltimo ano: Cortes

Variação acumulada em 12 meses

Filé mignon

8,97%

Cupim

12,20%

Alcatra

14,67%

MĂșsculo

14,32%

Acém

14,27%

Peito

17,04%

Capa de filé

16,69%

Costela

11,63%

Picanha

7,68%

Fonte: IBGE

 

Quando o bezerro estĂĄ valorizado para venda, Ă© comum que o pecuarista decida manter uma parcela maior de vacas no rebanho para ampliar a produção. E, a longo prazo, a quantidade de carne no mercado cai, pressionando a demanda. “O animal, ao invĂ©s de virar bife, fica retido para poder produzir bezerros. AĂ­, temos uma produção menor de carne e, naturalmente, o preço tende a subir”. A expectativa era de que este processo, conhecido como a reversĂŁo do ciclo pecuĂĄrio, ocorresse em 2025, impulsionado pela recuperação do preço do bezerro desde 2024, mas nĂŁo aconteceu. “Continuamos enxergando um processo intenso de fĂȘmeas sendo encaminhadas para o abate, ou seja, o descarte destes animais. Isso, em algum momento, deve mudar, provavelmente no ano que vem, porque o preço do bezerro jĂĄ subiu. Com a retenção de fĂȘmeas os preços serĂŁo pressionados", explica Serigati. Ao notarem a valorização do bezerro para a venda, os pecuaristas tendem a manter uma parcela maior de vacas no rebanho com o objetivo de ampliar a produção. E, a longo prazo, a quantidade de carne no mercado cai, elevando o preço. Uma das consequĂȘncias da alta da carne bovina serĂĄ a pressĂŁo sobre outras proteĂ­nas consumidas em grande quantidade. Fernando Iglesias, coordenador de Mercados da consultoria Safras & Mercado, tambĂ©m vĂȘ o ciclo pecuĂĄrio como principal fator para a alta prevista no preço da carne bovina em 2026. No entanto, nĂŁo serĂĄ o Ășnico. Segundo ele, o comportamento das exportaçÔes deve ter peso decisivo no reajuste. “Nos anos de 2024 e 2025, o abate de fĂȘmeas foi muito expressivo no Brasil, e isso Ă© um sinal forte. Quando se descartam muitas fĂȘmeas, a oferta Ă© menor de animais jovens nas categorias de reposição de bezerro, boi magro e assim por diante lĂĄ na frente. O pecuarista, agora, opta pela retenção para gerar novos animais. Mas isso nĂŁo acontece de uma maneira imediata. O que poderemos ver Ă© um abate menor no prĂłximo ano. AlĂ©m disso, a venda de carne bovina para o exterior segue muito contundente e com a expectativa de nĂșmeros Ăłtimos no prĂłximo ano”.

“Imagino que vamos ter preços altos no prĂłximo ano para a carne bovina. A expectativa do mercado Ă© essa. O consumidor brasileiro vai pagar mais por essa carne, sim. Se a China mantiver o ritmo de compra que teve esse ano, vamos bater recorde de embarques, caso contrĂĄrio, teremos problemas. Mas mantendo um forte ritmo de embarque, o preço da carne fica mais alto”, completa Iglesias.

GLOBO RURAL

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

DĂłlar cai a R$5,3336 com exterior favorĂĄvel a moedas de paĂ­ses emergentes

O dĂłlar emplacou o terceiro dia consecutivo de queda ante o real na quarta-feira, em uma sessĂŁo no geral positiva para os ativos brasileiros e de baixa para a moeda norte-americana ante a maior parte das divisas no exterior.

 

A expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro seguiu favorecendo moedas de paĂ­ses emergentes, como o real. O dĂłlar Ă  vista fechou em baixa de 0,79%, aos R$5,3336 na venda. No ano, a divisa acumula perdas de 13,68%. Às 17h02, o contrato de dĂłlar futuro para dezembro -- atualmente o mais negociado no Brasil -- cedia 0,91% na B3, aos R$5,3360. O dĂłlar demonstrou maior acomodação no inĂ­cio da quarta-feira, mantendo-se prĂłximo da estabilidade apĂłs a divulgação do IPCA-15 de novembro. O indicador, considerado uma prĂ©via da inflação oficial, subiu 0,20% em novembro, ante 0,18% em outubro. Economistas ouvidos em pesquisa da Reuters projetavam taxa de 0,18% em novembro. Durante a tarde, porĂ©m, o dĂłlar passou a registrar perdas mais intensas ante o real, em paralelo Ă  forte alta do Ibovespa, para acima dos 158 mil pontos, e em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior. A continuidade das apostas de que o Federal Reserve cortarĂĄ juros em dezembro serviu como pano de fundo para o movimento. O mercado de tĂ­tulos norte-americano precificava no fim da tarde cerca de 85% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da taxa de juros, contra perto de 15% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%, conforme a Ferramenta CME FedWatch. Na semana passada, a probabilidade de corte era inferior a 50%. Assim, apĂłs registrar no Brasil a maior cotação da sessĂŁo, de R$5,3917 (+0,29%), Ă s 9h41, o dĂłlar Ă  vista cedeu Ă  mĂ­nima de R$5,3321 (-0,82%) Ă s 16h57, pouco antes do fechamento. No exterior, o dĂłlar seguia em baixa ante a maior parte das divisas no fim da tarde. Às 17h19, o Ă­ndice do dĂłlar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caĂ­a 0,28%, a 99,572.

REUTERS

 

Ibovespa renova recorde com retomada de apostas de corte de juros nos EUA

O Ibovespa avançou na quarta-feira e fechou acima dos 158 mil pontos pela primeira vez na história, em meio a crescentes expectativas de mais um corte de juros nos Estados Unidos em 2025, o que tende a favorecer o fluxo de capital externo para as açÔes brasileiras.

 

Índice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa subiu 1,7%, a 158.554,94 pontos, nova mĂĄxima de fechamento. No melhor momento, chegou a 158.713,52 pontos, recorde intradia, superando o topo de 11 de novembro. Na mĂ­nima, marcou 155.914,29 pontos. O volume financeiro somou R$26,05 bilhĂ”es. Dados sugerindo que a economia dos EUA estĂĄ fraca o suficiente para o Federal Reserve reduzir os juros no paĂ­s, mas nĂŁo a caminho de uma recessĂŁo, combinados com declaraçÔes recentes de autoridades do banco central norte-americano, reavivaram as apostas para novo alĂ­vio monetĂĄrio em dezembro. De acordo com a ferramenta FedWatch, da CME, os futuros de juros nos EUA agora precificam uma chance de 85,2% de redução de 0,25 ponto percentual no prĂłximo mĂȘs, quase o dobro da probabilidade embutida nas apostas na semana passada. O ComitĂȘ Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglĂȘs) do Fed anunciarĂĄ sua decisĂŁo de polĂ­tica monetĂĄria no prĂłximo dia 10 de dezembro. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 0,69%, tambĂ©m apoiado nas perspectivas envolvendo os prĂłximos passos dos Fed, alĂ©m de mais um dia positivo no setor de tecnologia, com Dell entre os destaques apĂłs previsĂ”es acima das expectativas de analistas. A nova mĂĄxima do Ibovespa tem como pano de fundo um posicionamento mais positivo de estrangeiros na bolsa paulista. ApĂłs um começo de mĂȘs com saĂ­da lĂ­quida de estrangeiros da bolsa paulista, os Ășltimos pregĂ”es tĂȘm registrado entradas que ajudaram a virar o saldo no mĂȘs, que agora estĂĄ positivo em cerca de R$4,2 bilhĂ”es no mercado secundĂĄrio de açÔes atĂ© o dia 21. No ano, o superĂĄvit alcança quase R$29,5 bilhĂ”es. Em meio a expectativas de que o Banco Central comece a reduzir a Selic no começo do prĂłximo ano, nem o IPCA-15 de novembro um pouco acima das previsĂ”es, com alta de 0,20%, minou o viĂ©s comprador na bolsa paulista, uma vez que o avanço em 12 meses arrefeceu a 4,50%, de 4,94% em outubro. O noticiĂĄrio local ainda mostrou que o governo central registrou superĂĄvit de R$36,527 bilhĂ”es em outubro, resultado que, na visĂŁo da equipe da Warren Rena, corrobora o cenĂĄrio de cumprimento da meta fiscal no ano, ao menos em seu limite inferior, apĂłs as deduçÔes legais.

REUTERS


IPCA-15 sobe um pouco mais que o esperado em novembro, mas atinge teto da meta em 12 meses

O IPCA-15 subiu um pouco mais do que o esperado em novembro, de acordo com dados divulgados pelo IBGE na quarta-feira, mas ainda assim desacelerou no acumulado em 12 meses, marcando o teto da meta perseguida pelo Banco Central.

 

Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,20%, após alta de 0,18% em outubro e expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,18%.

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE) mostram que a taxa acumulada em 12 meses atĂ© novembro foi a 4,50%, de 4,94% em outubro, resultado que atinge exatamente o teto do objetivo para a inflação--3,0% medido pelo IPCA, com margem de tolerĂąncia de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O resultado em 12 meses ficou praticamente em linha com a projeção de 4,49% na pesquisa. No entanto, o presidente do Banco Central, Gabriel GalĂ­polo, afirmou na vĂ©spera que a instituição nĂŁo pode perseguir o limite superior da meta de inflação, mas sim o centro do alvo. Segundo ele, o BC, que vem mantendo a taxa bĂĄsica de juros em 15%, ainda estĂĄ insatisfeito com o nĂ­vel da inflação. A autoridade monetĂĄria volta a se reunir para deliberar sobre a polĂ­tica monetĂĄria em 9 e 10 de dezembro, com expectativa de nova manutenção da Selic. Segundo o IBGE, a maior variação e o maior impacto positivo no resultado do IPCA-15 de novembro vieram do grupo Despesas pessoais, com alta de 0,85%. Isso foi influenciado, principalmente, pelos aumentos de preços em hospedagem (4,18%) e pacote turĂ­stico (3,90%). TambĂ©m exerceu forte pressĂŁo a alta de 0,29% de SaĂșde e cuidados pessoais com o avanço de 0,50% dos planos de saĂșde. Os custos de Transportes tiveram alta de 0,22%, com as passagens aĂ©reas aumentando 11,87% e compensando a queda de 0,46% dos combustĂ­veis. O grupo Alimentação e bebidas, que exerce o maior peso no Ă­ndice, voltou a apresentar avanço dos preços, de 0,09%, apĂłs cinco meses de queda, com aceleração da alta de alimentação fora do domicĂ­lio a 0,68%. Segundo a mais recente pesquisa Focus realizada pelo BC, a expectativa de especialistas Ă© de que a inflação termine este ano a 4,45%, indo a 4,18% em 2026.

REUTERS

 

Governo central registra superĂĄvit primĂĄrio de R$36,5 bi em outubro, informa Tesouro

O Tesouro Nacional informou na quarta-feira que o governo central registrou superĂĄvit de R$36,527 bilhĂ”es em outubro, montante inferior ao superĂĄvit de R$41,046 bilhĂ”es obtido no mesmo mĂȘs do ano passado.

 

O desempenho das contas foi decorrente de receitas lĂ­quidas -- que excluem transferĂȘncias para governos regionais -- de R$228,991 bilhĂ”es, com alta real de 4,5% sobre o mesmo perĂ­odo do ano anterior, e despesas totais de R$192,464 bilhĂ”es, com alta de 9,2%, jĂĄ descontada a inflação.

REUTERS

 

Estoque de crédito no Brasil sobe 0,9% em outubro, diz BC

O estoque total de crĂ©dito no Brasil subiu 0,9% em outubro sobre o mĂȘs anterior, divulgou o Banco Central.

 

No mĂȘs, a inadimplĂȘncia no segmento de recursos livres ficou em 5,3% e o spread bancĂĄrio no mesmo segmento foi de 32,6 pontos percentuais.

REUTERS

 

Confiança da indĂșstria do Brasil cai em novembro com piora da avaliação da situação atual, diz FGV

A confiança da indĂșstria no Brasil apresentou queda em novembro diante da piora da avaliação da situação atual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira. O Índice de Confiança da IndĂșstria (ICI) caiu 0,7 ponto na comparação com o mĂȘs anterior e atingiu 89,1 pontos, de acordo com os dados da FGV.

 

"Em novembro a confiança da indĂșstria caiu pela oitava vez no ano, ampliando o sentimento de pessimismo no setor", explicou o economista do FGV IBRE StĂ©fano Pacini, em nota. "O resultado da sondagem retrata a complexidade do ambiente macroeconĂŽmico para o setor industrial que sofre com a polĂ­tica monetĂĄria contracionista. Apesar do bom momento do mercado de trabalho, a indĂșstria segue pessimista com a demanda e o alto nĂ­vel de estoques, indicando estar distante de um reaquecimento da atividade", completou. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresĂĄrios sobre o momento presente do setor industrial, caiu 4,6 pontos, para 89,6 pontos, segundo a FGV. Segundo Pacini, as empresas reportaram nĂ­vel elevado de estoques e avaliaçÔes piores sobre a demanda. O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os prĂłximos meses, teve alta de 3,4 pontos, para 88,8 pontos, apĂłs cinco meses de quedas. Buscando levar a inflação Ă  meta de 3%, o Banco Central tem mantido a Selic em 15% ao ano, maior patamar em 20 anos, sem dar indicaçÔes em suas comunicaçÔes oficiais sobre quando poderĂĄ cortar os juros. A autoridade monetĂĄria volta a se reunir em 9 e 10 de dezembro, com expectativa de nova manutenção da taxa bĂĄsica de juros.

REUTERS


AgroindĂșstria ‘zerou’ as perdas do trimestre no mĂȘs de setembro

Produção de alimentos cresceu na comparação anual diante das vendas mais aquecidas no mercado interno e busca por alternativas para exportação. Segmento de produtos alimentícios e bebidas teve um crescimento no conjunto de 5,8 em setembro

 

A agroindĂșstria brasileira registrou crescimento de produção de 2,3% em setembro, interrompendo uma sequĂȘncia de trĂȘs meses consecutivos com decrĂ©scimo. O resultado, puxado pela produção de alimentos, praticamente anulou as perdas dos dois meses anteriores, e fez com que o resultado do terceiro trimestre fosse de queda de 0,1%. Os dados sĂŁo do Índice de Produção Agroindustrial PIM Agro, elaborado pelo Centro de Estudos do AgronegĂłcio (FGV Agro). O centro ressaltou que o setor contou com um mercado interno aquecido, alĂ©m de ter buscado alternativas ao tarifaço implementado pelo presidente americano Donald Trump em agosto. O segmento de produtos alimentĂ­cios e bebidas teve um crescimento no conjunto de 5,8% — a maior expansĂŁo em cinco anos —, mas a alta foi reflexo apenas da indĂșstria de alimentos, cuja produção subiu 7,1%. Houve ganhos na produção de alimentos de origem animal (7,9%), com maior aquecimento das indĂșstrias de carnes bovina, suĂ­na e de frango, de pescados e de laticĂ­nios. Entre os alimentos de origem vegetal, a produção cresceu 5,9%, com aumento generalizado em Ăłleos e gorduras, trigo, arroz, açĂșcar, cafĂ© e conservas e sucos.

JĂĄ a produção da indĂșstria de bebidas teve queda de 1,5% em setembro, puxada pela baixa de 6,7% na produção de bebidas alcoĂłlicas, a sexta queda consecutiva do setor. O FGV Agro ressaltou que o resultado do mĂȘs ainda nĂŁo refletiu os casos de contaminação de bebidas com metanol, que apareceram no fim do mĂȘs. JĂĄ a agroindĂșstria de produtos nĂŁo-alimentĂ­cios teve uma queda agregada de 1,5% no mĂȘs, puxada exclusivamente pela menor fabricação de etanol a partir da cana-de-açĂșcar, jĂĄ que as usinas atĂ© entĂŁo estavam priorizando a produção de açĂșcar. A produção do setor de biocombustĂ­veis recuou 24,4%, o pior desempenho para um mĂȘs de setembro desde 2009. Nas demais agroindĂșstrias nĂŁo alimentĂ­cias, os resultados foram positivos. A produção de fumo cresceu 35%, o que coloca o setor em um patamar de produção 33,5% maior que o de antes das enchentes do Rio Grande do Sul em maio do ano passado. O FGV Agro destacou ainda a alta de 7,7% na produção de insumos, com avanços em tratores e mĂĄquinas, intermediĂĄrios para fertilizantes e, principalmente, de defensivos e desinfetantes domissanitĂĄrios. JĂĄ o setor de produtos tĂȘxteis teve expansĂŁo de 5,8%, e o de produtos florestais, de 2,4%.

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