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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 925 DE 13 DE AGOSTO DE 2025

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 925 | 13 de agosto de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Boi gordo volta a subir na praça paulista

Cotações do animal sem padrão-exportação e “boi-China” têm acréscimo de R$ 1@ em SP, e agora valem R$ 308/@ e R$ 313/@, no prazo. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de seis dias.

 

Na terça-feira (12/8), os preços do boi gordo “comum” e do “boi-China” subiram R$ 1/@ na praça de São Paulo, para R$ 308/@ e R$ 313/@ (valores brutos, no prazo), segundo dados apurados pela Scot Consultoria. Por sua vez, a vaca gorda teve alta diária de R$ 2/@ na região paulista, fechando o dia valendo R$ 280/@, enquanto a novilha terminada não sofreu alteração, negociada em R$ 300/@, acrescenta Scot. Segundo levantamento da Agrifatto, nos seis primeiros dias úteis de agosto/25, a arroba do boi gordo apresentou alta na maioria das 17 regiões monitoradas pela consultoria, mesmo com o ritmo mais lento nas negociações. “A oferta restrita, somada a escalas de abate curtas — próximas de sete dias úteis — e ao elevado volume de exportações de carne bovina, sustentou a firmeza dos preços”, justificam os analistas da Agrifatto. Essa conjuntura de alta, continua a consultoria, pode se manter no curto prazo, considerando o histórico das movimentações dos preços da arroba em agosto. No mercado futuro, por sua vez, os contratos do boi gordo recuaram pelo segundo dia consecutivo na sessão de segunda-feira (11/8) da B3. O papel com vencimento em outubro/25, pico da entressafra, encerrou o pregão cotado a R$ 329,45/@, com baixa de 0,95% em relação ao fechamento da última sexta-feira. Cotações do boi gordo desta terça-feira (12/8), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha R$295,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. PARÁ: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$265,00 a arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$250,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$265,00 por arroba. Vaca: R$240,00. Novilha: R$245,00. Escalas de abate de sete dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

FRANGOS & SUÍNOS

 

Custos de produção de suínos e de frangos de corte caem pelo terceiro mês consecutivo

Os custos de produção de frangos de corte e suínos registraram queda pelo terceiro mês consecutivo em julho de 2025 nos principais estados produtores e exportadores do Brasil, conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves, por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS), disponível em embrapa.br/suinos-e-aves/cias.

 

No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte teve uma redução de 2,63% em relação a junho, recuando para R$ 4,60, o menor valor desde agosto de 2024. No acumulado de 2025, a variação é de -4%, enquanto nos últimos 12 meses o índice apresenta redução de 0,20%, com o ICPFrango atingindo 355,80 pontos em julho. Com 64% do custo total da produção de frangos, a ração apresentou queda de 3,48% no mês e já acumula -8,54% em 2025. Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo recuou para R$ 6,13, representando uma redução de 2% em relação ao mês anterior e o menor valor desde setembro de 2024. No acumulado de 2025, o ICPSuíno registra redução de 1,28%, e, nos últimos 12 meses, alta de 4,78%, com o índice atingindo 350,55 pontos em julho. A ração, que respondeu por 70,48% do custo total de produção de suínos na modalidade de ciclo completo, também teve retração: -2,81% no mês. Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente. A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de MG, GO, MT e RS, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

Embrapa Suínos e Aves

 

FAO: Entre as carnes bovina, de frango e suína, queda de preços em julho ficou restrita à suína

A baixa de preço da carne suína ocorreu após cinco meses consecutivos de alta, devido – segundo a FAO – à queda das cotações na União Europeia, onde a ampla oferta doméstica coincidiu com o baixo interesse de compra

 

Já a carne de frango, que desde o último trimestre de 2024 vinha numa baixa quase contínua, experimentou em julho breve alta de preços, os quais segundo a FAO “foram impulsionados pelos preços mais altos de exportação do Brasil, após a flexibilização das restrições e a retomada gradual das importações por vários parceiros comerciais importantes, depois que o Brasil recuperou seu status livre de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em meados de junho”. Enquanto o preço da carne de frango aumentou pouco mais de meio por cento e o da carne suína recuou mais de 1,5%, o incremento médio das carnes no mês foi superior a 1% graças à carne bovina cujos preços, conforme a FAO, atingiram novo recorde. Isso em função do efeito uma demanda (principalmente da China e dos EUA) superior à oferta, situação que favoreceu sobretudo a Austrália, mas também contribuiu para preços mais firmes no Brasil. Assim, se nos últimos 12 meses o preço médio das carnes no mercado internacional experimentou valorização de pouco mais de 6%, foi devido, exclusivamente, à carne bovina (cujos preços aumentaram 12,74%), porquanto os preços da carne suína permaneceram estáveis (recuo de apenas 0,37% em um ano), enquanto os da carne de frango acumularam retração de 2,68%.

FAO

 

EMPRESAS

 

Lucro da Frigol saltou para R$ 86,6 milhões no segundo trimestre de 2025

Resultados refletem melhora nos preços no exterior e estratégia de diversificação de destinos. No primeiro semestre de 2025, o lucro líquido da Frigol foi de R$ 87,6 milhões

 

A Frigol, um dos maiores frigoríficos de carne bovina do país, obteve lucro líquido de R$ 86,6 milhões no segundo trimestre deste ano, um salto comparado ao montante de R$ 1,7 milhão registrado no mesmo período de 2024, conforme balanço financeiro divulgado nesta terça-feira (12/8). “Os resultados positivos do (segundo) trimestre são reflexos da melhora nos preços no mercado externo, principalmente na China, e de nossa estratégia de diversificação de destinos, optando pelos mais rentáveis”, disse em nota o CEO da Frigol, Luciano Pascon. A China continua a ser o principal destino das exportações da empresa, porém, passou de 81% de representatividade no segundo trimestre de 2024 para 77% no mesmo intervalo deste ano, em função da diversificação de embarques. Israel, segundo maior comprador da Frigol, saiu de uma fatia de 7% para 6% nas compras, enquanto outros mercados aumentaram a participação de 9% para 15%. Entre os países que a companhia conseguiu elevar o nível de vendas estão os membros da União Europeia, Canadá, Chile e Arábia Saudita, além de Indonésia, Filipinas e países do Sudeste Asiático. Neste cenário, as vendas para o mercado externo representaram 56,3% do faturamento do grupo de abril a junho, alta de 4,7 pontos percentuais na comparação anual. A receita líquida do segundo trimestre cresceu 25% para R$ 984,1 milhões e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 154,1 milhões, forte alta de 234,6%. Vale destacar que a base comparativa também esteve mais baixa do que o convencional para a empresa. No período de abril a junho do ano passado, a Frigol teve forte impacto negativo vindo da variação cambial, que pressionou o lucro líquido e levou a uma queda de 93% neste indicador, em relação a 2023. Na época, o dólar havia subido e aumentou o endividamento do frigorífico. Em 2025, além de marcar uma recuperação, os resultados do segundo trimestre poderiam ter sido ainda melhores, “se não fossem os primeiros reflexos do ciclo pecuário, com menor oferta de boi gordo e, consequentemente, a alta no valor da arroba de cerca de 40% na comparação com o segundo trimestre de 2024”, pontuou Carlos Corrêa, diretor financeiro e de sustentabilidade da Frigol. A empresa abateu 155 mil bovinos no segundo trimestre, queda de 8% na comparação anual, devido ao cenário mais restrito na oferta de gado. No primeiro semestre de 2025, o lucro líquido da empresa foi de R$ 87,6 milhões, comparado a um prejuízo de R$ 3,3 milhões obtido nos seis primeiros meses de 2024. A receita líquida foi de R$ 2 bilhões, alta de 22% na variação anual. O Ebitda do período foi de R$ 164 milhões, 140% maior na mesma comparação, com margem de 8,4%.

Globo Rural

 

GOVERNO

 

Lula diz que pacote de ajuda de R$ 30 bi a afetados por tarifaço é 'só o começo'

Pacote também prevê medidas relacionadas às compras governamentais e de conteúdo nacional, afirmou o presidente 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que vai assinar nesta quarta-feira (13) a medida provisória que cria o chamado plano de contingência, pacote elaborado pela equipe econômica que tem como objetivo reduzir os efeitos do "tarifaço" de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A Secretaria de Comunicação do governo confirmou para as 11h30 a cerimônia de apresentação da proposta, que está sendo apelidada pela gestão petista de MP do "Brasil Soberano". Segundo Lula, a MP institui uma linha de crédito de R$ 30 bilhões destinado às empresas que tiveram prejuízos com a decisão americana e prevê tanto medidas relacionadas às compras governamentais como também de conteúdo nacional. "A linha de crédito de R$ 30 bilhões é o começo. Não pode colocar mais [recursos] se não se sabe quanto é [o impacto]. A linha de crédito será, sobretudo, para ajudar as pequenas empresas e as grandes, que têm mais poder de resistência. Ninguém ficará desamparado com a taxação de Trump. Vamos garantir a preservação de empregos", explicou Lula ao participar do programa "O É da Coisa", com Reinaldo Azevedo, na rede BandNews. "Haverá compras governamentais e conteúdo nacional no plano de contingência. Do ponto de vista econômico, estamos com certa tranquilidade em relação à taxação de Trump, apesar de termos o aço em situação delicada", disse Lula. Lula também voltou a sinalizar que, além do plano de contingência, seu governo está avaliando medidas de "reciprocidade" contra os Estados Unidos. Neste sentido, ele afirmou que a promessa não é mera "bravata". "Estamos pensando no que vamos colocar como reciprocidade aos EUA. Não queremos fazer bravata, vamos medir as consequências ao povo brasileiro", argumentou. O presidente explicou também que, como resposta ao tarifaço, o governo petista vai procurar outros mercados para diversificar as exportações brasileiras. "Vamos procurar outros mercados para empresas afetadas pelo tarifaço. Quero ver relação que tenho com países para saber o que podemos comprar e vender. Precisamos ajudar empresários [brasileiros] a abrir novos mercados e incentivá-los a brigar pelos mercados", acrescentou. Na mesma entrevista, Lula também admitiu que o governo federal foi pego "de surpresa" com a taxação dos produtos brasileiros já que havia uma negociação com os Estados Unidos em curso. "Eu fui pego de surpresa porque na [época da] primeira taxação, de 10%, nós montamos uma equipe de negociação e fizemos dez reuniões com representantes do comércio dos EUA. Não veio resposta à carta do Brasil, do dia 16 de maio, e fomos pegos de surpresa com uma carta endereçada ao portal do Trump, uma carta ofensiva ao Brasil com algumas inverdades", criticou o presidente. Sobre o "tarifaço" em si, Lula alertou que a sobretaxa americana contra produtos brasileiros vai afetar os próprios americanos. "O povo americano não ficará impune e sofrerá consequências da taxação", citou presidente. Apesar dessas críticas, Lula também voltou a se colocar à disposição para uma saída negociada para a crise. "Continuo preparado para negociar com os EUA", emendou. Lula voltou a sinalizar que o Brasil seguirá buscando diversificar suas exportações como forma de diminuir o impacto do tarifaço na economia brasileira. "Semana que vem, telefonarei para o presidente da França, o primeiro-ministro da Alemanha, da Inglaterra, o presidente da África do Sul. Semana que vem, também ligarei para Ursula von der Leyen e dizer para negociar conosco no acordo com Mercosul", explicou. Na mesma entrevista, o presidente negou que tenha "subestimado" Donald Trump, diante dos sinais de que os americanos poderiam sobretaxar os produtos brasileiros, como de fato aconteceu. Sobre isso, Lula argumentou que não havia como prever o comportamento do presidente americano porque Trump estaria agindo com "complexo de superioridade". Além disso, Lula acusou Trump de ter "ciúmes" da participação do Brasil no grupo do Brics, que reúne países do Sul global. "Queremos manter a relação com EUA de forma civilizada e ordeira. Não subestimei o Trump porque ele tem agido com anormalidade e com complexo de superioridade. Em outubro, vou à Malásia e Indonésia tentar vender produtos brasileiros. Os EUA têm um pouco de ciúmes da participação do Brasil no Brics." Em seguida, Lula voltou a defender o direito dos países de fazerem negociações comerciais por meio de moedas alternativas, e não por meio do dólar, assunto que teria irritado a gestão Trump. "Não podemos ficar dependendo do dólar e temos direito de negociar em outras moedas. Não queremos mexer com dólar", argumentou o presidente. Por fim, Lula disse que espera encontrar Trump um dia, de maneira presencial, mas para uma conversa "civilizada". Sobre isso, ele acrescentou que a resistência para uma negociação entre os dois países não está partindo do Brasil, mas, sim, dos Estados Unidos. "Eu espero que, algum dia, eu possa encontrar com o Trump para conversar como dois seres humanos civilizados, como deve ser entre dois chefes de Estado. Não é da parte do Brasil ter qualquer empecilho na conversação com os EUA", complementou.

Valor Econômico

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Paraná já colheu 80% do milho e Deral relata boas produtividades na maior parte do estado

Perdas de produtividades são limitadas a áreas que registraram seca ou geadas

 

O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado. Para a segunda safra de milho, 80% das lavouras já foram colhidas e o restante das áreas se dividem entre 97% em maturação e 3% ainda em frutificação. Na semana passada, as áreas colhidas eram 75%. Os técnicos do Deral classificaram ainda 55% dessas áreas como em boas condições, 25% como médias e 20% como ruins. O relatório do Departamento indica que a colheita do milho de segunda safra está na fase final em grande parte do estado, restando apenas áreas pontuais a serem retiradas do campo, já que algumas regiões voltaram a perder ritmo em função da umidade dos grãos. “A produtividade tem se mostrado satisfatória na maioria das lavouras, superando expectativas em alguns casos, mas lavouras afetadas por estiagem ou geadas apresentam rendimento reduzido. Há registros localizados de acamamento, provocados por chuvas e ventos na reta final do ciclo”, destaca a publicação.

SEAB-PR/DERAL

 

Exportações do agro batem recorde e registram superávit de US$14 bilhões em julho, diz Mapa

Brasil amplia presença no comércio internacional mesmo em cenário global de incertezas

 

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 15,6 bilhões em julho, o maior valor já registrado para o mês na série histórica. O resultado representa crescimento de 1,5% em relação a julho de 2024, com acréscimo de US$ 225 milhões, impulsionado tanto pelo aumento no volume embarcado quanto pela elevação de preços. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o café foi um dos destaques do mês, com alta de 25,3% no valor exportado. Recentemente, 32 empresas brasileiras foram habilitadas pela primeira vez, totalizando agora 452 estabelecimentos autorizados a vender este produto para a China. Outros produtos que registraram forte crescimento no período incluem suco de maçã (+623%), fumo (+91,5%), bananas (+79%), ovos e gemas (+62%), couros e peles (+57%), frutas (+37,3%) e carnes (+16,7%), com destaque para a carne bovina. Produtos com menor participação histórica no comércio exterior do agro brasileiro também ganharam espaço, como corvina (+161%), uvas frescas (+89,4%), castanha de caju (+88%), óleos vegetais (+87%), e mel e seus derivados que cresceram 37% no valor exportado. São exemplos de oportunidades identificadas cada vez mais pelos adidos agrícolas no exterior, por meio de ferramentas como o AgroInsight. A China manteve-se como maior compradora, com US$ 5,62 bilhões em aquisições no mês, seguida pela União Europeia (US$ 2,36 bilhões; +16,4%). Entre os mercados que mais cresceram estão México (+23%), Arábia Saudita (+28,8%) e Tailândia (+18%), além de avanços relevantes em Marrocos, Bangladesh e Taiwan. Sete meses de avanço: quase US$ 100 bilhões em vendas externas. De janeiro a julho, as vendas externas do setor somaram US$ 97,5 bilhões, em linha com o mesmo período do ano passado. Nesse período, os produtos fora do núcleo tradicional da pauta exportadora cresceram 21% em valor. Desde o início da atual gestão, foram abertos 399 novos mercados para produtos agropecuários e realizadas mais de 200 ampliações de acesso, sendo 13 dessas aberturas registradas em julho.

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

 

Desembolsos de crédito rural têm queda de 25% no primeiro mês do Plano Safra 25/26

A principal queda foi registrada nas operações para financiar investimentos, que saíram de R$ 5,5 bilhões para R$ 1,9 bilhão. Apesar de todos os problemas, com o aumento de taxas de juros, temos um desempenho parecido com o do ano passado', diz Gilson Bittencourt 

 

O primeiro mês do Plano Safra 25/26 teve retração de 25% no total de valores desembolsados pelas instituições financeiras. Em julho deste ano, os bancos e as cooperativas de crédito concederam R$ 24,2 bilhões em financiamentos aos produtores pelas linhas tradicionais de crédito rural contra R$ 32,2 bilhões no mesmo período de 2024. O financiamento via Cédulas de Produto Rural (CPR) aumentou 4%, de R$ 15,1 bilhões para R$ 15,8 bilhões no período. Mesmo assim, no acumulado, o valor acessado por agricultores e pecuaristas em julho foi menor. O Ministério da Fazenda contabiliza uma queda menos acentuada nas linhas do crédito rural, de 9%, pois considera valores que foram contratados no período, de R$ 29,4 bilhões. Esse dado não é público e engloba operações que ainda não tiveram desembolso efetivo de dinheiro da instituição financeira ao credor, mas já constam no sistema de informações sobre as contratações do Banco Central. “Apesar de todos os problemas, com o aumento de taxas de juros, temos um desempenho parecido com o do ano passado. Deve-se considerar também que, neste ano, demorou mais para ser publicada a portaria de equalização”, afirmou o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt. A principal queda nos valores desembolsados em julho foi nas operações de investimentos, de R$ 5,5 bilhões para R$ 1,9 bilhão. A diminuição já era esperada pelo governo federal por conta da alta nos juros nesta temporada e de incertezas no mercado. Para médios e grandes produtores, as alíquotas variam de 8,5% a 13,5% ao ano. O Moderfrota, maior programa de financiamento de máquinas e implementos agrícolas, teve o pior julho desde 2014. Os desembolsos na linha ficaram em apenas R$ 71,8 milhões contra R$ 671,2 milhões em 2024. Foram 212 contratos firmados no mês passado ante mais de 1,4 mil no mesmo período do ano anterior. A única alta no primeiro mês da safra 2025/26 foi nas operações para industrialização, de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,3 bilhões. Houve quedas pontuais também no acesso ao Pronaf (pequenos) e ao Pronamp (médios produtores). A retração mais acentuada foi nos programas destinados aos grandes produtores, com valores que saíram de R$ 18,6 bilhões em julho de 2024 para R$ 12,4 bilhões agora. “O investimento caiu por conta da conjuntura do setor, que recomendava redução de alavancagem dos produtores. Também por conta dos ‘soluços’ orçamentários na liberação da equalização, do aumento do custo de captação de recursos de mercado a serem equalizados e das prorrogações de dívidas”, disse José Carlos Vaz, consultor jurídico do Agronegócio. Movimento semelhante com os demais produtores ocorreu em toda a safra passada, já que houve um “olhar mais crítico” das instituições financeiras na concessão de crédito mesmo a juros livres por conta da sensação de risco, avaliou Gilson Bittencourt. Outra questão que “trava” os desembolsos são os recursos obrigatórios, oriundos de depósitos à vista nos bancos, que estão comprometidos com prorrogações e renegociações de parcelas. “Talvez só nos próximos meses esse dinheiro voltará aos caixas das instituições financeiras e poderá ser emprestado”, completou o subsecretário.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

IPCA: preços sobem 0,26% em julho, bem abaixo da expectativa do mercado financeiro

Investidores esperavam alta de 0,36% no mês. Nos últimos 12 meses, a inflação oficial do país somou 5,23%, ainda bem acima do teto da meta.

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, aponta que os preços subiram 0,26% em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação teve uma leve aceleração neste mês, já que o resultado ficou 0,02 ponto percentual (p.p.) maior do que em junho, quando foi de 0,24%. Ainda assim, ficou bem abaixo da expectativa do mercado financeiro, que esperava alta de 0,36%. O grupo Habitação foi o maior responsável pela alta, ao subir 0,91% no mês e acumular 0,15 p.p. de peso no índice geral. O subitem de destaque foi a energia elétrica residencial, que subiu 3,04% e teve sozinha 0,12 p.p. de participação no IPCA. (saiba mais abaixo) Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas, que tem a maior influência no IPCA, registraram deflação pelo segundo mês consecutivo (-0,27%). No mês anterior, o preço dos alimentos caiu 0,18% no primeiro recuo em nove meses. Com os resultados de julho, o IPCA acumula uma alta de 5,23% nos últimos 12 meses. O resultado permanece acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%. Em 2025, os preços já subiram 3,26%. Seis dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta: Habitação: 0,91%. Despesas pessoais: 0,76%. Saúde e cuidados pessoais: 0,45%. Transportes: 0,35%. Artigos de residência: 0,09%. Educação: 0,2%. Em julho, três dos grupos pesquisados tiveram queda: Vestuário: -0,54%. Alimentação e bebidas: -0,27%. Comunicação: -0,09%. O aumento no preço da energia elétrica residencial chegou a 10,18% neste ano, sendo o item que mais contribuiu para a alta da inflação acumulada de 2025, com 0,39 p.p. Segundo o IBGE, esse é o maior avanço para o período de janeiro a julho desde 2018, quando a alta foi de 13,78%. Em julho, a alta de mais de 3% reflete os reajustes das concessionárias de energia nos locais pesquisados e a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que cobra um valor adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos pelas famílias brasileiras. Sem o aumento expressivo da conta de luz, o resultado do IPCA de julho seria de uma alta de 0,15%. Em agosto, a conta de luz seguirá no centro das atenções, por conta da elevação para a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Parte desse impacto será compensado pelo crédito do “Bônus de Itaipu”, que será aplicado nas faturas do mês. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou R$ 883,07 milhões para o programa em 2025, reduzindo os custos para consumidores residenciais e rurais. O grupo Alimentação e bebidas engataram a segunda queda consecutiva neste ano e contribuiu para uma redução de 0,04 p.p. do IPCA. Segundo o IBGE, os produtos que mais caíram de preço foram a batata-inglesa (-20,27%), a cebola (-13,26%) e o arroz (-2,89%). Ainda que acumule alta de 70% nos últimos 12 meses, o preço do café caiu 1.01% em junho, a primeira redução desde dezembro de 2023.   Com isso, a alimentação no domicílio, subgrupo que reúne os alimentos in natura, recuou 0,69% no mês. Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,87%, mais do que os 0,46% de junho. Em julho, o grupo Despesas pessoais teve a segunda maior alta do índice (0,76%), puxada pelo aumento de 11,17% nos preços dos jogos de azar, como loterias e apostas. No grupo Saúde e cuidados pessoais, que subiu 0,45%, tiveram destaque os aumentos em produtos de higiene pessoal (0,98%) e nos planos de saúde (0,35%), por causa dos reajustes aprovados pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Apesar do quarto lugar no ranking de maiores altas, o grupo Transportes teve o segundo maior peso no IPCA (0,05 p.p.). No mês passado, os preços desses itens subiram 0,35%, impactados pelo aumento de 19,92% das passagens aéreas. Em junho, o grupo havia acumulado alta de 0,27%. Os combustíveis, contudo, recuaram 0,64% em julho, com quedas nos preços do etanol (-1,68%), do óleo diesel (-0,59%), da gasolina (-0,51%) e do gás veicular (-0,14%).

O Globo/G1

 

Dólar atinge menor valor em mais de um ano frente ao real

O dólar à vista fechou em forte baixa ante o real na terça-feira, na esteira das perdas da moeda norte-americana no exterior, depois que dados de inflação moderados nos Estados Unidos solidificaram as apostas de que o Federal Reserve cortará a taxa de juros a partir de setembro.

 

O dólar à vista fechou em baixa de 1,06%, a R$5,3864, alcançando a menor cotação desde 14 de junho de 2024, quando havia atingido R$5,3812. Às 17h21, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,98%, a R$5,414 na venda. Os movimentos do real nesta sessão tiveram como pano de fundo as quedas da divisa dos EUA ante a maioria de seus pares no exterior, em particular moedas emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno. Os mercados globais reagiram com apetite por risco a dados de inflação nos EUA que mostraram que os preços ao consumidor tiveram uma alta de 0,2% em julho, exatamente em linha com a projeção de economistas em pesquisa da Reuters e abaixo do ganho de 0,3% de junho. Em 12 meses, o índice se manteve em 2,7%. Diante do relatório moderado, que se somaram a dados recentes fracos de emprego para julho, os agentes financeiros concluíram que o banco central dos EUA poderá cortar a taxa de juros já em seu próximo encontro, em setembro, atendendo a um pedido frequente do presidente Donald Trump. Operadores precificam mais de 90% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros no próximo mês, segundo dados da LSEG, com outra redução da mesma magnitude totalmente precificada até dezembro. O aumento do diferencial de juros entre EUA e Brasil, que tem a Selic em 15%, favorece o real. O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,44%, a 98,061. A moeda brasileira também recebeu um impulso doméstico neste pregão com os fortes ganhos da bolsa brasileira, que gerou uma maior entrada de capital estrangeiro, à medida que os investidores analisaram uma série de balanços corporativos.

Reuters

 

Ibovespa fecha em forte alta e encosta nos 138 mil pontos com cortes de juros no radar 

Surpresas positivas com dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos reforçaram as apostas de cortes de juros em ambos os países 

 

As surpresas positivas com dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos reforçaram as apostas de cortes de juros em ambos os países, o que alimentou uma sessão de maior apetite por risco. Embalado pelo bom humor interno e externo, o Ibovespa encerrou a terça-feira com alta expressiva de 1,69%, aos 137.914 pontos. Na máxima do dia, o índice chegou a avançar mais de 2% e subir até os 138.414 pontos, distante dos 135.629 pontos vistos na mínima intradiária. Após a divulgação do balanço, a disparada de 13,12% das units do BTG Pactual também ajudou a elevar os ganhos do índice, em um pregão em que a maior parte das blue chips apresentou ganhos. No fim do dia, as ações ON da Vale subiram 1,05%, ao passo que as preferenciais do ganharam 2,33%. Da mesma forma, os papéis PN da avançaram 0,26%. Já em Wall Street, os principais índices americanos encerraram no campo positivo: o Nasdaq teve alta de 1,39%; o S&P 500 avançou 1,13%; e o Dow Jones subiu 1,10%.

Valor Econômico

 

INPC sobe 0,21% em julho

Além do IPCA, o IBGE divulgou também na terça-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou alta de 0,21% em julho.

 

Diferentemente do IPCA, o INPC mede a inflação para famílias com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos, cujo chefe da família é assalariado. A pesquisa cobre 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. Embora essa tenha sido a inflação mais baixa para os 12 meses anteriores desde fevereiro (5,06%), a inflação oficial do país segue bem acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No final de julho, o Banco Central interrompeu o ciclo de alta dos juros básicos, mantendo a Selic em 15% ao ano e antecipando que a taxa permanecerá nesse nível por um período “bastante prolongado”. Entre os motivos para essa decisão, o BC citou que as projeções de inflação — tanto suas como as do mercado financeiro — continuam distantes da meta, que a atividade econômica e o mercado de trabalho seguem fortes no Brasil, o que pode levar a preços mais altos. O BC também citou a incerteza causada pela tarifa de 50% imposta pelos EUA aos produtos brasileiros. A medida torna o cenário econômico mais complexo, e o BC diz que estará atento aos efeitos dessa política sobre a inflação local. Na segunda-feira (11), o presidente do BC, Gabriel Galípolo, chamou a atenção para uma visão crescente entre economistas de que a tarifa elevada impõe o risco de uma desaceleração acentuada da economia brasileira, o que demandaria uma redução dos juros para reanimar a atividade.

O Globo/G1

 

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