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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 924 DE 12 DE AGOSTO DE 2025

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 924 | 12 de agosto de 2025                              

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Mercado do boi gordo abre a semana com estabilidade

Oferta enxuta de animais e um ritmo mais forte da demanda pela carne bovina, além das exportações aquecidas, explicam recuperação da arroba nas primeiras semanas de agosto. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de seis dias.

 

Após um julho/25 com recuos expressivos na arroba do boi gordo, o mercado físico ganhou firmeza em agosto/25, abrindo a segunda-feira (11/8) com estabilidade nas principais praças pecuárias brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Segundo apuração da Agrifatto, 3 das 17 praças acompanhadas diariamente registraram alta nos preços do boi gordo na segunda-feira (12/8): Bahia, Rio de Janeiro e Rondônia. Uma praça teve ajuste negativo: Mato Grosso. Nas demais, as cotações ficaram estáveis na comparação com sexta-feira (8/8). Pelo levantamento da Agrifatto, na média nacional, as escalas de abate seguem atendendo sete dias úteis. Pelos dados da Scot Consultoria, na praça paulista, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 307/@, o “boi-China está cotado em R$ 312/@, a vaca gorda é negociada por R$ 278/@ e a novilha terminada sai por R$ 300/@ (preços brutos, a prazo). O fim de semana registrou retomada robusta nas vendas de carne bovina, com supermercados, redes varejistas e açougues apresentando forte fluxo de clientes, impulsionado sobretudo pelo pagamento de salários, relata a Agrifatto. Impulsionado pelas comemorações do Dia dos Pais, o mercado registrou uma maior procura por cortes do traseiro, como contrafilé e fralda, além de ponta de agulha e itens de churrasco. No atacado de carne com osso, a dinâmica foi semelhante: intensificação dos negócios a partir de quinta e consolidação entre sexta e sábado, de acordo com informações da Agrifatto. Cotações do boi gordo, conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha R$290,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. PARÁ: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$260,00 a arroba. Vaca: R$240,00. Novilha: R$245,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$265,00 por arroba. Vaca: R$240,00. Novilha: R$245,00. Escalas de abate de sete dias. PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Com receita diária 70% maior, exportação de carne bovina in natura segue com bom ritmo na segunda semana de agosto/25

O volume exportado alcançou 80,4 mil toneladas na segunda semana de agosto/25

 

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, foram embarcadas 80,4 mil toneladas nos primeiros seis dias úteis de agosto de 2025. No ano passado, o volume exportado no mês de agosto foi de 217,4 mil toneladas em 22 dias úteis.  Se o desempenho seguir neste ritmo nas próximas semanas, o volume total exportado neste ano pode alcançar às 320 mil toneladas e superar o volume embarcado em julho deste ano, que foi de 276,8 mil toneladas. De acordo com o Analista de Mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ritmo de exportação está bem agressivo e está em um ano fantástico para os embarques "Eu nunca vi algo parecido realmente! Mesmo com o tarifaço e com questões envolvendo os Estados Unidos, o desempenho das exportações brasileiras é uma coisa, assim, fora do normal", destacou. Com relação à média diária exportada, ela ficou em 13,4 mil toneladas, avanço de 35,7% frente a média diária do ano anterior, que ficou em 9,8 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.557 por tonelada até a segunda semana de agosto/25, e isso representa um ganho anual de 25,3%, quando se compara com os valores observados em agosto de 2024, com US$ 4.435 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina ficou em US$ 447,1 milhões, sendo que em agosto do ano anterior a receita total foi de US$ 964, 2 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 74,5 milhões, ganho de 70%, frente ao observado no mês de agosto do ano passado, que ficou em US$ 48,8 milhões.

SECEX/MDIC

 

China pode exigir regra ambiental da UE para carne

UE determina que produtos como carne e café só podem entrar no bloco se comprovarem não ter origem em desmatamentos

 

A China, principal destino da carne bovina brasileira, pode vir a adotar exigências ambientais semelhantes às previstas pela União Europeia em sua lei antidesmatamento. A possibilidade foi tema de comentário do diretor de Sustentabilidade da Marfrig, Paulo Pianez, durante participação na São Paulo Climate Week, na sexta-feira, 8. “Recebemos recentemente, na Marfrig, uma delegação grande do governo chinês e eles pensam em fazer exigências desse tipo também”, afirmou. Ele destacou que a tendência de maior rigor ambiental “é inevitável” e não deve se limitar à União Europeia. “O mercado lá fora cada vez mais implementa um nível alto de exigência ambiental. Quando há uma realidade de mercado desse tipo, é muito pouco provável que seja desfeita. A gente precisa ter um viés de adaptação.” A UE determina que produtos como carne, couro, soja e café só podem entrar no bloco europeu se comprovarem não ter origem em áreas desmatadas após a data de corte de 2020.

Estadão Agro

 

SUÍNOS

 

Volume exportado de carne suína alcança 105,9 mil toneladas até segunda semana de agosto/25

Na segunda-feira (11), as exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada atingiram 33,9 mil toneladas até a segunda semana de agosto/25. 

 

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, o volume embarcado de carne suína em agosto do ano anterior chegou a 105,9 mil toneladas, em 22 dias úteis. A média diária exportada de carne suína até a segunda semana de agosto ficou em 5,6 mil toneladas, avanço de 17,4%, frente ao observado em agosto do ano passado, com 4,8 mil toneladas. Com relação ao preço médio, o valor está em US$ 2.545l por tonelada, leve avanço de 3,5% frente ao valor negociado no ano anterior, que estava em US$ 2.459 por tonelada. Com relação ao valor negociado para o produto até a segunda semana de agosto/25 ele ficou em US$ 86,3 milhões, sendo que no ano anterior a receita total em agosto foi de US$ 260,6 milhões. A média diária ficou em US$ 14,3 milhões, avanço de 21,4%, frente ao observado no mês de agosto do ano passado, que ficou em US$ 11,8 milhões.

SECEX/MDIC

 

FRANGOS

 

Exportação de carne de frango apresenta recuperação em agosto/25 com aumento de 16% no volume exportado

Analista vê sinais de melhora, mas aponta que o potencial máximo depende da retomada de mercados como China e União Europeia

 

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, o volume exportado de carne de aves in natura atingiu 112,8 mil toneladas até a segunda semana de agosto/25. No ano passado, o volume exportado em agosto alcançou 355.821 toneladas em 22 dias úteis em 2024. A média diária ficou em 18,8 mil toneladas, sendo que isso representa um avanço de 16,3% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 16,1 mil toneladas. De acordo com o Analista de Mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações começaram a dar sinais de melhoras neste mês de agosto. “Eu vejo que ainda vamos chegar ao nosso potencial máximo quando União Europeia e China retomarem as exportações”, informou. O preço pago pelo produto até a segunda semana de agosto ficou em US$ 1.800 por tonelada, e isso representa um recuo de 13% se comparado com os valores praticados em agosto do ano anterior, que estavam em US$ 2.070 por tonelada. A receita obtida até a segunda semana de agosto ficou em US$ 203,2 milhões, enquanto em agosto do ano anterior o valor ficou em US$ 736,7 milhões. A média diária do faturamento está em US$ 33,8 milhões, avanço de 1,1% frente a média diária observada em agosto do ano anterior, que ficou em US$ 33,4 milhões. 

SECEX/MDIC

 

EMPRESAS

 

Cade tende a aprovar fusão de Marfrig e BRF

Tribunal do Cade vai avaliar o ato de concentração em sessão presencial na próxima semana. Nos bastidores do Cade, há o entendimento de que a operação entre Marfrig e BRF será aprovada

 

Após maioria de votos para manter um rito rápido, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai analisar na próxima semana se há entraves concorrenciais na fusão entre BRF e Marfrig. Segundo apurou o Valor, a tendência é que a operação seja aprovada sem restrições. O ponto sobre a participação societária de um fundo tanto na Minerva quanto na BRF, que será uma subsidiária integral da Marfrig, foi levantado pela Minerva no processo que analisa a fusão. Segundo a empresa concorrente, no modelo atual, haveria hipótese de influência relevante em concorrentes diretos do mercado de carne bovina in natura por parte do Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic), por meio de sua subsidiária Salic International Investment Company (SIIC). No fim de julho, o presidente interino do Cade, Gustavo Augusto Lima, apontou em despacho que a participação do fundo em ambas as empresas poderia representar “um possível alinhamento de interesses e troca de informações sensíveis entre os principais concorrentes do mercado relevante em questão, o que poderia levar a uma diminuição da rivalidade e a um aumento do risco de exercício do poder coordenado”. Na última semana, o fundo saudita, por meio de advogados brasileiros, respondeu que “é apenas um acionista minoritário na Minerva e na BRF, e não detém quaisquer direitos políticos que lhe permitam interferir ou influenciar a independência e o curso normal dos negócios e da administração da BRF e/ou da Minerva”. O caso já havia sido aprovado pela Superintendência-Geral do Cade, mas houve recurso da Minerva. No despacho, Lima votou para que as empresas alterassem a forma de notificação da operação. O processo fora apresentado de forma “sumária”, com rito processual mais simples. Lima entendeu que o caso deveria ser “ordinário”, quando o rito prevê a apresentação de mais documentos. No fim de semana, em julgamento virtual, quatro conselheiros votaram contra esse entendimento: Victor Fernandes, Diogo Thomsom, José Levi e Carlos Jacques. Lima, então, retirou o processo da pauta virtual e o caso será analisado presencialmente. Nos bastidores do Cade, há o entendimento de que a operação será aprovada. Porém, é possível que algum conselheiro enfrente, de outra forma, a questão da participação da Salic. No limite, o Cade poderia impor alguma restrição. “Trata-se de mera reorganização societária intragrupo que sequer deveria ser objeto de notificação obrigatória”, entendeu Fernandes em seu voto. Em relação à Salic, ele defendeu que eventual conversão da participação na Marfrig “é situação incerta e hipotética, que somente será efetuada caso o acionista assim escolha”. Assim, afirmou, isso deflagrará automaticamente uma nova notificação. Procuradas, as empresas não se manifestaram. No processo, Marfrig e BRF disseram que os questionamentos da Minerva têm “finalidade meramente anticompetitiva, promovida por uma empresa que hoje ocupa posição dominante no mercado de abate bovino”.

Valor Econômico

 

INTERNACIONAL

 

Frigoríficos brasileiros negociam com Vietnã para substituir exportações aos EUA

Representantes de 17 empresas tiveram encontros com importadores do país asiático para discutir a habilitação sanitária de até 86 plantas

 

A busca pela abertura de novos mercados para exportação de carne bovina levou uma comitiva formada pelos principais frigoríficos do Brasil até o Vietnã, mercado que acaba de abrir suas portas para a proteína brasileira. Uma missão oficial brasileira esteve na capital, Hanói, na semana passada, após incursões feitas pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto às autoridades vietnamitas. Conforme informações obtidas pela Folha, representantes de 17 frigoríficos e empresas do setor, incluindo gigantes como JBS, Marfrig, Minerva e Masterboi, participaram das discussões diretas com mais de uma dezena de importadores. O objetivo, na prática, foi ampliar os canais de diálogo para obter uma resposta mais ágil do governo local aos pedidos brasileiros de habilitação sanitária para os exportadores. Atualmente, o governo do Vietnã avalia a solicitação de habilitação de 86 frigoríficos para exportação de carne bovina. Duas plantas da JBS foram aprovadas até agora, as unidades de Mozarlândia e Goiânia, ambas localizadas em Goiás. Carlos Fávaro comentou, na semana passada, a expectativa de abertura do Vietnã à carne bovina brasileira. "O mercado do Vietnã é um mercado que a gente buscava abrir há mais de 20 anos. Abriu em março. Duas plantas frigoríficas se habilitaram. Imagina se a gente se esforçar agora e habilitar 15, 20, 30 plantas frigoríficas. Amplia os mercados", afirmou. Além da habilitação de plantas, as empresas brasileiras também sugeriram, durante os encontros, a possibilidade de se negociar um Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e o Vietnã, com o objetivo de buscar a redução de tarifas. Hoje, países concorrentes do Brasil —como Austrália, Nova Zelândia, União Europeia, Rússia e Canadá—contam com vantagens tarifárias para acessar o mercado vietnamita. Em junho, o governo brasileiro anunciou o ingresso formal do Vietnã como país parceiro do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o qual tem sido tratado como inimigo pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Com uma população de quase 100 milhões de habitantes, o Vietnã tornou-se o décimo país parceiro do bloco, juntamente com Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

Folha de SP

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Balança comercial: exportações do Paraná somam US$ 13,2 bilhões em 2025

A soja em grão continua sendo o principal produto exportado e respondeu por 19,7% das vendas internacionais no período, chegando a uma receita de US$ 2,6 bilhões. Maior produtor e exportador nacional da proteína, o Paraná também comercializou US$ 2,07 bilhões em carne de frango in natura, que respondeu por 16% das exportações do Estado.

 

O Paraná liderou as exportações na região Sul entre janeiro e julho de 2025, somando US$ 13,2 bilhões de vendas para o exterior. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o Estado foi o quinto maior exportador do País no período. A soja em grão continua sendo o principal produto exportado pelo Paraná e respondeu por 19,7% das vendas internacionais no período, chegando a uma receita de US$ 2,6 bilhões. Maior produtor e exportador nacional da proteína, o Paraná também comercializou US$ 2,07 bilhões em carne de frango in natura, que respondeu por 16% das exportações do Estado. Outros destaques foram o farelo de soja (US$ 747,4 milhões), açúcar bruto (US$ 635,4 milhões), papel (US$ 470,2 milhões) e automóveis (US$ 441,1 milhões). Mais da metade (58,4%) das exportações paranaenses é composta por alimentos, que somaram uma receita de US$ 7,7 bilhões no período. O principal destino das mercadorias paranaenses é a China, que adquiriu quase US$ 3 bilhões do Estado entre janeiro e julho. Segundo principal mercado, as exportações para a Argentina tiveram um salto de 97,1% no período, ultrapassando US$ 1 bilhão. Na sequência estão os Estados Unidos (US$ 856,9 bilhões), ainda sem o efeito das tarifas impostas a partir de agosto, México (US$ 512,3 bilhões) e Paraguai (US$ 361,2 bilhões). Ainda segundo o levantamento, as exportações paranaenses de carne suína in natura totalizaram US$ 319,4 milhões nos sete primeiros meses de 2025. Esse valor é o maior para o período na série histórica disponível, que foi iniciada em 1997, representando aumento de 60,3% em relação ao acumulado de janeiro a julho de 2024. Nos últimos sete anos, as vendas de carne suína do Paraná para o mercado internacional saltaram 151%, de US$ 127,2 milhões nos primeiros sete meses de 2019 para US$ 319,4 milhões no mesmo intervalo de 2025. O aumento na receita é resultado principalmente do forte incremento de 100,9% do volume comercializado, que passou de 58,4 mil para 117,4 mil toneladas. Em termos de mercados, o Uruguai foi o destino de 17,8% das exportações estaduais de carne suína in natura, seguido por Hong Kong (17,5%), Argentina (16%), Singapura (14,4%) e Filipinas (12,8%). Essa diversidade de mercados demonstra a competividade e a qualidade da carne produzida no Estado. Outro destaque no comércio exterior paranaense foram as exportações de automóveis, que cresceram 76,6% nos primeiros sete meses, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As receitas do setor passaram de US$ 249,7 milhões de janeiro a julho de 2024 para US$ 441,1 milhões em 2025. O Paraná teve um saldo positivo de US$ 1,2 bilhão na balança comercial no período, com as importações somando quase US$ 2 bilhões. Os principais produtos que entram no Estado são os adubos e fertilizantes, que tiveram uma receita de US$ 1,8 bilhão no período. São seguidos pelas autopeças (US$ 805,3 milhões), óleos e combustíveis (US$ 800,4 milhões), produtos químicos orgânicos (US$ 790,7 milhões) e produtos farmacêuticos (US$ 659,1 milhões).

Agência Estadual de Notícias

 

Ministério da Agricultura tenta ampliar mercado para carne suína no Japão

Atualmente, apenas empresas de Santa Catarina podem exportar ao país, pois o Estado tem o reconhecimento de zona livre de aftosa sem vacinação desde 2007. Em 2024, as exportações de carne suína dos frigoríficos catarinenses ao Japão alcançaram 93,4 mil toneladas, alta de 131% em relação ao ano anterior

 

Uma missão do Ministério da Agricultura ao Japão nesta semana tentará avançar nas conversas para ampliar o mercado para a carne suína brasileira. Atualmente, apenas empresas de Santa Catarina podem exportar aos japoneses, pois o Estado tem o reconhecimento de zona livre de aftosa sem vacinação desde 2007. A tentativa é estender a autorização para Paraná e Rio Grande do Sul e superar “medidas protelatórias” do governo japonês. Em 2024, as exportações de carne suína dos frigoríficos catarinenses ao Japão alcançaram 93,4 mil toneladas, alta de 131% em relação ao ano anterior, com faturamento de US$ 312,5 milhões. O Estado detém a maior fatia dos embarques totais do segmento, com cerca de 55% das vendas para todos os destinos. No ano passado, o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas da proteína, das quais 791,3 mil toneladas saíram de Santa Catarina Rio Grande do Sul (280,4 mil toneladas) e Paraná (183,6 mil toneladas) aparecem na sequência no ranking de exportadores, o que reforça a importância de uma eventual abertura do mercado japonês para esses Estados. Em março deste ano, nas vésperas da viagem da comitiva brasileira liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, o Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca japonês (MAFF) enviou um questionário adicional ao Brasil relativo ao processo de análise de risco sanitário para a importação de carne suína do Paraná e Rio Grande do Sul. A autoridade japonesa afirma ter “priorizado a consolidação de informações” referentes ao mercado suíno nos dois Estados. No questionário, os japoneses solicitaram os documentos que o Brasil apresentou à OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) referentes ao sistema de vigilância sanitária para febre aftosa e peste suína clássica. Na oportunidade, a embaixada brasileira em Tóquio comentou, em comunicado enviado ao Itamaraty e ao Ministério da Agricultura, obtido pela reportagem, que a indicação reitera o “ímpeto protelatório japonês”. O documento avalia que a intenção dos japoneses, com o novo pedido, era “munir-se de argumentos para contrariar comentários sobre a morosidade do processo de análise”. A diplomacia avaliou ainda que a retórica japonesa é “calcada no apego ao processo formal de análise e à necessidade de dados científicos”. A mesma postura é adotada na tentativa de abertura do mercado de carne bovina para as exportações brasileiras, ressalta o texto. Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), afirmou que o Brasil vai reforçar aos japoneses o status de livre de febre aftosa sem vacinação, referendado pela OMSA, como argumento para expandir o mercado. “Essa condição nos permitiria vender para o Japão, além da carne com osso de Santa Catarina, também carne com osso e miúdos do Rio Grande do Sul e do Paraná. Esperamos que esse seja um passo positivo”, disse ao Valor. Ele ponderou que a decisão cabe ao governo do Japão, por meio da análise dos documentos que o Ministério da Agricultura tem enviado para lá para que as autoridades japonesas se sintam “seguras” para estender a habilitação aos dois Estados. O dirigente acompanha o secretário de Comércio e Relações Internacionais da Pasta, Luis Rua, nas agendas no país asiático. As primeiras exportações de carne suína de empresas catarinenses para o Japão foram realizadas em agosto de 2013, ainda como cargas comerciais de amostras. Nove plantas foram habilitadas em outubro daquele ano. Segundo o Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca japonês, atualmente são 27 plantas brasileiras autorizadas a exportar para lá.

Valor Econômico

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar tem leve alta em dia de baixa liquidez e novidades sobre impasse Brasil-EUA

O dólar à vista fechou em leve alta ante o real nesta segunda-feira, em sessão de baixa liquidez e vazia de indicadores, mas com noticiário movimentando no cenário doméstico e externo, o que incluiu novidades sobre o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos.

 

O dólar à vista fechou em alta de 0,18%, a R$5,4439. Às 17h13, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,19%, a R$5,472 na venda. Os movimentos do real foram pressionados pela força da moeda norte-americana no exterior durante todo o dia, mas permaneceram restritos a uma faixa estreita. Na cotação máxima do dia, o dólar atingiu R$5,4587 (+0,45%), às 12h13. Na mínima, a moeda alcançou R$5,432 (-0,04%), logo após a abertura. A oscilação entre a maior e a menor cotação do pregão foi de pouco mais de dois centavos de real. Os pequenos ganhos da divisa dos EUA ocorreram depois de uma semana em que a moeda recuou cerca de 2% em relação ao real, na esteira de um movimento de fraqueza global. "Hoje estamos aqui nitidamente em um dia de liquidez baixa por termos uma agenda fraca, natural que não haja tomada de posições mais contundentes", disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital. Os investidores pouco reagiram ao noticiário sobre a disputa comercial entre Brasil e EUA, com novidades fornecidas principalmente por uma entrevista concedida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à GloboNews. Haddad disse que o pacote do governo para ajudar empresas afetadas pela tarifa de 50% dos EUA deve incluir linhas de crédito, adiamento de cobrança de tributos, compras governamentais de produtos que seriam exportados e reformas estruturais para estimular vendas ao exterior. O ministro também informou que uma conversa com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que estava agendada para quarta-feira e na qual o governo esperava negociar a taxação sobre os produtos brasileiros, foi cancelada pelo governo norte-americano, atribuindo o resultado à articulação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Relatório de inflação ao consumidor dos EUA deve movimentar os mercados na terça-feira, com o foco nas apostas sobre os próximos movimentos do Federal Reserve. Já na frente geopolítica, o destaque será o encontro entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sexta-feira, conforme se intensificam as discussões para encontrar uma resolução que encerre a guerra na Ucrânia.

Reuters

 

Ibovespa fecha com declínio discreto em dia com ajustes e tombo de Braskem

O Ibovespa começou a semana com um declínio modesto, em pregão de ajustes, com Braskem na ponta negativa, enquanto Natura destacou-se na coluna de alta antes do balanço do segundo trimestre previsto para esta segunda-feira, após o fechamento da bolsa.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,14%, a 135.719,52 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 135.495,75 pontos na mínima e 136.307,33 pontos na máxima. O volume financeiro somava R$16,1 bilhões antes dos ajustes finais.

Reuters

 

Focus: Mercado reduz previsão de inflação este ano a 5,05% e vê superávit comercial menor em 2025 e 2026

Analistas consultados pelo Banco Central reduziram pela 11ª semana seguida a perspectiva para a inflação neste ano, ao mesmo tempo em que passaram a ver um superávit comercial menor tanto em 2025 quanto em 2026, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA este ano agora é de 5,05%, de 5,07% na semana anterior. Para 2026 a conta também caiu, a 4,41% de 4,43%. O IBGE divulga na terça-feira os dados do IPCA de julho, com expectativas em pesquisa da Reuters de alta mensal de 0,37% e taxa em 12 meses de 5,34%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não houve mudanças nas perspectivas para a taxa básica de juros, com a Selic estimada nos atuais 15% ao final de 2025 e em 12,50% em 2026. Em relação à balança comercial, os especialistas reduziram a projeção de superávit a US$65,0 bilhões e US$69,0 bilhões respectivamente neste ano e no próximo, de US$65,25 bilhões e US$70,79 bilhões no Focus anterior. O governo dos Estados Unidos impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, e o governo prepara um plano de contingência de apoio a empresas e setores afetados. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento no Focus caiu a 2,21% em 2025 e 1,87% em 2026, de 2,23% e 1,88% antes.

Reuters

 

Brasil e China trabalham em protocolo bilateral para certificar carne e soja

Acordo pretende facilitar o uso de certificações ambientais entre os dois parceiros globais quando os EUA impõem tarifas e miram os Brics

 

Em meio ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, Brasil e China trabalham na criação de um protocolo bilateral para certificação e rastreabilidade de produtos agropecuários, com foco central na exportação de carne e soja para o país asiático.

A Folha teve acesso a detalhes do plano que está em andamento. A ideia é estabelecer um mecanismo de reconhecimento entre os dois países para certificações ambientais e sistemas de rastreamento, permitindo que a venda de produtos brasileiros seja feita com selos de sustentabilidade —como “carne carbono neutro" e "soja de baixo carbono"— reconhecidos formalmente pelas autoridades e empresas chinesas. O protocolo bilateral prevê que os dois países alinhem metodologias para mensurar emissões, uso de solo, manejo ambiental e bem-estar animal. A intenção é que certificados brasileiros, como os desenvolvidos pela Embrapa —a exemplo dos selos Carne Carbono Neutro (CCN) e Carne Baixo Carbono (CBC)—, passem a ser aceitos pelas autoridades e empresas chinesas como prova válida de sustentabilidade. Uma vez que isso esteja validado, o que se espera é a abertura para novos tipos de acordos comerciais, facilitação de exportações, valorização de produtos e redução de barreiras não tarifárias. As medidas previstas incluem a integração entre sistemas digitais de rastreabilidade, uso de QR Codes com dados ambientais e compartilhamento de bases de dados. A proposta foi tratada durante a missão oficial do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) à China, realizada em junho, em discussões que envolveram os principais produtos da pauta exportadora brasileira ao país asiático. O grupo brasileiro também incluiu representantes da Embrapa e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O assunto foi tema de reuniões realizadas com órgãos como o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China e a Academia Chinesa de Ciências Agrárias, para estabelecer uma agenda técnica e de cooperação sobre sustentabilidade agrícola. O governo brasileiro também discutiu a iniciativa com membros da Universidade Agrícola da China, que tem foco em políticas públicas de incentivo à agricultura de baixo carbono, além de empresas como Syngenta China e Tencent, que usam tecnologias para rastreabilidade e medição de carbono. A estatal Cofco Meat Investment, um dos maiores grupos do setor alimentício na China, sinalizou interesse em estabelecer rotas de fornecimento de carne brasileira certificada como sustentável, com base nas metodologias da Embrapa e em sistemas de rastreabilidade ambiental já usados por frigoríficos no Brasil. O Brasil é o maior exportador de alimentos no mundo. A China, o maior consumidor. A carne bovina ocupa posição central nas negociações bilaterais, tanto pelo protagonismo nas exportações quanto pela preocupação ambiental com emissões de metano e uso da terra. Em 2024, os chineses compraram 51,3% da carne exportada pelo Brasil, enquanto os Estados Unidos, segundo maior comprador, ficaram com uma fatia de 8,1%. Em julho deste ano, pré-tarifaço americano, a participação chinesa saltou para 57%, enquanto a americana caiu para 4,7%, sendo passada pelo México (4,8%), conforme dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Em sua passagem pela China, a comitiva brasileira viu que algumas redes de supermercados chinesas já começaram a exigir que produtos de origem animal sejam obrigados a apresentar QR Codes com dados de rastreabilidade ambiental e pegada de carbono. Há o entendimento de que esse modelo tende a se tornar padrão na China, pressionando seus exportadores a se adaptar. A soja também é discutida como produto estratégico para o protocolo. Assim como no caso da carne, a expectativa do governo brasileiro é que esses protocolos passem a ser usados como instrumento de integração regulatória, antecipando exigências ambientais que possam se tornar mandatórias nos próximos anos. Uma visita técnica de autoridades chinesas ao Brasil está prevista para este ano, para verificar in loco as tecnologias e sistemas locais, para fechar o acordo. O fortalecimento dos negócios entre o Brasil e a China, além de outros parceiros dos Brics —bloco formado por 11 países, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul—, está no centro das queixas do presidente americano Donald Trump. O presidente Lula (PT) anunciou que está em contato com os presidentes de países do Brics para conversar sobre os diferentes apoios que eles podem dar em meio aos ataques e chantagens dos EUA contra o Brasil.

Folha de SP

 

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