CLIPPING DO SINDICARNE Nº 923 DE 11 DE AGOSTO DE 2025
- prcarne
- 11 de ago.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 923 | 11 de agosto de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi gordo acumula alta de R$ 12/@ desde o começo de agosto
“Após um julho turbulento, esperamos que o mercado siga firme, ao menos na primeira quinzena de agosto”, prevê o analista Felipe Fabbri, da Scot Consultoria. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de seis dias.
Com as seguidas altas registradas na arroba desde o começo de agosto/25, o boi gordo “comum” (sem padrão-exportação) negociado na praça paulista acumulou aumento de R$ 12/@ no período, fechando a semana valendo R$ 307/@, no prazo, informa o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria. “A oferta de boiadas, que até a última semana de julho teve aparente conforto, retraiu, principalmente para indústrias que não operam com confinamentos de parceiros ou próprios”, observa Fabbri, que acrescenta: “Após um julho turbulento, esperamos que o mercado siga firme, ao menos para o curto prazo (primeira quinzena de agosto)”. A demanda pela carne bovina vem ganhando força, tanto interna quanto externa, informa o analista. Segundo Fabbri, o consumo doméstico pela proteína vem melhorando, impulsionada pelo retorno às aulas, pelo pagamento dos salários do início de julho e pelo tradicional crescimento da demanda no Dia dos Pais, no domingo (10/8), com a expectativa de mais churrascos em família neste fim de semana. Os analistas da Agrifatto lembram que, ao longo desta semana, o mercado físico do boi gordo nas praças brasileiras oscilou entre dias de alta e estabilidade nos preços. “A demanda pontual de frigoríficos de menor porte, voltados majoritariamente ao mercado interno, tem contribuído para sustentar as cotações, limitando a margem de negociação das grandes indústrias”, observa a Agrifatto. Pelos dados apurados pela Agrifatto, o boi gordo “comum” e o “boi-China” estão cotados pelo mesmo preço na praça de São Paulo, a R$ 315/@ – ou seja, neste momento não há ágio para o animal com padrão-exportação. Os dados da Scot, porém, mostram uma premiação de R$ 5/@ para o animal com padrão-China de São Paulo, negociado por R$ 312/@, no prazo, ante R$ 307 do boi “comum”. Também na praça paulista, a vaca e a novilha gordas são negociadas hoje por R$ 278/@ e R$ 300/@, respectivamente, acrescenta a Scot. No mercado futuro, após dois dias seguidos de queda, os contratos do boi gordo voltaram operar em terreno positivo na quinta-feira (7/8). O papel com vencimento em agosto/25 encerrou o pregão da B3 cotado a R$ 316,05/@, com alta de 0,65% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (8/8), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha R$290,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. PARÁ: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$260,00 a arroba. Vaca: R$240,00. Novilha: R$245,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$265,00 por arroba. Vaca: R$240,00. Novilha: R$245,00. Escalas de abate de sete dias. PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de seis dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
SUÍNOS
Embarques de carne suína mantém alta de 12,9% em 2025
Receita acumulada no ano cresce 26,7%
As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 848,8 mil toneladas entre janeiro e julho de 2025, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 12,9% o total registrado no mesmo período de 2024, com 752,1 mil toneladas. Em receita, a alta acumulada é de 26,7%, com US$ 2,039 bilhões registrados nos sete primeiros meses de 2025, contra US$ 1,609 bilhão no mesmo período do ano anterior. Considerando apenas o mês de julho, foram exportadas 126,8 mil toneladas, número 8,3% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com 138,3 mil toneladas. Já em receita, houve crescimento de 2,2% no comparativo mensal, com US$ 316,1 milhões em julho deste ano, contra US$ 309,4 milhões no sétimo mês de 2024. Principal destino das exportações de carne suína, as Filipinas importaram em julho 31,5 mil toneladas, volume 15,8% maior em relação ao mesmo período do ano passado, com 27,2 mil toneladas. Em seguida estão o Chile, com 14,5 mil toneladas (+38,2¨%), China, com 11,9 mil toneladas (-39,4%), Japão, com 9,2 mil toneladas (-18,9%), Vietnã, com 6,7 mil toneladas (+20,5%), Singapura, com 6,1 mil toneladas (-45,7%), México, com 6,1 mil toneladas (+8,8%), Hong Kong, com 6,1 mil toneladas (-42,6%), Uruguai, com 5,3 mil toneladas (+6,7%) e Argentina, com 3,2 mil toneladas (+722,1%). Maior exportador de carne suína do Brasil, o estado de Santa Catarina embarcou 64,5 mil toneladas em julho, saldo 14,5% menor em relação ao ano anterior. Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 29,3 mil toneladas (-3%), Paraná, com 18,8 mil toneladas (+1,9%), Minas Gerais, com 3,4 mil toneladas (+4,1%) e Mato Grosso, com 2,8 mil toneladas (-27,3%).
ABPA
FRANGOS
Frango/Cepea: Preços iniciam agosto em alta; exportações voltar a crescer
Os preços da carne de frango vêm subindo neste início de agosto, refletindo o aquecimento da demanda, apontam levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, além do tradicional aumento no poder de compra (devido ao recebimento dos salários), o fim das férias escolares e o Dia dos Pais têm elevado a procura pela carne e, consequentemente, os valores da proteína avícola. Quanto às exportações, após dois meses seguidos em queda, o volume embarcado pelo Brasil voltou a crescer em julho. Dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea mostram que foram enviadas 399,6 mil toneladas de carne de frango (considerando-se produtos in natura e industrializados) em julho, 16,3% a mais que em junho, porém, 13,8% a menos que em julho/24. Pesquisadores ressaltam que este é o melhor resultado desde a confirmação de um caso de Influenza Aviária em uma granja comercial no município de Montenegro (RS), em maio.
Cepea
INTERNACIONAL
Brasil exporta volume recorde de carne bovina à Argentina
Embarques somaram 6,2 mil toneladas no primeiro semestre deste ano. Argentina enfrenta dificuldades com seu rebanho, diz analista
Em meio a uma crise na pecuária bovina argentina, as exportações brasileiras de carne para o vizinho sul-americano bateram recorde no primeiro semestre deste ano. Os embarques somaram 6,2 mil toneladas no período — um ano antes haviam alcançado 146,4 toneladas. “A Argentina é um grande produtor de carne, mas é um grande produtor de carne que vem enfrentando dificuldades no seu rebanho e deve seguir assim pelo menos pelos próximos dois anos”, afirma o coordenador de Mercados da Safras & Mercado, Fernando Iglesias. De acordo com dados do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar argentino (Senasa), o rebanho de bovinos do país apresentou queda de 5% entre os anos de 2017 e 2024, para 51,62 milhões de cabeças, reflexo tanto de problemas climáticos quanto de crises econômicas na Argentina. “Mantendo esse ritmo, o rebanho de bovinos na Argentina vai ficar abaixo de 50 milhões de cabeças este ano”, estima Iglesias. Consequentemente, o volume de abate de bovinos na Argentina também caiu nesse período, atingindo 13,924 milhões de cabeças em 2024. O número foi 4,1% inferior ao registrado no ano precedente, o que levou o consumo per capita de carne bovina na Argentina ao segundo menor patamar da história em 2024 — 47,7 quilos ao ano —, segundo dados da Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (Ciccra). “A seca persistente e intensa que terminou em 2023 acelerou o envio de animais para abate e afetou o ciclo de gestação e parto, o que resultou em menor abate de bezerros em 2024. Ao mesmo tempo, a recuperação das pastagens favoreceu a recria no campo e atrasou a conclusão do rebanho para envio ao abate ao longo do ano”, aponta a Câmara em relatório. A queda na oferta de animais para abate fez os preços da carne bovina subirem na Argentina. Só no primeiro semestre, a alta acumulada foi de 58,8%. A valorização do produto puxou também os preços de outras carnes no mercado argentino. A suína teve alta de 62% e a de frango subiu 48,2% nos seis primeiros meses de 2025, segundo dados do Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA). Diante desse cenário, as exportações das demais proteínas do Brasil para a Argentina também cresceram no acumulado do primeiro semestre deste ano. Foram 28,75 mil toneladas de carne suína (alta de 576,6%), e 10,54 mil toneladas de carne de frango (incremento de 282,6%). “A Argentina está passando por uma melhora do poder de compra da população e vê o Brasil muito competitivo. Por isso, eles estão comprando mais carne brasileira e provavelmente vão continuar comprando porque a carne bovina está com preços muito altos em diversos países do mundo”, avalia Iglesias, da Safras & Mercado.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Indústria paranaense foi a segunda que mais cresceu no 1º semestre de 2025, aponta IBGE
Entre janeiro e junho, houve um avanço de 5,2% na produção do setor em relação aos seis primeiros meses do ano passado. A variação foi mais de quatro vezes maior do que a média nacional para o mesmo período, de apenas 1,2%.
A indústria do Paraná acumulou o segundo maior crescimento do Brasil no 1º semestre deste ano, segundo os dados da nova Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta sexta-feira (8). Entre janeiro e junho de 2025, a produção industrial aumentou 5,2% no Estado em relação ao mesmo período do ano passado, uma variação mais de quatro vezes superior à média nacional, que foi de apenas 1,2%. Entre as Unidades da Federação, o desempenho do Paraná só ficou abaixo do registrado pelo Pará no ano, cujo crescimento foi de 6,9%. O índice também superou com folga o desempenho de outros estados com forte presença industrial, como Santa Catarina (4,4%), Rio de Janeiro (2,5%), Minas Gerais (2%) e São Paulo (-2,1%). Diferentemente de outros estados, que possuem alta dependência do segmento extrativista, a indústria paranaense é totalmente voltada à transformação. Os principais reflexos disso são o aumento no valor agregado da produção – como por exemplo a agroindústria – e a criação de empregos mais qualificados, com maior remuneração média aos trabalhadores. As indústrias ligadas à fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos tiveram, de longe, a maior variação positiva no 1º semestre do ano entre os segmentos analisados pelo IBGE: 55,2%. Os outros aumentos em volume de produção foram registrados nos setores de veículos automotores, com 15,4%, produtos químicos (12,5%), máquina e equipamentos (11,2%), produtos de metal (6%), móveis (5,5%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,1%) e produtos de minerais não metálicos (4%). O bom desempenho anual no Paraná ocorreu após mais um mês de alta na produção. Em junho, a produção da indústria paranaense cresceu 1,4% em relação a maio, ante uma variação de apenas 0,1% em nível nacional. No comparativo com junho de 2024, a variação foi ainda maior (2,8%) na contramão do Brasil, que registrou queda de 1,3% no mesmo intervalo de tempo. O segmento com melhor desempenho no comparativo de junho de 2024 com junho de 2025 foi, novamente, o das indústrias de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, cuja variação foi de 183,3%, quase o dobro do volume de produção. Também houve crescimentos expressivos na fabricação de produtos de borracha e material plástico (15%), máquinas e equipamentos (11,9%), produtos químicos (9,9%) e veículos automotores (6,8%). No acumulado dos últimos 12 meses analisados pelo IBGE, a produção industrial aumentou 6% no Paraná, o terceiro melhor resultado do País, atrás do Pará, com 8,4%, e de Santa Catarina, com 6,2%. A Pesquisa Industrial Mensal Regional produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Ela apresenta, mensalmente, índices para 17 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 0,5% no total do valor da transformação industrial nacional e para a região Nordeste como um todo.
Agência Estadual de Notícias
Com tarifaço americano, Oriente Médio quer ser opção para exportação do agronegócio
Com as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, os países árabes querem se tornar uma alternativa estratégica promissora para as exportações do agronegócio brasileiro. Segundo a Times Brasil, uma análise da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira revela o potencial de redirecionamento dos fluxos comerciais e a expansão da parceria entre o Brasil e os 22 países da Liga Árabe.
A decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros – uma sobretaxa de 40% adicionada à alíquota de 10% vigente desde abril – forçou a busca por novos mercados. O objetivo brasileiro é duplo: mitigar os impactos dessa nova tarifa e ampliar a parceria comercial com os países árabes. A Câmara Árabe-Brasileira mapeou 13 produtos que, apesar de serem os principais exportados para os Estados Unidos nos últimos cinco anos, agora poderiam ter suas vendas direcionadas ou ampliadas para o mercado árabe. Café verde representa uma das maiores oportunidades. Enquanto os Estados Unidos cobram 50% sobre o produto brasileiro, ele chega aos países árabes com tarifa zerada. Em 2024, o Brasil exportou US$ 513,83 milhões em café não torrado para o mercado árabe, comparado aos US$ 1,896 bilhão para os Estados Unidos. Há potencial de expansão para Arábia Saudita, Kuwait e Argélia. Apenas a Arábia Saudita, que importou US$ 400 milhões em café em 2024, adquiriu somente US$ 49,12 milhões do Brasil, indicando vasto espaço para crescimento. Carne bovina também se destaca, com alíquotas árabes variando de zero a 6% para carne congelada, muito abaixo dos 50% do mercado americano. Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita podem ampliar significativamente suas compras da proteína brasileira. O Egito, por exemplo importou US$ 927,12 milhões em carne bovina em 2024, sendo apenas US$ 273,07 milhões do Brasil. No último ano, o Brasil exportou US$ 1,211 bilhão de carne bovina para os países árabes, superando os US$ 885 milhões exportados aos Estados Unidos. Açúcar chega ao mercado árabe com tarifa de zero a 20%, enquanto os Estados Unidos cobram 50%. O produto foi um dos itens mais vendidos ao mercado árabe em 2024. Outros produtos com potencial incluem semimanufaturados de ferro ou aço, madeira de coníferas, petróleo refinado e máquinas como bulldozers e carregadoras – todos com tarifas árabes significativamente menores que as americanas. As Emirados Árabes Unidos, Egito e Arábia Saudita são os principais importadores de produtos brasileiros. A Câmara Árabe sugere atenção especial ao Egito (devido ao acordo comercial vigente com o Mercosul), Argélia (país populoso com alta demanda), Iraque e Líbia (economias petrolíferas com liquidez). Para 2025, a expectativa é de estabilidade a leve crescimento nas vendas para a Liga Árabe. Embora não haja estimativa exata de quanto será redirecionado dos Estados Unidos, parte desse volume pode ser absorvida ainda este ano, especialmente carne bovina e café.
Gazeta do Povo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem leve alta após cinco baixas seguidas e com impasse Brasil-EUA em foco
O dólar fechou em leve alta nesta sexta-feira, interrompendo uma sequência de cinco pregões seguidos de perdas, conforme os investidores ajustaram posições vendidas na moeda norte-americana em meio à incertezas sobre o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos.
O dólar à vista fechou em alta de 0,2%, a R$5,43415. Na semana, a moeda acumulou baixa de 2%. Às 17h20, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,34%, a R$5,467 na venda. O real oscilou em uma faixa bastante estreita durante a maior parte do dia, ganhando tração somente na última hora de negociação, quando o dólar passou a pressionar a moeda brasileira de forma mais significativa. As perdas da divisa do Brasil ocorreram ao fim de uma semana positiva, com três sessões de altas acentuadas frente ao dólar, conforme investidores mostraram maior alívio diante das tentativas do governo brasileiro de negociar com Washington a tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump. As expectativas estão em torno de conversa na próxima semana entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e do anúncio de um plano de contingência para ajudar empresas brasileiras atingidas pela tarifa de Trump. As apostas crescentes de que o Federal Reserve deve cortar a taxa de juros a partir de setembro também têm favorecido o real, além de outras moedas emergentes, principalmente por conta do elevado diferencial de juros entre Brasil e EUA, com a taxa Selic agora em 15%. "Mercado está em um ponto de muita dúvida e os investidores estão reticentes em vender o real por conta do 'carry trade'. Ainda estão com apetite por risco e dispostos a fazer o dinheiro trabalhar, com o Brasil sendo um atrativo", disse João Piccioni, CIO da Empiricus Asset. Na cotação máxima do dia, o dólar atingiu R$5,44261 (+0,35%), já na última hora de negociação. A mínima do pregão, a R$5,4152 (-0,35%), foi atingida às 10h37. No cenário externo, os agentes financeiros também acompanham a perspectiva para a guerra entre Ucrânia e Rússia, à medida que Trump e sua equipe trabalham ativamente para tentar alcançar uma resolução ao conflito. Autoridades russas e norte-americanas já indicaram que pode haver um encontro entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, na próxima semana, o que seria um ponto de atenção relevante para os mercados globais. O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,32%, a 98,287.
Reuters
Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, após quatro altas seguidas, com Petrobras recuando forte após resultado trimestral e dividendos aquém de previsões do mercado, enquanto Braskem figurou na ponta positiva em meio a expectativas envolvendo venda de ativos na petroquímica.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,45%, a 135.913,25 pontos, tendo marcado 135.658,71 pontos na mínima e 136.761,09 pontos na máxima do dia, em dia de noticiário corporativo intenso. O volume financeiro somou R$25,37 bilhões. Na semana, o Ibovespa ainda acumulou um ganho de 2,62%. Além de Petrobras, uma bateria de balanços -- divulgados principalmente após o fechamento do mercado na quinta-feira -- e teleconferências sobre os resultados ocupou as atenções e fez preço nas ações nesta sexta-feira. Papéis de empresas como Rumo, Azzas 2154, Lojas Renner e Magazine Luiza tiveram quedas pronunciadas, enquanto outros nomes, como Petz e Vivara, avançaram bem, após divulgarem o desempenho do segundo trimestre e executivos conversarem com analistas e imprensa sobre os números e perspectivas. Ainda no radar dos investidores da bolsa paulista, a MSCI publicou na véspera o rebalanceamento de determinados índices, com as mudanças passando a valer no fechamento do dia 26 de agosto. No MSCI Brazil, entraram os papéis da Porto Seguro e saíram as ações da Natura. Mais uma vez, a bolsa paulista descolou de Wall Street, onde o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 0,78%, apoiado em expectativas de que o Federal Reserve deve cortar em breve os juros da maior economia do mundo.
Reuters
IPPA/CEPEA: Preço ao produtor agropecuário sobe 18% no 1º semestre
Avanço fica bem acima do registrado para Índice da FAO
Os preços pagos aos produtores agropecuários apresentaram forte avanço no primeiro semestre de 2025. Segundo cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o IPPA/Cepea (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) cresceu 18,4% no primeiro semestre deste ano frente ao mesmo período de 2024. O avanço do IPPA/Cepea ficou bem acima do registrado para os preços internacionais dos alimentos (FMI Food & Beverage Index – em US$), que subiram apenas 0,2% no primeiro semestre de 2025. No mesmo período, os industriais (IPA-OG-DI produtos industriais) registraram alta de 5,6% e a taxa de câmbio (R$/US$) se valorizou 13,2%. De acordo com pesquisadores do Cepea, a elevação do IPPA/Cepea no início deste ano está relacionada às fortes altas observadas para o IPPA-Cana-Café/Cepea, de 32,6%, para o IPPA-Pecuária/Cepea, de 27,3%, e para o IPPA-Grãos/Cepea, de 8,9%. Já o IPPA-Hortifrutícolas/Cepea apresentou baixa no primeiro semestre de 2025, de 12,4%. No caso do IPPA-Cana-Café/Cepea, o avanço do Índice se deve especificamente às expressivas altas do café nos três primeiros meses de 2025, já que houve queda de 1,6% no segundo trimestre deste ano. Vale lembrar que levantamento do Cepea mostrou que o café foi negociado no mercado brasileiro a patamares recordes reais no primeiro trimestre de 2025, impulsionados pela oferta limitada do grão, pelos estoques apertados por conta da menor produção no Brasil e no Vietnã, pela demanda internacional firme e por projeções que indicavam uma safra 2025/26 ainda pequena. No caso da cana, houve estabilidade (0,4%) entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2024. Para o IPPA-Pecuária/Cepea, todos os produtos que compõem o Índice subiram no primeiro semestre de 2025: arroba bovina (36%), suíno (29,6%), leite (16,6%), ovos (16,5%) e frango (15%). Quanto ao IPPA-Grãos/Cepea, o Índice foi influenciado pelas valorizações observadas para o algodão (5,6%), milho (27,7%), soja (4,4%) e trigo (13,7%). Já para o arroz, as cotações recuaram com certa força no primeiro semestre, expressivos 26,3%. Já para o IPPA-Hortifrutícolas/Cepea, observa-se queda de 12,4% no Índice, o que se deve às retrações observadas para a batata (de significativos -51,3%), tomate (-20,5%), banana (-20,2%) e uva (-2,7%). Para a laranja, foi registrada estabilidade (0,1%). IPPA X PREÇOS INTERNACIONAIS – Pesquisadores do Cepea indicam que o IPPA/Cepea nominal apresenta expressiva aderência com o FMI Food & Beverage Index (em R$) entre 2001 e 2025, sendo um indicativo forte da vigência da Paridade Preços Internacionais (PPI) entre os preços aos produtores agropecuários do Brasil e a média desses preços praticados no mercado internacional internalizados. Em determinados subperíodos, observam-se desvios moderados entre essas séries, possivelmente causados pela rigidez nos processos de ajuste de mercado. Por exemplo, em 2024, o IPPA/Cepea nominal foi superado pelo FMI Food & Beverage Index (em R$). Após iniciar 2025 em aceleração, o IPPA/Cepea nominal perdeu ritmo no último trimestre, o que se refletiu em queda de 2% entre os dois primeiros trimestres de 2025. Em paralelo, o FMI Food & Beverage Index (em R$) manteve tendência de desaceleração desde o início do ano, com recuo de 7,6% entre os trimestres.
IPPA/Cepea
Após tombo, produção da agroindústria teve ligeira alta em maio
Segmento de produtos alimentícios registrou sozinho um crescimento de 2,1%. Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo FGV Agro, registrou aumento de 0,1% em maio na base anual
A produção da agroindústria brasileira teve um ligeiro crescimento em maio, depois de sofrer um tombo em abril, sustentada pela maior produção de alimentos e bebidas, enquanto as indústrias de produtos não alimentícios tiveram em geral desempenho negativo. O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo FGV Agro, registrou aumento de 0,1% em maio na base anual. O segmento de produtos alimentícios registrou sozinho um crescimento de 2,1%. A produção da indústria de alimentos de origem animal subiu 3%, apesar das restrições comerciais que ainda estavam em vigor contra a carne de frango brasileira, depois do caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS). Mesmo a indústria nacional de aves não sofreu com a crise sanitária naquele mês. Segundo o FGV Agro, a produção de aves e suínos teve expansão anual de 4,5%. A indústria de alimentos de origem vegetal teve um crescimento mais modesto, de 0,3%, reflexo da queda na produção de conservas e sucos, arroz, trigo, açúcar e, sobretudo, café. No segmento de bebidas, a produção cresceu 3,4%, puxada por bebidas não alcoólicas. A produção do segmento não alimentício recuou de forma agregada 2,4%, refletindo uma retração de 36,7% na produção de biocombustíveis no país. Segundo o FGV Agro, essa queda decorreu da menor produção de etanol de cana-de-açúcar. O volume de colheita e a concentração de sacarose na planta estão menores nesta safra, como resultado da seca e dos incêndios em 2024. Com isso, as usinas ainda estão priorizando a produção de açúcar. De acordo com o centro de estudos, ainda que a produção de etanol de milho tenha crescido, ela não compensou integralmente a redução da fabricação de etanol a partir da cana. Já as outras agroindústrias dentro do segmento não alimentício tiveram um desempenho em geral positivo, com destaque para a indústria de insumos agropecuários, cuja produção subiu 24%, a décima expansão consecutiva. No caso do mês de maio, houve ainda um efeito de uma base de comparação menor no segmento de tratores e máquinas, impactado pelas enchentes no Rio Grande do Sul um ano atrás.
Globo Rural
Índice de Preços de Alimentos da FAO sobe em julho devido ao aumento nos preços da carne e dos óleos vegetais
O Índice de Preços de Alimentos da FAO (FAO Food Price Index – FFPI) registrou média de 130,1 pontos em julho de 2025, um aumento de 2,1 pontos (1,6%) em relação a junho.
Embora os subíndices de cereais, laticínios e açúcar tenham caído, essas quedas foram mais do que compensadas pelas altas nos índices de carne e óleos vegetais. No geral, o FFPI ficou 9,2 pontos (7,6%) acima do nível de julho de 2024, mas ainda 30,1 pontos (18,8%) abaixo do pico registrado em março de 2022. O Índice de Preços da Carne da FAO atingiu média de 127,3 pontos em julho, alta de 1,5 ponto (1,2%) em relação a junho e de 7,3 pontos (6,0%) em relação a julho de 2024, alcançando um novo recorde histórico. O aumento foi impulsionado principalmente pela elevação dos preços da carne bovina e ovina, acompanhada de uma leve alta nas cotações da carne de aves, enquanto os preços da carne suína recuaram. Os preços globais da carne bovina atingiram um novo recorde, sustentados por cotações mais altas na Austrália, impulsionadas por forte demanda de importação — especialmente da China e dos Estados Unidos — que superou a oferta disponível para exportação. A robusta demanda global também contribuiu para preços mais firmes no Brasil. Os preços da carne ovina subiram significativamente pelo quarto mês consecutivo, refletindo a oferta limitada de exportações da Oceania em meio a uma demanda global persistente. Os preços da carne de aves tiveram uma leve alta, apoiados pelo aumento das cotações de exportação do Brasil após a flexibilização de restrições e a retomada gradual das importações por vários parceiros comerciais importantes, depois que o país recuperou o status de livre de influenza aviária de alta patogenicidade (HPAI) em meados de junho. Em contrapartida, os preços da carne suína caíram, principalmente devido à redução das cotações na União Europeia, onde a ampla oferta doméstica coincidiu com um interesse global de compra mais fraco.
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