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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 918 DE 04 DE AGOSTO DE 2025

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 918 | 04 de agosto de 2025                              

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Mercado do boi gordo inicia agosto com cotações estáveis

Em São Paulo, os valores permaneceram inalterados em todas as categorias de bovinos. Na região Noroeste do Paraná, foi observada estabilidade nos preços. As escalas de abate, segundo a consultoria, “atendiam, em média, a sete dias”.

 

O primeiro dia de agosto foi marcado por estabilidade nas cotações do boi gordo em diversas regiões do país, conforme análise publicada na sexta-feira (1) no informativo “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria. O levantamento apontou que tanto compradores quanto vendedores mantiveram postura retraída no início do mês, o que contribuiu para a manutenção dos preços. Em São Paulo, os valores permaneceram inalterados em todas as categorias de bovinos. A consultoria informou que “as escalas de abate atendiam, em média, a sete dias”. No Acre, o mercado apresentou queda de R$ 5,00 por arroba nas cotações das fêmeas. Para o boi gordo, entretanto, os preços seguiram estáveis. Não houve referência de negociação para o chamado “boi China” no estado. Na região Noroeste do Paraná, também foi observada estabilidade nos preços. As escalas de abate, segundo a consultoria, “atendiam, em média, a sete dias”. Situação semelhante foi registrada em Alagoas, onde as cotações se mantiveram sem alterações. Assim como no Acre, não houve referência para o “boi China”. A Scot Consultoria também destacou os dados da liquidação do contrato futuro do boi gordo com vencimento em julho de 2025 (código BGIN25), encerrado no último dia útil de julho (31/7). Segundo o indicador da B3, a cotação da arroba ficou em R$ 293,54. O indicador do Cepea apontou o valor de R$ 293,50 por arroba, enquanto o da própria Scot Consultoria foi de R$ 294,45.

Scot Consultoria

 

Queda no preço do boi em praças importantes

Segundo a Safras & Mercado, a queda foi generalizada

 

Em são Paulo a queda foi de 3,23% frente o final de junho passado, passando de R$ 310 para R$ 300. Em goiás (Goiânia), o recuo foi de 3,39%, passando de R$ 295 em junho para R$ 285. No Mato Grosso do Sul (Dourados), queda de 1,61% no preço, passando de R$ 310 para R$ 305. Em Mato Grosso (Cuiabá), redução de 6,35% na cotação, passando de R$ 315 em junho para R$ 295. Em Rondônia (Vilhena), redução de 3,64% passando de R$ 275 em junho para R$ 265.

Agência Safras

 

CARNES

 

Resultados do frango, boi e suíno vivos em julho e nos sete primeiros meses de 2025 

Em julho, os preços do boi e suíno vivos sofreram retração em relação ao mês anterior, com perda maior para o boi em pé, cuja cotação recuou mais de 4%, menor valor dos últimos 10 meses. No suíno o recuo foi de 0,62%, prevalecendo a estabilidade que tem marcado o setor desde o início do ano, com variação de não mais que 7% entre preços mínimo e máximo.

 

Os preços do frango apresentaram evolução, aumentando praticamente 5% em relação ao mês anterior. Algo que – sem dúvida – surpreende, visto que o frango tem sido o único dos três a permanecer na berlinda, em decorrência do episódio de IAAP na avicultura comercial. O aumento de julho representa uma recuperação dos baixos preços enfrentados no mês de junho, ocasião em que a cotação do produto sofreu fortíssimo recuo. Tanto que, a despeito da alta, ainda permanece com uma das menores cotações do ano. Tais baixas se refletem na variação anual. Assim, se em abril passado o frango vivo chegou a registrar variação de 25% em relação ao mesmo mês do ano anterior, em julho essa variação foi reduzida para apenas 13,21%. O mesmo efeito foi observado na carne suína, cuja ganho anual (nas mesmas bases) recuou de 29% em abril para menos de 11% em julho. O ganho maior continua concentrado no boi em pé, já que sua cotação atual vem sendo mais de 30% superior à de um ano atrás. Isso tudo se repete, quase nas mesmas proporções, quando consideradas as médias dos sete primeiros meses de 2025. Considerado o mesmo período de 2024, a cotação do boi aumentou mais de 35%, a do suíno perto de 24% e a do frango vivo 15%, aproximadamente.

Cepea/Scot Consultoria

 

FRANGOS

 

Preço da carne de frango recua em julho, mas se mantém acima do registrado em 2024

A avaliação do Cepea reflete a interrupção de exportações de ovos do Brasil em maio, depois de detectado caso de gripe aviária. Apesar de os preços em julho estarem abaixo da média, ainda demonstram valorização maior no varejo do que em 2024

 

Os preços médios da carne de frango caíram pelo terceiro mês seguido em julho, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Apesar disso, a retração foi menos intensa do que nos meses anteriores, desde que parceiros comerciais impuseram restrições às exportações brasileiras após a confirmação de um caso de gripe aviária em granja comercial de Montenegro (RS), em maio. Ainda assim, as cotações da carne no último mês superaram, em termos reais, os valores registrados em julho de 2024. No mercado de frango vivo, houve alta nos preços tanto em relação a junho quanto ao mesmo período do ano passado. Segundo o Cepea, a valorização está ligada à retomada gradual das exportações brasileiras para mercados importantes como África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Hong Kong e Vietnã, o que vem contribuindo para a recuperação do setor.

Globo Rural

 

EMPRESAS

 

Minoritários aprovam fusão da BRF e Marfrig: maior adesão em voto à distância definiu desfecho da AGE

Operação será efetivada, se não houver surpresa no fronte regulatória; Cade pode limitar direitos da Salic 

 

Ao que tudo indica, a assembleia extraordinária para votar a fusão da BRF e Marfrig vai enfim acontecer na terça-feira, em sua terceira convocação, e com aprovação da operação. A companhia acaba de publicar o boletim de voto à distância, que define que a gigante do frango e a gigante do bife vão se unir. A BRF, que tinha divulgado o resultado de votação à distância em 16 de junho, teve que refazer o processo depois de dois adiamentos da AGE e da divulgação de informações adicionais solicitadas por investidores sobre a transação. Desta vez, o mapa computa 549 milhões de ações, acima das 382 milhões de junho. Votaram pela aprovação 43,8%, abstiveram-se 36,15% e 17,43% rejeitaram a fusão - neste grupo, há agora participação das ADRs, que não tinham chegado a se manifestar na outra data. As ADRs rejeitaram por maioria (56%), o que já era esperado pela companhia, dado que o programa de depósitos de ações vai se encerrar com a fusão e já vinha encolhendo (desde o anúncio da operação, foi reduzido em 35%). Considerando apenas os votos válidos, a aprovação entre os minoritários é de 71,5%. Os votantes já representam 90% das ações que não estão com controlador ou tesouraria. Isso significa que, mesmo se todos os demais minoritários votarem contra na assembleia, o desfecho não muda: a fusão é aprovada. A participação presencial não deve chegar à totalidade entre esses remanescentes: dos 10% restantes, cerca de 1% do capital se inscreveu para a assembleia (o que pode ter algum ajuste até o fim de domingo, quando se encerra o prazo). Desde que a operação foi anunciada, a Marfrig aumentou sua posição no capital da BRF de 50,7% para 58,87%, reduzindo a fatia em circulação no mercado. Molina também investiu pesado, aumentando sua fatia em Marfrig nesse meio tempo com alguns bilhões de reais de alavancagem pessoal. O resultado da equação em que o free float de BRF diminuiu, mais acionistas minoritários votaram, com mais votos válidos e maior percentual de aprovação só pode ser afetada agora se houver algo extraordinário, no fronte regulatório ou judicial. Mas os oponentes já foram ficando pelo caminho. A Previ vendeu todas as suas ações na BRF, se desfazendo de um ativo que tinha há quase 30 anos na carteira, e o investidor Alex Fontana, que representava o pai, também se desfez da posição - ele peticionou uma desistência da ação judicial, informando que não é mais acionista. Ficou a Latache, fundo que comprou ações da BRF após o anúncio da fusão e recorreu ao Cade para questionar a operação, dizendo que haverá concentração de mercado - uma abordagem atípica para um acionista. Há ainda o questionamento da concorrente Minerva no Cade. A fusão já foi aprovada pela Superintendência do órgão, mas a Minerva entrou como terceira interessada dentro do período de eventual manifestação do Tribunal do Cade. Nesse meio tempo, assumiu o novo presidente da autoridade antitruste, Gustavo de Lima, que agora recomenda uma mudança no procedimento de análise de fusão - que foi aprovada em rito sumário e ele avalia que o curso apropriado seria tratar como um caso de complexidade maior, em rito ordinário. Lima também quer ouvir a Salic, fundo árabe que é acionista de BRF e da Minerva e é apontado por esta como um potencial ponto de conflito de interesse. Ele assumiu o Cade em 14 de julho e a aprovação pelo rito sumário da fusão de Marfrig e BRF foi em 4 de junho. Essa discussão processual no Cade, no entanto, não afetaria o andamento da assembleia, no entendimento de pessoas próximas às empresas, que descartam um risco de novo adiamento da AGE. Também há um entendimento de que a operação em si não seria afetada. Pelo andar da carruagem, o órgão deve se concentrar nos poderes da Salic. Quando o fundo investiu em BRF, por já ter posição em Minerva na época, ficou com direitos suspensos como acionista da empresa até o aval do Cade. Fontes envolvidas no tema avaliam que um dos caminhos pode ser uma restrição nessa participação - caso tenha assento em conselho, a Salic não poderia participar de debates sobre a estratégia de carne bovina, por exemplo. Mas o fundo tem sido um acionista passivo. Tudo mais constante, depois da AGE, correm os 30 dias de direito de recesso, e nasce a MBRF.

Valor Econômico

 

INTERNACIONAL

 

México desbanca EUA e já é segundo maior comprador de carne brasileira

Exportação para o mercado mexicano cresceu 423% entre janeiro e junho, enquanto venda para os Estados Unidos caiu no período; Chile também desponta

 

As exportações brasileiras de carne bovina dão sinais de que, em meio à queda acentuada registrada pela sobretaxa imposta pelo presidente Donald Trump já estão migrando para outros destinos. A principal evidência desse movimento vem do México. Até 28 de julho, os dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) apontam que o setor, enquanto registra um volume histórico de exportação global, vê a queda de vendas aos norte-americanos e a entrada de novos países no topo da lista dos principais compradores. O México, que até o ano passado sequer figurava na lista dos dez maiores importadores da carne brasileira, acaba de ultrapassar as compras feitas pelos Estados Unidos, ficando em segundo lugar do ranking, só atrás da China, que também segue em expansão. Em abril, quando o presidente Donald Trump impôs uma taxa global de 10% sobre produtos que entram nos EUA, o país tinha chegado ao recorde de importação da carne brasileira. Foram gastos US$ 229 milhões naquele mês, para comprar 44,2 mil toneladas da proteína. Em junho, esse volume despencou para 13,5 mil toneladas e US$ 75,4 milhões, refletindo não apenas a tarifa já em vigor, mas também a ameaça de que o índice poderia subir para 50%. No mês passado, o problema se acentuou. Os EUA gastaram, entre 1º e 28 de julho, US$ 68,7 milhões, para adquirir 12,3 mil toneladas da carne brasileira. Trata-se de uma queda abrupta de 70% em relação a abril. Em linha diametralmente oposta, o México despontou como um dos maiores destinos da produção brasileira. O país, que em janeiro deste ano havia comprado apenas 3,1 mil toneladas de carne, saltou para 11 mil toneladas em abril e fechou junho com o volume histórico de 16,2 mil toneladas, um aumento de 423% em apenas seis meses. Entre 1º e 28 de julho, o resultado seguiu acelerado, com o México já tendo gastado US$ 69 milhões com carne brasileira, superando ligeiramente os EUA (US$ 68,7 milhões). Em volume, a quantidade ficou equivalente, com 12,3 mil toneladas pelo importador americano e 12,1 mil toneladas pelo lado mexicano. A reviravolta no mercado também é puxada pelo Chile, que saiu de US$ 45 milhões em importação de carne brasileira em janeiro para chegar a US$ 47 milhões em abril e, em julho, atingir mais de US$ 66,5 milhões, muito próximo, portanto, de México e Estados Unidos. A China, que importa mais da metade da carne brasileira vendida ao exterior, segue expandindo a sua participação. Em junho, os chineses desembolsaram US$ 740 milhões. Entre 1º e 28 de julho, o saldo já chega a mais de US$ 732 milhões, para comprar 132 mil toneladas da proteína. Trata-se do segundo maior volume de compras mensais da história. O mês de julho, ainda que considerados apenas os dados obtidos até o dia 28, já é o mês de recorde de exportação de carne, com movimentação de US$ 1,352 bilhão no período. Essa cifra mensal, que já superou o resultado de junho (US$ 1,313 bilhão), é a maior da última década. O resultado de julho, se comparado ao mesmo mês do ano passado, é de ao menos 30% de alta.

Folha de SP

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Governo e agro se reunirão para discutir apoio a quem está sob tarifaço

Encontro está previsto para segunda-feira (4/8), com participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro

 

O Governo federal e setores do agronegócio sujeitos ao tarifaço dos Estados Unidos se reunião na segunda-feira (4/8) para discutir medidas de apoio e redução de eventuais danos. Do Poder Executivo, devem participar o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Executivos de quatro segmentos foram chamados para um encontro “reservado e estratégico”. Foi convidado um representante de cada área para o encontro presencial com os ministros: café, pescados, frutas e carne bovina, confirmou a reportagem. Algumas lideranças receberam o convite diretamente de Alckmin. Quem ficou de fora da lista de exceções e será taxado em 50% a partir do dia 6 de agosto espera por medidas de socorro. O pacote pode incluir crédito para exportação, conforme mencionado por representantes do agronegócio durante a semana. O setor de pescados foi o primeiro a solicitar, formalmente, R$ 900 milhões em financiamentos subsidiados para capital de giro das empresas. Exportadores de café mantêm a expectativa de o produto passar para a lista de exceções. A intenção é buscar a negociação bilateral com “censo em urgência” e foco na pauta econômica, disse uma fonte do setor.  Na sexta-feira (1/8), exportadores de frutas foram avisados que alguns itens também poderão ficar isentos. Informações de pessoas a par das tratativas nos EUA dão conta de que a manga, principal produto do setor exportado para lá, pode ser excluída das sobretaxas de forma geral, não apenas para o Brasil. O cacau também pode ser contemplado pela medida. Entre produtores brasileiros ainda há dúvidas se a exceção, se confirmada, vai abranger apenas a manga ou demais “frutas tropicais”. Nesse caso, o mamão, segundo item mais embarcado para lá, também poderia ser beneficiado. A uva, no entanto, ficaria fora.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai quase 1% ante real com dados fracos dos EUA e fecha semana em R$5,5453

Após atingir R$5,60 na véspera, o dólar despencou quase 1% na sexta-feira e encerrou abaixo dos R$5,55 no Brasil, acompanhando o forte recuo da moeda norte-americana no exterior após a divulgação de dados fracos do mercado de trabalho dos EUA

 

Os números norte-americanos acabaram ofuscando nos mercados de câmbio e de renda fixa as notícias de imposição pelos EUA de mais tarifas contra vários parceiros comerciais. O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa de 0,98%, aos R$5,5453. Com a forte retração no dia, a divisa encerrou a semana com baixa acumulada de 0,30%. No ano, o dólar acumula queda de 10,26%. Às 17h04 na B3 o dólar para setembro -- o mais líquido no Brasil -- cedia 1,06%, aos R$5,5910. Na noite de quinta-feira o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs a dezenas de parceiros comerciais tarifas elevadas, incluindo uma taxa de 35% sobre muitos produtos do Canadá, 25% para a Índia, 20% para Taiwan e 39% para a Suíça. Para os produtos brasileiros, a taxa foi elevada na quarta-feira para 50%, ainda que com várias exceções. O tarifaço de Trump tinha tudo para movimentar os mercados na sessão, mas foi ofuscado pelo "payroll", dados de emprego dos EUA. A economia dos EUA abriu 73.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, bem abaixo da projeção mediana de 110.000 de economistas consultados pela Reuters. Além disso, o dado de junho foi revisado para baixo, mostrando geração de apenas 14.000 vagas, ante as 147.000 vagas informadas anteriormente. A perspectiva de que, com um mercado de trabalho enfraquecido, haja espaço para o Federal Reserve cortar juros já em setembro fez o dólar despencar ao redor do mundo, inclusive no Brasil. “A semana foi turbulenta, com volatilidade grande por conta das tensões comerciais, mas hoje acabou sendo um dia mais tranquilo, com dólar e juros futuros em queda”, pontuou durante a tarde Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos, ao comentar o impacto do payroll sobre os mercados. O recuo do dólar no Brasil esteve em sintonia com a baixa da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas no exterior, incluindo pares do real como o peso mexicano, o peso chileno e o rand sul-africano. Às 17h19, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- caía 1,32%, a 98,708.

Reuters

 

Ibovespa recua com pressão de BB e Petrobras em meio a balanços e dados de emprego dos EUA

No setor de proteínas, MARFRIG ON avançou 0,56%, após afirmar que as operações no Brasil continuam normalmente e sem impactos na receita e na rentabilidade decorrentes dos efeitos da nova política tarifária dos EUA. Na véspera, as ações haviam desabado 10%. BRF ON, controlada pela Marfrig, subiu 1,35%.

 

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, pressionado particularmente pelo recuo de Banco do Brasil e Petrobras, com agentes financeiros também repercutindo resultados de empresas como Vale, Gerdau, CSN e Marcopolo, além de dados de emprego dos Estados Unidos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,48%, a 132.437,39 pontos, tendo marcado 133.236,92 pontos na máxima e 132.140,3 pontos na mínima do dia. Na semana, acumulou uma perda também de 0,48%. O volume financeiro na sessão somou R$21,5 bilhões. A B3 experimentou problemas técnicos na sexta-feira para atualizar a publicação do Ibovespa e outros índices de ações, como o Small Caps, no Market Data, serviço de envio de informações e notícias em tempo real geradas pela bolsa. A publicação foi normalizada no começo da tarde. A última sessão da semana também contou com a primeira prévia do Ibovespa, que irá vigorar de setembro a dezembro, que incluiu os papéis da construtora Cury e excluiu as ações da produtora de açúcar e etanol São Martinho. Nos EUA, foram abertas 73.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, após 14.000 em junho, em dado revisado para baixo, e previsão de 110.000 postos. A taxa de desemprego subiu de 4,1% em junho para 4,2% em julho. "As chances de um corte de juros (nos EUA) em setembro acabam de aumentar consideravelmente", afirmou a estrategista-chefe global da Principal Asset Management, Seema Shah. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 1,6%, o Nasdaq caiu 2,2% e o Dow Jones cedeu 1,2%, em meio à repercussão, além dos dados do mercado de trabalho, de novas tarifas dos EUA sobre dezenas de parceiros comerciais e ao balanço da Amazon.

Reuters


Produção industrial brasileira avança 0,1% em junho 

Desempenho ficou abaixo da mediana das estimativas de 25 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de 0,3% 

 

Após duas quedas consecutivas, a produção da indústria brasileira subiu 0,1% em junho, conforme a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, a produção industrial brasileira caiu 0,6% (taxa revisada de dado originalmente divulgado como queda de 0,5%). Na comparação com junho de 2024, a atividade industrial cedeu 1,3%. O desempenho da produção industrial de junho ficou abaixo da mediana das estimativas de 25 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de 0,3%, livre dos efeitos sazonais. As projeções iam de queda de 1% a elevação de 1,1%. O desempenho registrado em junho perante um ano antes também ficou abaixo da mediana das estimativas de 25 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de baixa de 0,6%, livre dos efeitos sazonais. As projeções iam de queda de 1,5% a aumento de 1,9%. No entanto, mesmo com o avanço em junho, a indústria não eliminou o recuo acumulado na produção industrial, de 1,2% em abril e maio. Com esses resultados, a produção industrial se encontra 2% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda 15,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Duas das quatro grandes categorias do setor industrial pesquisadas pelo IBGE tiveram alta na atividade em junho. Os bens de capital avançaram 1,2% ante maio. Na comparação com junho de 2024, no entanto, a produção nessa categoria recuou 1,2%. A produção de bens duráveis, por sua vez, subiu 0,2% em junho, mesma taxa observada ante junho de 2024. Já a produção de bens intermediários apresentou perda de 0,1% na passagem de maio para junho. Na comparação com junho de 2024, a atividade de bens intermediários subiu 1,7%. A categoria representa 55% da indústria. O resultado de bens semi e não duráveis foi de retração de 1,2% no mês em junho. Perante junho de 2024, houve decréscimo de 8,8%.

Valor Econômico

 

Indústria do Brasil segue em contração em julho com queda de encomendas e perspectiva de tarifas, mostra PMI

A atividade do setor industrial brasileiro seguiu em contração em julho pelo terceiro mês seguido com a queda mais intensa das novas encomendas em dois anos em meio à perspectiva de tarifas de 50% dos Estados Unidos, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI).

 

O índice, compilado pela S&P Global e divulgado na sexta-feira, chegou a 48,2 em julho, de 48,3 em junho. Embora o recuo tenha sido marginal, o índice ficou abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo terceiro mês, sinalizando nova deterioração na saúde do setor diante da perspectiva de tarifas de 50% dos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras para o país a partir de agosto. "As condições operacionais já desafiadoras no setor industrial do Brasil foram exacerbadas pelo anúncio de uma tarifa de 50% sobre as exportações para os EUA. As empresas identificaram esse obstáculo como prejudicial ao desempenho das exportações e um entrave significativo às expectativas de negócio", disse Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence. Os dados da pesquisa foram coletados entre 10 e 24 de julho, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar, no dia 9, intenção de elevar as tarifas para importações do Brasil. De acordo com os dados do PMI, as empresas continuaram a reduzir a produção e os níveis de compras em julho em meio a quedas sustentadas das vendas totais e dos novos pedidos para exportação. O volume de novos pedidos teve em julho a retração mais intensa desde junho de 2023, com os participantes da pesquisa citando com frequência a retração da demanda. Os novos pedidos para exportação diminuíram acentuadamente em meio ao menor interesse dos clientes da América do Sul, do Reino Unido e dos Estados Unidos, apontou o PMI. O resultado desse cenário foi a redução da produção pelo terceiro mês seguido, com alguns entrevistados citando o aumento da incerteza do mercado. Os volumes de compra de insumos caíram pelo quinto mês consecutivo e os níveis dos estoques também encolheram diante de custos elevados de empréstimos. "O enfraquecimento da demanda teve um efeito dominó em todo o setor industrial, levando a novas contrações nas vendas, na produção, nos níveis de compras e nos estoques", destacou De Lima. Em relação à inflação, as empresas enfrentaram um aumento maior dos preços de compra em julho, com custos de alumínio, componentes eletrônicos, alimentos, GLP, embalagens, aço e têxteis alegadamente mais elevados. Assim, a taxa geral de inflação acelerou para o nível mais alto em três meses. Os fabricantes continuaram a repassar os aumentos de custos para os clientes, elevando a taxa de alta dos preços de venda para o nível mais forte desde abril, ainda que abaixo daquela registrada para os custos de insumos. Por outro lado, houve em julho uma retomada da criação de empregos na indústria brasileira, depois da primeira queda em 23 meses em junho. Algumas empresas preencheram vagas em aberto, mas a taxa geral de crescimento foi apenas modesta. Já as expectativas de negócio permaneceram positivas, com 62% das empresas prevendo crescimento da produção no próximo ano contra 7% que antecipam queda. Entre os motivos de otimismo estão as expectativas de melhores condições de demanda e melhorias em outros setores da economia, como a construção civil. Já os obstáculos citados pelas empresas que anteciparam uma queda incluíram incerteza política, orçamentos restritos dos clientes, acesso limitado ao crédito e tarifas dos Estados Unidos. "O otimismo em relação às perspectivas de produção para o próximo ano foi mantido, embora com preocupações crescentes no que diz respeito a questões políticas, orçamentos restritos de clientes, acesso limitado ao crédito e as implicações da política tarifária dos EUA", completou De Lima.

Reuters


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