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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 916 DE 31 DE JULHO DE 2025

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  • 31 de jul.
  • 18 min de leitura
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 916 | 31 de julho de 2025


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 


Preço do boi gordo fica estável no país com mercado atento a nova tarifa dos EUA

Em São Paulo, o boi gordo permaneceu cotado em R$292 por arroba. Preço do boi gordo fica estável no país com mercado atento a nova tarifa dos EUA

 

O preço do boi gor4do terminou a quarta-feira (30/7) com estabilidade na maior parte das regiões de produção pecuária do país. Na avaliação da Scot Consultoria, a oferta de boiadas diminuiu e a ponta vendedora está mais retraída, porém as escalas de abate estão confortáveis e a oferta ainda não está escassa – o que manteve o mercado equilibrado. Em paralelo, o setor acompanha os impactos vindos da nova tarifa dos EUA contra produtos do Brasil, de 50%, que leva a taxa para embarque de carne bovina a 76,4% e inviabiliza os negócios com os americanos. Em São Paulo, o boi gordo permaneceu cotado em R$292 por arroba, a vaca em R$270 por arroba e a novilha em R$278 por arroba, conforme dados da Scot. As programações de abate atendem, em média, a 8 dias nos frigoríficos paulistas. O “boi China”, animal com características específicas para embarque de carne ao mercado chinês, está cotado em R$298 por arroba, com ágio de R$6 em relação ao gado convencional. Das 32 praças pecuárias avaliadas pela Scot, houve variação em somente quatro regiões, com alta nos valores da arroba. Os avanços foram registrados no sul da Bahia, Mato Grosso do Sul e em duas áreas de Minas Gerais. Sobre a nova tarifa dos EUA, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) ressaltou que mesmo antes da confirmação, o setor de carnes já trabalhava com esse aumento da taxação, e “a estimativa é de que as exportações brasileiras de carne bovina tenham pouco impacto – com forte potencial para reduções dos americanos serem compensadas por outros mercados”, afirmou em nota. Para o Cepea, não são raras as ocorrências que impactam o patamar de preços para além do ajuste previsível entre oferta e demanda, e isso evidencia a importância de cada agente de cuidar o máximo possível dos seus custos e da gestão do risco de preço, que, por fim, é dado pelo mercado.

Globo Rural

 

Exportadores de carnes terão que focar na Ásia devido ao tarifaço

Não há países para absorver exportações tão rapidamente e o setor pode ter que direcionar as exportações ao Oriente Médio

 

A confirmação de uma tarifa adicional de 40% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que somada aos 10% anunciados em abril vai a 50%, é uma medida considerada muito ruim para os exportadores de carne bovina. Isso porque o setor já contava com uma taxa de 26,4% antes das sobretaxas anunciadas neste ano, totalizando agora 76,4% em tarifas, o que inviabiliza os embarques ao mercado americano e força o setor a focar em compradores da Ásia e Oriente Médio. Paulo Mustefaga, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), diz que a escalada de ações que prejudicam toda a economia brasileira é extremamente preocupante para o setor produtivo e toda a sociedade brasileira. “Nenhum dos produtos da cadeia da carne bovina exportados para os EUA estão contemplados na lista de isenções. Mantemos nossa estimativa de perdas de vendas do Brasil para lá de US$ 1,3 bilhão em 2025 e de até US$ 3 bilhões no ano que vem, caso as tarifas não sejam revertidas”, afirmou Mustefaga. Recentemente, a entidade estimou em US$ 1,3 bilhão o prejuízo para o setor com as tarifas norte-americanas apenas em 2025. Além da carne bovina resfriada ou congelada, o levantamento leva em consideração carne enlatada e o sebo bovino. “A carne bovina não ter sido inclusa na lista de exceções de produtos que não serão tarifados é muito ruim”, afirmou Fernando Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado. O suco de laranja brasileiro, por exemplo, foi uma das exceções e escapou da nova taxa. Iglesias avalia que o cenário se tornou problemático para o mercado da carne, uma vez que os americanos vinham comprando volumes elevados de carne bovina do Brasil neste ano. “Nós vamos precisar buscar mercado lá fora para suprir essas nossas necessidades de demanda. O Brasil vai ter que focar em mercado asiático, no Oriente Médio, o mercado chinês, que é um parceiro comercial importante”, ressaltou o especialista sobre as alternativas que restam aos frigoríficos brasileiros. Vale destacar que os produtos embarcados até 5 de agosto não sofrerão com as tarifas adicionais, e as cargas que chegarem aos portos americanos até o dia 10 de agosto também não. Apesar do cenário preocupante, as ações dos principais frigoríficos de carne bovina do país negociadas na B3 operam em alta. Por volta das 16h25, os papéis da Minerva subiam 3,19% e os da Marfrig avançavam 3,30%. De maneira geral, quase todas as ações do Ibovespa passaram a subir ou intensificaram altas após o anúncio do tarifaço americano. “Acho que é essa sensação de que os Estados Unidos começaram a recuar nas tarifas contra alguns itens do Brasil”, disse o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, citando a lista de produtos que ficaram como exceções e não sofrerão com as novas taxas. No início de agosto, secretários do Ministério da Agricultura e representantes do setor privado vão ao Japão e à Coreia do Sul para tentar avançar nas negociações para aberturas de mercado. Juntos à Turquia, esses são os três principais destinos fechados atualmente para a proteína nacional.

Valor Econômico

 

SUÍNOS

 

Com redução das compras de carne suína brasileira pela China, produtores buscam outros países 

As Filipinas são, hoje, o principal destino das exportações da produção brasileira

 

Depois de um período de estagnação pós-pandemia, espera-se para 2025 o início da retomada do crescimento da suinocultura. De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), este ano deve encerrar com 2% de incremento no abate e mais de 10% nas exportações em relação a 2024. “Mesmo com a taxação de 50% sobre as exportações brasileiras pelos Estados Unidos, anunciada por Donald Trump — uma questão ainda em aberto —, não devemos esperar grande impacto nas exportações de carne suína, uma vez que os Estados Unidos têm uma participação muito pequena, inferior a 2%, de nossos embarques”, informou Marcelo Lopes, presidente da ABCS. Já para a Aurora Coop, a taxação, que até o fechamento desta edição estava prevista entrar em vigor a partir de 1º de agosto, tem impacto significativo, segundo Dilvo Casagranda, diretor de mercado externo da empresa. “Hoje 5% das nossas exportações da carne suína são para o mercado norte-americano e é inviável exportar com 50% de imposto na entrada nos Estados Unidos. Vamos acompanhar as negociações e mobilizar instituições e o governo federal para uma negociação.” Em 2024, a Aurora respondeu por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína. “Crescer no mercado mundial é nossa prioridade”, enfatiza Marcos Antonio Zordan, diretor-vice-presidente de agronegócios da empresa. No ano passado, foi inaugurada a unidade comercial de exportação em Itajaí (SC) e, para avançar no projeto de internacionalização, foi aberta em junho deste ano a primeira unidade no exterior, em Xangai (China). Para Zordan, este é um ano desafiador. “A taxa de juros do próximo ano agrícola subiu mais 2% para investimentos agropecuários, e a taxa Selic está no seu auge. Isso impõe um desafio extra para quem deseja crescer ou entrar na atividade.” Lopes, da ABCS, concorda que hoje o principal desafio é o custo do crédito, que limita uma expansão mais rápida da produção para atender à crescente demanda doméstica e externa. A ABCS trabalha com propostas de melhorias e ajustes das linhas do Plano Safra para tornar permanente uma linha de capital de giro para os suinocultores. “Infelizmente, ainda não conseguimos achar junto à equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária o formato ideal.” Fabio Stumpf, vice-presidente de agro e qualidade da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, preocupa-se com a manutenção do status sanitário dos plantéis brasileiros e com a mão de obra. “Temos um controle operacional desde o desenvolvimento e fabricação das rações, passando pela criação e acompanhamento dos suínos, até a destinação às nossas indústrias.” No primeiro trimestre deste ano, o volume, que compreende industrializados e suínos da BRF, cresceu 8% em relação a igual período de 2024. A empresa exporta carne suína para as Filipinas, Japão e México. Mesmo com todas as dificuldades, o Brasil encerrou 2024 na quarta colocação em produção e exportação. Em 2025, deve ultrapassar o Canadá e se tornar o terceiro maior exportador, atrás dos Estados Unidos e União Europeia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Valor Bruto da Produção da suinocultura brasileira em 2024 foi de R$ 52,5 bilhões, com a produção de 5,36 milhões de toneladas de carcaças (perto de 58 milhões de cabeças abatidas). No primeiro trimestre de 2025, o abate de 14,33 milhões de cabeças de suínos subiu 1,6% em relação ao mesmo período de 2024 — os melhores primeiros três meses da série histórica iniciada em 1997. A pesquisa do IBGE destaca ainda uma diversificação dos mercados para exportação, o que tem contribuído para a estabilidade. A China reduziu muito as compras da carne suína brasileira, mas os produtores partiram para outros países, como as Filipinas, que alcançaram a primeira posição nas compras. Lucilla Pinheiro, diretora-executiva de planejamento da Seara, do grupo JBS, diz que, entre 2023 e 2024, a Seara foi na contramão do mercado ao crescer em suínos, enquanto o setor no país registrou retração de cerca de 5%. “A carne suína ganha cada vez mais relevância dentro da estratégia global da JBS, tanto pela competitividade como pela capacidade de adaptação a diferentes mercados.” A Seara lidera as exportações suínas brasileiras desde 2020 e mantém, para 2025, projeção de crescimento nas vendas externas. Os principais destinos são as Filipinas, China, Chile, Japão, África, México e Estados Unidos. A atividade de industrialização de derivados de carne suína representa, em média, 75% do faturamento da Cooperativa Frimesa. “Encerramos 2024 com uma produção de 374 mil toneladas de produtos, alta de 6,4%, e o processamento de 3,2 milhões de suínos no ano, um aumento de 10,3%”, informou o presidente-executivo, Elias José Zydek. Em 2024, as exportações representaram 20,4% do faturamento da Frimesa. Para 2025, a projeção é que as vendas externas atinjam 25% da receita total. A Frimesa exporta principalmente carne suína in natura para 35 países, mas não exporta para os Estados Unidos. Segundo Zydek, a Frimesa planeja processar 23 mil suínos por dia nos próximos dez anos, ante os atuais 13 mil. “Nos três últimos anos, investimos R$ 1,3 bilhão e a previsão é de mais R$ 500 milhões até 2028”, informou.

Valor Econômico


FRANGOS

 

Apesar da gripe aviária, produtores de frango fecham semestre com pequeno avanço

“Estávamos num crescimento de dois dígitos entre janeiro e abril, quando veio a notícia do caso de gripe aviária. O volume de exportações diminuiu, mas conseguimos fechar o semestre leve alta de 0,5%”, relata Ricardo Santin da ABPA 

 

Terceiro maior produtor mundial de frango e principal exportador, o Brasil já está retomando o ritmo de crescimento nessas duas frentes, após atravessar um período de baixa, em maio e junho, em decorrência do anúncio de um caso de gripe aviária numa granja comercial em Montenegro (RS). “Estávamos num crescimento de dois dígitos entre janeiro e abril, quando veio a notícia do caso isolado de gripe aviária. O volume de exportações diminuiu e o crescimento no acumulado até maio desacelerou para 4,8%. Houve nova queda em junho, mas conseguimos fechar o semestre com um pequeno índice positivo de 0,5% e esperamos voltar rápido ao ritmo acelerado do começo do ano”, relata Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Já o resultado financeiro das exportações no primeiro semestre do ano chegou a US$ 4,871 bilhões, 5% a mais do que os US$ 4,636 bilhões registrados no mesmo período de 2024. Os principais compradores foram os Emirados Árabes Unidos, a China, a Arábia Saudita e o Japão. “A expectativa é que ocorra uma evolução significativa nos níveis dos embarques neste segundo semestre, ampliando o resultado positivo esperado para este ano”, avalia Santin. Para o presidente da ABPA, o Brasil soube agir rapidamente para evitar a expansão da doença, o que foi fundamental para conseguir o reconhecimento oficial da Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa) como país livre da gripe aviária — o atestado da entidade foi publicado em 26 de junho, pouco mais de um mês após a detecção do problema na granja gaúcha. Vários países que haviam interrompido a importação do frango brasileiro já voltaram a fazer pedidos — dos 151 clientes internacionais do Brasil, apenas União Europeia, Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Peru e Timor-Leste mantinham o embargo no início de julho. Dos quase 15 milhões de toneladas de frango produzidos em 2024 pelo Brasil, 5,3 milhões foram destinados à exportação — uma fatia de 35% que vem crescendo nos últimos anos e deve continuar avançando. A liderança nas vendas ao exterior é disputada pela Seara, do grupo JBS, e pela BRF, que está em processo final de fusão com a Marfrig e resultará na marca MBRF Global Foods Company — o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda analisava, no início de julho, um recurso do frigorífico Minerva contra a fusão. Não há dúvida, porém, que Seara e BRF sejam as maiores exportadoras globais de frango, com a americana Tyson Foods em terceiro no ranking. Na Seara, os negócios internacionais já respondem por 55% da receita. Na BRF, as exportações cresceram 25% nos últimos dois anos. Ambas intensificam os esforços de expansão na Ásia, incluindo o mercado halal, dos países islâmicos O Brasil não é líder em exportação à toa, observa o presidente da ABPA. “Nossos produtores seguem as normas sanitárias rigorosamente, porque sabem que elas são fundamentais na concretização dos negócios. De todo modo, ninguém está livre da ocorrência da doença, já que ela geralmente é transmitida por aves migratórias”, explicou.

Valor Econômico

 

BRF lança linha de frango resfriado na Arábia Saudita

A processadora de carne brasileira BRF está lançando sua primeira linha de produtos de frango resfriado produzidos na Arábia Saudita, de acordo com um comunicado enviado à Reuters na quarta-feira, com o objetivo de obter uma participação de 10% desse mercado em 18 meses

 

O lançamento marca mais um esforço da BRF para fortalecer sua presença na Arábia Saudita, reduzindo a dependência das vendas de exportação para o reino, aumentando o fornecimento interno em um mercado-chave para a empresa. A demanda por frango resfriado na Arábia Saudita em 2024 foi de mais de 300.000 toneladas métricas, segundo o comunicado. A BRF estima que o mercado de frango resfriado da Arábia Saudita crescerá entre 2,5% e 3,5% ao ano até 2030, citando dados da pesquisadora de mercado Mordor Intelligence. A BRF, cuja principal marca, a Sadia, é líder de mercado em 14 países do Oriente Médio, opera uma fábrica na cidade saudita de Dammam e está construindo outra em Jeddah para processar produtos de carne.

Reuters

 

GOVERNO

 

Brasil recebe aval da China para exportar farinhas de origem animal

Autorização inclui farinhas de resíduos de abates de aves, suínos e pescados; cinquenta estabelecimentos foram habilitados. Segundo o Mapa, habilitação reforça o papel do Brasil no avanço de soluções sustentáveis para a agropecuária

 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou, na quarta-feira, 30, que o Brasil está autorizado a exportar farinhas de aves, suínos e pescados para a China. Os produtos, obtidos a partir do processamento de resíduos de abates, como ossos, tecidos e vísceras, são utilizados na produção de rações animais. Cinquenta estabelecimentos foram habilitados, sendo 46 de aves e suínos, e quatro de pescados. De acordo com nota oficial, “a autorização marca um avanço concreto na relação comercial com o maior parceiro do agro brasileiro e abre novas oportunidades para o setor de reciclagem animal”. Segundo o Mapa, além da importância comercial, a habilitação reforça o papel do Brasil no avanço de soluções sustentáveis para a agropecuária. “A exportação de farinhas de origem animal integra práticas de economia circular, ao transformar resíduos em insumos valorizados pela indústria global”, disse o ministério. O processo de autorização teve início com a assinatura do Protocolo Sanitário bilateral, em abril de 2023, que contou com auditorias presenciais realizadas pela Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) e culminou em um modelo de certificado sanitário acordado entre as autoridades competentes dos dois países. A habilitação teve apoio da Adidância Agrícola em Pequim, da Embaixada do Brasil em Pequim, do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do setor privado nacional. A China segue como principal destino das exportações agropecuárias brasileiras. Em 2024, o país asiático importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agro nacional. Especificamente no segmento de farinhas de miudezas, que agora passa a incluir as farinhas de aves e suínos, as compras somaram mais de US$ 304 milhões no ano.

O Estado de São Paulo/Agro

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Cooperativas do país tiveram faturamento e lucro recorde em 2024

Receita somada das organizações do agro subiu 3,6%, para R$ 438,2 bilhões; sobras dos cooperados cresceram 48%, para R$ 30,2 bilhões. Desempenho das cooperativas foi impulsionado pela agroindústria e pela alta das commodities

 

As cooperativas agropecuárias movimentaram R$ 438,2 bilhões em 2024, valor recorde e 3,6% acima do registrado no ano anterior. As sobras (equivalente ao lucro das empresas) das 1.172 cooperativas do agro também atingiram recorde no ano, de R$ 30,2 bilhões, 48% acima do alcançado em 2023. Os dados fazem parte do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2025, que será divulgado nesta quinta-feira pelo Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). O desempenho superou a produção agropecuária, que em 2024 cresceu 1,1% em valor bruto da produção, para R$ 1,26 trilhão, segundo o Ministério da Agricultura. Para 2025, a previsão é de um crescimento de 11,6%, para R$ 1,41 trilhão — efeito da safra recorde. João José Prieto, coordenador do ramo agro do Sistema OCB, diz que o desempenho das cooperativas foi impulsionado em parte pela performance da agroindústria e pela alta nos preços de commodities que favoreceram alguns segmentos de cooperativas, como no caso do café. “As cooperativas, por meio de processos e estruturas de gestão e governança modernas, têm criado direcionadores estratégicos que permitem navegar de forma consistente e segura ao longo das safras, apesar dos momentos desafiadores durante essa jornada”, afirma Prieto. A OCB destaca o crescimento de 12% no total de ativos das cooperativas agropecuárias em 2024, para R$ 307,5 bilhões. Guilherme Costa, gerente do núcleo de inteligência e inovação do Sistema OCB, ressalta que as cooperativas avançaram na construção de sistemas de armazenagem, principalmente em regiões onde o cooperativismo cresce, como o Centro-Oeste e o Norte. Outro foco de investimentos do setor foi no fomento à transição energética, principalmente para indústrias de biocombustíveis. Para 2025, diz Costa, a expectativa é que as cooperativas mantenham o crescimento visto nos últimos anos. “O que se espera é que o cooperativismo continue com o crescimento consistente que tem apresentado nos últimos anos e que as cooperativas continuem se consolidando, não só em indicadores financeiros, mas que continuem atendendo cada vez mais sob aspectos econômicos e sociais os cooperados”, afirma. As cooperativas respondem por 53% da originação de grãos e fibras no Brasil e por 80% da produção de carne suína. Fora da porteira, também têm participação relevante na produção de insumos e bens (47%), serviços (32%), produtos não industrializados de origem vegetal (43%), produtos não industrializados de origem animal (22%), dos produtos de origem vegetal industrializados (21%) e produtos de origem animal industrializados (15%). Segundo o anuário, o agronegócio tinha 1,09 milhão de produtores cooperados em 2024, o equivalente a 20% dos agricultores do país. As cooperativas agropecuárias representam 35% das cooperativas do Brasil.

Globo Rural

 

BRF investe R$ 20 milhões em unidade de ingredientes de valor agregado no PR

Aporte será aplicado em ampliação da planta de Toledo (PR), eleva em 37% a capacidade produtiva e foca na fabricação de farinhas para empanados. Com 29 unidades operacionais, a unidade é responsável por transformar volumes expressivos de coprodutos da BRF em ingredientes funcionais

 

A unidade de negócios da BRF dedicada à produção de ingredientes de alto valor agregado, conhecida como BRF Ingredients (BRFi), anunciou nesta quarta-feira (30/7) um investimento de R$ 20 milhões para a expansão de sua planta industrial de farinhas para empanados em Toledo (PR). Segundo comunicado da companhia, a ampliação foi inaugurada na terça-feira (29/7) e eleva em 37% a capacidade produtiva da unidade, com foco em atender a uma demanda crescente por farinhas que são utilizadas nos produtos do portfólio BRF. “Com a expansão, aumentamos nossa eficiência e abrimos espaço para a internalização de farinhas de empanamento para produtos da BRF. A produção 100% integrada à cadeia BRF, garante eficiência logística, redução de custos e padronização de qualidade em escala global”, disse em nota Marcel Sacco, vice-presidente de Novos Negócios da BRF. “Nossa expectativa é que a produção passe a atender 100% da fabricação de empanados BRF”, acrescentou o executivo. A unidade de Toledo (PR) produz Farinha Ligante (Binder), que cria aderência entre o produto e as camadas subsequentes; Farinha Cracker, que traz crocância e textura e a Farinha Expandida (Breadcrumb), que dá aos empanados aparência dourada e crocante. A planta é composta por mais de 7 mil colaboradores e terá 30 novos postos de trabalhos diretos com a expansão. No primeiro trimestre de 2025, junto com outras unidades de Novos Negócios, a BRFi contribuiu com receita líquida de R$ 655 milhões no resultado do grupo. Com 29 unidades operacionais, a unidade é responsável por transformar volumes expressivos de coprodutos da BRF em ingredientes funcionais.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

BC interrompe ciclo de alta e mantém Selic em 15% ao ano 

Autoridade monetária vinha conduzindo altas desde setembro de 2024, quando a Selic estava em 10,50% ao ano 

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano na reunião da quarta-feira. Com isso, o colegiado interrompeu o ciclo de altas que vinha conduzindo desde setembro de 2024, quando a Selic estava em 10,50% ao ano. A última vez que a Selic esteve acima de 15% ao ano foi em julho de 2006. O cenário econômico atual envolve incertezas relacionadas à política tarifária do governo de Donald Trump nos Estados Unidos, que assinou na quarta-feira uma ordem executiva que prevê tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Ainda no âmbito internacional, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, manteve os juros no patamar de 4,25% e 4,50% em reunião na quarta-feira. Essa foi a quinta vez seguida que o Fed manteve o nível dos juros. Já no cenário doméstico, o Copom tem acompanhado a dinâmica das projeções de inflação. Desde a última reunião do comitê, em 18 de junho, as projeções coletadas no relatório Focus vêm cedendo. A mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano passou de 5,25% para 5,09%. Já para 2026, passou de 4,50% para 4,44%. O IPCA acumulado em 12 meses até junho está em 5,35%. A meta de inflação é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.). Outro ponto acompanhado pelo colegiado é o da evolução da atividade econômica, que vem desacelerando, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como uma prévia do PIB. Em maio, o indicador mostrou recuo de 0,74% ante abril. O Copom também observa o comportamento do mercado de trabalho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, o menor resultado da série histórica para o período.

Valor Econômico

 

Brasil mantém 2º lugar no ranking dos países com maiores juros reais

Taxa brasileira só não supera a da Turquia e fica à frente de Argentina, África do Sul e Rússia

 

Com a manutenção da taxa básica de juros (Selic), em 15% ao ano, o Brasil segue na segunda posição no ranking mundial de juros reais (descontada a inflação), abaixo apenas da Turquia. A taxa real brasileira subiu de 9,53% ao ano, dado do levantamento feito em junho, para 9,76% ao ano. Na Turquia, os juros reais caíram de 14,44% para 10,08% ao ano no mesmo período. Nesta quarta-feira (30), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a taxa básica em 15% ao ano, interrompendo um longo ciclo de alta. O Brasil possui juros reais mais elevados que Argentina (6,70%), África do Sul (5,29%) e Rússia (4,86%), segundo ranking elaborado pelo Portal MoneYou e pela Lev Intelligence, que estimaram uma taxa média de 1,66% ao ano em 40 países.

Folha de SP

 

Dólar tem leve avanço em dia de alta volatilidade com Powell, sanção a Moraes e tarifas de Trump no radar

Percepção de que as sanções dos EUA foram menos abrangentes do que o que vinha sendo comentado aliviou o câmbio 

 

O dólar à vista encerrou o pregão da quarta-feira em leve valorização, em um dia marcado pela alta volatilidade no mercado de câmbio, com o real oscilando do melhor ao pior desempenho do dia entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Pela manhã e início da tarde, o dólar até chegou a subir com algum ímpeto frente ao real diante da divulgação de dados fortes da economia americana e como resposta a notícias sobre sanções financeiras contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na parte da tarde, porém, houve alívio no fortalecimento do dólar diante da percepção entre os agentes financeiros de que as sanções dos EUA contra autoridades brasileiras foram menos abrangentes do que o que vinha sendo comentado nos bastidores. Além disso, a lista de exceções de produtos que serão taxados pelas medidas tarifárias americanas deu suporte adicional para a recuperação do real. Comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reduziram o ímpeto da recuperação do real, em meio ao fortalecimento adicional e global do dólar. Na mínima do dia, o dólar comercial bateu R$ 5,5356, enquanto na máxima a moeda americana encostou em R$ 5,6297. Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou valorização de 0,38%, cotado a R$ 5,5900, enquanto o euro comercial teve queda de 0,70%, cotado a R$ 6,3872. Perto das 17h05, o índice DXY exibia valorização de 0,94%, aos 99,813 pontos.

Valor Econômico

 

Ibovespa sobe após Trump excluir setores de tarifa comercial maior para Brasil

O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, tomando fôlego na parte da tarde após decreto do presidente norte-americano, Donald Trump, excluir vários itens de uma tarifa comercial maior para produtos brasileiros, incluindo aeronaves e algumas peças, o que fez as ações da Embraer dispararem.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,95%, a 133.989,74 pontos, tendo chegado a 134.367,54 pontos no melhor momento, após marcar 131.882,74 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$22,6 bilhões, acima do giro registrado nos últimos pregões. Trump assinou na quarta-feira um decreto implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o valor total da taxa para 50%, citando as políticas recentes do país com as quais o governo Trump não concorda. A medida, contudo, excluiu vários produtos de setores relevantes. "Essas exceções trazem um fôlego para alguns setores... mas ainda temos um cenário de incerteza à frente", disse Pedro Moreira, analista na mesa de renda variável e sócio da One Investimentos, citando que ainda não se sabe como o Brasil responderá às medidas de Trump. O decreto veio quando os EUA anunciaram sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de autorizar prisões arbitrárias antes do julgamento e de suprimir a liberdade de expressão. Moraes é relator do processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu acusado de tramar um golpe de Estado após perder a eleição presidencial de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trump vinculou a decisão envolvendo a tarifa de 50% ao que chamou de "caça às bruxas" contra Bolsonaro. Investidores também repercutiram decisão do Federal Reserve de manter a taxa básica de juros norte-americana na faixa de 4,25% a 4,50% pela quinta reunião consecutiva, que teve a divergência de dois membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) e pouco indicou sobre quando a taxa pode ser reduzida. 

Reuters

 

Brasil tem fluxo cambial negativo de US$1,889 bi em julho até dia 25, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$1,889 bilhão em julho até o dia 25, em movimento puxado pela via financeira, informou na quarta-feira o Banco Central.

 

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$7,359 bilhões em julho até o dia 25. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de julho até o dia 25 foi positivo em US$5,470 bilhões de dólares. Na semana passada, de 21 a 25 de julho, o fluxo cambial total foi negativo em US$886 milhões. No acumulado do ano até 25 de julho, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$16,234 de dólares.

Reuters

 

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