CLIPPING DO SINDICARNE Nº 909 DE 22 DE JULHO DE 2025
- prcarne
- 22 de jul.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 909 | 22 de julho de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi gordo já vale menos de R$ 300/@ nas praças de SP, aponta Scot
A semana começa com indústrias fora das compras e ofertas elevadas de lotes terminados, o que reduziu em R$ 3/@ o preço da arroba paulista, para R$ 287/@, no prazo. No PARANÁ: Boi: R$300,00 por arroba. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de nove dias.
A semana abriu com as indústrias frigoríficas fora das compras do mercado e com ofertas elevadas de animais terminados, o que reduziu em R$ 3/@ o preço do boi gordo “comum” nas praças de São Paulo, agora cotado em R$ 287/@, no prazo, segundo dados da Scot Consultoria. O “boi-China” fechou a segunda-feira (21/7) valendo R$ 302/@ no Estado de São Paulo, com baixa diária de R$ 2/@, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 273/@ e R$ 283/@, respectivamente, acrescentou a Scot. Segundo os analistas da Agrifatto, o comportamento tímido do consumo doméstico de carne bovina, aliado ao aumento da oferta de animais prontos para o abate — tanto provenientes de confinamentos quanto de contratos de parceria —, favoreceu a atuação estratégica dos frigoríficos brasileiros, que exerceram forte pressão negativa sobre os preços da arroba, explorando a maior vulnerabilidade dos pecuaristas. Esse movimento, diz a consultoria, foi intensificado pelo anúncio de tarifa adicional (+50%) imposta pelos EUA a partir de 1º de agosto/25 sobre os produtos brasileiros, o que contribuiu para ampliar a oferta de boiadas gordas no mercado brasileiros. “Os frigoríficos compradores retomaram as negociações com mais força na semana passada, conseguindo alongar as escalas de abate para uma média nacional de 9 a 10 dias úteis, um indicativo de maior conforto no abastecimento no curto prazo”, analisou a Agrifatto. Pelos dados levantados pela Agrifatto, na última sexta-feira (18/7), entre as 17 regiões monitoradas pela consultoria, 5 registraram queda nas cotações do boi gordo: BA, ES, GO, MG e RJ. As demais permaneceram estáveis. Por sua vez, segundo apuração da consultoria, nesta segunda-feira (21/7) o mercado seguiu com baixa atividade, porém os preços dos animais terminados ficaram estáveis na comparação com o fechamento anterior. O indicador CEPEA registrou um recuo semanal de 1,45%, com o preço do boi gordo cotado a R$ 298,72/@. Por sua vez, o indicador Agrifatto apresentou uma média semanal de R$ 298,68/@, representando retração semanal de 2,77%. Já o indicador Datagro fechou a semana com uma média de R$ 299,05/@, acumulando desvalorização semanal de 2,59%. No mercado futuro, todos os contratos do boi gordo registraram queda na sessão de sexta-feira (18/7) da B3. O papel com vencimento em setembro/25 encerrou o dia cotado a R$ 308,25/@, com retração 1,63% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo desta segunda-feira (21/7), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00 Novilha: R$285,00 Escalas de abates de dez dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$275,00 a arroba. Boi China: R$285,00. Média: R$280,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$300,00. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha R$285,00. Escalas de nove dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de dez dias. TOCANTINS: Boi comum: R$275,00 a arroba. Boi China: R$285,00. Média: R$280,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de oito dias. PARÁ: Boi comum: R$275,00 a arroba. Boi China: R$285,00. Média: R$280,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de oito dias. GOIÁS: Boi comum: R$275,00 a arroba. Boi China/Europa: R$285,00. Média: R$280,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. RONDÔNIA: Boi: R$265,00 a arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$270,00 por arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de sete dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Exportações de carne bovina in natura crescem em ritmo e valor em julho. tarifas dos EUA seguem no radar do setor
Com alta de 19,6% na média diária embarcada e avanço de 25,8% no preço por tonelada, Brasil alcança US$ 958,1 milhões em receita até a terceira semana.
O volume exportado de carne bovina chegou em 172,7 mil toneladas até a terceira semana de julho/25, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. No ano anterior, o volume exportado no mês de julho foi de 237,2 mil toneladas em 23 dias úteis. A média diária movimentada ficou em 12,3 mil toneladas, avanço de 19,6% frente a média diária do ano anterior, que ficou em 10,3 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.547 por tonelada na terceira semana de julho/25, e isso representa um ganho anual de 25,8%, quando se compara com os valores observados em julho de 2024, em que estavam em US$ 4.409,0 mil por tonelada. O valor negociado para a carne bovina na terceira semana de julho ficou em US$ 958,1 milhões, sendo que em julho do ano anterior a receita total foi de US$ 1,045 bilhão. A média diária do faturamento na terceira semana de julho ficou em US$ 68,4 milhões, ganho de 50,5%, frente ao observado no mês de julho do ano passado, que ficou em US$ 45,4 milhões. No entanto, o cenário positivo enfrenta incertezas. A adoção de novas tarifas sobre carnes por parte dos Estados Unidos — um dos principais destinos da carne bovina brasileira — já começa a gerar preocupação entre os exportadores. De acordo com a Scot Consultoria, os Estados Unidos são o segundo principal destino da carne bovina brasileira, com um total de 156,0 mil toneladas de carne in natura adquiridas no primeiro semestre de 2025 – a China, principal destino, comprou 631,0 mil toneladas. Com o menor rebanho das últimas décadas e um estímulo à retenção de matrizes no país, os norte-americanos estão na fase de alta (retenção das fêmeas) do ciclo pecuário local. A produção de carne, em milhões de toneladas de equivalente carcaça (tec.), está em queda, e o consumo doméstico, crescente – fato que coloca a arroba estadunidense como a mais cara do mundo em 2025. Analistas alertam que, embora o Brasil esteja diversificando seus destinos, com destaque para a China e países do Oriente Médio, o impacto das tarifas poderá refletir na formação de preços e na estratégia de negociação dos frigoríficos para o restante do ano.
SECEX/MDIC
SUÍNOS
Exportações de carne suína in natura recuam 15% em volume e 7% em receita diária até a terceira semana de julho/25
Segundo a Secex, foram embarcadas 61,6 mil toneladas até a terceira semana de julho/25, com média diária de 4,4 mil toneladas; apesar da queda nos embarques e na receita, o preço médio pago por tonelada avançou para US$ 2.637.
O volume exportado de carne suína in natura alcançou 61,6 mil toneladas até a terceira semana de julho/25, segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex). No ano anterior, o volume exportado chegou em 119,2 mil toneladas em 23 dias úteis de julho/24. A média diária exportada até a terceira semana de julho/25 ficou em 4,4 mil toneladas e registrou uma queda de 15% frente a média diária embarcada em julho do ano passado, que ficou em 5,1 mil toneladas. A receita obtida com as exportações de carne suína até a terceira semana de julho/25 ficou em US$ 162,6 milhões, sendo que o faturamento de julho do ano anterior, que foi de US$ 287,2 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 11,6 milhões e teve uma redução de 7% frente a média diária do ano anterior, que ficou em US$ 12,4 milhões. Já o preço pago por tonelada até a terceira semana de julho/25 foi de US$ 2.637 por tonelada, um avanço de 9,4% frente ao observado em julho do ano passado, que estava sendo negociado em US$ 2.409 por tonelada.
SECEX/MDIC
FRANGOS
Exportações de carne de frango recuam 12,5% em volume diário e 16,3% em receita até a terceira semana de julho/25
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex, do Mdic, o volume exportado de carne de aves alcançou 231,9 mil toneladas até a terceira semana de julho/25.
No ano passado, o volume exportado em junho alcançou 435.658 toneladas em 23 dias úteis. A média diária ficou em 16,5 mil toneladas, sendo que isso representa uma queda de 12,5% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 18,9 mil toneladas. O preço pago pelo produto na ficou em US$ 1.808 por tonelada, recuo de 4,3% se comparado com os valores praticados em julho do ano anterior, com US$ 1.890 por tonelada. A receita obtida até a terceira semana de julho ficou em US$ 419,5 milhões, enquanto em julho do ano anterior o valor ficou em US$ 823,4 milhões. Já a média diária do faturamento está próxima de US$ 29,9 milhões, baixa de 16,3% frente a média diária observada em julho do ano anterior, com US$ 35,8 milhões.
SECEX/MDIC
GOVERNO
Coreia do Sul abre mercado para couro do Brasil
Setor busca novos destinos e alternativas de comércio devido à taxação dos Estados Unidos. A negociação para abertura do mercado coreano de couros levou alguns anos de idas e vindas
A Coreia do Sul abriu seu mercado para a exportação de couro cru e peles do Brasil. A confirmação, oficializada na segunda-feira (21/7) ao Ministério da Agricultura, ocorre em momento que o governo busca novos destinos e alternativas de comércio aos setores impactados pelo anúncio da taxação dos Estados Unidos. O setor produtivo e exportador de couros foi um dos ouvidos pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, na semana passada, nas reuniões para avaliar o impacto do tarifaço de Donald Trump sobre o Brasil. A negociação para abertura do mercado coreano levou alguns anos de idas e vindas. De acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, a medida tem importância ainda maior por conta do momento turbulento vivido no comércio internacional com a taxação dos norte-americanos. Segundo ele, a abertura faz parte do esforço que foi intensificado para "buscar mercados alternativos, sem prejuízo das negociações" com os EUA. Rua disse que a abertura do mercado para couros e peles não tem relação direta com as negociações que o Brasil mantém para receber o aval da Coreia do Sul para exportação de carne bovina, mas ressaltou que essa interlocução foi reforçada. "Seguramente, a Coreia é um dos três mercados, no caso da carne bovina, que já estamos focando e intensificaremos a relação", disse. Em agosto, o secretário irá para o Japão, onde tentará avançar nas tratativas para abertura de mercado para a proteína brasileira. Recentemente, os japoneses realizaram auditoria no sistema de inspeção nacional. A expectativa é que as autoridades em Tóquio tenham concluído o relatório da missão até a chegada da comitiva brasileira no próximo mês. Além de Coreia e Japão, o Brasil tenta abrir o mercado da Turquia para as exportações de carne bovina, um dos setores mais impactados com a possível taxação de 50% anunciada pelos EUA a partir de agosto. De janeiro a junho deste ano, o segmento exportou 181 mil toneladas da proteína aos norte-americanos.
Globo Rural
LEGISLAÇÃO
Justiça determina que BRF ajuste condições de trabalho em unidades no RS
Ação civil pública foi ajuizada após inspeção realizada entre 10 e 14 de março de 2025
A BRF terá que adequar condições de trabalho relacionadas à movimentação manual de cargas em suas unidades, em Marau (RS). Foi o que decidiu a Justiça, em liminar obtida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a empresa. A decisão do juiz Bruno Luis Bressiani Martins estabelece prazos para o cumprimento das obrigações, sob pena de multa, conforme comunicado do MPT publicado hoje (21/7). A BRF afirma que ainda não foi notificada (leia o posicionamento da empresa no final desta reportagem). A ação civil pública foi ajuizada pelos procuradores do Trabalho Priscila Dibi Schvarcz, Alexandre Marin Ragagnin e Pedro Guimarães Vieira, após inspeção entre 10 e 14 de março de 2025, no âmbito do Projeto de Adequação das Condições de Trabalho em Frigoríficos no Rio Grande do Sul. Segundo os agentes, foram identificadas "violações sistemáticas às normas de segurança" nas unidades da BRF em Marau.
"As irregularidades incluem movimentação de cargas acima dos limites recomendados, distâncias horizontais de alcance superiores a 60 cm, alturas inadequadas de manuseio, ausência de controle da massa cumulativa diária movimentada e posturas nocivas que causam sobrecarga na coluna vertebral", ressaltou o MPT. De acordo com o Ministério Público, a Previdência Social pagou R$ 7,4 milhões em benefícios relacionados às duas unidades da companhia, sendo R$ 1,88 milhão especificamente em benefícios ligados à movimentação inadequada de cargas. Além das adequações técnicas, o MPT pede indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 20 milhões. A BRF terá 90 dias para implementar medidas que incluem o estabelecimento de limites mais rigorosos para movimentação de cargas, distância horizontal máxima de 60 centímetros do corpo e peso máximo de 23kg em condições adequadas. A Justiça ainda determina um máximo de 2 horas contínuas de movimentação, com pausas de no mínimo 30% do tempo de atividade, além de capacitação específica para todos os trabalhadores. "A empresa também terá 150 dias para promover modificações estruturais em setores específicos, incluindo reformulação do layout das linhas de embalagem no setor de miúdos, reprojetar alimentação e deposição de produtos na desossa, implementar controles de peso em contentores e carrinhos e reduzir a necessidade de transporte manual na limpeza", informou o MPT. Há previsão de multa de R$ 50 mil por obrigação não cumprida, além de R$ 2 mil por trabalhador prejudicado. Procurada pela reportagem, a BRF informou que, até o momento, não foi notificada sobre o assunto. "A Companhia destaca que possui um Acordo Nacional de Ritmo de Trabalho com o Ministério Público do Trabalho, uma iniciativa conjunta e proativa, voltada à promoção de condições laborais seguras e saudáveis, prevenindo o adoecimento ocupacional", afirmou em nota a companhia. A BRF reiterou ainda que conta com um compromisso histórico com a integridade, segurança e saúde de seus colaboradores, e que sempre atua conforme a legislação vigente, com as normas aplicáveis e seguindo seu rigoroso programa interno de Saúde e Segurança Ocupacional. Além disso, a empresa destacou que vem ampliando a implementação de soluções de automação em diversos processos, que incluem a movimentação de cargas. "Por fim, a BRF reafirma seu compromisso com a transparência e o diálogo institucional, mantendo canais abertos com todas as autoridades competentes e reforçando sua postura colaborativa na construção contínua de ambientes de trabalho seguros e saudáveis", completa a nota.
Globo Rural
INTERNACIONAL
Importações de carne bovina da China recuam 10% no 1º semestre/25
O Brasil dominou a lista de fornecedores da proteína vermelha no primeiro semestre, alcançando uma participação de 47% do total importado pelos chineses
No acumulado de janeiro a junho de 2025, a China importou 1,29 milhão de toneladas de carne bovina, uma retração de 9,76% em relação ao resultado registrado no mesmo período do ano passado, informa a Agrifatto, com base em dados do governo chinês. Como usual, acrescenta a consultoria, o Brasil dominou a lista de fornecedores da proteína vermelha no primeiro semestre, alcançando uma participação de 47% do total importado pelos chineses. Foram 604 mil toneladas de proteína bovina brasileira embarcadas para o país asiático nos primeiros seis meses deste ano. “O Brasil tem conquistado espaço (no mercado chinês de importação de carne bovina) em detrimento de países como Uruguai, Nova Zelândia e Estados Unidos”, observa a Agrifatto, que acrescenta: “A principal razão disso é a desvalorização do boi gordo brasileiro frente à média dos principais exportadores nos últimos meses, potencializado pelo câmbio, o que tornou a carne brasileira mais atrativa para os importadores chineses”. Outro ponto de destaque é a maior presença da Austrália nas importações chinesas e a menor participação da carne bovina argentina no país asiático, observa a Agrifatto. O gigante asiático comprou 36,67% a mais de carne bovina australiana nos primeiros seis meses de 2025, comparado ao mesmo período de 2024, ao mesmo tempo em que reduziu em 29,42% as compras da carne argentina. Com a proximidade do término das investigações chinesas sobre o impacto das importações de carne bovina, as expectativas é de que a China imponha cotas de importação para a proteína comprada de outros países, relata a Agrifatto. Uma das formas possíveis, diz a consultoria, é a criação de uma “cota global” em que haverá um número máximo de importação, não sendo diferido por país exportador. Outra forma em que o mercado espera é a cota por país, acrescenta a Agrifatto. “Diversos fornecedores globais de carne bovina ficaram com um grande receio em relação à possível existência de uma ‘cota global’, pois o Brasil é um fornecedor em potencial a preencher essa cota em um curto espaço de tempo”, analisa a consultoria.
Portal DBO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Portos do Paraná bate recorde de movimentação de cargas no 1º semestre de 2025
Mais de 34 milhões de toneladas foram movimentadas, com destaque para soja, farelo, fertilizantes e contêineres. O volume é 1,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (33.780.236 toneladas), superando o recorde histórico para o período.
A movimentação geral de cargas, incluindo exportações e importações, nos portos paranaenses alcançou a marca de 34.252.008 toneladas no primeiro semestre de 2025. O volume é 1,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (33.780.236 toneladas), superando o recorde histórico para o período. Segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira, a exportação apresentou um resultado equilibrado em relação a 2024, passando de 21.261.128 toneladas no primeiro semestre de 2024 para 21.275.295 toneladas em 2025 (crescimento de 0,1%). O índice é considerado positivo, levando em conta fatores políticos, econômicos e sanitários que promoveram alterações no mercado. O maior volume em exportações foi de soja, com movimentação de 7.863.227 toneladas do grão. A Portos do Paraná foi responsável por 30% da movimentação nacional de farelo de soja com o embarque de 3.428.464 toneladas. Os principais destinos do produto foram a França, os Países Baixos (Holanda) e a Coreia do Sul. A commodity totalizou US$ 1,1 bilhão FOB (Free On Board), valor correspondente ao preço do produto no ponto de embarque. O terminal paranaense também liderou o embarque de óleo de soja no semestre, com 528 mil toneladas, o equivalente a 64% do volume exportado pelo Brasil. Os dados são do sistema oficial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Comex Stat. Com um aumento de 3,7%, as importações pelos portos paranaenses passaram de 12.519.108 toneladas no primeiro semestre de 2024 para 12.976.714 toneladas no mesmo período de 2025. Os fertilizantes lideraram o volume, com 5.251.240 toneladas desembarcadas. Oriundos da China, Rússia e Canadá, os fertilizantes tiveram como principais destinos os estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Goiás. Na movimentação nacional, os portos paranaenses lideram a recepção da commodity, representando 27% das importações no Brasil. Os contêineres apresentaram crescimento no volume geral de movimentação, passando de 780.457 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em 2024 para 803.041 TEUs em 2025. O destaque vai para a exportação de carnes: os portos paranaenses lideram o ranking nacional, representando 34% da movimentação brasileira. Os principais destinos foram China, Emirados Árabes Unidos, Filipinas e Japão. Em volume, as carnes mais exportadas pelos portos do Paraná foram, respectivamente, frango, carne bovina e carne suína
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Real se recupera com queda global do dólar, mas tensões com EUA seguem no radar
Agentes financeiros permanecem atentos às novidades em torno das negociações comerciais entre os países
O dólar à vista encerrou a segunda-feira em queda firme contra o real, acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana. O câmbio doméstico reverteu parcialmente as perdas registradas na sessão de sexta-feira, quando houve um movimento que sugeriu um aumento na busca por proteção (“hedge”) no mercado local antes do fim de semana, diante da escalada das tensões entre Estados Unidos e Brasil. Nesse contexto, os agentes financeiros permanecem atentos às novidades em torno das negociações entre os países. No fim da sessão, o dólar recuou 0,41% no segmento à vista, cotado a R$ 5,5644. No dia, a moeda americana bateu a mínima de R$ 5,5502 e encostou na máxima de R$ 5,6114. Já o euro comercial teve alta de 0.16%, a R$ 6,5044. No fim da tarde, o índice DXY, que mede a força da divisa americana contra uma cesta de seis moedas principais, avançava 0,61%, a 98,884 pontos. Embora o conflito entre Washington e Brasília tenha se acirrado após as medidas cautelares da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a represália do governo americano, que suspendeu os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), não houve novas sinalizações de agravamento do impasse entre os países. A ausência de novidades se somou à desvalorização do dólar entre pares e divisas emergentes, o que trouxe alívio ao mercado local, avalia o gestor Eduardo Aun, da área macro da AZ Quest. “Tinha um temor muito grande no fim de semana de que os EUA poderiam impor sanções que ultrapassariam as tarifas, mas, no fim das contas, isso não aconteceu. Poderia ser pior. O mercado trabalhava com a chance de vir algo pior”, destaca. Nesse sentido, houve um ajuste no mercado na segunda-feira, já que os piores cenários não se concretizaram. O real vinha em uma trajetória positiva frente a outras moedas emergentes, destaca o profissional da AZ Quest. Segundo ele, o otimismo dos investidores era sustentado principalmente pelo “carry trade”, devido ao elevado diferencial das taxas no Brasil. Com retornos de 8% a 9% nos vencimentos mais curtos da curva de juros e expectativas de menor volatilidade, afirma, o câmbio se tornou especialmente atrativo. No entanto, as tarifas de 50% do presidente americano, Donald Trump, podem reverter esse cenário.
Valor Econômico
Ibovespa retoma 134 mil pontos em dia de correção; ação da Vale sobe quase 3%
Índice chegou a se aproximar dos 135 mil pontos, mas devolveu um pouco dos ganhos durante a tarde, em meio a uma virada negativa de bancos
Após encerrar com forte perda de 1,61% na sexta-feira, o Ibovespa passou por um movimento de correção desde o início dos negócios da segunda-feira, apoiado pelo avanço de blue chips de commodities. O índice chegou a se aproximar dos 135 mil pontos, ao tocar os 134.865 pontos, na máxima do dia, mas devolveu um pouco dos ganhos durante a tarde, em meio a uma virada negativa de bancos, além de uma alta um pouco menor da Vale, que chegou a avançar mais de 4%, e da Petrobras, que subiu acima de 1% em determinado momento do pregão. No fim do dia, o Ibovespa encerrou com ganho de 0,59%, aos 134.167 pontos, distante da mínima de 133.367 pontos. O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 12,8 bilhões e de R$ 17,4 bilhões na B3. Sem novidades que pudessem elevar ainda mais as preocupações dos investidores, os receios de que haja uma escalada nas tensões entre EUA e Brasil perderam um pouco de força na sessão, o que garantiu uma recuperação de outras classes de ativos, como o real. estrague tudo. É muito claro que o presidente Lula saiu ganhador com as tarifas”, acrescenta. Ontem pela manhã, em entrevista à CBN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o “Brasil não vai sair da mesa de negociação”, mas que não descarta a possibilidade de chegar ao dia 1º de agosto sem resposta dos americanos. Mais tarde, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também disse que o país irá trabalhar para diversificar os parceiros comerciais. Já no exterior, o movimento em Wall Street foi misto: o Nasdaq subiu 0,38%; o S&P 500 avançou 0,14%; e o Dow Jones fechou estável, com queda de 0,04%.
Valor Econômico
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