CLIPPING DO SINDICARNE Nº 892 DE 27 DE JUNHO DE 2025
- prcarne
- 27 de jun.
- 19 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 892 | 27 de junho de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Na Praça paulista, preço do boi recua R$ 2/@
Após um período de estabilidade, valores de referência do animal “comum” e do “boi-China” caem para R$ 315/@ e R$ 318/@, apurou a Scot Consultoria. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de nove dias.
Depois do início da semana marcado pela estabilidade nos preços do boi gordo, a Scot Consultoria detectou um recuo de R$ 2/@ no valor da arroba de lotes de boiadas negociados na quinta-feira (26/6) nas praças de São Paulo. O animal terminado “comum” vale R$ 313/@ no mercado paulista, enquanto o “boi-China” é vendido por R$ 318/@, de acordo com a apuração da consultoria. As cotações da vaca e novilha gordas seguiram estáveis, em R$ 285/@ e R$ 300/@, respectivamente. Pelo levantamento da Scot, entre os frigoríficos paulistas, as escalas de abate estão atendendo, em média, a nove dias. Pela apuração da Agrifatto, os preços do boi gordo da quinta-feira nas 17 praças acompanhadas diariamente não sofreram alteração em relação ao quadro registrado na quarta-feira (25/6). Pelos números da Agrifatto, os lotes de boiada gorda de São Paulo, com ou sem padrão-exportação (“boi-China), segue negociados em R$ 320/@. Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, a média também não mudou, fechando a quinta-feira em R$ 301,60/@. Segundo os analistas da Agrifatto, Estados como Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, até mesmo, São Paulo sentiram os impactos da variação brusca de temperatura. Com isso, na tarde de quarta-feira (25/6), foram registrados negócios pontuais com machos terminados nas regiões de SP e MS a R$ 315/@, valor levemente abaixo do referencial médio. No mercado futuro, os contratos do boi gordo encerraram o pregão da quarta-feira (25/6) com ajustes negativos pelo segundo dia seguido. O contrato com vencimento em outubro/25 fechou a sessão da B3 cotado a R$ 335,75/@, com queda de 1,05% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo da quinta-feira (26/6), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$295,00. Novilha R$305,00. Escalas de nove dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. PARÁ Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China/Europa: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. MARANHÃO: Boi: R$290,00 por arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Boi/Cepea: Preços firmes avançam junho
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do boi, da vaca, novilha e reposição seguem firmes.
Segundo o Centro de Pesquisas, a procura de frigoríficos supera a oferta de animais para abate, que tem passado a contar com lotes de confinamento – esses animais tendem a alcançar valores maiores que os de pasto. No mercado atacadista de carne com osso em São Paulo, pesquisas do Cepea indicam que as cotações também vêm se sustentando, mesmo neste período do mês, em que há certa lentidão nas vendas.
Cepea
SUÍNOS
Suínos/Cepea: Carne suína perde competitividade frente à de frango
A carne suína vem perdendo competitividade frente à de frango em junho, apontam levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, isso se deve às desvalorizações mais intensas da proteína avícola em relação à suinícola, no comparativo com o mês anterior. Apesar da recente reação nos preços da carcaça especial suína no atacado da Grande São Paulo, as quedas verificadas da segunda quinzena de maio até a primeira semana de junho impediram o avanço da média parcial deste mês. Quanto ao frango, pesquisadores do Cepea explicam que a grande quantidade de carne disponível no mercado interno em junho, resultado das restrições às exportações impostas pelos parceiros comerciais do Brasil devido à gripe aviária, tem pressionado fortemente os valores.
Cepea
Suinocultura independente: estabilidade nas principais praças produtoras
De acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço dos suínos no estado de São Paulo apresentou estabilidade no preço pela segunda semana seguida e está em R$ 08,97/kg vivo.
No mercado mineiro, o valor do animal apresentou estabilidade na semana e segue sendo negociado próximo de R$ 08,50/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal também seguiu com estabilidade e está em R$ 8,25/kg vivo.
APCS/ Asemg/ ACCS
FRANGOS
Frango: Redução de custos afeta diferentemente estados do Sul
Em maio, redução no custo do frango entre os estados do Sul ficou restrita a Paraná e Santa Catarina
Segundo o levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves relativo a maio passado e abrangendo os três estados do Sul do País, houve queda mensal no custo de produção, mas ela ficou restrita ao Paraná e a Santa Catarina. Embora tenha sido mínimo, inferior a meio por cento, o custo no Rio Grande do Sul permaneceu em alta, pelo sétimo mês consecutivo. Santa Catarina foi quem registrou a maior redução, seu custo teve queda de 2,5% em relação a abril, quando o Estado enfrentou o custo mais elevado em dois anos. Essa redução fez com que seu custo superasse o dos gaúchos em apenas cinco centavos. Mesmo assim, a avicultura catarinense permanece com o maior custo da Região Sul. Há um ano, o custo de produção dos três Estados foi muito similar. Santa Catarina já enfrentava o maior custo (R$4,60/kg), mas sua diferença a mais em relação ao Paraná (R$4,58/kg) não chegava a meio por cento (dois centavos a mais). Além disso, naquele mês, o Rio Grande do Sul registrou valor inferior ao dos outros dois Estados (R$4,55/kg). Pelo último levantamento, tanto em Santa Catarine como no Rio Grande do Sul, os valores registrados se encontram entre 6% e 7% acima do Paraná. Daí o aumento anual em torno dos 14% nos dois estados do extremo-sul, índice significativamente superior aos 8% registrados no Paraná.
Embrapa Suínos e Aves
Embargos ainda incidem sobre 25% do volume de carne de frango exportado
Tomando como base o volume total de carne de frango exportado pelo Brasil nos cinco primeiros meses de 2025 – cerca de 2,2 milhões de toneladas – e considerando os países que ainda mantêm embargo total ao produto brasileiro em decorrência do caso de IAAP na avicultura comercial, essas restrições correspondem a 25% do volume.
Os países que representaram 40% do volume exportado reabriram suas importações – alguns com restrição apenas ao produto do Rio Grande do Sul ou ao da região-foco do caso. Outros 35% não manifestaram qualquer impedimento e assim o total em aberto chega a 75%. Entre os 10 principais importadores, apenas dois países (China e Filipinas) e um bloco de países (União Europeia – 27 países mantêm o embargo, mas a maioria deles, sete ao todo, já negocia normalmente com o Brasil. O caso das Filipinas (5,5% das exportações do período) deve ser equacionado, pois, desde o começo do mês, os importadores locais vêm pressionando seu governo a retomar as compras do Brasil. O Secretário (Ministro) da Agricultura, Francisco Tiu Laurel Jr. informou que “estamos buscando a regionalização. A bola agora está com o Brasil. Estamos aguardando três documentos deles”. Já o embargo da China (10,5% das exportações efetivadas entre janeiro e maio) pode demorar um pouco mais. Neste caso, o Ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, disse que a suspensão das importações pela China deve durar 60 dias. Em relação à União Europeia (10,3% das exportações do período), 6º maior importador da carne de frango brasileira) paira ainda absoluta incógnita.
SECEX/MDIC
Gripe aviária: relatório que declara Brasil livre da doença é publicado
Alguns países importadores aguardavam essa confirmação para concluir as negociações de retorno de compras de produtos avícolas brasileiros. Publicação da OMSA fortalece a posição do Brasil em negociações com importadores de frango
A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) publicou nesta quinta-feira (26/6) o relatório final que confirma o recebimento da autodeclaração do Brasil como um país livre de gripe aviária em granjas comerciais. Alguns países importadores aguardavam essa confirmação para concluir as negociações de retorno de compras de carne de frango e produtos avícolas brasileiros, embora a retomada não seja imediata à publicação do órgão internacional. “O objetivo desta autodeclaração é a recuperação do Brasil como país livre de infecção por vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves”, afirmou a OMSA no novo documento. A autodeclaração do Brasil foi entregue à OMSA no dia 18 de junho pelo delegado brasileiro da organização, Marcelo de Andrade Mota, diretor do Departamento de Saúde Animal, Ministério da Agricultura. Na última sexta-feira (20/6), a OMSA atualizou o status do caso da doença registrado em Montenegro (RS) para “encerrado”. Para recuperar o status sanitário livre da doença, houve a implementação de medidas de abate sanitário, descarte oficial de carcaças, subprodutos e resíduos, rastreabilidade e destruição oficial de ovos férteis produzidos nos 28 dias anteriores ao início da investigação, limpeza e desinfecção do estabelecimento afetado. Além disso, um período de vazio sanitário de 28 dias teve início em 21 de maio. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, afirmou que a publicação da OMSA fortalece a posição do Brasil em negociações com a União Europeia, segundo principal destino das carnes de aves brasileiras, pela derrubada de restrições comerciais. Ele ponderou, no entanto, que o movimento não é automático. Sobre a UE, Santin disse que não há nenhuma garantia de que a autodeclaração da OMSA vá motivar uma derrubada do embargo temporário. O dirigente concordou, porém, que esse é um importante “ponto de partida” para as negociações.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Conta de luz: decisão do Congresso equivale a 6 anos de bandeira vermelha e 19 de amarela
A Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) rebateu na quinta-feira (26) o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sobre o impacto da derrubada dos vetos presidenciais no Marco Regulatório de Energia Offshore. A FNCE afirmou que a decisão do Congresso equivale à decretação da bandeira vermelha patamar 1 na conta de luz por seis anos, além de 19 anos subsequentes com bandeira amarela. A bandeira vermelha patamar 1 representa o aumento de R$ 4,46 a cada 100 kWh na conta de luz; já a amarela consiste no acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh.
Em uma comparação com o sistema de bandeiras tarifárias da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pode-se dizer que o Congresso Nacional está impondo à população uma condição semelhante à que enfrentaríamos se passássemos seis anos ininterruptos em seca extrema”, disse a Frente, em nota. Alcolumbre usou a sessão desta quarta-feira (25) para “repudiar com veemência os ataques levianos” dirigidos ao Congresso após a derrubada dos vetos. “O objetivo, lamentavelmente, parece ser um só: espalhar o pânico e a confusão entre os consumidores brasileiros, atribuindo ao Congresso Nacional a responsabilidade por um falso aumento da tarifa energética”, declarou. Para a FNCE, a fala de Alcolumbre “demonstra o tamanho do desconhecimento do Parlamento acerca dos aspectos técnicos e regulatórios do setor elétrico”. “Ao contrário do que o senador declarou, as decisões tomadas no Congresso acerca da derrubada dos vetos não foram técnicas, nem tampouco transparentes e muito menos voltadas ao interesse público”, enfatizou a Frente, em nota. O projeto de lei 576/2021, que deu origem ao marco regulatório, recebeu uma série de acréscimos sem qualquer relação com o tema original ao passar pela Câmara dos Deputados, os chamados “jabutis”. Eles contemplam variados lobbies do setor elétrico e oneram a população. No último dia 17, os parlamentares derrubaram oito dos 24 vetos feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no PL das eólicas “offshore”. Os vetos atingiram a contratação obrigatória de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s), usinas de hidrogênio no Nordeste e parques eólicos na região Sul mesmo sem demanda, além da extensão de contratos do Proinfra, o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. A FNCE apontou que a decisão de senadores e deputados custará aos brasileiros R$197 bilhões até 2050, com aumento aproximado de 3,5% na conta de luz, o que também provocará “impacto no preço dos produtos e serviços, e consequente alta na inflação”. “Não podemos mais normalizar a prática dos jabutis, fielmente descritos na doutrina corrente como ‘contrabando legislativo’, nem aceitar declarações de autoridades sem fundamento técnico consistente”, diz o comunicado. A FNCE estima ainda que a contratação compulsória de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), prevista em um dos jabutis aprovados, agravará os cortes de energia renovável por parte do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o chamado curtailment. Segundo a Frente, “não há necessidade de uso da força da lei para obrigar os consumidores brasileiros a comprarem mais energia justamente quando já há sobreoferta”. Análise dos dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indica que o Sistema Interligado Nacional (SIN) apresenta 18,9 GWm de sobreoferta em 2025 e que a oferta de energia no Brasil é 23% superior à demanda. “Ou seja, no cenário atual, ainda sem o efeito dos jabutis aprovados pelo Congresso, o Brasil possui capacidade para atender a um consumo quase 1/5 superior ao consumo atual”, enfatizou. “Por razões operacionais, o curtailment é realizado nas usinas eólicas e solares, dada a flexibilidade operativa dessas fontes. Portanto, ao colocar em vigor o jabuti das PCHs, o Congresso Nacional institui no marco das eólicas offshore um dispositivo que promove a retração da geração eólica e solar no país", diz o comunicado.
Gazeta do Povo
Mesmo com geadas, lavouras do Paraná mantêm grande ritmo produtivo
A Previsão Subjetiva de Safra (PSS), elabora pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostra as previsões para as safras. O documento aponta uma produção de 2,6 milhões de toneladas de trigo, 16% a mais que o ano anterior.
A Previsão Subjetiva de Safra (PSS), elabora pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostra as previsões para as safras atuais referente à última segunda-feira (23), ou seja, ainda não mensura o impacto das geadas dos últimos dias, mas os técnicos do departamento anteciparam qual cenário esperar. No geral, o clima mais frio colabora para o controle de pragas de todas as culturas, diminuindo custos para o produtor. Para o trigo, cultura de inverno, o frio pode favorecer novas brotações quando acontece durante desenvolvimento vegetativo, resultando em mais espigas e maior potencial produtivo. Ou seja, o trigo não teve tantos prejuízos pela geada, como explica o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho. “Na maior parte das lavouras, a geada aconteceu em um momento em que o trigo ainda não chegou em uma fase que pode ser tão prejudicada, já que cerca de 81% encontram-se em desenvolvimento vegetativo”, explicou. Assim, o problema pode estar nos 11% que se encontram em floração, fase em que a planta fica mais suscetível a danos pela geada, e 1% em frutificação, quando também pode ser prejudicial. O documento aponta uma produção de 2,6 milhões de toneladas de trigo, 16% a mais que o ano anterior, que era de 2,3 milhões de toneladas em uma área 27% menor que 2024, de 1,13 milhão hectares para 833,4 mil. A segunda safra do milho, que é uma cultura de verão, em maior parte já passou pelas etapas que podem causar grandes prejuízos, já que 63% já se estão em maturação. Porém, 36% ainda estão em frutificação e 1% em floração, fases suscetíveis. Ou seja, 1 milhão de hectares estavam suscetíveis a perdas por geada, principalmente no Oeste e na região de Campo Mourão. Por outro lado, o Deral explica que mesmo que haja perdas de 20% nesta área, ainda sim seria uma safra histórica, superando o recorde anterior da safra 2021/22. Antes das geadas, a previsão era de que fossem colhidas 16,5 milhões de toneladas (27% a mais que as 13 milhões colhidas no ano anterior) em uma área de 2,76 milhões de hectares (9% a mais que os 2,5 milhões de hectares no ciclo de 2023/24). O Deral informa que o cálculo efetivo das perdas ocorridas pelas geadas deve ser feito de 7 a 10 dias após o ocorrido, com as primeiras informações podendo ser observadas na próxima terça-feira (1º de julho), através do Boletim de Condições de Tempo e Cultivo. O documento também analisa o custo de produção do frango vivo, que atingiu R$ 4,78 o quilo em maio. Em relação ao mês anterior houve retração de 2,12%, pois estava em R$ 4,88 o quilo. O boletim fala ainda da carne de peru, produto de relevância na pauta de exportações do Brasil. Em 2024 foram 64.079 toneladas, gerando receita de US$ 153,794 milhões. Na condição de terceiro maior criador de perus do Brasil, o Paraná registrou faturamento de US$ 30,835 milhões, com venda de 13.647 toneladas.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Preços de alimentos têm recuo após 9 meses de ganhos e alta do IPCA-15 desacelera em junho
O aumento da energia elétrica foi compensado pelo leve recuo nos custos de alimentação depois de nove meses de alta e o avanço do IPCA-15 desacelerou em junho, levando a taxa em 12 meses a enfraquecer em meio ao ciclo de aperto monetário do Banco Central.
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir 0,26%, de alta de 0,36% em maio, resultado que ficou pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,30%. Os dados divulgados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que o IPCA-15 acumulou alta de 5,27% nos 12 meses até junho, de 5,40% em maio e expectativa de 5,31%. Ainda que tenha enfraquecido, esse resultado permanece acima do teto da meta oficial, de 3,0% medido pelo IPCA, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Os dados do IPCA-15 foram divulgados uma semana depois de o Banco Central ter decidido elevar a taxa básica de juros Selic em 0,25 ponto percentual, a 15% ao ano, considerando que ela deve permanecer inalterada por "período bastante prolongado". Na quinta, o BC disse que as projeções para o comportamento dos preços tiveram leve queda para 2025 e 2026, mas com expectativas ainda desancoradas, sem melhora nas previsões de mercado para períodos mais longos. O IBGE destacou que, em junho, o grupo de maior impacto no IPCA-15 foi Habitação, com alta de 1,08% depois de os custos da energia elétrica residencial terem avançado 3,29%. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou no final de maio que as contas de luz teriam bandeira tarifária vermelha patamar 1 no mês de junho, o que implica em cobrança adicional de R$4,46 a cada 100 kW/h consumidos. Por outro lado, compensaram os custos da energia a primeira queda do grupo Alimentação após nove meses consecutivos de alta, de 0,02%. A alimentação no domicílio recuou 0,24% em junho, com quedas do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (-2,47%). No lado das altas, entretanto, destacaram-se a cebola (9,54%) e o café moído (2,86%). Ainda exerceu impacto negativo no índice o recuo de 0,52% nos preços da gasolina, que ajudou os combustíveis a registrarem queda de 0,69%. Óleo diesel (-1,74%), etanol (-1,66%) e gás veicular (-0,33%) também tiveram deflação.
Reuters
Dólar fecha em forte queda, abaixo de R$ 5,50 após dados mais fracos nos EUA
Declarações mais brandas de dirigentes do Fed aumentam apostas dos participantes do mercado em cortes de juros mais cedo do que o previamente esperado
O dólar comercial fechou em queda firme na quinta-feira, em linha com o enfraquecimento da moeda americana no exterior, após dados mais fracos da economia dos Estados Unidos e uma desconfiança em relação à condução futura dos juros pelo Federal Reserve (Fed), quando o presidente americano, Donald Trump, tem dado ênfase à necessidade de juros mais baixos. No fechamento da sessão à vista, o dólar registrou queda de 0,99%, a R$ 5,4985, enquanto o euro comercial recuou 0,60%, a R$ 6,4357. Entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, o real teve o melhor desempenho, após operar descolado de seus pares na América Latina nas últimas sessões. Lá fora, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente uma cesta de outras seis moedas fortes, cedia 0,45%, aos 97,24 pontos. Nos EUA, a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre registrou queda de 0,5% em base anualizada, ficando abaixo da estimativa mediana dos participantes do mercado. O resultado mais fraco, alinhado a declarações mais favoráveis a cortes de dirigentes do Fed nesta semana, contribuiu para reforçar a percepção de que o banco central americano pode reduzir os juros mais cedo, e talvez com cortes mais intensos, o que pesou sobre os rendimentos dos Treasuries e o dólar no exterior. Esse movimento também foi impulsionado pela notícia de que o presidente americano, Donald Trump, estaria considerando escolher antecipadamente um substituto para o atual presidente do Fed, Jerome Powell, diante de sua cautela para reduzir as taxas de juros. Nos mercados globais, a desconfiança quanto à independência do Fed voltou a ser debatida entre agentes financeiros, o que pesou sobre a cotação da moeda americana. O diretor de investimentos da Azimut Brasil Wealth Management, Leonardo Monoli, vê que o dólar tem espaço para continuar caindo frente ao real, considerando a tendência de uma moeda mais fraca no exterior e o diferencial de juros. “O Copom reforçou o diferencial de juros em relação aos EUA, o que, junto com a expectativa de cortes lá fora, fortalece ainda mais o real. Aqui, o discurso ainda é de manter os juros até o fim do ano, então o diferencial pode até aumentar, e isso sustenta o real”, afirma. “O real só não está mais valorizado por causa dessa incerteza fiscal interna, e essa questão tem um prazo de validade: até que se saiba quem será o próximo presidente”, afirma Monoli, ao citar as eleições presidenciais do próximo ano. “Se houver compromisso com o ajuste fiscal, o mercado vai reagir com mais confiança.” Na mesma linha, o Bank of America destaca que o elevado diferencial de juros em relação às taxas globais, o choque positivo nos termos de troca e o bom desempenho da balança comercial são os fundamentos que provavelmente estão sustentando a valorização do câmbio no Brasil.
Valor Econômico
Ibovespa sobe 1% com suporte da Vale e surpresa positiva do IPCA-15
Desde o início do pregão, o índice apresentou um desempenho positivo, potencializado também pelo ambiente mais propício a ativos de risco na sessão de ontem
A leitura mais benigna da prévia da inflação ajudou a embalar o avanço expressivo do Ibovespa na sessão da quinta-feira, que fechou em alta de 0,99%, aos 137.114 pontos, perto da máxima intradiária de 137.353 pontos. Na mínima, o índice chegou a tocar os 135.756 pontos. Ações de empresas voltadas ao mercado doméstico foram as mais beneficiadas com o recuo dos juros futuros na sessão, liderando as altas. A valorização de 3,01% dos papéis da Vale também garantiu um fôlego extra ao índice, acompanhando a subida nos preços do minério de ferro no mercado futuro. Desde o início do pregão, o Ibovespa apresentou um desempenho positivo, potencializado também pelo ambiente mais propício a ativos de risco na sessão de hoje. O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 16,0 bilhões e de R$ 21,8 bilhões na B3. Em Wall Street, os principais índices americanos fecharam o dia em alta, terminando perto das máximas históricas: o Nasdaq avançou 0,97%; o Dow Jones subiu 0,94%; e o S&P 500 ganhou 0,80%. Um dia após a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso, a reação do mercado local foi limitada. Para o economista-chefe do BV, Roberto Padovani, a melhora registrada pelos ativos domésticos no pregão da quinta-feira ocorre por dois motivos: a informação de que o governo sofreria uma derrota no Congresso com a derrubada do aumento do IOF não teve efeito hoje já que os mercados se ajustaram na sessão anterior, e o ambiente global foi mais favorável ao risco no pregão da quinta-feira. Para o chefe da corretora do Scotiabank no Brasil, Michel Frankfurt, a política fiscal deve ficar em segundo plano com a aproximação do ciclo eleitoral de 2026. “É óbvio que faz preço [a derrubada do IOF], mas não virou um grande tópico. Frankfurt avalia ainda que o governo deve encontrar alternativas para cumprir a meta de resultado fiscal, por isso as preocupações com a revogação não foram tão acentuadas. Além disso, ele aponta que os núcleos do IPCA-15 foram comportados e há perspectiva positiva com a safra, elementos que poderiam contribuir para que o Banco Central antecipasse o corte de juros neste ano. Para o economista do BV, o dado de hoje reforçou uma “sequência de surpresas positivas” com números de inflação.
Valor Econômico
Arrecadação federal cresce 7,66% em maio, a R$230,152 bi, e bate recorde para o mês, mostra Receita
A arrecadação do governo federal teve alta real de 7,66% em maio sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$230,152 bilhões, informou a Receita Federal na quinta-feira, no que foi o maior valor para o mês desde o início dos registros do fisco em 1995.
No acumulado de janeiro a maio, a arrecadação foi de R$1,191 trilhão, 3,95% acima do registrado nos primeiros cinco meses de 2024, já descontada a correção pela inflação. Em maio, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 8,02% em termos reais frente a um ano antes, a R$223,750 bilhões. No período de janeiro a maio, o ganho real foi de 4,62%, totalizando R$1,138 trilhão. As receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, caíram 3,52% em maio frente ao mesmo período de 2024, a R$6,401 bilhões. No acumulado de janeiro a maio, esses recursos tiveram perda real de 8,52%, totalizando R$52,788 bilhões. Segundo a Receita, o desempenho positivo de novembro foi influenciado pelo comportamento de indicadores macroeconômicos, o desempenho dos tributos do comércio exterior, em função do crescimento das alíquotas médias e da taxa de câmbio, e a maior arrecadação do IRRF-Capital em razão da alta da taxa Selic. Entre os destaques de maio, no recorte por tributo, a arrecadação de PIS/Pasep e Cofins registrou crescimento real de 10,01%, a R$46,951 bilhões. A Receita ainda computou ganhos de 50,94% no Imposto de Rendimentos de Residentes no Exterior (IRRF), a R$7,522 bilhões, e de 5,86% na Receita Previdenciária, a R$57,61 bilhões. No período de janeiro a maio, para além de destacar novamente o PIS/Pasep, Cofins e a Receita Previdenciária, o fisco ressaltou o ganho real de 29,79% na arrecadação com o Imposto de Importação e o IPI vinculado à importação, a R$51,046 bilhões. Os dados positivos da arrecadação ajudam na busca pelo déficit zero pela equipe econômica no ano.
Reuters
Governo Central tem déficit primário de R$40,6 bi em maio, diz Tesouro
O governo central registrou déficit primário de R$40,6 bilhões em maio, ante um saldo negativo de R$60,4 bilhões no mesmo mês de 2024, informou o Tesouro Nacional na quinta-feira.
O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio quase em linha com o esperado pelo mercado, conforme pesquisa da Reuters, que apontava para um déficit de R$41,1 bilhões no mês. O desempenho do mês foi decorrente de um aumento real de 2,8% na receita líquida -- que exclui transferências para governos regionais -- e uma queda real de 7,6% nas despesas totais em comparação com maio de 2024.
Reuters
BC vê alta de 2,1% no PIB em 2025 após surpresa na atividade
O Banco Central elevou sua projeção de crescimento econômico do Brasil em 2025 a 2,1%, contra patamar de 1,9% estimado em março, citando dados mais fortes que o esperado, em dinâmica que vai contra a tentativa da autoridade monetária de arrefecer a atividade para controlar a inflação.
Em seu Relatório de Política Monetária, divulgado na quinta-feira, o BC disse que apesar da elevação na projeção para o ano, está mantida a perspectiva de desaceleração da economia ao longo deste ano. "Essa moderação esperada decorre da manutenção de uma política monetária restritiva, do reduzido grau de ociosidade dos fatores de produção, da perspectiva de moderação do crescimento global e da redução do impulso da agropecuária registrado no primeiro trimestre", afirmou no relatório. A projeção do BC ainda é menos otimista do que a do Ministério da Fazenda, que prevê expansão de 2,4% para o PIB este ano. O mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 2,21% em 2025. A autoridade monetária explicou que a revisão contempla as surpresas ocorridas na atividade no primeiro trimestre, além de uma melhora na perspectiva da produção agrícola. "No início do segundo trimestre, o mercado de trabalho apresentou aquecimento mais intenso do que o antecipado, reforçando as perspectivas de resiliência do consumo das famílias", acrescentou. A autarquia também disse esperar, ainda que com elevado grau de incerteza, que as recentes mudanças nas regras do crédito consignado para trabalhadores do setor privado tenham algum impacto sobre o consumo e o PIB. Por outro lado, uma previsão de que a economia global terá crescimento menor deve contribuir para que o PIB do Brasil não tenha um crescimento mais forte. Em relação aos dados de inflação, o BC disse que as projeções para o comportamento dos preços tiveram leve queda para 2025 e 2026, mas com expectativas ainda desancoradas, sem melhora nas previsões de mercado para períodos mais longos. Para o BC, a inflação corrente foi pressionada para cima nos últimos três meses pela atividade mais forte do que o previsto. No sentido oposto, os fatores baixistas foram, principalmente, a valorização do real e a queda do preço do petróleo. No documento, a autarquia estimou que a chance de a inflação estourar o teto da meta neste ano é de 68%, ligeiramente abaixo dos 70% estimados em março. Para 2026, a probabilidade caiu de 28% para 26%. A meta contínua de inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
Reuters
POWERED BY
EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868


Comentários