CLIPPING DO SINDICARNE Nº 884 DE 16 DE JUNHO DE 2025
- prcarne
- 16 de jun.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 884 | 16 de junho de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi padrão-mercado interno e “boi-China” fecham a semana com alta
No curto prazo, prevê analista da Scot Consultoria, os preços devem seguir firmes, sustentado, principalmente, pela oferta de bovinos mais comedida e pela exportação. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de seis dias.
A entressafra está cada vez mais evidente, com os frigoríficos brasileiros revelando dificuldades na aquisição dos lotes terminados, o que resultou em novas altas nas cotações da arroba do boi gordo na sexta-feira (13/6), informou a Scot Consultoria. Além disso, a exportação está em ritmo acelerado e caminha para um novo recorde, “movimento que tem impulsionado o mercado a buscar bovinos jovens”. Com isso, o boi gordo “comum” paulista fechou a semana em R$ 315/@, enquanto o “boi-China” está valendo R$ 320/@ na mesma praça. Entre as fêmeas, a vaca gorda está cotada em R$ 287 e novilha é negociada por R$ 300/@, acrescentou a Scot. “Em relação ao início de junho/25, a segunda semana do mês encerrou com preços firmes para o gordo em todas as praças monitoradas”, destacou Felipe Fabbri, analista da Scot. Segundo ele, o mercado vem sustentado por três fatores: oferta de bovinos aparentemente mais comedida do que em meses anteriores, principalmente fêmeas; a perspectiva de melhor escoamento de carne no mercado doméstico; e as exportações aquecidas. Afora isso, acrescentou Fabbri, as vendas externas de carne bovina in natura brasileira são favorecidas pela recuperação dos preços em dólares – que atingiram o maior nível em um passado recente (últimos 12 meses) e um dólar apreciado ante ao real na comparação anual, o que resulta em maior margem ao exportador. No primeiro trimestre, a participação de fêmeas nos abates, de acordo com o IBGE, atingiu o maior nível da história para um único trimestre – 49,2%, somando vacas e novilhas. Além disso, a participação de novilhas nos abates de fêmeas foi a maior da história (32,3%), destaca o analista da Scot. “Com recorde de abate no primeiro trimestre, haveria espaço para um mercado pressionado para baixo, mas, com a China puxando as compras de carne bovina do Brasil, a demanda por bovinos mais jovens com padrão à exportação (“boi China”) limitou esse movimento”, justificou ele. o curto prazo, prevê o analista da Scot, os preços do boi gordo devem seguir firmes, sustentado, principalmente, pela oferta de bovinos mais comedida e pela exportação. “Atenção, porém, ao clima que, com a recente frente fria no Brasil e aproximação do inverno, poderá acelerar a venda de boiadas em algumas regiões e voltar a pressionar o mercado”, alerta o analista. Cotações do boi gordo desta quinta-feira (12/6), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$320,00 Média: R$317,50 Vaca: R$285,00 Novilha: R$300,00 Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00 Média: R$295,00 Vaca: R$275,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha R$300,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de seis dias. TOCANTINS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de seis dias. PARÁ: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de cinco dias. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de cinco dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$280,00 por arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Confinamento/Cepea: Rentabilidade tem previsão de alta com queda do custo e valorização do boi gordo
Em maio, o custo do confinamento recuou, influenciado pela desvalorização do boi magro e pela redução nos gastos com alimentação – pressionada, sobretudo, pela queda nos preços do milho.
Além da diminuição dos custos, a previsão de receita com os confinamentos, baseada nos contratos do mercado futuro, contribuiu para a melhora da rentabilidade da atividade, segundo cálculo do Cepea em parceria com a Tortuga/DSM. Para os abates programados para junho, a rentabilidade foi estimada em 10,1% no período de confinamento (105 dias), na média Brasil.
Cepea
CARNES
Produção de carnes se mantém acima de 31 milhões de toneladas em 2025, aponta Conab
Para a carne bovina, a expectativa é de queda na produção, o que indica a inversão do ciclo pecuário, com início da retenção de matrizes e menor abate de fêmeas
A produção de carnes bovina, suína e de aves deverá atingir 31,57 milhões de toneladas em 2025, mantendo-se próximo ao patamar recorde atingido em 2024, de 31,58 milhões de toneladas. O resultado estimado é influenciado pelo incremento na produção das carnes suína e de aves, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para a carne suína é esperado um novo recorde de produção neste ano, chegando a 5,56 milhões de toneladas. O volume representa alta de 4,4% em relação ao resultado obtido em 2024. “Os constantes aumentos na produção de carne suína são pautados tanto em uma maior diversificação de cortes do produto destinado ao mercado interno como na ampliação de novos mercados no cenário internacional”, pondera o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello. Com a maior quantidade de carne suína produzida, estima-se que os criadores deverão ampliar as exportações em cerca de 1,45 milhão de toneladas, alta de 9,7% em comparação com o ano passado. O mercado importador também está mais diversificado. A China deixou o posto de principal destino do produto brasileiro. Se em 2020 cerca de 51% da comercialização da carne suína era realizada com a China, atualmente o país asiático representa 16% dos embarques. Já as exportações para as Filipinas vêm crescendo nos últimos anos e hoje cerca de 20% das vendas ao mercado externo são destinadas para o mercado filipino. Mesmo com a expectativa de maior exportação, os produtores também devem ampliar a disponibilidade interna de carne suína em 2,6%, atingindo cerca de 4,13 milhões de toneladas para abastecimento do mercado interno. A produção de carne de frango também deverá atingir novo recorde neste ano, projetada em torno de 15,48 milhões de toneladas, alta de 1,5% se comparada com o volume produzido em 2024. Com isso, a Conab prevê um incremento de 2,2% na disponibilidade interna, podendo chegar a aproximadamente 10,33 milhões de toneladas. Já as exportações devem se manter estáveis, sendo estimadas em 5,13 milhões de toneladas. “O ritmo de vendas no último mês foi impactado negativamente devido ao caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, o que reflete no resultado final das vendas ao mercado externo”, pondera Rabello. Como medida de contenção da gripe aviária, o Ministério da Agricultura e Pecuário (Mapa) acionou o Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle com a aplicação dos procedimentos de contenção e erradicação do foco que visam não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população. Já no caso da carne bovina, a expectativa é de queda na produção o que indica a inversão do ciclo pecuário, com início da retenção de matrizes e menor abate de fêmeas. Ainda assim, deverão ser produzidas 10,52 milhões de toneladas, a segunda maior já registrada na série histórica da companhia. Há queda prevista na disponibilidade interna do produto, chegando a 6,58 milhões de toneladas. Com o produto brasileiro valorizado no mercado internacional, os embarques tendem a manter a tendência de crescimento, podendo chegar a 4 milhões de toneladas. A China, com participação atual de 41%, deve continuar sendo o maior consumidor. Além disso, a procura norte-americana pela carne brasileira tem aumentado neste ano, passando de 8% de representatividade em 2024 para 13% neste ano. Se considerarmos o período de janeiro a abril de 2025, o volume embarcado para os EUA cresceu 56% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Imprensa Conab
Em seis anos, Paraná eleva produção de suínos em 34% e de frangos em 24,4%
Em 2018, as granjas e frigoríficos instalados em todo o Paraná entregaram aos mercados nacional e internacional 1,8 bilhão de frangos. Ao final de 2024, este volume já havia saltado para mais de 2,2 bilhões. Em 2018, foram abatidos 9,3 milhões de porcos, número que ultrapassou a barreira de 12,4 milhões de animais em 2024.
Líder nacional na produção de carne de frango e vice-líder na suína, a pecuária paranaense segue ampliando a sua participação no mercado de proteína animal do Brasil, com reflexo direto nas exportações. Nos últimos seis anos, o Estado registrou um aumento de quase 34% na suinocultura e de 24,4% na criação de galinhas para abate, com expectativa de nova alta em 2025 após o recorde de produção de carne de frango, suína e bovina no 1º trimestre deste ano. Em 2018, as granjas e frigoríficos instalados em todo o Paraná entregaram aos mercados nacional e internacional 1,8 bilhão de frangos. Ao final de 2024, este volume já havia saltado para mais de 2,2 bilhões de aves, com crescimento contínuo de desempenho nos últimos seis anos. Mesmo em um patamar elevado, 2025 começou com um aumento de 10,45 milhões de unidades produzidas de janeiro a março, no comparativo com os mesmos meses do ano anterior. Atualmente, 34,6% de toda a carne de frango produzida no Brasil – seja para abastecimento do mercado interno ou para exportação – é originada no Estado. A fatia do Paraná é bem maior do que a dos demais principais estados produtores: Santa Catarina (14%) e Rio Grande do Sul (11,5%). Foram necessários apenas 17 anos para que os pecuaristas paranaenses dobrassem o seu ritmo de produção de carne de frango – eram 1,1 bilhão de aves em 2007, primeira vez que o Paraná chegou no marco do bilhão, chegando a 2,2 bilhões de abates anuais ao final do ano passado. Em 1997, por exemplo, foram abatidos 425 milhões de aves. Depois de uma leve redução de 0,7% entre 2018 e 2019, a produção de carne suína cresceu por cinco anos consecutivos no Paraná nos anos recentes. Em 2018, foram abatidos 9,3 milhões de porcos, número que ultrapassou a barreira de 12,4 milhões de animais em 2024, uma variação de 34% no período. No 1º trimestre de 2025, uma nova boa notícia para a suinocultura paranaense: houve um aumento de 32,5 mil unidades produzidas em relação aos três primeiros meses de 2024. Com isso, o Estado passou a responder por 21,9% da produção brasileira, atrás apenas de Santa Catarina, responsável por 29,4% da participação nacional. A cadeia econômica ligada à carne suína no Paraná precisou de apenas 14 anos para mais do que dobrar o seu volume de produção. Em 2010, foram 5,4 milhões de porcos abatidos, passando para os atuais 12,4 milhões de abates ao ano.
Agência Estadual de Notícias
FRANGOS
Cotações do frango registraram elevações na 6ª feira
De acordo com as informações da Scot Consultoria, a produção vem tentando se ajustar a fim de controlar as ofertas. Contudo, a sustentação dos preços depende de um alívio nos embargos impostos às exportações de carne de frango, decorrente do caso de gripe aviária.
A Scot Consultoria destacou que os preços do frango vivo na granja paulista permaneceram estáveis e a cotação está em R$ 5,50/kg. Já no atacado paulista, o preço teve avanço de 1,03% e está cotado em R$ 6,87/kg. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou avanço de 12,58% e está cotado em R$ 5,46/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) também seguiu estável e está sendo negociada em R$ 4,73/kg. Com base no levantamento de quinta-feira (12), o indicador do frango resfriado permaneceu estável e está cotado a R$ 7,36/kg. Já o frango congelado também ficou estável a R$ 7,39/kg. De acordo com as informações do Cepea, as quedas do frango vivo superiores às dos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) podem interromper uma sequência de dois meses de avanço no poder de compra de avicultores paulistas frente ao cereal e de sete meses sobre o derivado da oleaginosa, apontam levantamentos do Cepea. Quanto à gripe aviária, não há registros de novos casos em granjas comerciais no Brasil até o momento e, se assim permanecer, o país poderá retomar o status de livre da doença a partir de 18 de junho, quando se completam 28 dias desde o controle do foco, conforme o prazo estabelecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Queda do vivo pode interromper sequências de avanços no poder de compra
As quedas do frango vivo superiores às dos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) podem interromper uma sequência de dois meses de avanço no poder de compra de avicultores paulistas frente ao cereal e de sete meses sobre o derivado da oleaginosa, apontam levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, a elevada oferta de carne de frango no mercado doméstico – reflexo das restrições às exportações causadas pela gripe aviária – tem levado compradores a se afastarem da aquisição de novos lotes, o que intensifica a pressão sobre as cotações neste início de junho. No estado de São Paulo, o frango vivo registra média de R$ 5,51/kg na parcial deste mês, forte recuo de 12% em relação à de maio.
Cepea
EMPRESAS
Com primeiro pregão em NY, ações da JBS giram 4,5 vezes mais negócios que a média
Ações da companhia brasileira movimentaram US$ 285 milhões, incluindo BDRs na B3. No dia da estreia nos EUA, empresa anunciou R$ 2,2 bilhões em dividendos. Ações da JBS foram negociadas pela primeira vez na Nyse nesta sexta-feira, 13/6
No primeiro dia da dupla listagem das ações da JBS, com o início das negociações na Bolsa de Nova Iorque (Nyse) na sexta-feira (13/6), os papéis da gigante brasileira de carnes registraram um volume de negócios de US$ 285 milhões, somando as ações da empresa na bolsa dos Estados Unidos e as Brazilian Depositary Receipts (BDRs) cotadas no Brasil. O valor corresponde a 4,5 vezes a média do volume da companhia nos últimos 12 meses na B3. As BDRs da JBS já estão em negociação na B3 desde segunda-feira (9/6). O desempenho ocorreu mesmo em um dia negativo nos mercados internacionais. O conflito no Oriente Médio iniciado pelo ataque de Israel a bases nucleares do Irã derrubou as bolsas pelo mundo. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a elogiar os ataques israelenses durante entrevista à emissora ABC News, e citou que tinha conhecimento sobre a condução da ofensiva. Com a pressão sobre os índices e bolsas americanas na abertura do pregão da Nyse, as ações "class A" da JBS iniciaram o pregão cotadas a US$ 13,65 e logo caíram para US$ 13,55. No decorrer do dia, os papéis recuperaram fôlego e fecharam em alta de 0,87% a US$ 13,87, e chegaram a tocar a máxima de US$ 14,58. Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, afirmou que, em um dia de aversão a riscos devido ao cenário no Oriente Médio, muitos investidores preferiram apostar em renda fixa e títulos do governo. "Entendo que, para frente, a JBS vai se destacar bastante na Bolsa de Nova Iorque. Com a dimensão que ela tem, a tendência é chamar a atenção e entrar no S&P 500 futuramente", avaliou o especialista. Para coroar o dia, a JBS divulgou que vai distribuir aos acionistas R$ 2,2 bilhões em dividendos, correspondentes a R$ 1 por ação ordinária. Os proventos serão pagos no dia 17 de junho de 2025. A companhia já havia distribuído R$ 4,4 bilhões em dividendos adicionais aos acionistas há menos de dois meses, referentes ao lucro obtido no ano passado. Do lucro de 2024, a companhia distribuiu aos acionistas R$ 11,1 bilhões.
Globo Rural
Minerva fecha venda de unidade no Uruguai por US$ 48 milhões
Negócio foi firmado com a Allana Magellan; compra ainda precisa da aprovação de órgãos reguladores. Expectativa da Minerva é que o negócio seja concluído ainda neste ano
A Mine4rva anunciou na sexta-feira (13/6) que sua controlada Athn Foods celebrou um contrato de venda, para a Allana Magellan, da uruguaia Establecimientos Colonia por US$ 48 milhões. A conclusão do negócio está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo a aprovação pela Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia (Coprodec) para que a Minerva compre três ativos da Marfrig no Uruguai. A Establecimientos Colonia é um dos ativos uruguaios que faz parte do acordo de venda firmado entre Marfrig e Minerva, e que, atualmente, aguarda a aprovação da autoridade concorrencial. Após algumas negativas da Coprodec, a indústria de carnes passou a prever a aquisição, pela Athn Foods, das plantas de San José e Salto, condicionada à imediata revenda da planta localizada em Colonia para a Allana, companhia indiana que atua na produção e exportação de itens como carne halal. A expectativa da Minerva, já citada pelos executivos da empresa, é que o negócio seja concluído ainda neste ano. Inicialmente, o acordo firmado entre as duas empresas incluía 16 plantas da Marfrig na América do Sul, que seriam vendidas à Minerva por R$ 7,5 bilhões. Os três ativos localizados no Uruguai são avaliados em R$ 675 milhões. No fim do ano passado, houve a conclusão da venda das 13 plantas no Brasil, Argentina e Chile da Marfrig para a Minerva.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
China permite importação de carne suína e produtos avícolas de 106 fábricas dos EUA
A China aprovou 106 novas processadoras de carne suína e de aves dos EUA para exportar produtos qualificados a partir de 12 de junho, informou a alfândega chinesa em uma nota em seu site.
A aprovação foi emitida na quinta-feira, segundo o aviso. Isso ocorre depois que a China e os EUA concordaram com uma estrutura para retomar a trégua comercial alcançada nas negociações de Genebra no mês passado. As instalações recém-aprovadas incluem 23 plantas de suínos e 83 plantas de aves, de acordo com um banco de dados da Alfândega Chinesa. Em março, a China impôs tarifas de até 15% sobre US$21 bilhões em produtos agrícolas e alimentícios americanos, em retaliação à imposição de taxas por Trump sobre as exportações chinesas. Centenas de frigoríficos dos EUA obtiveram acesso à China no âmbito do acordo comercial de "Fase 1" de 2020 intermediado pelo presidente Donald Trump, mas muitos perderam sua elegibilidade no início deste ano. Embora os registros de instalações de suínos e aves tenham sido renovados desde então, os registros de plantas de carne bovina permanecem listados como "expirados".
Reuters
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Possível abertura do Japão para carne brasileira valerá só para cinco Estados. O Paraná entre eles
Autoridades japonesas afirmaram que benefício será garantido para os Estados que já haviam conquistado o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação antes de 2025.
Visita de autoridades japonesas é considerada um passo fundamental para uma possível abertura de mercado
Técnicos do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF) estiveram no Brasil na semana passada para uma auditoria no sistema de inspeção sanitária brasileiro. A visita é considerada um passo fundamental para uma possível abertura de mercado para a carne bovina brasileira. Durante a agenda, os japoneses esclareceram que, caso haja aprovação do sistema sanitário brasileiro, a possível abertura de mercado ainda não valerá para o país todo, relatou uma fonte a par do assunto. Valeria apenas para os Estados que já haviam conquistado o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como zonas livres de febre aftosa sem vacinação antes de 2025: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Acre e Rondônia. O Ministério da Agricultura pleiteia que a abertura contemple todo o país, reconhecido no fim de maio pela OMSA como livre de aftosa sem vacinação. A visita foi marcada para a segunda semana de junho para a Pasta poder apresentar o certificado entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 6. Porém, os documentos enviados inicialmente e analisados pelos japoneses eram dos cinco Estados. Em caso de sinalização positiva dos japoneses, os demais Estados devem ser liberados mais à frente, o que vai demandar novas negociações à medida em que, com o passar do tempo, o rebanho dessas regiões seja composto apenas por gado que nunca foi vacinado. A possível abertura limitada a cinco Estados é vista na indústria brasileira como estratégica para os japoneses em um cenário comercial e político que envolve os Estados Unidos, de onde o Japão já importa carne. O aval parcial ao Brasil pode reduzir a pressão americana sobre Tóquio, com a qual quer defender o seu market-share, ao mesmo tempo em que atende em parte aos anseios brasileiros e de importadores locais. Os técnicos japoneses visitaram unidades do serviço de inspeção federal e os controles sanitários de alguns Estados. Não houve auditoria em frigoríficos. Na agroindústria, a expectativa é que a abertura do mercado do Japão, para os cinco Estados, possa ser concluída ainda em 2025 ou no primeiro trimestre de 2026. Uma carta na manga do Brasil neste momento é o aumento dos preços internos das carnes no país asiático. Na parte técnica, ressalta uma fonte, o país atende às exigências japonesas. Se a abertura parcial for concluída após a auditoria técnica do Japão no sistema sanitário brasileiro, o aval às demais regiões podem ser facilitado, disse uma fonte da indústria, ainda mais com o reconhecimento da OMSA. Os japoneses devem emitir um relatório sobre a auditoria. Em caso de aprovação, serão iniciadas as discussões sobre os requisitos técnicos que deverão ser incluídos no protocolo para a exportação de carne do Brasil. A habilitação das plantas após a abertura deverá ser por pré-listing, a depender da análise de risco feita pelo Japão.
Globo Rural
Adapar recebe comitiva do Japão para auditorias sanitárias de carne bovina e suína
Profissionais foram recebidos por técnicos da Adapar e do Ministério da Agricultura e Pecuária com o objetivo de avaliar a estrutura e a eficácia do Sistema Veterinário Oficial Brasileiro. Visita fez parte do processo de habilitação dos produtos para o mercado japonês.
Uma comitiva formada por três auditores japoneses visitou o Paraná nesta semana, dando continuidade ao processo de habilitação da carne bovina e suína brasileira para o mercado japonês. Os profissionais foram recebidos por técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o objetivo de avaliar a estrutura e a eficácia do Sistema Veterinário Oficial Brasileiro (SVO). Na sexta-feira (13), a comitiva esteve na sede estadual da Adapar, em Curitiba, onde conheceu as atividades de rotina da agência e os protocolos sanitários. Segundo o chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, essa etapa é fundamental para avançar nos pontos que ainda estavam em aberto sobre a abertura deste mercado. “Finalizamos essa etapa crucial neste processo de estreitar relação com o Japão. Eles tiveram acesso a informações do nosso serviço sanitário como um todo, avaliamos de forma benéfica essa visita. A delegação japonesa irá elaborar um relatório formal sobre o tema e outras etapas ainda serão cumpridas”, afirmou Dias. Além da Capital, os auditores também estiveram no Escritório Local da Adapar em Cascavel, na quinta-feira (12). Na ocasião, tiveram os primeiros contatos com o serviço sanitário paranaense e puderam conhecer com mais profundidade o cenário regional e estadual. Durante a visita, os técnicos da Adapar e os representantes do governo brasileiro responderam a diversas perguntas da comitiva, especialmente sobre rastreabilidade, trânsito de animais e sistemas de controle. A Adapar foi um dos órgãos sanitários brasileiros selecionados pela comitiva japonesa para o intercâmbio de informações. Ao longo da semana, o grupo também visitou a Superintendência Federal da Agricultura em Santa Catarina, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agropecuário de Santa Catarina (Cidasc) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), no Rio Grande do Sul. A visita ao Paraná encerrou oficialmente a agenda da comitiva no país.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fechou estável no Brasil em dia de tensão após ataque de Israel ao Irã
As tensões geopolíticas no Oriente Médio, após Israel atacar o Irã, impulsionaram o dólar ao redor do mundo na sexta-feira, mas no Brasil a moeda norte-americana perdeu força ainda pela manhã e retornou para perto da estabilidade ante o real.
Além da disparada no exterior dos preços do petróleo -- produto importante da pauta exportadora brasileira, a perda de força do dólar ante o real esteve relacionada à venda de moeda por alguns agentes, que aproveitaram as cotações mais elevadas da manhã. O dólar à vista fechou o dia praticamente estável, em leve baixa de 0,04%, aos R$5,5413. Na semana, a divisa acumulou baixa de 0,52% e, no ano, recuo de 10,32%. Às 17h05, na B3, o dólar para julho -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,04%, aos R$5,5590. Os mercados globais abriram a sexta-feira com a notícia de que Israel havia lançado ataques em larga escala contra o Irã, tendo como alvo instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares. O Irã disparou mísseis contra Israel em retaliação. O novo foco de conflito deu força ao petróleo, que chegou a subir quase 9% pela manhã, em meio às preocupações de que o Estreito de Ormuz -- importante rota marítima de escoamento da commodity, entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã -- possa ser afetado. Investidores globais também buscaram a segurança do dólar, o que fez a moeda subir ante a maioria das demais divisas, incluindo o iene, o euro e a libra. Operador ouvido pela Reuters ponderou que, com o dólar próximo dos R$5,60, alguns agentes aproveitaram para vender moeda, o que pesou sobre as cotações. Além disso, a disparada do petróleo acabou por favorecer o real, fazendo o dólar retornar para perto da estabilidade já no fim da manhã e, durante a tarde, pouco oscilar ante a moeda brasileira.
Reuters
Ibovespa tem queda modesta com Petrobras amortecendo aversão a risco com Oriente Médio
No setor de proteínas, JBS fechou negociada a US$13,87 em sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York na sexta-feira, consolidando a dupla listagem do maior frigorífico do mundo. A ação abriu a US$13,65 e chegou a ser cotada a US$14,58 na máxima e a US$13,55 na mínima da sessão. Os BDRs da JBS já estão sendo negociados na B3 desde segunda-feira. Nesta sessão, terminaram o dia a R$76,68, alta de 0,76%.
O Ibovespa fechou com um declínio modesto na sexta-feira, com o avanço das ações de petroleiras, notadamente Petrobras, amortecendo a aversão a risco global em razão do aumento da tensão geopolítica após Israel atacar o Irã. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,43%, a 137.212,63 pontos, após marcar 136.585,9 pontos na mínima e 137.799,95 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$22,7 bilhões. Na semana, porém, o Ibovespa ainda acumulou alta de 0,82%. Israel lançou uma série de ataques contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (ainda quinta-feira em Brasília), dizendo que atingiu instalações nucleares e fábricas de mísseis e que matou uma série de comandantes militares. O Irã retaliou e disparou mísseis contra Israel, com explosões sendo ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém e sirenes soando na noite de sexta-feira (horário local) no país. Não houve relatos imediatos de mortos ou feridos. De acordo com estrategistas da XP, o ataque aéreo de Israel contra o Irã elevou o risco geopolítico global, desencadeando busca por ativos seguros em meio ao aumento das tensões. Nos Estados Unidos, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em baixa de 1,13%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA avançava a 4,4105% no final do dia, de 4,357% na véspera. No Brasil, a falta de consenso entre o governo e o Congresso sobre medidas fiscais continuou no radar, com muitos agentes avaliando que arrecadação com as novas iniciativas não compensará integralmente o recuo no decreto envolvendo o IOF. O tema tende a continuar sob os holofotes na próxima semana, que também reserva eventos relevantes, principalmente na quarta-feira, quando serão conhecidas as decisões de política monetária dos bancos centrais de Brasil e EUA.
Reuters
Mercado reduz projeções para dívida, mas piora resultado primário em 2025 e 2026, mostra Prisma
Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram as previsões para a dívida pública bruta em 2025 e 2026, mas pioraram as estimativas para o resultado primário nos dois períodos, projetando aumento da despesa total do governo central, mostrou nesta sexta-feira o relatório Prisma Fiscal de junho.
Os economistas agora esperam que a dívida bruta do governo geral chegue a 80,10% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo dos 80,30% projetados em maio. Em 2026, a previsão é de que a dívida alcance 84,17% do PIB, ante projeção anterior de 84,49%. Em relação ao resultado primário, no entanto, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de R$74,725 bilhões em 2025, antevisão anterior de déficit de R$72,687 bilhões. Para 2026, a projeção para o resultado primário foi a um déficit de R$81,488 bilhões, ante R$80,690 bilhões no mês passado. As estimativas para o resultado primário seguem distantes das metas estabelecidas pelo governo de déficit zero em 2025 e superávit de 0,25% do PIB em 2026. A piora nas projeções veio na esteira de estimativas maiores para a despesa total do governo central. No relatório, houve aumentos na previsão para as despesas neste ano, a R$2,393 trilhões, de R$2,383 trilhões anteriormente, e no próximo, a R$2,567 trilhões, de R$2,545 trilhões em maio. Para a receita líquida do governo, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$2,317 trilhões em 2025, contra R$2,313 trilhões estimados no mês anterior. Em 2026, o dado é visto em R$2,471 trilhões, contra R$2,464 trilhões projetados em maio. O mercado tem demonstrado preocupação com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal e a trajetória de gastos, enquanto o choque nos juros pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública. Em busca de cumprir as regras fiscais deste ano, o governo anunciou no fim de maio uma contenção de R$31,3 bilhões em gastos de ministérios, anunciando também uma elevação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com impacto sobre empresas, operações de câmbio e previdência privada. A mudança no IOF, no entanto, gerou enorme repercussão negativa no mercado e no Congresso, gerando um impasse, conforme a equipe econômica e líderes parlamentares entraram em negociações para substituir parte da proposta do governo com outras medidas. Na quarta-feira, o governo publicou novo decreto sobre o IOF, com vários recuos, e uma medida provisória para compensar a arrecadação perdida com as mudanças. Entretanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, já indicou que os parlamentares desejam sustar o decreto e que a MP deve enfrentar "resistência".
Reuters
Setor de serviços sobe 0,2% em abril, mostra IBGE
Nos 12 meses até abril, houve aumento 2,7%
O volume de serviços prestados no país subiu 0,2% em abril, depois de elevação de 0,4% em março (dado revisado de alta de 0,3%), segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada na sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com abril de 2024, o indicador teve alta de 1,8%. Nos 12 meses até abril, houve aumento 2,7%. No acumulado no ano até abril, o crescimento foi de 2,2%. A alta na série com ajuste sazonal foi em linha que a mediana das estimativas de 23 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 0,2%, em abril. O intervalo das projeções ia de avanço de 0,8% a queda de 1% para o desempenho de abril. A expectativa mediana para o resultado de abril ante abril de 2024 era de alta de 1,7%, com intervalo de projeções entre alta de 2,7% a queda de 0,5%. Com o desempenho, o setor de serviços se encontra 17,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,2% abaixo do ponto mais alto da série histórica (outubro de 2024). O IBGE informou ainda que a receita nominal ficou estável na passagem entre março e abril. Na comparação com abril de 2024, a receita de serviços teve alta de 7,1%. Em abril ante março, 18 das 27 unidades da federação investigadas registraram taxas positivas, com destaque para aumentos observados, na atividade de serviços, em São Paulo (0,8%), Pernambuco (5,3%), Mato Grosso (2,8%) e Minas Gerais (0,6%). Em contrapartida, ocorreram quedas, no mesmo período comparativo, em Rio de Janeiro (-3,2%), que exerceu a principal influência negativa do mês, seguido por Bahia (-2,4%) e Goiás (-3,2%). Apenas uma das cinco atividades acompanhadas pelo IBGE teve alta na passagem de março para abril: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com avanço de 0,5%, terceira taxa positiva consecutiva. As outras quatro atividades apresentaram queda, como serviços de informação e comunicação (-0,2%), serviços prestados às famílias (-0,1%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,5%) e outros serviços prestados às famílias (-0,2%). Essa última atividade teve o segundo recuo consecutivo.
Valor Econômico
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