CLIPPING DO SINDICARNE Nº 877 DE 05 DE JUNHO DE 2025
- prcarne
- 5 de jun.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 877 | 05 de junho de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Viés de baixa desaparece e boi ganha firmeza em todas as praças
Pelos dados apurados na quarta-feira (4/6) pela Agrifatto, das 17 praças monitoradas diariamente, 9 tiveram valorização da arroba: SP, AC, GO, MG, MS, PR, RO, SC e TO. No PARANÁ: Boi: R$305,00 por arroba. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de seis dias
A quarta-feira (4/6) foi marcada pelo aumento nos preços do boi gordo de São Paulo e de outras importantes praças brasileiras, informaram a Scot Consultoria e a Agrifatto, empresas que acompanham diariamente os negócios na pecuária. Depois de subir R$3/2 na terça-feira, o animal paulista direcionado ao mercado interno fechou a quarta-feira com avanço de mais R$ 2/@, chegando em R$ 307/@, no prazo, de acordo com apuração da Scot. O “boi-China” abatido em São Paulo também subiu R$ 2/@, para R$ 310/@ (prazo), após o acréscimo de R$ 3/@ na terça-feira. Ainda nas praças paulistas, a vaca e a novilha gordas registraram avanços diários de R$ 2/@ e R$ 3/@, respectivamente, para R$ 280 e R$ 292/@, acrescentou a Scot. Pelos dados levantados pela Agrifatto, das 17 praças monitoradas diariamente, 9 tiveram valorização da arroba do boi gordo nesta quarta-feira: SP, AC, GO, MG, MS, PR, RO, SC e TO. Nas demais regiões acompanhadas (AL, BA, ES, MA, MT, PA, RJ e RS), os preços não sofreram alteração em relação ao fechamento de terça-feira. Em contrapartida, acrescenta a consultoria, grandes plantas frigoríficas permanecem momentaneamente fora das compras de boiadas gordas, amparadas por um bom volume de contratos a termo. Segundo a consultoria, a dificuldade de alongamento das escalas de abate dos frigoríficos brasileiros e a diminuição expressiva a oferta de fêmeas gordas na região Norte do País são outros fatores que contribuem para as recentes evoluções nos preços da arroba. Desde segunda-feira (2/6), as vendas da proteína bovina no varejo e as distribuições do setor atacadista têm se mostrado favoráveis, acrescentou a consultoria. No mercado futuro do boi gordo, a B3 encerrou o pregão de segunda-feira (2/6) com variações majoritariamente positivas. No entanto, na terça-feira (3/6), o movimento se inverteu, com um ambiente negativo para a maioria dos contratos, informou a Agrifatto. O vencimento de outubro/25 fechou a sessão de ontem cotado a R$ 345,65/@, com queda de 0,65% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (30/5), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00 Média: R$305,00 Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$300,00 Boi China: R$310,00 Média: R$305,00 Vaca: R$275,00. Novilha R$290,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$275,00 a arroba. Boi China: R$285,00. Média: R$280,00. Vaca: R$250,00 Novilha: R$260,00 Escalas de abate de sete dias. PARÁ: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China/Europa: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$265,00 a arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$250,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$280,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
FRANGOS
MAPA atualiza para 21 número de países com restrição à carne de aves do Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou para 21 o número de países que adotaram restrições à importação de carne de aves do Brasil, em razão da detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS).
A situação atual das exportações está da seguinte forma: Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil (21 países): China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Peru, Albânia, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Índia, Sri Lanka, Macedônia do Norte e Paquistão. Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul (1 bloco + 13 países): União Econômica Euroasiática (UEE - Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão) Arábia Saudita, Kuwait, Reino Unido, Angola, Turquia, Bahrein, Cuba, Montenegro, Namíbia, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia. Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS) (4 países): Emirados Árabes Unidos, Japão, Catar e Jordânia.
MAPA
Fávaro vê indício de que Brasil controlou gripe aviária e negocia redução de embargos
Ministro destacou que não houve outro caso em granja comercial desde que o primeiro no país foi visto em meados de maio
Há indícios "muito fortes" de que o Brasil conseguiu conter com eficiência a gripe aviária, após nenhum outro caso em granja comercial ter sido registrado desde que o primeiro no país foi visto em meados de maio, disse na quarta-feira o ministro de Agricultura, Carlos Fávaro.
A avaliação está baseada na ausência da confirmação de novos focos em granjas comerciais, que são aqueles considerados para eventuais embargos de países importadores. Apesar de o ministro ver a situação sob controle, há uma nova investigação de suspeita de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul, confirmou o ministério na quarta. Enquanto isso, negociações para redução de proibições comerciais impostas por conta da doença já estão em curso com importantes importadores. Segundo Fávaro, há expectativa de que antes de um período de 28 dias após a desinfecção da granja em Montenegro (RS), iniciado em 22 de maio, alguns compradores já reduzam as restrições. "Nós já iniciamos negociação de diminuir a restrição total do Brasil com vários países", declarou o ministro, citando que a espera de 28 dias para o Brasil se autodeclarar livre da doença é uma questão protocolar. Ele disse que ao todo 21 países embargaram a carne de frango de todo Brasil, incluindo a China, o maior importador em 2024. Outros 14 suspenderam o produto apenas do Rio Grande do Sul e quatro do município de Montenegro. "Por exemplo, China, União Europeia e México já estão em negociação para a redução do raio do foco de restrições", disse. Se em 28 dias -- desde o registro do caso em Montenegro -- o Brasil não tiver novo foco em aves comerciais, o país pode se autodeclarar livre de gripe aviária. "Estamos no meio do ciclo, mais 14 dias podemos declarar o Brasil livre de gripe aviária." Na véspera, um caso de gripe aviária foi confirmado em ave do Zoológico de Brasília, informou o governo do Distrito Federal. Mas focos em aves silvestres não são considerados para efeitos comerciais. Desde que o caso de gripe aviária foi registrado no Brasil, os preços da carne de frango recuaram cerca de 7% em meio a embargos internacionais, disse o ministro. Entretanto, ele destacou que 70% da produção de carne de frango do Brasil é consumida no país, e não há razões para grandes preocupações relacionadas a queda de preços pagos aos produtores. Ainda assim, Fávaro disse que o ministério está encaminhando à Casa Civil uma proposta de medida provisória que viabiliza recursos extras de R$135 milhões para tratar de emergências sanitárias, em um contexto de contingenciamento de recursos pelo governo federal.
Reuters
Novo caso suspeito de gripe aviária
Fávaro informou que as autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul e do governo federal iniciaram investigações de um caso suspeito de gripe aviária em uma granja comercial no município de Teutônia (RS), a 60 quilômetros de Montenegro.
“Foi identificado que animais chegaram ao abatedouro com sintomas, é uma investigação em andamento”, afirmou Fávaro. No entanto, ele ressalta que não houve alto índice de mortalidade de aves no local, o que o “tranquiliza”, visto que a gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) é altamente mortal para os animais.
Globo Rural
Governo apreende 18 mil quilos de frango por suspeita de gripe aviária no RS
Frigorífico localizado em Westfália, a 60 quilômetros de Montenegro, está sob análise. Governo apreendeu 18 mil quilos de carne de frango
O Ministério da Agricultura (Mapa) apreendeu, na quarta-feira (4/06), 18,8 mil quilos de carne de frango de um frigorífico de Westfália, no Rio Grande do Sul, por suspeita de gripe aviária. Os produtos serão inspecionados e liberados após testes laboratoriais para descartar a possibilidade de contaminação. Segundo reportagem da Folha de SP, o lote de frango pertencia a um produtor do município de Teutônia, vizinho à cidade onde está localizada a cooperativa. Ambas ficam a pouco mais de 50 quilômetros de Montenegro (RS), onde foi confirmado o primeiro caso da doença, no dia 16 de maio. Em nota, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), esclareceu a investigação no local começou nesta terça-feira (3/06), após investigações rotineiras do Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS). "As equipes do coletaram amostras no frigorífico e vistoriaram a granja, onde não foi encontrada nenhuma evidência de suspeita. O material foi encaminhado para análise laboratorial, com o objetivo de confirmar ou descartar a presença do vírus. Além disso, outra coleta, realizada em aves de subsistência em Capela de Santana, está sob investigação", afirmou. Na quarta-feira (04/6), em coletiva com jornalistas, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro já havia adiantado que as autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul e do governo federal iniciaram investigações de um caso suspeito de gripe aviária em uma granja comercial no município de Teutônia (RS). “Foi identificado que animais chegaram ao abatedouro com sintomas, é uma investigação em andamento”, afirmou Fávaro. No entanto, ele ressalta que não houve alto índice de mortalidade de aves no local, o que o “tranquiliza”, visto que a gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) é altamente mortal para os animais. Até o momento, não há confirmação de novo foco de gripe aviária no Estado. Até o momento, não há registro de carne de frango ou ovos contaminados sendo vendidos no mercado, o que torna improvável que consumidores tenham contato com alimentos infectados. Ainda assim, segundo o Ministério da Agricultura, o vírus da gripe aviária não sobrevive ao cozimento. Portanto, não há risco em consumir carne de frango ou ovos bem cozidos. Mais de 20 destinos suspenderam a importação de carne de aves do Brasil em apenas uma semana, incluindo ao menos uma dezena de países e blocos econômicos que interromperam especificamente as compras da produção do Rio Grande do Sul. Essa medida é preventiva e segue protocolos sanitários internacionais acordados entre o Brasil e os países importadores. Em acordos com nações como a China e integrantes da União Europeia, por exemplo, está prevista a suspensão automática das importações em caso de detecção da gripe aviária. A intenção é proteger as produções locais e impedir a entrada do vírus nos respectivos territórios. Em 22 de maio, o Brasil iniciou a contagem de 28 dias, o período de incubação do vírus H5N1. Se nenhum novo caso for registrado neste intervalo, o país poderá se autodeclarar livre da gripe aviária e iniciar as tratativas para normalizar as exportações. O Ministério da Agricultura está em negociação com os países para tentar reduzir o espaço dos embargos, de nacional para apenas o Rio Grande do Sul ou o raio de 10 km no entorno de Montenegro (RS), mas as tratativas serão mais contundentes após este período. Questionado sobre o impacto destes embargos, o ministro disse que “as perdas comerciais existem”, mas acredita que o efeito “não é tão relevante assim”, uma vez que 70% da produção de carne de frango normalmente fica no mercado interno e 30% são destinados à exportação.
Globo Rural
EMPRESAS
Cade aprova sem restrições incorporação da BRF pela Marfrig
Com a operação, dona da marca Sadia formará conglomerado com receita de R$ 152 bilhões
A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu pela aprovação, sem restrições, da operação de incorporação de ações da BRF pela Marfrig, informaram as duas companhias na quarta-feira (4). "A aprovação se tornará definitiva após o prazo de 15 dias contados da sua publicação, caso não haja manifestação de membro do Tribunal do Cade ou interposição de eventuais recursos", afirmaram em fato relevante conjunto. Em meados de maio, a Marfrig anunciou o plano de incorporar as ações da BRF não detidas pela companhia, formando a MBRF, uma empresa global do setor de carnes e alimentos processados com receita de R$ 152 bilhões consolidada em 12 meses. A BRF é a maior produtora brasileira de frango e dona das marcas Sadia e Perdigão. Com a operação, a empresa vai se tornar uma subsidiária integral da Marfrig, que tem foco em carne bovina e parte de suas operações nos Estados Unidos e no Brasil. A Marfrig já possui 50,49% de participação na BRF. A transação prevê uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF detida, considerando já uma "distribuição máxima" de proventos pelas companhias, sendo R$ 2,5 bilhões pela Marfrig e R$ 3,5 bilhões pela BRF.
Folha de SP
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Movimentação geral nos portos paranaenses cresce 6,8% no primeiro quadrimestre
A soja em grão apresentou o maior volume exportado, com 5.495.034 toneladas, um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2024. No sentido importação, o destaque vai para os fertilizantes, que alcançaram a marca de 3.395.960 toneladas movimentadas nos portos paranaenses entre janeiro e abril deste ano.
A movimentação geral dos portos paranaenses entre janeiro e abril de 2025 foi de 22.837.680 toneladas, número 6,8% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, que somou 21.377.501 toneladas. O volume aponta para uma sequência de bom desempenho após um ano com o maior volume de exportações e importações da história. A soja em grão apresentou o maior volume exportado, com 5.495.034 toneladas, um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2024 (4.985.019 toneladas). O farelo de soja também apresentou um aumento expressivo no período, saindo de 1.986.107 toneladas em 2024 para 2.407.836 toneladas em 2025 — um crescimento de 21%. No sentido importação, o destaque vai para os fertilizantes, que alcançaram a marca de 3.395.960 toneladas movimentadas nos portos paranaenses entre janeiro e abril deste ano. O volume está 7% acima do mesmo período do ano passado, quando foram registradas 3.179.252 toneladas do produto. Devido à alta demanda por soja e farelo, a movimentação de veículos bate recorde histórico no Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá no mesmo período. De janeiro a abril deste ano, 181.651 caminhões passaram pela triagem, superando o recorde anterior registrado no mesmo período de 2020, com 175.280 veículos. Focado no recebimento de granéis sólidos vegetais, o pátio recebeu, majoritariamente, cargas de grãos de soja (5.495.034 toneladas) e farelo de soja (2.407.836 toneladas) nos quatro primeiros meses do ano. A maior parte dessas cargas veio dos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. A movimentação de contêineres também aparece bem. A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, localizado dentro da estrutura portuária administrada pela Portos do Paraná, foi, pelo segundo ano consecutivo, o terminal da região Sul que mais movimentou contêineres no primeiro trimestre do ano. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), somando operações de exportação, importação e transbordo, a TCP atingiu a marca de 372.446 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados, recorde para o primeiro trimestre e que representa um crescimento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Além do grande fluxo de porta-contêineres, a expectativa para 2025 é de aumento na movimentação por conta do aumento de calado – profundidade entre a parte mais baixa de uma embarcação até a linha da água – que passou de 12,10 metros para 12,80 metros a maré zero. As obras são fruto de investimento da Portos do Paraná. Com 70 centímetros adicionais de profundidade, navios que atracam e partem do cais da TCP podem transportar 560 TEUs adicionais por viagem.
Agência Estadual de Notícias
Com foco contido, Brasil pode ser declarado livre de gripe aviária em 18 de junho, diz ministro
Segundo ministro, há tratativas para regionalização da suspensão de importações da carne de frango brasileira com parceiros como União Europeia, China e México, que pode ocorrer antes mesmo dos 28 dias de vazio sanitário
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou na manhã da quarta-feira (4) que o país pode voltar a ser considerado livre da gripe aviária a partir do dia 18 de junho e, assim, restabelecer as exportações de carne de frango para os países que suspenderam a compra do produto brasileiro. Segundo ele, o primeiro caso da doença em uma granja comercial, identificado em 15 de maio em um estabelecimento de Montenegro (RS), foi totalmente controlado. “Estamos com 14 dias de vazio sanitário e não temos mais mortes de animais. É um indício muito forte de que nós conseguimos conter com muita eficiência”, disse. Após o controle do foco e caso não haja nenhum registro de nova infecção em granja comercial, são necessários 28 dias para o Brasil retomar o status de livre da gripe aviária, de acordo com o que estabelece a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). No momento, há 21 países ou blocos econômicos com suspensão total das compras de carne de frango brasileira, incluindo importantes parceiros comerciais, como China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul e África do Sul. Outros 17 países suspenderam as compras do produto originário apenas do Rio Grande do Sul, enquanto quatro limitaram a restrição ao município de Montenegro. Fávaro afirmou, no entanto, que é possível que o fluxo comercial seja normalizado antes mesmo dos 28 dias de vazio sanitário, uma vez que já há tratativas para a regionalização da suspensão com parceiros como União Europeia, China e México. “A União Europeia já encaminhou um questionário para o Ministério da Agricultura. Já respondemos, estamos devolvendo para a União Europeia para reduzirem a restrição”, disse. O ministro ainda minimizou o impacto comercial da identificação do foco da doença em um estabelecimento comercial no país. Ele destacou que no mundo a gripe aviária já levou à morte de mais de 170 milhões de aves, enquanto no Brasil 17 mil. “Com relação às perdas comerciais, elas existem, mas é uma questão lógica. 70% da produção fica no mercado interno: não mudou nada, 30% são destinados à exportação a 160 países e, dos 160, 21 restringiram a importação do Brasil todo. Dos 21, a China é um pedaço”, explicou. “Há uma diminuição do fluxo comercial, mas que não é tão impactante assim. O que interessa é rapidamente restabelecer a normalidade para que essa perda comercial seja minimizada ainda mais e o mais rápido possível”, prosseguiu. Segundo o Mapa, o aumento da oferta da carne de frango no mercado interno levou a uma redução de preços da ordem de 7%. “Natural, mas não alarmante”, disse Fávaro. No momento, há oito casos suspeitos de influenza aviária em investigação pela pasta, mas todos em aves silvestres.
Gazeta do Povo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar encerra sessão em leve alta com ajuste e à espera de novas medidas fiscais
Dinâmica foi descolada da observada no exterior, de enfraquecimento global da moeda americana
O dólar à vista encerrou as negociações da quarta-feira em leve alta, em uma dinâmica descolada do que foi observado no exterior, de enfraquecimento global da moeda americana, após dados mais fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos. O motivo desse comportamento diferente seria um ajuste do otimismo visto ontem no mercado local diante das expectativas por medidas fiscais. Hoje, os agentes financeiros revisaram suas perspectivas em torno das medidas que podem vir a ser apresentadas, o que deu espaço para uma correção nos mercados. Uma barreira técnica pode estar impedindo o dólar de voltar a se aproximar ou romper o nível de R$ 5,60. Encerradas as negociações, o dólar à vista fechou negociado em alta de 0,17%, cotado a R$ 5,6447, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6105 e encostado na máxima de R$ 5,6530. Já o euro comercial registrou valorização de 0,54%, a R$ 6,4412. Perto das 17h05, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,36%, aos 98,867 pontos. No começo do pregão de hoje, o dólar operou em queda frente ao real, acompanhando a dinâmica global. Ainda pela manhã, porém, a moeda americana ganhou fôlego. O otimismo em relação à questão fiscal desapareceu no pregão da quarta, enquanto os agentes financeiros seguiram aguardando o detalhamento das medidas que serão adotadas pelo governo e pelo Congresso. Na leitura do economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, o que houve hoje foi uma correção da dinâmica da véspera. “Até o movimento de valorização do real de ontem não tinha um respaldo muito sólido, principalmente porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou, por exemplo, em cortar excedente de funcionalismo público, e sabemos que esse tipo de medida é difícil de acontecer diante de um cenário de baixa popularidade do governo, ainda mais depois dessa pesquisa divulgada hoje”, afirma, fazendo referência aos números da Quaest que mostraram a desaprovação do presidente Lula chegando a 57%.
Valor Econômico
Ibovespa fecha perto da mínima do dia com perdas expressivas em Petrobras e bancos
A principal referência da bolsa acionária local reverteu o maior otimismo com os ativos domésticos visto na véspera após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citar que entre as alternativas analisadas para o aumento do IOF estão medidas “estruturantes"
Depois de abrir em alta firme na sessão da quarta-feira, o Ibovespa devolveu os ganhos e passou a cair no começo da tarde, em meio ao recuo mais expressivo das ações da Petrobras e de bancos. No fim do pregão, o índice cedeu 0,40%, aos 137.002 pontos, perto da mínima de 136.695 pontos, distante dos 138.797 pontos alcançados na máxima. Com isso, a principal referência da bolsa acionária local reverteu o maior otimismo com os ativos domésticos visto na véspera após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citar que no meio das alternativas analisadas para o aumento do Imposto sobre Operações Financeira (IOF) estão medidas “estruturantes”. As ações PN da Petrobras caíram 2,75%, ao passo que as ON cederam 2,91%. Entre os bancos, o destaque de queda ficou para as ON do Banco do Brasil, que recuaram 2,74%. Por outro lado, as ações da Vale fecharam em alta de 0,46%, em um pregão de avanço dos preços do minério de ferro em Dalian. Já a maior alta ficou para as ações da MRV, que avançaram 6,86%, em um dia de recuo dos juros futuros mais longos. Na ponta contrária, os papéis da Minerva lideraram as perdas, no valor de 7,13%, após a companhia fazer um aumento de capital só com acionistas que detinham o direito de preferência na aquisição de novas ações. O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 16,8 bilhões e de R$ 21,7 bilhões na B3. Já em Wall Street, os principais índices acionários fecharam mistos: o Nasdaq teve alta de 0,32%; o S&P 500 subiu 0,01%; e o Dow Jones cedeu 0,22%.
Valor Econômico
Tesouro capta US$ 2,75bi com bonds e demanda chega a US$ 10 bi, dizem fontes
Do valor total, US$ 1,5 bilhão corresponde à emissão mais curta; as taxas ficaram em 5,68% para o papel de cinco anos e 6,73% para a mais longa
O Tesouro captou US$ 2,75 bilhões com uma nova emissão de bonds de cinco anos e a reabertura de títulos de dez anos. A demanda pelos títulos de dívida emitidos no exterior foi forte, se aproximando de US$ 10 bilhões, segundo fontes que acompanharam a operação. Do valor total, US$ 1,5 bilhão corresponde à emissão mais curta. As taxas ficaram em 5,68% para o papel de cinco anos e 6,73% para a mais longa, abaixo do que era indicado no início da operação. A taxa inicial sinalizada é de cerca de 6,125% para os papéis que vencem em cinco anos e de 7,125% para o de dez. Os recursos servirão para pagar outras dívidas federais. Essa não é a primeira oferta do ano do Tesouro no exterior. Em fevereiro, foram captados US$ 2,5 bilhões com o mesmo perfil de prazos que a emissão de hoje. A demanda, naquele momento, fechou em US$ 5,4 bilhões, mas chegou a US$ 6,5 bilhões ao longo do dia. BNP Paribas, Citi e Santander coordenam a oferta.
Valor Econômico
Fluxo cambial anota saída de US$ 1,256 bilhão em maio
O saldo foi resultado do fluxo negativo de US$ 7,737 bilhões via conta financeira e da entrada de US$ 6,481 bilhões via conta comercial
O Banco Central (BC) informou na quarta-feira que o fluxo cambial registrou saída de US$ 1,256 bilhão no mês de maio. O saldo foi resultado do fluxo negativo de US$ 7,737 bilhões via conta financeira e da entrada de US$ 6,481 bilhões via conta comercial. No acumulado de janeiro a maio, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 10,164 bilhões, o segundo pior fluxo cambial de janeiro a maio da série histórica iniciada em 1982, melhor apenas do que o fluxo de saída de US$ 11,413 bilhões registrado nos cinco primeiros meses de 1999. No ano, o fluxo financeiro registra saída de US$ 32,158 bilhões e o fluxo comercial tem entrada de US$ 21,994 bilhões. Na semana de 26 a 30 de maio, houve entrada de US$ 1,059 bilhão pelo fluxo cambial, resultado do fluxo positivo de US$ 3,382 bilhões via conta comercial e da saída de US$ 2,323 bilhões via conta financeira.
Valor Econômico
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