CLIPPING DO SINDICARNE Nº 876 DE 04 DE JUNHO DE 2025
- prcarne
- 4 de jun.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 876 | 04 de junho de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi gordo “comum” e “boi-China” sobem em São Paulo
Na terça-feira (3/6), o animal destinado ao mercado interno tem cotação de R$ 305/@, enquanto o bovino com padrão-exportação chega a R$ 308/@, segundo a consultoria. No PARANÁ: Boi: R$305,00 por arroba. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de seis dias
Nas praças de São Paulo, a oferta de boi gordo está menor e o escoamento de carne bovina no mercado interno sinaliza melhora, informou a Scot Consultoria. Com isso, depois de um período de queda seguido momentos de estabilidade, os preços do boi gordo “comum” e do “boi-China” subiram R$ 3/@ no Estado de São Paulo, para R$ 305/@ e R$ 308/@, respectivamente, de acordo com dados apurados pela Scot. Para as fêmeas, diz a consultoria, a alta desta terça-feira (3/6) foi de R$ 2/@, atingindo R$ 277/@ e R$ 290/@, respectivamente. Todos os preços são brutos e com prazo. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (30/5), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00 Média: R$305,00 Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$300,00 Boi China: R$310,00 Média: R$305,00 Vaca: R$275,00. Novilha R$290,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$275,00 a arroba. Boi China: R$285,00. Média: R$280,00. Vaca: R$250,00 Novilha: R$260,00 Escalas de abate de sete dias. PARÁ: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China/Europa: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$265,00 a arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$250,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$280,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de oito dias. Cotações do boi gordo conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00 Média: R$305,00 Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$300,00 Boi China: R$310,00 Média: R$305,00 Vaca: R$275,00. Novilha R$290,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$275,00 a arroba. Boi China: R$285,00. Média: R$280,00. Vaca: R$250,00 Novilha: R$260,00 Escalas de abate de sete dias. PARÁ: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China/Europa: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$265,00 a arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$250,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$280,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
SUÍNOS
Mercado dos suínos inicia junho com preços firmes
A tendência é que as cotações fiquem estáveis no curto prazo
Segundo as informações da Scot Consultoria, o mercado está bastante especulado diante dos desdobramentos do caso de gripe aviária. O ponto positivo é o frio, que normalmente aumenta as vendas da proteína. Para o curto prazo, o mercado deve manter os preços estáveis, porém firmes, aguardando o recebimento do salário da população entrar em circulação para avaliar como serão as vendas. De acordo com o levantamento realizado pela Scot Consultoria, a cotação da carcaça suína especial teve alta de 0,83% e está cotado em R$ 12,20/kg. O preço médio da arroba do suíno CIF está estável e está sendo negociado em R$ 154,00/@. Na última segunda-feira (02), o Cepea divulgou seu levantamento de preços em que registrou movimentações mistas nas praças acompanhadas. O Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou uma leve alta de 0,12% e precificado em R$ 8,12/kg. No Paraná, o preço do animal teve queda de 0,13% e está precificado em R$ 7,90/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal registrou queda de 0,50%l e está precificado em R$ 7,94/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 8,29/kg e com uma queda de 1,31%. Em Santa Catarina, o valor do suíno permaneceu estável e está cotado em R$ 7,69/kg. Com relação aos custos de produção, a consultoria Itaú BBA destacou que a queda do milho – principal componente da ração – trouxe alívio ao suinocultor, a estimativa para o mês de maio apontou queda de 3% no custo, ao passo que o animal subiu 2% na média ponderada pelos abates, da Região Sul e MG. Com isso, o spread da atividade aponta melhora de 4 p.p. em relação a abril, na casa de 24%, o que equivale a aproximadamente R$ 250/cabeça terminada.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Mercado do frango registra quedas pontuais na 3ª feira
Mercado segue atento no comportamento da demanda neste início de mês. As informações da gripe aviária seguem pressionando os preços do frango
Na terça-feira (02), o mercado registrou algumas baixas pontuais e segue atento em como será o comportamento da demanda neste início de mês. Em seu levantamento diário, a Scot Consultoria divulgou que o preço da ave no atacado paulista registrou queda de 0,29% e está sendo negociada em R$ 6,90/kg. Já a cotação da ave na granja permaneceu estável e está cotada em R$ 5,50/kg. De acordo com a Scot Consultoria, a exportação, até a quarta semana de maio, ainda não sentiu os efeitos das suspensões. O volume exportado no período foi de 318,5 mil toneladas de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas. A média diária embarcada está 1,5% menor que a média embarcada por dia em maio de 2024. Ainda segundo as informações da Scot Consultoria, a demanda pode aumentar, dada a proximidade da virada do mês. No entanto, o quadro de incerteza ainda pesa negativamente na formação dos preços. Com base no levantamento realizado na última segunda-feira (02), o preço do frango congelado apresentou desvalorização de 0,74% e está precificado em R$ 8,08 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação também teve queda de 0,49% e está próximo de R$ 8,18 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou estabilidade e está cotado em R$ 5,24/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) também seguiu estável e está sendo negociada em R$ 4,73/kg.
Cepea/Esalq
Descartados dois casos de gripe aviária em granjas comerciais
Painel do Ministério da Agricultura, atualizado na tarde da terça-feira, mostra que o Brasil tem 6 casos em investigação
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) descartou dois casos de gripe aviária que estavam em investigação. Um em Anta Gorda (RS) e o outro em Bom Despacho (MG). Essas eram as últimas suspeitas em granjas comerciais que estavam sendo apuradas no Brasil. De acordo com a atualização feita às 13h da terça-feira, 3, o painel Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves mostrava que havia seis casos em investigação em todo o Brasil. Pela manhã, eram oito, sendo que um deles era o de Anta Gorda e foi descartado nesta atualização. Na semana passada, o Mapa havia descartado outros dois casos suspeitos em aves comerciais: um Aguiarnópolis (TO) e outro em Ipumirim (SC). Em paralelo a isso, o governo espera que os países que tenham restrições às exportações totais de carne de frango do Brasil possam abrandar as suspensões à medida em que o período de vazio sanitário avança. Na última segunda-feira, 2, Kuwait e Jordânia informaram que flexibilizaram as restrições, limitando os embargos apenas ao estado do Rio Grande do Sul.
O Estado de São Paulo
EMPRESAS
Área técnica do Cade sugere aprovação sem restrições de fusão entre Marfrig e BRF
Ações da BRF serão incorporadas pela Marfrig
A área técnica do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sugeriu a aprovação sem restrições de fusão entre Marfrig e BRF. Se nos próximos 15 dias a aprovação não for questionada por algum dos conselheiros do órgão antitruste ela será considerada aprovada em definitivo. A operação prevê a incorporação das ações da BRF pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig para cada papel da BRF. Nos últimos anos, a Marfrig comprou ações da BRF até assumir o controle da empresa, que é dona da marca Sadia. No parecer a SG indica que a Marfrig já é atualmente titular de 50,49% das ações da BRF, portanto, a operação não implicará em transferência de controle. A aprovação consta em parecer da Superintendência Geral do Cade disponibilizado no processo. Muitas informações do parecer são sigilosas como número de produtos comercializados como hambúrgueres e quibes e almôndegas. A área técnica concluiu que a participação conjunta das empresas nos mercados com sobreposição horizontal (em um mesmo segmento) fica abaixo de 20% (filtro a partir do qual se presume posição dominante e possibilidade de exercício de poder de mercado), ou acima de 20%, mas abaixo de 50% - o que indica, para o Cade, ausência de nexo de causalidade entre a possibilidade de um eventual exercício de poder de mercado pelo comprador e a operação. Já em cadeia (mercados verticalmente integrados) a concentração fica abaixo de 30% (filtro para capacidade de fechamento de mercado). Assim, a área técnica concluiu que a operação não tem a possibilidade de levar a prejuízos no ambiente concorrencial.
Globo Rural
Carne brasileira é um prato duvidoso para investidores americanos
Maior processador de carne do mundo há muito tempo cobiça uma listagem em Bolsa nos EUA
Os consumidores de carne americanos podem não ter ouvido falar da JBS, mas é provável que já tenham experimentado seus produtos. Agora, a processadora de carne brasileira, a maior do mundo, quer que eles experimentem também suas ações. A JBS fornece grande parte da carne bovina, suína e de aves que chega aos pratos americanos, e a dependência é mútua. Mais da metade dos US$ 77,2 bilhões em receita que obteve no ano passado veio dos Estados Unidos. Essa exposição é uma das razões pelas quais a empresa há muito tempo cobiça uma listagem de ações nos EUA. Depois de perseguir a ideia intermitentemente por quase uma década, a empresa finalmente recebeu sinal verde dos reguladores e de seus acionistas para transferir sua principal listagem de ações do Brasil para os EUA. A empresa acredita que a mudança ajudará suas ações, que são negociadas com um forte desconto em relação aos concorrentes americanos, a obter uma avaliação mais alta, além de dar à empresa acesso a financiamento mais barato. As ações, no entanto, não serão palatáveis para todos. A família Batista, fundadora, através de seus veículos de investimento, é a maior acionista da JBS com uma participação de 48%. A planejada emissão de ações com supervoto, oferecidas desproporcionalmente à família Batista, poderia deixá-la com 85% dos votos. As consultorias de acionistas ISS e Glass Lewis recomendaram que os detentores das atuais ações brasileiras da JBS votassem contra a dupla listagem —sem sucesso. Preocupações ambientais de longa data sobre o impacto da pecuária na floresta amazônica e um escândalo de suborno que resultou em penalidades multimilionárias da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) contra a JBS e os irmãos Batista podem manter as ações fora dos cardápios de investidores institucionais preocupados com ESG [sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governanças]. Mesmo sem essas peculiaridades, vender carne é um negócio difícil. Os altos preços de grãos e gado estão aumentando os custos para os frigoríficos. Uma economia difícil também significa que o escopo para repassar os custos mais altos aos consumidores tornou-se mais limitado. Embora a receita da JBS em 2024 tenha aumentado 20% desde 2021, a lucratividade é 50% menor. Apesar da valorização das ações após a aprovação de sua listagem nos EUA, a JBS atualmente é negociada a apenas cinco vezes o valor da empresa sobre o Ebitda [lucro antes de juros, impostos, tributos, amortizações e depreciações]. Em contraste, a Tyson Foods está com um múltiplo de nove vezes, enquanto a Smithfield Foods e a Hormel Foods estão com sete e 12 vezes, respectivamente. Uma listagem nos EUA, em virtude do potencial inclusão em índices e custos de financiamento mais baixos, deve ajudar a reduzir essa diferença de avaliação. Mesmo assim, em comparação com os rivais americanos, o mix de negócios da JBS se inclina mais para o processamento de carne bovina de baixa margem em vez de alimentos processados de maior margem. Aquisições podem ajudar. Para fechar completamente a lacuna de avaliação, o rei brasileiro da carne terá que mudar muito mais do que sua listagem na Bolsa de valores.
Financial Times
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Companhia americana apresenta projeto para construir fábrica de SAF no Paraná
Investimento no Estado com indústria que vai produzir combustível sustentável de aviação pode passar dos R$ 2 bilhões. Uma segunda planta está nos planos, ampliando a capacidade de produção e, consequentemente, também o consumo de matérias-primas da região, como biogás oriundo da atividade pecuária, por exemplo. Fábrica da Satarem America que vai produzir SAF deve entrar em operação em 2028.
A empresa americana Satarem America Inc., companhia especializada em soluções para os setores de cimento, energia e sustentabilidade, apresentou ao vice-governador do Paraná, Darci Piana, projeto para construir uma fábrica de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) na cidade de Maringá. Em nota, o governo do Estado informou que o investimento para instalação da fábrica será de US$ 425 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões), com previsão para entrar em operação em dezembro de 2028. “É mais uma empresa que vem trazer 800 empregos diretos, outros 2 mil a 3 mil indiretos ao Paraná. E ela produz combustível de aviação, um produto que tende a crescer na medida em que as companhias aéreas têm obrigação mundial de chegar em 2050 zerando as emissões de gases de efeito estufa. Para isso, vão precisar usar todo o combustível que a SAF vai fazer em Maringá”, disse, em nota, o vice-governador. De acordo com a apresentação da Satarem, as empresas aéreas vão precisar usar 71% de SAF em seus aviões para alcançarem a meta internacional de zerar as emissões de carbono. “Mercado existe. Condições para crescer também existem, é a primeira fábrica, mas já estão falando na construção de uma segunda. Imagine quanto isso ainda vai crescer e ajudar Maringá, toda a região, e o Paraná”, complementou Piana. De acordo com o CEO da Satarem, Jerome Friler, já foram realizados parte dos estudos técnicos e o objetivo agora é finalizar a compra do terreno, que fica na divisa entre Maringá e Sarandi. O processo de financiamento e emissão da documentação necessária deve seguir até meados de 2026. A partir daí, a construção da fábrica será imediata. “Esse projeto é muito importante para nós. É o maior investimento feito pela nossa companhia, nesse momento, na América Latina. Maringá é um ótimo lugar para a produção da SAF, por causa da disponibilidade de etanol, estrutura e um bom acesso a meios de exportação, por rodovia e ferrovia até o porto de Paranaguá”, afirmou Friler. Boa parte do que for produzido nesse primeiro momento será destinado à exportação, mas a intenção da Satarem é que uma parcela seja utilizada pela aviação local. Uma segunda planta está nos planos, ampliando a capacidade de produção e, consequentemente, também o consumo de matérias-primas da região, como biogás oriundo da atividade pecuária, por exemplo.
Globo Rural
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar descola do exterior e fecha em queda com expectativa por alternativas ao aumento do IOF
O real exibe o melhor desempenho contra o dólar entre as 33 moedas mais líquidas
O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira em queda frente ao real, descolado do movimento observado na maioria dos mercados mais líquidos, de apreciação da moeda americana. O real se destacou hoje em meio à expectativa dos agentes financeiros em torno da divulgação de medidas fiscais que podem ser anunciadas pelo governo. Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por não comentar qualquer tipo de medida (o que foi visto como um sinal positivo por parte dos operadores), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que uma solução estrutural está na agenda de iniciativas que devem ser propostas como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou queda de 0,70%, cotado a R$ 5,6352, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6255 e encostado na máxima de R$ 5,7107. Já o euro comercial caiu 1,35%, a R$ 6,4069. Perto do fechamento do mercado “spot”, o real tinha o melhor desempenho contra o dólar entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Também perto do fechamento, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,57%, aos 99,270 pontos.
Valor Econômico
Ibovespa termina em alta com discussão de medidas fiscais estruturantes
Houve ainda uma melhora no cenário externo após a divulgação dos dados do relatório de emprego Jolts nos Estados Unidos
Em meio às discussões sobre o pacote fiscal do governo, o Ibovespa encerrou a sessão da terça-feira em alta de 0,56%, aos 137.546 pontos, oscilando entre os 136.175 pontos e os 137.672 pontos. A postura mais reconciliadora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), somada à sinalização de medidas mais estruturantes, que surgem como alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), impulsionaram os ativos domésticos. Até as 17h15, o volume do Ibovespa foi de R$ 16,8 bilhões e da B3 foi de 21,8 bilhões. Houve ainda uma melhora no cenário externo após a divulgação dos dados do relatório de emprego Jolts nos Estados Unidos. Os números mostram que o mercado de trabalho permanece robusto, mesmo com as tarifas comerciais do presidente Donald Trump. Em Nova York, o Nasdaq subiu 0,81%; o S&P 500 avançou 0,58%; e o Dow Jones teve alta de 0,58%.
Valor Econômico
Produção industrial no Brasil em abril chega a 4 meses de ganhos
Em abril, a produção industrial avançou 0,1% na comparação com o mês anterior, mas ainda foi o mais elevado para o mês desde 2022.
Ante o mesmo mês de 2024, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na terça-feira que houve queda de 0,3%, interrompendo dez meses consecutivos de crescimento. Segundo o IBGE, o recuo nessa base de comparação foi influenciado tanto pelo efeito-calendário, já que abril de 2025 teve dois dias úteis a menos, como também pela base de comparação elevada. Com a indústria brasileira ainda 14,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011, o cenário é de juros elevados por período prolongado e perspectiva de desaceleração da economia, tanto global quanto nacional. Pesam ainda as incertezas relacionadas às tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Por outro lado, favorecem fatores como uma balança comercial sólida e medidas de estímulo à atividade. O Banco Central volta a se reunir neste mês depois de elevar a taxa básica Selic para 14,75%, deixando em aberto o que fará agora e indicando a necessidade de uma dose alta de juros por período prolongado. “Temos juros mais elevados que adiam o consumo das famílias e investimentos das empresas. Tem ambiente de incertezas dentro e fora do país, e isso tudo perturba o setor industrial", disse o gerente da pesquisa no IBGE, André Macedo. "O quadro mais realista da indústria é de uma estabilidade em 2025, apesar dos quatro meses de avanço no ano." No primeiro trimestre, a indústria teve retração de 0,1% após oito trimestres seguidos no azul, de acordo com os dados do PIB divulgados pelo IBGE. Os dados da pesquisa sobre a indústria em abril mostraram que 13 dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram expansão. As influências positivas mais significativas vieram de indústrias extrativas (1,0%) e bebidas (3,6%). “O setor extrativo, que acumula expansão de 7,5% em três meses consecutivos de crescimento na produção, foi impulsionado pela maior extração de petróleo e minério de ferro”, explicou Macedo. Também se destacaram os aumentos de produção dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e de impressão e reprodução de gravações (11,0%). Na outra ponta, entre as 11 atividades com queda na produção em abril, destacaram-se coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,5%). "Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis ... foi influenciada pela redução na produção do álcool e derivados do petróleo, enquanto a queda na indústria farmacêutica ... foi influenciada pela queda na fabricação de medicamentos”, disse Macedo. Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (1,4%), bens intermediários (0,7%) e bens de consumo duráveis (0,4%) apresentaram ganhos, enquanto bens de consumo semi e não duráveis (-1,9%) teve queda.
Reuters
FMI passa a ver expansão de 2,3% no Brasil em 2025 e convergência da inflação à meta até o fim de 2027
O Fundo Monetário Internacional elevou sua projeção para o crescimento do Brasil em 2025 a 2,3%, prevendo que a inflação convergirá à meta até o fim de 2027, de acordo com nota divulgada na terça-feira.
As projeções foram feitas após discussões com autoridades brasileiras e outros atores durante visita de missão técnica do FMI ao Brasil de 20 de maio a 2 de junho para a chamada "Consulta do Artigo IV", avaliação periódica da economia dos países feita pelo Fundo. Em abril, em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI havia estimado a expansão do Produto Interno Bruto brasileiro em 2,0% tanto para 2025 quanto para 2026. O FMI ressalta que as visões divulgadas agora são da equipe técnica do órgão, e não necessariamente representam as visões do seu Conselho Executivo. A revisão veio após o IBGE informar na semana passada que o PIB do país expandiu 1,4% no primeiro trimestre na comparação com os três meses imediatamente anteriores, mostrando forte aceleração em relação ao ritmo do final do ano passado sustentada pelo desempenho da agropecuária. "A equipe (do FMI) projeta uma moderação no crescimento de 3,4% em 2024 para 2,3% em 2025, em meio a condições monetárias e financeiras apertadas, redução do suporte fiscal e elevada incerteza global", apontou o FMI em nota. O Fundo citou ainda que a inflação deve alcançar 5,2% até o fim de 2025, antes de gradualmente convergir para a meta de 3% até o fim de 2027. A meta contínua do governo para a inflação é de 3% medida pelo IPCA, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. No médio prazo, o FMI calcula que o crescimento deve chegar a 2,5%, sustentado pela normalização da política monetária e fatores estruturais de suporte, "destacadamente a implementação da reforma do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) ... e aceleração da produção de hidrocarbonetos". "Reformas estruturais adicionais e a implementação do Plano de Transformação Ecológica darão mais impulso às perspectivas de crescimento de médio prazo", completou. O FMI citou ainda que os riscos às perspectivas de crescimento têm viés negativo em meio à elevada incerteza global, mas destacou que um sistema financeiro sólido, amplas reservas internacionais do governo e uma taxa de câmbio flexível contribuem para a resiliência do Brasil. Para o Fundo, o aperto monetário iniciado em setembro de 2024 pelo Banco Central foi apropriado e consistente para reduzir a inflação e as expectativas de inflação para a meta. O Banco Central volta a se reunir neste mês depois de elevar a taxa básica Selic para 14,75%, maior patamar em quase 20 anos, deixando em aberto o que fará agora e indicando a necessidade de uma dose alta de juros por período prolongado. "No contexto de elevada incerteza global e expectativas de inflação acima de níveis consistentes com a meta, manter a flexibilidade sobre o ritmo e extensão do ciclo de alta é prudente", disse o FMI. Em relação à política fiscal, o FMI sugeriu que, para colocar a dívida pública em trajetória firme de queda, abrir espaço par investimentos e facilitar a redução dos juros, é necessário um esforço fiscal mais sustentado e ambicioso, com um arcabouço fiscal melhorado, mobilização de receita e medidas de gastos.
Reuters
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