top of page
Buscar

CLIPPING DO SINDICARNE Nº 875 DE 03 DE JUNHO DE 2025

  • prcarne
  • 3 de jun.
  • 14 min de leitura
ree

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 875|03 de junho de 2025                              


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Semana abriu sem mudança de preços do boi gordo em SP, informou a Scot Consultoria

O boi gordo “comum” segue valendo R$ 302/@ nas praças paulistas, enquanto o “boi-China” é negociado por R$ 305/@, segundo apuração da consultoria. No PARANÁ: Boi: R$305,00 por arroba. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de seis dias

 

A semana começou com a maioria dos frigoríficos paulistas fora das compras de boiadas gordas, informou a Scot consultoria. Na comparação feita dia a dia, as cotações de todas as categorias não mudaram em relação aos preços do boi gordo de sexta-feira (30/6). Com isso, apurou a Scot, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 302/@ nas praças paulistas, a vaca gorda é vendida por R$ 275/@, a novilha está cotada em R$ 288/@ e o “boi-China” é negociado por R$ 305/@ (valores brutos, no prazo). “Com as chuvas atrasando o início da transição para a época seca do ano, o pecuarista conseguiu segurar mais o gado a pasto”, relatam os analistas da Agrifatto. Embora o viés de baixa tenha perdido um pouco de força nos últimos dias, o balanço de maio/25 aponta para uma forte queda no índice DATAGRO (praça paulista), utilizado como referência no fechamento dos contratos do boi negociados na bolsa B3. “O indicador iniciou maio em R$ 320,87/@ e terminou com uma queda acumulada de R$ 15,51/@, refletindo a volatilidade do mercado nesse período”, informou a Agrifatto. A última semana de maio seguiu o padrão sazonal de retração no consumo, o que resultou em queda nos preços de todas as proteínas no mercado atacadista de São Paulo, informa a Agrifatto. A carcaça casada do boi gordo recuou 1,67% na comparação semanal, fechando a última sexta-feira (30/5) a R$ 20,37/kg, segundo a consultoria. Todos os cortes bovinos apresentaram desvalorização, com destaque para o dianteiro, que teve a maior baixa do período semanal, com queda de 1,54%, para R$ 18,29/kg. Para a semana vigente, prevê a consultoria, a expectativa é de melhora na demanda interna, com o início de mês e o pagamento dos salários, trazendo maior sustentação aos preços das proteínas no curto prazo.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

CARNES

 

MAPA estima aumento de mais de 20% nas vendas externas de carne de 2025; carne bovina permanece como carro-chefe

O Painel de Comércio Exterior do MAPA estima que as exportações das carnes bovina, suína e de frango devem ultrapassar os 10,5 milhões de toneladas em 2025, aumentando mais de 20% em relação ao exportado no ano passado.

 

Em valores relativos, a maior contribuição para esse aumento continuará vindo da carne bovina, em relação à qual o ministério estima embarques 51% superiores aos de 2024, o que irá significar volume próximo de 3,860 milhões de toneladas. A carne suína vem na sequência, com aumento pouco superior a 15%. Assim, o volume do produto destinado ao mercado externo ficará próximo de 1,360 milhões de toneladas. A menor expansão – 7,38% de aumento – está sendo prevista para a carne de frango que, pela primeira vez em um único exercício, deve superar a marca dos 5 milhões de toneladas e alcançar algo em torno dos 5,3 milhões de toneladas. Apesar do incremento menor, a carne de frango ainda corresponderá a 50% do total de carnes exportadas, cabendo à carne bovina uma fatia de 37% (25% a mais que em 2024), restando à carne suína parcela de 13%. Considerando os volumes já exportados (carne in natura, exclusivamente, incluindo resultados parciais de maio já divulgados pela SECEX/MDIC), quem está mais próximo da meta é a carne de frango, pois embarcou pouco mais de 38% do total previsto para o ano. Os embarques de carne suína não estão muito distantes, visto corresponderem a mais de um terço do estimado. Já os de carne bovina representam, por ora, não mais que um quarto do total previsto para o ano.

MAPA

 

FRANGOS

 

Gripe aviária: RS elimina barreiras fixas em Montenegro

Minas Gerais tem maioria das suspeitas no país. Barreiras no entorno do foco da doença em Montenegro (RS) passaram a ser móveis, com variação de horários e locais

 

A Defesa Sanitária do Rio Grande do Sul retirou as quatro barreiras fixas no entorno de Montenegro (RS), onde houve o primeiro registro de gripe aviária de alta patogenicidade em granja comercial no Brasil. Os postos passaram a funcionar apenas como barreiras móveis, com variação de horários e locais. As autoridades justificaram a mudança na estabilidade no controle do vírus e à ausência de novos casos na região. O vazio sanitário de 28 dias na área em torno do foco da doença se encerra em 18 de junho. Se não houver nenhum outro registro até essa data, a região volta a ser livre da doença. “A mudança visa a maximizar o fator surpresa e melhorar a mobilização das equipes de fiscalização”, afirma Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA). A rotina de vistorias em propriedades rurais também passou por mudanças. As equipes da defesa sanitária ampliaram o intervalo de visitas nos locais. Agora, serão em quatro datas, até o dia 17 de junho, em toda a zona de segurança em torno da propriedade onde apareceu o foco da doença. Antes, era a cada três dias no raio de três quilômetros do foco, e a cada sete dias em um raio de 10 quilômetros. “Esta mudança na estratégia é considerada mais adequada para o atual contexto sanitário e demográfico da região, marcada pela ausência de produções comerciais e pela predominância de pequenas criações familiares”, explica Rosane. O Ministério da Agricultura registra 12 suspeitas de gripe aviária de alta patogenicidade sob investigação neste momento. A atualização mais recente das informações é desta segunda-feira, às 8h30. A maior parte das suspeitas está em Minas Gerais. São oito, seis em criações domésticas e de subsistência, nos municípios de Novo Cruzeiro, Ribeirão das Neves, Mateus Leme, Divinópolis, Bom Despacho e Lagoa da Prata. Em Belo Horizonte e Santo Antônio do Monte, as suspeitas são em aves silvestres. As autoridades sanitárias avaliam ainda dois possíveis casos de gripe aviária em criações de subsistência em Quixeramobim (CE) e Itajuípe (BA). Em Brasília (DF), está sob investigação uma suspeita em aves silvestres. O único possível caso de gripe aviária de alta patogenicidade em uma granja comercial está em avaliação no município de Anta Gorda (RS). O local fica a pouco mais de 130 quilômetros de Montenegro e foi onde, no ano passado, houve o registro do primeiro caso de doença de Newcastle no Brasil.

Globo Rural

 

Testes para gripe aviária em granja comercial em Anta Gorda dão negativo, aponta ministério

Os testes realizados em galinhas de uma granja comercial em Anta Gorda (RS), onde havia suspeita de gripe aviária altamente patogênica, deram negativo, de acordo com um documento do Ministério da Agricultura visto pela Reuters na segunda-feira.

 

Este era o único caso suspeito em granja comercial que estava sendo investigado pelo ministério no Brasil, o maior exportador global de carne de frango. Embargos comerciais geralmente são aplicados por países importadores quando o caso é registrado em granja comercial. Até o momento, o Brasil registrou gripe aviária em granja comercial apenas no município de Montenegro (RS), em meados de maio. Em 22 de maio, começou a valer um período de observação de 28 dias para a gripe aviária após a desinfecção completa da granja onde o primeiro surto foi detectado. Se nenhum outro caso em granja comercial for registrado, o Brasil poderá se autodeclarar livre de gripe aviária. O controle do surto permitiria ao Brasil retomar o comércio com países que suspenderam as importações de frango do país, como China e União Europeia. Nos dias seguintes ao primeiro caso no Brasil, 1,7 milhão de ovos foram destruídos no Rio Grande do Sul, de acordo com a Secretaria de Agricultura do Estado. O vírus matou cerca de 15.000 aves e a granja abateu outras 2.000.

Reuters

 

Jordânia e Kuwait reduzem restrições à carne de frango brasileira

Países reduziram a restrição relacionada à gripe aviária, que passou a ser limitada ao estado do Rio Grande do Sul, informou o Mapa

 

A missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ao Norte da África e ao Oriente Médio resultou em avanços importantes para o comércio exterior brasileiro. Um dos principais destaques foi a decisão da Jordânia e do Kuwait de reduzir as restrições aplicadas à carne de frango do Brasil, após reuniões técnicas e diplomáticas conduzidas pelo Mapa. Realizada entre os dias 26 de maio e 1º de junho, a missão passou por Argélia, Tunísia, Jordânia e Kuwait com o objetivo de reforçar a cooperação bilateral e ampliar as exportações agropecuárias brasileiras. A comitiva foi liderada pelo secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira, acompanhado pela diretora de Promoção Comercial, Ângela Peres. Na Jordânia, após a apresentação das medidas adotadas pelo Brasil para controlar o foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), as autoridades locais anunciaram a flexibilização da restrição imposta à carne de aves brasileira, que agora se limita ao estado do Rio Grande do Sul. O secretário adjunto propôs ainda a regionalização da medida para um raio de 10 km ao redor do foco, seguindo padrões internacionais, e sugeriu a atualização do Certificado Sanitário Internacional (CSI) entre os dois países com esse novo parâmetro. A proposta que será analisada pelas autoridades sanitárias jordanianas. Durante a missão, a delegação brasileira também recebeu, por parte das autoridades do Kuwait, a confirmação da redução da restrição imposta à carne de aves brasileira, que passou a ser limitada ao estado do Rio Grande do Sul. Os avanços obtidos na Jordânia e no Kuwait reforçam o trabalho transparente e efetivo que o Mapa vem conduzindo no enfrentamento da gripe aviária. As ações rápidas de controle, somadas ao diálogo fluido com nossos parceiros, estão permitindo reverter restrições impostas às exportações brasileiras de carne de frango, com base em critérios científicos e confiança mútua”, destacou o secretário adjunto Marcel Moreira. A missão também incluiu encontros na Argélia e na Tunísia, onde foram discutidas oportunidades de cooperação técnica, ampliação de exportações e novos acordos sanitários. Já na Tunísia, foram discutidas a ampliação das licenças de importação de carne bovina e de frango do Brasil, além da possibilidade de autorizar a exportação de carne resfriada. Também foi acordado o avanço nas negociações para autorizar a exportação de material genético brasileiro ao mercado tunisiano.

MAPA

 

GOVERNO

 

Ministro Carlos Fávaro embarca para França para cerimônia que reconhece o Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação

Ministro e comitiva oficial do Mapa seguem em missão a Portugal para visita à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, nos dias 7 e 8 de junho

 

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, embarca na próxima quarta-feira (4) para missão oficial na França e em Portugal, acompanhado de comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Na França, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Fávaro participa da cerimônia oficial que certifica o Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, promovida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris. O reconhecimento internacional representa um marco para a pecuária brasileira e abre novas oportunidades nos mercados externos. A agenda na capital francesa inclui ainda participação no Fórum Econômico Brasil-França, promovido pela ApexBrasil. O evento reúne autoridades, empresários e investidores dos dois países com o objetivo de ampliar parcerias comerciais e atrair investimentos. Em Portugal, a comitiva do Mapa estará presente na Feira Nacional de Agricultura (FNA 2025), em Santarém, que neste ano tem como tema as Biosoluções. No evento, o Brasil contará com cerca de cem produtores rurais brasileiros, com objetivo de ampliar o comércio bilateral, promover o agronegócio nacional e identificar oportunidades de investimento no setor.

MAPA

 

EMPRESAS

 

Minerva levanta R$ 1,715 bilhão do aumento de capital e recompra bonds

Montante representa cerca de 85,75% do valor máximo que a companhia busca, de R$ 2 bilhões. Minerva informou que concluiu a recompra de mais uma parcela dos bonds de 2028 e 2031

 

A Minerva Foods anunciou na segunda-feira (2/6) que conseguiu levantar R$ 1,715 bilhão no processo de aumento de capital só com os acionistas que detinham o direito de preferência na aquisição das novas ações. O montante representa cerca de 85,75% do valor máximo que a companhia busca, de R$ 2 bilhões. O período de preferência foi de 30 de abril a 29 de maio. Neste intervalo, foram subscritas 331.732.298 ações ordinárias ao preço de R$ 5,17 por ação. Inicialmente, a meta da Minerva era conseguir ao menos R$ 1 bilhão, contando com o apoio garantido de seus principais acionistas, a holding da família Vilela de Queiroz e o fundo saudita Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic). Há ainda uma rodada de sobras de ações a ser concluída nos próximos dias, o que pode elevar o valor do aumento de capital até o final do processo. Com os recursos levantados até o momento, a maior exportadora de carne bovina da América do Sul já iniciou o corte de suas dívidas. Em comunicado separado, a Minerva informou que concluiu a recompra de mais uma parcela dos bonds de 2028 e 2031, de US$ 7,3 milhões e US$ 232,8 milhões, respectivamente. O valor total da recompra foi de US$ 240,1 milhões. Outra recompra e cancelamento de bonds havia sido feita em março deste ano, de uma parcela de US$ 69 milhões. "Somadas, as operações totalizam um valor de aproximadamente R$ 1,8 bilhão, financiados através dos recursos provenientes do aumento de capital privado realizado pela companhia, e conforme divulgado no aviso aos acionistas na data de hoje", disse a empresa. "As referidas operações reforçam o compromisso da administração com a disciplina financeira, reduzindo alavancagem líquida, alavancagem bruta e as despesas financeiras futuras da companhia, buscando uma estrutura de capital mais eficiente e menos onerosa", acrescentou. A alavancagem da Minerva - medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda - cresceu em função da compra de 13 plantas da Marfrig concluída no ano passado no Brasil, Chile e Argentina. Outras três unidades que fazem parte do negócio seguem em análise das autoridades locais no Uruguai.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

População urbana do Paraná deve chegar a 94% em 2050, 986 mil pessoas a mais em 25 anos

Haverá redução da população que vive na zona rural e um maior adensamento nas áreas urbanas. 

 

Essa é a projeção prevista pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) para os próximos 25 anos no Paraná. A informação consta na Projeção Populacional Urbana e Rural dos Municípios Paranaenses no Período de 2025 a 2050, apresentada nessa segunda-feira (02/06) pelo secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia, e pelo diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado. Entre os números mais importantes do estudo, está a projeção, baseada nos Censos Demográficos de 2010 e 2022, de que o Grau de Urbanização do Paraná deverá crescer de 89,7%, em 2025, para 94% em 2050. Outro dado relevante é a redução da população rural do Estado, que deverá passar dos 11,1% atuais para 6% em 2050. Enquanto os centros urbanos devem ganhar 986.284 pessoas a mais nas próximas duas décadas e meia – crescendo de 10.672.024 habitantes, em 2025, para 11.658.308, em 2050 – a população vivendo nas áreas rurais deve cair de 1.218.556 pessoas, em 2025, para 745.523 em 2050 – 473.033 a menos. No ano passado, o Ipardes projetou que em 2050 a população do Paraná deve chegar a 12,4 milhões de pessoas. Segundo o secretário Ulisses Maia, essa urbanização acelerada exige um planejamento estratégico robusto. População urbana. A ampliação da população vivendo nas áreas urbanas segue uma tendência observada constantemente nos censos demográficos. De acordo com o estudo, o Grau de Urbanização do Paraná passou de 58,6% no Censo de 1980, para 73,4% em 1991, 81,4% em 2000, 85,3% em 2010 e 89% em 2022. A projeção para os próximos anos prevê um contingente urbano de 90,9% em 2030, 91,8% em 2035, 92,6% em 2040, 93,4% em 2045, e 94% em 2050. Além disso, o estudo aponta que 147 municípios terão a mesma ou uma proporção superior à do Estado na população urbana, ou seja, com 94% ou mais das pessoas vivendo nas cidades. Atualmente, 100% da população de Curitiba e de Pinhais, na Região Metropolitana (RMC), residem em áreas classificadas como urbanas. Até 2025, mais três cidades devem ser incorporadas a esse grupo: Maringá, no Noroeste, Piraquara e Fazenda Rio Grande, também na RMC. O Estado já é o quinto no Brasil com a maior população urbana atualmente, atrás do Rio de Janeiro (97,9%), São Paulo (96,8%), Distrito Federal (96,5%) e Goiás (93,2%). Na outra ponta da tabela está o Piauí, com 69,4%. População rural. Por outro lado, 17 municípios poderão ter acréscimo de pessoas vivendo em áreas rurais, somando aproximadamente 16,5 mil moradores a mais: Almirante Tamandaré, Araucária, Atalaia, Balsa Nova, Colombo, Itaperuçu, Lobato, Matinhos, Paiçandu, Palmas, Piên, Santa Terezinha de Itaipu, Quatro Barras, Colorado, Rio Branco do Sul, Santo Antônio do Sudoeste e Tapejara. Mais da metade desse crescimento, um total de 52,57%, deve se concentrar em três municípios da RMC: Araucária, Balsa Nova e Itaperuçu. A projeção aponta ainda que, em 2050, 13 municípios permanecerão com mais da metade da população em áreas rurais. Quitandinha, na RMC, deverá ser o município com maior participação rural, com 69,6% da população vivendo nessas áreas.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar segue exterior e cai ante real após novas ameaças de Trump

As preocupações sobre a política comercial dos Estados Unidos, após o presidente norte-americano Donald Trump fazer novas ameaças tarifárias, foram o gatilho para a queda do dólar ao redor do mundo na segunda-feira, inclusive no Brasil

 

O dólar à vista fechou em baixa de 0,81%, aos R$5,6740. No ano, a divisa dos EUA acumula perdas de 8,17% ante o real. Às 17h06 na B3 o dólar para julho -- o mais líquido atualmente no Brasil -- cedia 1,02%, aos R$5,7095. Na sexta-feira o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que planeja aumentar as tarifas sobre aço e alumínio importados de 25% para 50%, elevando a pressão sobre os produtores globais de aço. Também na sexta-feira, Trump acusou a China de violar um acordo entre os dois países para reduzir mutuamente as tarifas e as restrições comerciais sobre minerais essenciais. Os ataques de Trump seguiram reverberando nos mercados, com os investidores globais se desfazendo de dólares e de Treasuries, em meio às incertezas sobre a política comercial dos EUA. No Brasil, a moeda norte-americana oscilou em baixa ante o real durante toda a sessão. “Vi o real se valorizando neste primeiro pregão do mês muito em linha com uma queda global do dólar. Acho que houve aí um movimento um pouco coordenado do mercado, de realocação de posições”, comentou durante a tarde o diretor da assessoria FB Capital, Fernando Bergallo. Na manhã da segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que espera solucionar nesta semana a questão das mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) combinadas com medidas estruturais que busquem equacionar a questão fiscal. Segundo Haddad, os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mostraram disposição em discutir medidas fiscais estruturais, e não apenas soluções paliativas para as contas públicas.

Ao longo da tarde a moeda voltou a aprofundar as perdas ante o real, com o fator externo se sobressaindo.

Reuters

 

Ibovespa tem queda modesta com B3 entre principais pressões

O Ibovespa fechou com um declínio modesto nesta segunda-feira, sem fôlego para sustentar os ganhos da primeira etapa do pregão, quando chegou a superar os 138 mil pontos. Itaú e B3 estiveram entre as maiores pressões de baixa, enquanto Gerdau foi destaque positivo.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,18%, a 136.786,65 pontos, tendo marcado 138.471,1 pontos na máxima e 136.482,87 pontos na mínima do dia.

O volume financeiro somou R$20,8 bilhões. De acordo com análise gráfica da Ágora Investimentos, a queda na sexta-feira levou o Ibovespa abaixo da média diária de 21 períodos, sinalizando possível extensão do movimento negativo em direção ao fundo anterior nos 135 mil pontos. Para analistas do BB Investimentos, o último mês do semestre será marcado por cautela devido a vários fatores de risco, como as tarifas comerciais e o agravamento do risco fiscal nos Estados Unidos, que não devem aliviar a volatilidade dos mercados. Eles destacaram, contudo, que o Ibovespa tem se beneficiado do fluxo estrangeiro, apesar da maior percepção de risco global. Dados da B3 mostram saldo positivo de R$12,16 bilhões em maio até dia 29.

Reuters

 

Mercado reduz projeção para inflação em 2025 no Focus

Analistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para a inflação brasileira neste ano, mantendo a previsão para a alta dos preços em 2026, enquanto subiram a expectativa em relação ao crescimento da economia no próximo ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para a inflação, medida pelo IPCA, é agora de 5,46% ao fim deste ano, acima da previsão de 5,50% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção da alta dos preços foi mantida em 4,50%. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A mudança vem na esteira da divulgação de dados para o IPCA-15 de maio na semana passada, que desacelerou e ficou abaixo do esperado em maio, levando o resultado em 12 meses a mostrar algum alívio. O índice teve alta de 0,36% em maio, após subir 0,43% no mês anterior, e de 5,40% em 12 meses, ante ganho de 5,49% em abril. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o Produto Interno Brasileiro (PIB) suba 1,80% no próximo ano, acima da projeção de crescimento de 1,70% na semana anterior. Para 2025, a expectativa para a expansão econômica caiu ligeiramente a 2,13%, de ganho de 2,14% anteriormente. Sobre a política monetária do Banco Central, houve manutenção na expectativa para a taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das projeções para a Selic ao final de 2025 é de 14,75%, enquanto para o término de 2026 a previsão é de que a taxa atinja 12,50%, no que foi a 18ª semana consecutiva de manutenção desse patamar. No momento, a Selic está em 14,75% ao ano. No Focus desta segunda, houve ainda manutenção nas expectativas para os preços do dólar no final de 2025, a R$5,80, e 2026, a R$5,90. A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 6,8% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.

Reuters

 

POWERED BY

EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA

041 3289 7122

041 99697 8868

 

 

 
 
 

Comentários


bottom of page