CLIPPING DO SINDICARNE Nº 874 DE 02 DE JUNHO DE 2025
- prcarne
- 2 de jun.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 874 | 02 de junho de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi gordo: fim de maio abriu esperança de altas na arroba
Nos últimos dias, o mercado físico do boi gordo tem registrado negociações lentas, porém com cotações predominantemente estáveis, informa a Agrifatto, que acompanha diariamente os negócios em 17 praças brasileiras. No PARANÁ: Boi: R$305,00 por arroba. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de seis dias
A esperança de um mercado doméstico de carne bovina mais aquecido no começo de junho/25, em razão da entrada do salário nas contas dos trabalhadores, além do patamar elevado das exportações da proteína, cria um clima mais otimista entre os pecuaristas, que apostam no fim do período de baixa que tanto marcou o mercado ao longo de maio/25. Segundo levantamento da Agrifatto, nas praças de SP, MG, MS e GO, a escassez de fêmeas destinadas ao abate tem ajudado a sustentar os preços do boi gordo, que já começam a esboçar tendência de alta. Nas regiões do PA, TO, AC e RO, a ampla disponibilidade de fêmeas tem preenchido as escalas de abate dos frigoríficos locais, pressionando os preços dos machos para baixo. No entanto, afirmam os analistas, essa dinâmica começa a se alterar, pois percebe-se uma redução gradual da participação das fêmeas nas programações de abate. Na sexta-feira (30/5), o boi gordo “comum” se manteve em R$ 300/@ nas praças de São Paulo, enquanto o “boi-China” continuou valendo R$ 310/@, de acordo com dados da Agrifatto. Pelo levantamento da Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi gordo “comum” seguiu cotado em R$ 302/@, a vaca gorda em R$ 275/@, a novilha gorda em R$ 288/@ e o “boi-China” em R$305,00/@ (preços são brutos e a prazo). No mercado futuro, após uma sequência de quedas na semana passada, a B3 engatou uma onda de valorização nos contratos do boi gordo. Na quinta-feira (29/5), por exemplo, o contrato com vencimento em junho/25 encerrou o pregão cotado a R$ 312,55, com alta de 0,82% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (30/5), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00 Média: R$305,00 Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$300,00 Boi China: R$310,00 Média: R$305,00 Vaca: R$275,00. Novilha R$290,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$275,00 a arroba. Boi China: R$285,00. Média: R$280,00. Vaca: R$250,00 Novilha: R$260,00 Escalas de abate de sete dias. PARÁ: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China/Europa: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$265,00 a arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$250,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$280,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Escalas dos frigoríficos estão menores
Com a estratégia de retenção de boiadas nos pastos, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros recuaram na maioria das praças monitoradas semanalmente pela Agrifatto.
A média brasileira encerrou a sexta-feira (30/5) em 8 dias úteis, uma redução de 1 dia em relação ao quadro registrado na sexta-feira anterior (23/5). “A programação atual segue abaixo do registrado há um ano, quando encerrou a semana com 14 dias úteis”, compara a Agrifatto. De todas as praças monitoradas, o destaque ficou para Rondônia, que elevou sua programação de abate em 2 dias úteis, finalizando a semana em 12 dias programados. No entanto, as praças de Minas Gerais e de Tocantins recuaram 2 dias úteis, na comparação com a semana encerrada em (23/5), finalizando a sexta-feira (30/5) em 8 dias úteis de programação de abate. Goiás também teve queda semanal 2 dias úteis em sua escala de abate, encerrando o período em 7 dias programados. As demais praças acompanhadas pela Agrifatto registraram retração semanal de 1 dia de programação de abate. As praças paulista e paraense finalizaram a semana em 8 dias úteis. O Mato Grosso encerrou o período semanal com 7 dias úteis. Mato Grosso do Sul e Paraná registraram as menores escalas, finalizando a semana com as escalas curtas, em apenas 6 dias.
Portal DBO
SUÍNOS
Mercado de suínos têm quedas leves na sexta-feira (30)
As cotações no mercado de suínos caíram com menos força na sexta-feira (30). Segundo análise do Cepea, após um período de estabilidade, os preços do suíno vivo posto na indústria caíram nos últimos dias, na maior parte das regiões acompanhadas pelo órgão.
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 154,00, enquanto a carcaça especial caiu 0,82%, fechando em R$ 12,10/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (29), houve queda de 0,12% no Paraná, chegando a R$ 8,00/kg, e de 0,77% em Santa Catarina, atingindo R$ 7,69/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,11/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,99/kg) e São Paulo (R$ 8,44/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango: preços em queda na sexta-feira
De acordo com informações do Cepea, os preços internos da carne de frango têm caído com força. A pressão está atrelada sobretudo à maior oferta que vem sendo realocada ao mercado doméstico há duas semanas, com a confirmação de caso do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS).
Agentes consultados pelo Cepea observaram nestes últimos dias um fluxo mais intenso de produtos avícolas do Sul do País a preços mais competitivos, resultando em um desequilíbrio de oferta e demanda na região. Vale lembrar que o Sul é a maior região produtora e exportadora de carne de frango do Brasil. Por sua vez, a demanda doméstica pela proteína está enfraquecida, principalmente neste período de encerramento de mês, quando o poder de compra da população é menor. Esse contexto reforça o movimento de retração nos valores de negociação da carne. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo caiu 1,75%, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 1,42%, custando, em média, R$ 6,95/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, enquanto no Paraná, houve queda de 0,19%, valendo R$ 5,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (29), a ave congelada ficou estável, custando R$ 8,19/kg, assim como o frango congelado, fechando em R$ 8,26/kg.
Cepea/Esalq
China emite proibição à importação de carne de frango de todo Brasil
A China proibiu todas as importações de carne de frango e produtos relacionados do Brasil devido a um caso de gripe aviária, duas semanas após suspender os pedidos de importação das granjas avícolas do país.
Todas as importações diretas e indiretas de carne de frango brasileira estão proibidas e serão devolvidas ou destruídas se trazidas ou enviadas para o país, informou a Administração Geral de Alfândegas da China em um aviso em seu site datado de 29 de maio. A Administração Geral de Alfândegas da China também informou que todos os resíduos animais e vegetais de navios que chegam do Brasil devem ser tratados sob supervisão aduaneira e não descartados sem autorização. O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango e maior fornecedor do produto para a China, confirmou um caso de gripe aviária em granja avícola comercial na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, em 16 de maio, desencadeando uma série de proibições comerciais internacionais. O governo brasileiro já considerava o embargo total da China desde o início da crise, conforme regras de protocolos sanitários entre os países, mas solicitou que o país restringisse o embargo a produtos avícolas apenas da cidade onde ocorreu o caso. O anúncio sinaliza que Pequim ignorou o pedido de uma proibição limitada. China, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos estão entre os principais destinos das exportações de frango do Brasil. Os outros três países impuseram proibições apenas em nível estadual. A União Europeia e a Coreia do Sul também proibiram o frango brasileiro. O Brasil exportou cerca de US$10 bilhões em carne de frango em 2024, representando cerca de 35% do comércio global, tornando uma proibição nacional dolorosa não apenas para os produtores brasileiros, mas também para os grandes importadores. Os produtores brasileiros têm contado com a aproximação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês Xi Jinping para flexibilizar a proibição do comércio de aves.
Reuters
Frango/Cepea: Maior oferta realocada ao mercado doméstico derruba preços
Levantamento do Cepea mostra que os preços internos da carne de frango têm caído com força.
A pressão está atrelada sobretudo à maior oferta que vem sendo realocada ao mercado doméstico há duas semanas, com a confirmação de caso do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS). Atualmente, a União Europeia e mais outros 24 países embargaram a commodity de todo o território brasileiro, 16 outros países restringiram as compras de carne com origem do Rio Grande do Sul e dois países deixaram de comprar a proteína oriunda do município de Montenegro. De fato, agentes consultados pelo Cepea observaram nestes últimos dias um fluxo mais intenso de produtos avícolas do Sul do País a preços mais competitivos, resultando em um desequilíbrio de oferta e demanda na região. Vale lembrar que o Sul é a maior região produtora e exportadora de carne de frango do Brasil. Por sua vez, a demanda doméstica pela proteína está enfraquecida, principalmente neste período de encerramento de mês, quando o poder de compra da população é menor. Esse contexto reforça o movimento de retração nos valores de negociação da carne.
Cepea
Gripe aviária pode afetar resultados de empresas do agro no segundo trimestre
Para analistas, doença tende a pesar sobre balanços do intervalo de abril a junho. Produção de carne de frango: gripe aviária pode afetar resultados de empresas do agro no segundo trimestre
O primeiro caso de gripe avi[aria de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial no Brasil, confirmado em 16 de maio em Montenegro (RS), levou dezenas de países a suspenderem as compras de carne de frango e subprodutos brasileiros. Em maior ou menor proporção, esse impacto deve aparecer nos balanços das empresas do agro no segundo trimestre. “Alguma coisa vai acontecer [nos balanços], é difícil fugir disso. Ainda que os exportadores consigam redirecionar a produção, mais de 40% das exportações brasileiras foram alvo de embargo. Um mercado do tamanho da China é difícil redirecionar”, disse Guilherme Palhares, analista do Santander, ao Valor. Por força de um protocolo firmado entre os dois países, os embarques de carne de frango de todo o Brasil para a China foi suspenso assim que saiu a confirmação da doença. O governo e as autoridades sanitárias brasileiras buscam regionalização dos embargos que ainda são nacionais, na tentativa de que o bloqueio ao comércio fique restrito ao Rio Grande do Sul, ao município de Montenegro ou ao raio de 10 km no entorno da cidade. Palhares ressalta que a intensidade dos efeitos sobre as empresas de proteína animal vai depender do andamento da doença no país. Para o especialista, a transparência de informações do Ministério da Agricultura na condução do problema é um fator relevante para as relações comerciais. Nesse contexto, as companhias mais afetadas seriam justamente algumas das que estiveram em destaque nos resultados do primeiro trimestre: Seara, do grupo JBS, e a BRF, que está em processo de fusão com sua controladora, a Marfrig. “Na segunda temporada de balanços, podemos esperar queda nas margens [dos frigoríficos de frango] que devem ser compensadas pela carne bovina, mas as próximas semanas podem ser cruciais para essa decisão”, afirmou Gabriel Hartt, analista agro da Terra Investimentos. Ainda em análise sobre o cenário para o segundo trimestre, Hartt estima que os preços do frango tendem a cair, o que pode atrair a demanda dos consumidores locais para essa proteína. Além disso, as exportações de carne bovina caminham para avançar de maneira expressiva, o que pode encarecer o produto no mercado interno, avalia. Em contrapartida, o especialista diz que, de forma geral, neste ano, as empresas de agro estão se mostrando muito resilientes aos movimentos do cenário macro, cada uma com uma estratégia diferente.
Valor Econômico
GOVERNO
Lula irá à França para se encontrar com Macron e tratar do acordo eu Mercosul
A lei antidesmatamento da UE também estará na pauta do encontro dos dois presidentes, na próxima semana, confirmou o Ministério de Relações Exteriores (MRE) na sexta-feira (30)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá à França na próxima semana e conversará com o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o acordo entre Mercosul e União Europeia e sobre a lei antidesmatamento. As tratativas sobre esses temas foram confirmadas pelo Ministério de Relações Exteriores (MRE) na sexta-feira (30). Com a França sendo um país que já se opôs ao fechamento do acordo entre os blocos, o MRE vê o contexto político e de guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China como positivo para o andamento das negociações. Ao mesmo tempo, o Senado aprovou, na semana passada, um projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental. Se sancionada como foi chancelada pela Casa, a matéria pode dificultar as negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia, de acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A lei antidesmatamento, por sua vez, que vai entrar em vigor no final deste ano, restringe as importações de sete commodities e seus derivados produzidos em locais desmatados a partir de 2021. Essa norma da União Europeia preocupa o setor do agronegócio brasileiro e foi, inclusive, uma das motivações de uma lei aprovada pelo Congresso e sancionada por Lula, este ano, que permite ao governo brasileiro aplicar a reciprocidade após medidas protecionistas adotadas de forma unilateral por outros países. As conversas entre Brasil e França acontecem também após a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e a senadora Tereza Cristina (PP-MS), esta semana, pedirem à Comissão Europeia uma investigação formal contra o Carrefour e outras três varejistas francesas pela suspensão da compra de carne do Brasil em novembro do ano passado. Em coletiva de imprensa para a divulgação de como será a viagem do presidente, os embaixadores não deram mais detalhes sobre quais pontos seriam abordados por Lula em relação a esses temas. O órgão também não divulgou qual será a comitiva que o acompanhará. Além dos encontros com Macron, Lula participará entre os dias 4 e 9 de junho da 3ª Conferência das Nações Unidas para os Oceanos, na cidade francesa de Nice, e de uma cerimônia de certificação do Brasil como um país livre de febre aftosa sem vacinação.
Valor Econômico
Abertura de dez novos mercados para a exportação agropecuária brasileira
Com os anúncios, o agronegócio brasileiro atinge 381 desde o início de 2023
O governo brasileiro concluiu, nesta semana, dez negociações na área agrícola com seis parceiros comerciais: Bahamas, Cameroun, Coreia do Sul, Costa Rica, Japão e Peru. As novas autorizações contemplam uma variedade de produtos, como carne bovina, carne suína, carne de aves e seus derivados, material genético bovino, material genético avícola, óleo de peixe e produtos do etanol de milho. Nas Bahamas, as autoridades locais aprovaram o certificado sanitário para que o Brasil exporte carne bovina, carne suína, carne de aves e seus produtos. Essa abertura reflete o elevado grau de confiança no sistema de controle sanitário brasileiro e poderá contribuir para a segurança alimentar da população bahamense. No Cameroun, as autoridades locais aprovaram a exportação de bovinos vivos para reprodução e material genético bovino pelo Brasil, o que permitirá o fortalecimento da pecuária local, além de oferecer aos produtores brasileiros oportunidades futuras para ampliação de negócios na África. Na Coreia do Sul, as autoridades locais autorizaram a exportação de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia), reforçando a liderança do Brasil nessa área e o reconhecimento internacional sobre a qualidade, a sanidade e a rastreabilidade do plantel brasileiro. Na Costa Rica, as autoridades locais autorizaram as exportações brasileiras de “grãos secos de destilaria” (DDG e DDGS, na sigla em inglês). Trata-se de um subproduto do etanol de milho que constitui fonte valiosa de proteína para alimentação animal e que, pelas características produtivas, reflete as credenciais de sustentabilidade da produção bioenergética brasileira. No Japão, as autoridades sanitárias autorizaram a exportação de óleo de peixe produzido no Brasil, o que corrobora o elevado nível de confiança depositado por aquele país nos padrões sanitários brasileiros. No Peru, as autoridades sanitárias aprovaram a exportação de filé de tilápia refrigerada ou congelada do Brasil. Essa abertura poderá ampliar as oportunidades de negócio para a piscicultura nacional, uma vez que o país andino é grande importador de pescados. Com os anúncios, o agronegócio brasileiro atinge 381 desde o início de 2023.
MAPA
Crescimento da economia brasileira é impulsionado pelo agro no primeiro trimestre, diz Mapa
PIB cresceu 2,9% no primeiro trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior. Comparando o último trimestre de 2024, avanço foi de 1,4%, com destaque para a agropecuária (12,2%)
Puxando o crescimento da economia do país, a agropecuária brasileira cresceu 12,2% no primeiro trimestre de 2025, no comparativo do último trimestre de 2024. O setor teve a maior alta entre as atividades e refletiu diretamente no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que aumentou 1,4%, neste comparativo. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), que divulgou os dados na sexta-feira (30). Segundo o relatório, pela ótica da produção, destaca-se o crescimento da Agropecuária e, também, houve alta nos Serviços (0,3%). “O agro foi o grande responsável por esse crescimento. É a força da economia brasileira puxada pela agropecuária. Fruto de um trabalho de investimento no Plano Safra recorde e ampliação das oportunidades comerciais”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Já no comparativo do mesmo período de 2024, o PIB teve crescimento de 2,9% no primeiro trimestre de 2025. A Agropecuária cresceu 10,2%, principalmente, pelo bom desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade. No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Lspa) divulgado em maio pelo Ibge, entre os produtos com safra no 1º trimestre e crescimento na estimativa de produção anual, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%). O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2025 cresceu 3,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou dos avanços de 3,2% do Valor Adicionado a preços básicos e de 5,2% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado nesta comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (1,8%), Indústria (3,1%) e Serviços (3,3%).
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná lidera crescimento da atividade econômica do Brasil no 1º trimestre
O Paraná teve o maior aumento da atividade econômica entre estados no Brasil no primeiro trimestre, com 8,5%. O resultado é duas vezes superior à média nacional no período, que foi de 3,7%. Os dados são do Banco Central e foram compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O comparativo é com o mesmo período do ano passado.
Depois do Paraná estão Santa Catarina (7,6%), Goiás (6,4%) e Bahia (5%) no IBCR (Índice de Atividade Econômica Regional) no 1º trimestre deste ano. O Banco Central pesquisa treze Unidades da Federação. A única variação negativa foi em Pernambuco, com -2%. Especificamente em março de 2025, o crescimento do Estado do Paraná atingiu 12,7%, sendo, novamente, o melhor resultado do Brasil. Santa Catarina, Goiás e Bahia (2º, 3º e 4º colocados, respectivamente), cresceram 8,1%, 7,9% e 6,8%. O Brasil avançou 3,5%. Em março, o Paraná já tinha registrado um aumento de 15,1% no volume de produção industrial em comparação com o mesmo mês de 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho foi o maior entre os estados e ficou muito acima da média nacional, que teve crescimento de 3,1% no mesmo período. No primeiro trimestre do ano os setores de comércio e serviços tiveram grandes expansões. Entre janeiro e março de 2025, as vendas do comércio cresceram 3,9%% na comparação com o mesmo período de 2024, enquanto as receitas nominais aumentaram 8,3%. Em relação aos serviços, no acumulado do ano até março o crescimento do Paraná foi de 1,2%. O Índice de Atividade Econômica Regional é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para medir o ritmo da economia e antecipa tendências do Produto Interno Bruto (PIB) antes da divulgação oficial do IBGE.
Agência Estadual de Notícias
Em um mês, 43,4% dos rebanhos foram atualizados no Paraná: prazo é 30 de junho
Mais de 79 mil explorações pecuárias atualizaram o cadastro na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) no primeiro mês da Campanha de Atualização de Rebanhos.
De um total superior a 184 mil explorações pecuárias no Estado, a campanha encerra o mês de maio com 43,4% das propriedades regularizadas. Os produtores têm até o dia 30 de junho para realizar a atualização junto à Adapar. Os dados de cada região são organizados conforme as 23 áreas de abrangência dos Escritórios Regionais da Adapar. A regional de Toledo se destacou, completando mais de 66% das atualizações, com 7.482 propriedades cadastradas. Na sequência, aparecem as regionais de Ivaiporã, com 2.695 explorações - 49% do total, e Cianorte, com 2.070 propriedades atualizadas, também com valor próximo de 49%. Por outro lado, algumas regionais apresentaram índices mais baixos. Em Paranaguá, das 443 propriedades cadastradas, apenas 95 realizaram a atualização, o que representa pouco mais de 21%. Em Curitiba, 28% das explorações foram regularizadas; de um total de 10.819, mais de 7 mil ainda precisam atualizar os dados. Na regional de União da Vitória, o índice de atualização é de 37%, restando mais de 3 mil propriedades das 5.408 existentes. Com o fechamento do primeiro mês da campanha, o chefe do Departamento de Saúde Animal (DESA) da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, faz um alerta aos produtores: “É fundamental que os produtores não deixem para a última hora a atualização do seu rebanho na Adapar. A atualização é obrigatória e garante a regularidade das atividades pecuárias no Estado”. Ele reforça ainda que o não cumprimento da obrigação impede a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento essencial para a movimentação de animais entre propriedades e para o abate nos frigoríficos. A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe quase 1% puxado por exterior e fecha semana acima dos R$5,70
O dólar fechou a sexta-feira com alta firme e novamente acima dos R$5,70, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana no exterior após novos atritos comerciais entre Estados Unidos e China, em sessão marcada ainda pela disputa no Brasil pela formação da taxa Ptax de fim de mês.
O dólar à vista fechou em alta de 0,96%, aos R$5,7205. Na semana, a divisa acumulou elevação de 1,30% e, no mês, avanço de 0,78%. Às 17h26, na B3, o dólar para julho -- que passou a ser o mais líquido nesta sexta-feira -- subia 0,94%, aos R$5,7590. Desde cedo os negócios com moedas foram impactados por declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, acusando a China de violar um acordo entre os dois países para reduzir mutuamente as tarifas e as restrições comerciais sobre minerais essenciais. Os receios em torno da guerra tarifária entre EUA e China penalizaram ativos de países emergentes ao redor do mundo, incluindo o real. “O dólar está subindo lá fora, e é claro que o mercado no Brasil anda junto com este movimento”, comentou durante a tarde João Oliveira, head da mesa de operações do Banco Moneycorp, ao justificar o avanço da moeda norte-americana ante o real. “Também continuamos com a discussão sobre o IOF, que não acabou e não deve acabar tão cedo. A semana foi inteira impactada por isso, e hoje continua”, acrescentou. Na semana passada o governo Lula anunciou elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para uma série de operações cambiais e de crédito, para aumentar a arrecadação e, deste modo, cumprir sua meta fiscal. Ainda que o governo tenha voltado atrás em algumas medidas, as demais seguem ameaçadas pela ação do Congresso, que pressiona pela derrubada do decreto que alterou alíquotas do imposto. A divulgação pela manhã da alta de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre do ano, na comparação com os três meses anteriores, teve impacto direto na curva futura de juros, mas acabou ficando em segundo plano no mercado de câmbio.
Reuters
Ibovespa fechou em queda com realização de lucros, mas acumulou alta em maio
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, com o viés externo desfavorável a risco endossando movimentos de realização de lucros, conforme encerrou mais um mês com desempenho acumulado positivo, período em que renovou máximas históricas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,09%, a 137.026,62 pontos, contabilizando perda de 0,58% na semana, mas alta de 1,45% em maio. Na máxima do dia, o Ibovespa marcou 138.637,35 pontos. Na mínima, foi a 136.725,85 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$31,28 bilhões. "Após mais um mês de rali positivo para as ações brasileiras, o Ibovespa corrigiu parte dos ganhos recentes", afirmou o analista-chefe da Levante Inside Corp, Eduardo Rahal. Novas ameaças na disputa comercial entre Estados Unidos e China corroboraram a cautela, com a Casa Branca afirmando que prepara novas ações contra Pequim após o presidente Donald Trump acusar o país asiático de violar um acordo com Washington. Em Wall Street, o S&P 500 fechou estável, tendo ainda no radar dados de abril sobre a inflação nos EUA. "Trump reacendeu o risco de uma guerra comercial ao acusar a China de violar o acordo tarifário firmado recentemente. Isso gerou uma nova onda de aversão ao risco", afirmou o especialista em investimentos Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital. No Brasil, o último pregão de maio também foi marcado pela repercussão do PIB no Brasil, que cresceu 1,4% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, puxado pela agropecuária, em linha com as expectativas. "Já antevíamos um PIB mais forte no primeiro trimestre, com uma participação relevante da agricultura. Isso foi justamente o que aconteceu", afirmaram economistas do Bradesco, em relatório a clientes na sexta-feira. "Por outro lado, as componentes cíclicas tiveram desempenho mais moderado, refletindo um menor dinamismo da demanda doméstica do que o resultado agregado pode aparentar", acrescentaram, vislumbrando uma desaceleração ao longo do ano.
Reuters
Brasil cresce 1,4% no 1º tri com desempenho mais forte da agropecuária em 2 anos
A economia do Brasil cresceu acima de 1% no primeiro trimestre sustentada pelo desempenho mais forte da agropecuária em dois anos, iniciando com força um ano em que se espera moderação da atividade à frente diante da política monetária contracionista.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil expandiu 1,4% no primeiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. O resultado ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters para o período de janeiro a março e foi o mais elevado desde o segundo trimestre do ano passado (+1,5%). O desempenho mostrou ainda forte aceleração em relação ao ritmo do final do ano passado, quando o PIB expandiu 0,1% no quarto trimestre em dado revisado pelo IBGE de 0,2% informado antes. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB teve expansão de 2,9%, contra expectativa de 3,2% nessa base de comparação. A agropecuária, com peso de cerca de 6,5% na economia, foi o principal responsável pela expansão da atividade econômica nos três primeiros meses do ano, com crescimento de 12,2%% em relação ao quarto trimestre.
Esse desempenho foi o mais forte para o setor desde o primeiro trimestre de 2023 -- a leitura forte já era esperada por analistas diante de condições climáticas favoráveis, ganhos de produtividade e uma produção recorde de soja. "O agro tem dois efeitos positivos, por conta do clima mais favorável e por conta de colheitas concentradas no primeiro semestre, como soja, arroz, milho e fumo. A soja é nossa principal lavoura e concentra no primeiro semestre", disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. "Fora o efeito clima e concentração, tem a base deprimida de 2024 e um aumento da produtividade. A conjuntura está toda favorável para o setor agropecuário", completou. Ainda no lado da produção, os serviços -- setor que responde por cerca de 70% da economia do país -- tiveram expansão de 0,3%, depois de crescerem 0,2% no quarto trimestre do ano passado. "O grande destaque dentro dos serviços ... foi a atividade de serviços de informação e comunicação, especialmente devido ao aumento de Internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade cresceu mais de 38% desde a pandemia”, disse Palis, destacando o avanço de 3,0% dessa atividade no primeiro trimestre em relação ao quarto. Por outro lado, a indústria teve retração de 0,1% no período, após oito trimestres seguidos no azul, pressionada pelos setores de transformação (-1,0%) e de construção (-0,8%). "O setor industrial está sendo negativamente afetado pela política monetária restritiva”, disse Palis. Já do lado das despesas, o destaque foi a Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, que cresceu 3,1%, ritmo mais intenso em um ano. Ainda assim, somente esse indicador e a indústria estão abaixo do pico da série, em 2013, sob o efeito dos juros elevados, segundo o IBGE. As despesas das famílias também ajudaram no desempenho do PIB no primeiro trimestre com um aumento de 1,0%, depois de apresentaram retração no final de 2024, refletindo um mercado de trabalho aquecido e aumento da renda. As despesas do governo cresceram 0,1%, desacelerando ante taxa de 0,5% no trimestre anterior. No setor externo, tanto as exportações de bens e serviços quanto as importações de bens e serviços cresceram, respectivamente 2,9% e 5,9%. Um mercado de trabalho aquecido e políticas de estímulo ao consumo e ao crédito adotadas pelo governo, como o novo programa de crédito consignado, vêm ajudando a mitigar os efeitos na economia da política monetária contracionista e da inflação persistente. Mas passado o tradicional efeito da agropecuária em início de ano, a expectativa é de que a economia mostre desaceleração gradual ao longo do ano, conforme o impacto dos juros altos sobre a atividade se torne mais visível. Em revisão na semana passada, o Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o PIB brasileiro de 2,3% para 2,4% neste ano, mantendo a previsão de expansão de 2,5% em 2026.
Reuters
Dívida pública bruta fica em 76,2% do PIB em abril, mostra BC
A dívida pública bruta do Brasil como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 76,2% em abril, de 75,9% no mês anterior, informou o Banco Central nesta sexta-feira. No mês, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$14,150 bilhões. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam saldo positivo de R$17,4 bilhões.
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