CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 866 DE 21 DE MAIO DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5 | nÂș 866 | 21 de maio de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASIL
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Boi gordo: viés de baixa se fortalece e preços perdem valor em SP, PR, MT, MS, RO e outras praças
Desde a confirmação de um caso de influenza aviĂĄria no Rio Grande do Sul na Ășltima sexta-feira (16/5), o mercado fĂsico do boi gordo passou a enfrentar um ambiente de insegurança, incertezas e de elevada volatilidade, relatam os analistas da Agrifatto. No PARANĂ: Boi: R$300,00 por arroba. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias.
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A suspensĂŁo das exportaçÔes gerou a expectativa de que um grande volume de carne de frango seja redirecionado ao consumo interno, desorganizando a comercialização de animais para abateâ, acrescentam os especialistas. Com isso, imediatamente, grandes frigorĂficos interromperam as compras de boiadas gordas por tempo indeterminado, informou a consultoria. Na terça-feira (20/5), sob intensa pressĂŁo baixista, os preços do boi gordo recuaram em 8 das 17 praças monitoradas pela Agrifatto: SP, AC, MA, MS, MT, PR, RO e SC. Nas demais regiĂ”es (AL, BA, ES, GO, MG, PA, RJ, RS e TO), as cotaçÔes ficaram estĂĄveis, acrescentou a consultoria. Pelos dados apurados pela Agrifatto, nas praças paulista, o boi gordo âcomumâ agora vale R$ 305/@ e âboi-Chinaâ estĂĄ cotado em R$ 315/@. Segunda o levantamento diĂĄrio realizado pela Scot Consultoria, o boi gordo âcomumâ e o animal como padrĂŁo-exportação recuaram R$ 2/@ nesta terça-feira nas regiĂ”es paulistas, para R$ 306/@ e R$ 310/@, no prazo, valores brutos. âA oferta de bovinos continua grande e, em função disso, os compradores conseguiram fechar negĂłcios a preços menoresâ, enfatizam os analistas da Scot. No caminho contrĂĄrio, os preços futuros do boi gordo fecharam a sessĂŁo de segunda-feira (19/5) da B3 em alta. O destaque ficou para o contrato com vencimento em outubro/25, que subiu 1,8% em relação ao dia anterior, fechando em R$ 331,30/@. Nas negociaçÔes previstas para a quinta-feira (22/5), continua a consultoria, ainda nĂŁo Ă© possĂvel fazer projeçÔes concretas sobre volumes e preços. No entanto, arrisca a consultoria, âĂ© provĂĄvel que os preços da carne bovina nas negociaçÔes desta semana permaneçam enfraquecidos, com pouca sustentaçãoâ. cotaçÔes do boi gordo desta terça-feira (20/5), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂO PAULO: Boi comum: R$305,00 a arroba. Boi China: R$315,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abates de dez dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. MĂ©dia: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$295,00. Boi China: R$305,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha R$290,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. MĂ©dia: R$285,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de nove dias. PARĂ: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. MĂ©dia: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. GOIĂS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China/Europa: R$295,00. MĂ©dia: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. RONDĂNIA: Boi: R$265,00 a arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$250,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHĂO: Boi: R$280,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
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SUĂNOS
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Mercado dos suĂnos registrou quedas no PR e RS
De acordo com o levantamento realizado pela Scot Consultoria, a cotação da carcaça suĂna especial nĂŁo teve alteração e estĂĄ cotado em R$ 12,50/kg. O preço mĂ©dio da arroba do suĂno CIF estĂĄ estĂĄvel e estĂĄ sendo negociado em R$ 162,00/@.
De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na Ășltima segunda-feira (19), o Indicador do SuĂno Vivo em Minas Gerais estĂĄ estĂĄvel e precificado em R$ 8,53/kg. No ParanĂĄ, o preço do animal registrou queda de 0,12% e estĂĄ precificado em R$ 8,22/kg. JĂĄ na regiĂŁo do Rio Grande do Sul, o animal registrou queda 0,12% e estĂĄ precificado em R$ 8,14/kg. Em SĂŁo Paulo, o valor ficou prĂłximo de R$ 8,63/kg e estĂĄ estĂĄvel. Em Santa Catarina, o valor do suĂno apresentou estabilidade e estĂĄ cotado em R$ 8,14/kg.
Cepea/Esalq
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FRANGOS
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Com gripe aviĂĄria, mercado do frango trabalhou especulado na 3ÂȘ feira
Movimento jĂĄ Ă© esperado com arrefecimento do consumo
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A Scot Consultoria divulgou que o mercado ficou bem especulado na sessĂŁo. âO movimento de preços, por ora, jĂĄ era o esperado em função da entrada da segunda quinzena do mĂȘs que jĂĄ envolve um arrefecimento do consumoâ, destacou a consultoria. Em seu levantamento diĂĄrio, a Scot Consultoria divulgou que o preço da ave no atacado paulista registrou queda de 0,38%še estĂĄ sendo negociada em R$ 7,95/kg. JĂĄ a cotação da ave na granja registrou uma baixa de 1,56% e estĂĄ cotada em R$ 6,30/kg. O Banco Citi informou que prevĂȘ uma migração no consumo de proteĂnas em que pode ter queda de preços no curto prazo do frango e impactar a carne bovina. A carne bovina, especialmente os cortes mais baratos, deve sentir o golpe. A instituição espera menor procura por esses cortes bovinos â o que tambĂ©m pode reduzir o preço do gado pontualmente e no curto prazo. Segundo o Farm News, a expectativa do mercado Ă© que a carne de frango que seria exportada deve ser ofertada no mercado domĂ©stico, aumentando a quantidade de produto disponĂvel e a consequente queda no preço do produto no varejo. Com base no levantamento realizado na Ășltima segunda-feira (19), o preço do frango congelado apresentou desvalorização de 0,34% e estĂĄ precificado em R$ 8,67 por quilo. JĂĄ o valor para o frango resfriado, a cotação tambĂ©m teve queda de 0,23% e estĂĄ prĂłximo de R$ 8,79 por quilo. A referĂȘncia para o animal vivo no ParanĂĄ apresentou estabilidade e estĂĄ cotado em R$ 5,25/kg. A Empresa de Pesquisa AgropecuĂĄria e ExtensĂŁo Rural de Santa Catarina (Epagri) tambĂ©m seguiu estĂĄvel e estĂĄ sendo negociada em R$ 4,72/kg.
Cepea/Esalq
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Gripe aviåria: Brasil pede para China reduzir restrição à carne de frango
Embargo chinĂȘs vale para todo o territĂłrio brasileiro, mas governo pede a aplicação da medida apenas para a regiĂŁo onde foi detectado o foco, em Montenegro (RS). Pelo menos 17 destinos das exportaçÔes de carne de frango do Brasil anunciaram restriçÔes ao produto por causa da gripe aviĂĄria
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O MinistĂ©rio da Agricultura pediu para a Administração-Geral de AlfĂąndegas da China (GACC, na sigla em inglĂȘs) reduzir a restrição Ă s exportaçÔes de carne de frango do Brasil por conta do foco de gripe aviĂĄria. Em documento enviado Ă s autoridades chinesas na segunda-feira (19/5), o paĂs apresentou as medidas adotadas atĂ© agora para controle do vĂrus em Montenegro (RS), onde o caso foi detectado. A carta pede que a China considere a regionalização preconizada nos parĂąmetros da Organização Mundial de SaĂșde Animal (OMSA), que preveem restrição ao raio de dez quilĂŽmetros do foco. O documento nĂŁo cita explicitamente o pedido para reduzir a suspensĂŁo Ă zona afetada, mas essa Ă© a intenção brasileira. HĂĄ possibilidade de os chineses optarem por embargar o municĂpio ou o Estado. A mensagem enviada Ă GACC ressalta as "robustas medidas adotadas" pelo Brasil desde sexta-feira (16/5) para controlar e evitar a disseminação do vĂrus. O governo brasileiro pede "respeitosamente a possibilidade de uma abordagem regionalizada" para o caso da gripe aviĂĄria "em alinhamento com os princĂpios da OMSA". Na terça-feira (20/5), em reuniĂŁo com a Frente Parlamentar da AgropecuĂĄria (FPA), o ministro da Agricultura, Carlos FĂĄvaro, confirmou que o Brasil jĂĄ tem tratativas em andamento com a China para alcançar a regionalização dos impactos sobre as exportaçÔes. "Confiamos que a regionalização vai acontecer nos prĂłximos dias. Se nĂŁo surgir novos casos, Ă© possĂvel que peçamos a suspensĂŁo, inclusive no caso da China e UniĂŁo Europeia. Mas, passados os 28 dias de incubação do vĂrus contados a partir desta quarta-feira (21/5), podemos nos autodeclarar livres de gripe aviĂĄria novamente", disse FĂĄvaro no encontro.
Globo RuralÂ
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Exportadores de frango do Brasil se preparam para rejeiçÔes de cargas em meio a foco de gripe aviåria
PaĂses como a China nĂŁo aceitarĂŁo cargas de carne de frango do Brasil que jĂĄ estavam em navios, a caminho do destino, em meio ao primeiro surto de gripe aviĂĄria no paĂs, afirmou a Associação Brasileira de ProteĂna Animal (ABPA), que representa grandes empresas de processamento de alimentos, na terça-feira.Â
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Em entrevista, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse Ă Reuters que a rejeição das cargas pode variar de acordo com a data de embarque antes da confirmação do surto, variando de 14 a 28 dias, a critĂ©rio dos serviços veterinĂĄrios oficiais dos paĂses de destino. A situação coloca as empresas de processamento de carne, incluindo a BRF e a JBS, em uma situação difĂcil, pois lidam com custos logĂsticos adicionais e incertezas relacionadas Ă extensĂŁo dos embargos comerciais em andamento, desencadeados pela emergĂȘncia sanitĂĄria. O Brasil responde por 39% das exportaçÔes globais de carne de frango, disse Santin, citando novos dados comerciais. A flexibilização das restriçÔes para cargas em trĂąnsito Ă© uma possibilidade, disse Santin, principalmente se a carga vier de uma regiĂŁo distante do surto, registrado no Rio Grande do Sul. "Mas isso exigirĂĄ negociaçÔes", disse Santin. MĂ©xico e Chile estĂŁo entre os paĂses que tambĂ©m rejeitariam cargas, conforme os protocolos sanitĂĄrios existentes relacionados a surtos de gripe aviĂĄria, acrescentou. NĂŁo Ă© possĂvel calcular perdas decorrentes das restriçÔes Ă exportação em vigor apĂłs a confirmação do primeiro surto de gripe aviĂĄria em uma granja comercial brasileira, disse Santin. Isso ocorre porque o escopo e a duração das proibiçÔes comerciais podem variar de acordo com os protocolos sanitĂĄrios e as negociaçÔes com os paĂses importadores, disse Santin. Alguns protocolos sanitĂĄrios preveem proibiçÔes regionais ou mesmo locais Ă exportação, enquanto outros preveem suspensĂ”es em todo o paĂs. De acordo com os protocolos existentes, o Brasil suspendeu a emissĂŁo de certificados sanitĂĄrios em todo o paĂs para cargas destinadas Ă China, UniĂŁo Europeia e Ăfrica do Sul, por exemplo. No entanto, outros grandes importadores, como JapĂŁo, Emirados Ărabes Unidos e ArĂĄbia Saudita, sĂŁo menos rigorosos e aplicam proibiçÔes regionais de acordo com os protocolos existentes. Santin afirmou que cabe Ă s empresas exportadoras lidarem com as cargas devolvidas, acrescentando que elas tambĂ©m tĂȘm a possibilidade de redirecionar algumas remessas.
Reuters
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GOVERNO
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Governo vai convocar auditores agropecuĂĄrios aprovados em concurso
Objetivo Ă© usar a autorização legal existente e chamar tambĂ©m 25% dos excedentes do certame. Ministro reforçou que Ă© necessĂĄrio 'reforçar a defesa sanitĂĄria' diante das emergĂȘncias sanitĂĄrias que o Brasil passa
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O ministro da Agricultura, Carlos FĂĄvaro, afirmou na terça-feira (20/5) que vai autorizar a convocação imediata dos 200 auditores fiscais federais agropecuĂĄrios aprovados no concurso pĂșblico mais recente, realizado no ano passado, para reforçar as equipes de servidores da Pasta em meio Ă s emergĂȘncias sanitĂĄrias em curso. Segundo ele, o objetivo Ă© usar a autorização legal existente e chamar tambĂ©m 25% dos excedentes do certame, ou seja, convocar mais pessoas do que o previsto. "Hoje estamos autorizando o chamamento para os novos auditores fiscais federais agropecuĂĄrios do MinistĂ©rio da Agricultura. Queremos aproveitar esse momento. Vamos adicionar 25% a mais no concurso, para chamar 25% a mais do que estĂĄ no concurso. Se precisar, vou pedir um decreto do presidente Lula para adicionar mais 50%", afirmou FĂĄvaro em reuniĂŁo com a Frente Parlamentar da AgropecuĂĄria (FPA).
FĂĄvaro reforçou que Ă© necessĂĄrio "reforçar a defesa sanitĂĄria" diante das emergĂȘncias sanitĂĄrias que o Brasil passa. AlĂ©m da gripe aviĂĄria no Rio Grande do Sul, hĂĄ preocupação com doenças vegetais, principalmente no Norte do paĂs: monilĂase do cacaueiro, vassoura-de-bruxa da mandioca e a mosca da carambola. Ontem, em coletiva de imprensa, FĂĄvaro disse que a Pasta avalia o pedido de reforço orçamentĂĄrio ao governo federal para açÔes de controle das quatro emergĂȘncias sanitĂĄrias.
Globo Rural
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Ministro pede apoio da bancada ruralista para criar fundo sanitĂĄrio nacional
Carlos FĂĄvaro tambĂ©m recomendou a aprovação de projeto que permite Ă s empresas privadas pagarem horas extras de servidores pĂșblicos que atuam na inspeção. Crises sanitĂĄrias serĂŁo cada vez mais intensas e recorrentes, lembrou o ministro da AgriculturaÂ
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O ministro da Agricultura, Carlos FĂĄvaro, pediu apoio Ă Frente Parlamentar da AgropecuĂĄria (FPA) para articular a votação no Congresso Nacional do projeto de lei 4.538/2020, que cria o Fundo Nacional de Defesa SanitĂĄria Animal (Fundesa). Segundo FĂĄvaro, o mecanismo pode ajudar na indenização de produtores que tiveram perdas econĂŽmicas com crises e episĂłdios sanitĂĄrios, como o da gripe aviĂĄria. "Que possam pedir ao presidente [da CĂąmara] Hugo Motta para pautar o projeto que trata do fundo sanitĂĄrio. Que possamos criar um fundo. Se ainda tem divergĂȘncia sobre a forma de administração ou contribuição do fundo, o Parlamento sabe fazer isso muito bem e negociar", disse FĂĄvaro, em reuniĂŁo com a FPA. "As crises sanitĂĄrias serĂŁo cada vez mais intensas e recorrentes (...) A forma de combater uma crise sanitĂĄria Ă© destruição da lavoura e dos animais, e quem paga essa conta Ă© o produtor rural. Se temos esse fundo, pode indenizar. Ă muito importante a aprovação desse projeto de lei para levar mais segurança e estabilidade ao setor", completou FĂĄvaro. O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA, disse que a bancada vai elaborar o pedido de urgĂȘncia para votação do projeto, de autoria do ex-deputado JerĂŽnimo Goergen (PP-RS). Lupion ressaltou que serĂĄ preciso encontrar uma solução para integrar os fundos estaduais jĂĄ existentes ao novo mecanismo nacional, sem geração de novo custo aos produtores rurais. Lupion ressaltou que a criação do fundo Ă© uma pauta com apoio incondicional da bancada, mas que ela nĂŁo resolve a crise atual. "JĂĄ trabalhamos nesses projetos. Precisamos melhorĂĄ-los, por exemplo, a forma como os fundos estaduais vĂŁo conversar com o nacional, elaborar melhor o texto. Criar um fundo Ă© para mĂ©dio e longo prazos, nĂŁo resolve essa crise agora", disse. O presidente da FPA destacou ainda a necessidade de regulamentação da lei do autocontrole para ajudar na pauta sanitĂĄria do paĂs. FĂĄvaro tambĂ©m pediu o apoio da bancada ruralista para a aprovação de outro projeto, que permite Ă s empresas privadas pagarem horas extras de servidores pĂșblicos que atuam na inspeção. "O Estado nĂŁo pode pagar hora extra e em crises tem necessidade [de realizar hora extra], mas o servidor nĂŁo pode receber. A forma de compensação Ă© com folga em dia normal de trabalho, o que aumenta a crise", disse o ministro.
Globo Rural
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EMPRESAS
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BNDES aprova financiamento de R$ 113 milhÔes para projetos da C. Vale
A C. Vale, cooperativa agroindustrial com atuação no Sul, Centro-Oeste e Paraguai, vai receber financiamento de R$ 113,2 milhĂ”es do Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂŽmico e Social (BNDES). O recurso serĂĄ usado para ampliar a capacidade de armazenagem e expedição de soja e milho nas unidades de BrasilĂąndia do Sul (PR), Amambai (MS) e GoioerĂȘ (PR).
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O projeto de expansĂŁo, que conta com investimento total de R$ 128,3 milhĂ”es, inclui ainda a construção de um depĂłsito de embalagens em Palotina (PR). Dos recursos ofertados pelo banco, R$ 4,2 milhĂ”es vĂȘm do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor Ă Produção AgropecuĂĄria (Prodecoop) e R$ 58,9 milhĂ”es sĂŁo do Programa para Construção e Ampliação de ArmazĂ©ns (PCA). Dona de uma receita de R$ 21,98 bilhĂ”es em 2024, a cooperativa prevĂȘ ampliar a sua capacidade de armazenagem de grĂŁos em atĂ© 65 mil toneladas, ante capacidade atual de 2,9 milhĂ”es de toneladas. Em 2024, a C. Vale originou 2,7 milhĂ”es de toneladas de soja e 2,2 milhĂ”es de toneladas de milho. C. Vale vai ampliar em atĂ© 12 mil toneladas a capacidade de armazenagem da unidade de BrasilĂąndia do Sul (PR). A capacidade em Amambai (MS) serĂĄ ampliada em 33 mil toneladas. Em GoioerĂȘ (PR), a capacidade de armazenagem serĂĄ de atĂ© 20 mil toneladas. A C. Vale tambĂ©m vai usar R$ 50 milhĂ”es do Prodecoop para construir um depĂłsito de embalagens para a unidade de termo processados de industrializados de aves do complexo industrial de Palotina (PR). O objetivo Ă© ampliar a capacidade de armazenagem de embalagens de 220 toneladas para 526 toneladas. O investimento total neste projeto Ă© de R$ 52 milhĂ”es e deve gerar 212 empregos diretos. De acordo com o BNDES, os financiamentos do banco para armazenagem agropecuĂĄria no paĂs somaram R$ 2,9 bilhĂ”es na safra 2024/25, o valor mais alto da sĂ©rie histĂłrica iniciada em 2013. Segundo JosĂ© LuĂs Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comĂ©rcio exterior do BNDES, os projetos aprovados contribuem para âincrementar a competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas brasileiras, que sĂŁo fundamentais para o setor agropecuĂĄrio nacionalâ. No Plano Safra 2024/25, o banco de fomento aprovou R$ 29,7 bilhĂ”es em crĂ©dito rural e atendeu a solicitaçÔes de mais de 125 mil operaçÔes por meio de operaçÔes indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados. âSomente entre janeiro e abril deste ano, aprovamos R$ 1,3 bilhĂŁo para ampliar e modernizar a armazenagem no paĂs. O valor Ă© 137% superior a 2024 e 303% maior quer o valor aprovado em 2022â, declarou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Globo Rural
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BNDESPar reduz fatia na JBS de 21% para 18%
Diminuição não teve como objetivo alterar o controle nem a estrutura da companhia, disse o banco de fomento. BNDESPar vendeu açÔes da JBS entre os dias 23 de abril e 20 de maio
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No primeiro grande movimento de venda de açÔes da carteira de renda variĂĄvel na atual gestĂŁo, a BNDESPar, braço de participaçÔes do BNDES, informou ontem que reduziu a posição acionĂĄria na JBS de 20,81% para 18,18%. A venda foi feita na B3 entre os dias 23 de abril e 20 de maio e envolveu 58.307.700 açÔes ordinĂĄrias da companhia. O BNDES nĂŁo informou quanto arrecadou com a venda, mas estimativas de mercado indicam que o valor pode ter ficado perto dos R$ 2,5 bilhĂ”es. A decisĂŁo do banco de vender as açÔes na B3 em pequenos lotes se segue ao acordo entre a J&F, controladora da JBS, e a BNDESPar sobre o acordo para a listagem da companhia na bolsa de Nova York, anunciado em março. O acordo abriu caminho para a JBS ter açÔes listadas no Brasil e nos Estados Unidos. E permitiu ao BNDES tomar a decisĂŁo de começar a se desfazer aos poucos das açÔes da produtora de proteĂna animal. A decisĂŁo final sobre a dupla listagem das açÔes da JBS serĂĄ tomada nesta sexta-feira (23/5), em assembleia de acionistas. Como J&F e BNDESPar acordaram que vĂŁo se abster de votar, a decisĂŁo ficarĂĄ a cargo dos acionistas minoritĂĄrios. No comunicado enviado Ă Â JBS, a BNDESPar destacou, segundo o banco, que a alienação nĂŁo teve como objetivo a alteração do controle acionĂĄrio nem da estrutura administrativa da JBS. E que tambĂ©m nĂŁo foram celebrados pela BNDESPar contratos ou acordos que regulem o exercĂcio de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliĂĄrios emitidos pela JBS. A ação da JBS estĂĄ na carteira da BNDESPar desde 2007 e a avaliação do banco Ă© que se trata de um investimento maduro, com taxa de retorno interno (TIR) superior ao do Ibovespa no perĂodo. Ă uma das principais açÔes da carteira de renda variĂĄvel da BNDESPar ao lado de Petrobras, Eletrobras, Copel e Embraer. Na divulgação ocorrida na semana passada dos resultados do BNDES relativos ao primeiro trimestre, a direção do banco destacou a valorização das açÔes da JBS no perĂodo, que contribuiu para a alta da carteira de renda variĂĄvel. O banco avaliou, na ocasiĂŁo, que estĂĄ sempre avaliando o melhor momento de vender açÔes de empresas maduras nas quais o BNDES acredita ter cumprido seu papel. Ă possĂvel que o banco continue a olhar a oportunidade de venda de açÔes da JBS e venha a fazer novos movimentos se entenda que hĂĄ possibilidade de obter um valor justo pela ação. TambĂ©m nĂŁo se pode descartar que a BNDESPar faça alguma venda estruturada no futuro, como venda de açÔes em bloco, mas a opção tem sido, pelo menos atĂ© agora, por se desfazer de pequenos lotes no mercado como forma de nĂŁo afetar o valor do papel no mercado. De acordo com o comunicado, a BNDESPar alienou 58.307.700 açÔes ordinĂĄrias durante pregĂŁo eletrĂŽnico na B3, entre os dias 23 de abril e 20 de maio deste ano. Dessa maneira, a participação acionĂĄria, antes em 20,81%, foi reduzida para 18,18%. No comunicado, a BNDESPar destacou que a alienação nĂŁo teve como objetivo a alteração no controle acionĂĄrio ou da estrutura administrativa da JBS e que tambĂ©m nĂŁo foram celebrados pela BNDESPar contratos ou acordos que regulem o exercĂcio de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliĂĄrios emitidos pela JBS. O comunicado da BNDESPar foi divulgado ao mercado diretamente pelo BNDES e pela JBS. Na sexta-feira (23/5), haverĂĄ a assembleia de acionistas da JBS que vai deliberar sobre a dupla listagem da companhia, nos EUA e no Brasil, votação da qual o BNDESPar concordou em se abster apĂłs o fechamento de um acordo com a controladora da JBS, a holding J&F. Desta forma, a decisĂŁo sobre a dupla listagem ficarĂĄ a cargo dos acionistas minoritĂĄrios.
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Juros para mĂ©dios produtores rurais podem ficar em um dĂgito na safra 25/26
Ministro da Agricultura aposta no fortalecimento de linhas dolarizadas para grandes produtores para tirar a pressĂŁo sobre o Tesouro Nacional. HĂĄ expectativa no governo e no mercado que os juros aumentem a partir de julho
O ministro da Agricultura, Carlos FĂĄvaro, sinalizou na terça-feira (20/5) que as taxas de juros do Plano Safra 25/26 para agricultores e pecuaristas de mĂ©dio porte podem ficar em um dĂgito, mesmo com a escalada da Selic. Para isso, ele aposta no fortalecimento de linhas dolarizadas para grandes produtores para tirar a pressĂŁo sobre o Tesouro Nacional e abrir espaço orçamentĂĄrio para incrementar a equalização do Pronamp. "Podemos ampliar as opçÔes de crĂ©dito em dĂłlar, para quem tem hedge natural nas exportaçÔes, e na linha oficial o juro pode ser na casa de um dĂgito. Isso vai permitir que amplie de forma significativa a equalização para o Pronamp e manter a viabilidade aos mĂ©dios que nĂŁo tĂȘm esse hedge natural", afirmou FĂĄvaro. "Com taxa de juro de um dĂgito para o Pronamp, uma opção [para os grandes] Ă© a linha dolarizada", completou. Na safra 2024/25, os juros para mĂ©dios produtores sĂŁo de 8% ao ano. HĂĄ expectativa no governo e no mercado que os juros aumentem a partir de julho. A fala do ministro indica que a alta pode ser contida, de cerca de um ponto percentual, caso haja esse rearranjo de orçamento da equalização direcionada ao Pronamp. FĂĄvaro afirmou ainda que a alta da Selic tornou "proibitivo" para o produtor rural buscar recursos sem equalização nos agentes financeiros. Por outro lado, salientou que hĂĄ um regime fiscal no paĂs que impede "excesso de gastos", o que limita o aumento do orçamento para subvenção federal no crĂ©dito rural. O setor produtivo e a FPA pedem, por exemplo, R$ 25 bilhĂ”es para equalizar juros dos financiamentos da temporada 2025/26. FĂĄvaro pediu o apoio da FPA para o projeto de modernização do seguro rural. A ideia do ministro Ă© fortalecer a adesĂŁo ao seguro paramĂ©trico, baseado em Ăndices, para ampliar a base de cobertura e reduzir riscos das seguradoras. Uma das possibilidades Ă© tornar obrigatĂłria a contratação de apĂłlice por produtores que acessarem recursos com juros controlados do Plano Safra. Segundo FĂĄvaro, a ideia Ă© fazer um teste por um ano. O modelo jĂĄ contaria com apoio orçamentĂĄrio do MinistĂ©rio da Fazenda. "Temos a sinalização clara do ministro Fernando Haddad para ampliar a verba da subvenção para R$ 3,5 bilhĂ”es a R$ 4 bilhĂ”es", disse. O recurso pode ser remanejado do caixa do Programa de Garantia da Atividade AgropecuĂĄria (Proagro). O objetivo Ă© fazer uma integração dos programas, com a migração de pĂșblico atendido e valores. "NĂŁo basta sĂł aumentar recursos para a subvenção do seguro, nĂŁo Ă© sĂł orçamento geral da UniĂŁo que vai dar solução. Temos que dar um voto de confiança para o seguro paramĂ©trico", disse FĂĄvaro. "Vamos ampliar para que todo produtor brasileiro que tem acesso a recurso controlado, que tenha subvenção de juro, que paga menos, que tenha seu custeio segurado. Se fizer isso, vamos ampliar muito a base do modelo", afirmou. Ele disse que o seguro paramĂ©trico oferece coberturas diferenciadas e personalizadas, que atendem a todo tipo de pĂșblico, atĂ© mesmo os produtores que nĂŁo tĂȘm a cultura de contratar apĂłlices. "Podemos fazer o teste, por um ano, do seguro paramĂ©trico e o tradicional (...) Vamos dar a possibilidade de tentar, o produtor Ă© sempre aberto a inovação, que possa inovar tambĂ©m no seguro rural. Que inovemos e façamos esse teste no Plano Safra 2025/26", concluiu.
Valor EconĂŽmico
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Colheita de milho 2ÂȘ safra do ParanĂĄ tem inĂcio, chuva recente ajudou, diz Deral
A colheita de milho segunda safra do ParanĂĄ, segundo maior Estado produtor do cereal no Brasil apĂłs o Mato Grosso, teve inĂcio com 1% da ĂĄrea total cultivada em 2024/25 jĂĄ colhida, informou o Departamento de Economia Rural (Deral) na terça-feira.
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"A colheita Ă© bastante pontual ainda", afirmou Edmar GervĂĄsio, especialista em milho do Deral, ĂłrgĂŁo da Secretaria de Agricultura do ParanĂĄ. Mas 19% da ĂĄrea semeada estĂĄ em maturação, o que indica um crescimento da ĂĄrea colhida nas prĂłximas semanas. Na mesma Ă©poca do ano passado, o ParanĂĄ havia colhido 2% da ĂĄrea. Conforme GervĂĄsio, a colheita deverĂĄ ganhar volume a partir da segunda quinzena de junho. Segundo boletim do Deral, as chuvas recentes tĂȘm sido favorĂĄveis Ă s lavouras de milho, apesar de terem ocasionado acamamentos pontuais, e "hĂĄ expectativa de boa produtividade". As precipitaçÔes da semana passada tambĂ©m ajudaram no desenvolvimento do plantio do trigo. O Deral afirmou que, mesmo onde nĂŁo choveu, as temperaturas amenas e a presença de sereno durante a noite mantĂȘm as lavouras em boas condiçÔes atĂ© o momento. Mas o milho plantado mais cedo apresenta "perdas significativas" em alguns casos, por conta da falta de chuva em momentos anteriores. "A expectativa Ă© que a produtividade venha um pouco abaixo do esperado, pois o clima nĂŁo foi favorĂĄvel. Apesar de o Ășltimo nĂșmero apontar uma produção acima de 16 milhĂ”es de toneladas, Ă© provĂĄvel que nas prĂłximas revisĂ”es haja um ajuste para baixo", observou GervĂĄsio. A previsĂŁo atual indica um crescimento de 26% na segunda safra de milho do ParanĂĄ em relação Ă temporada passada, que sofreu com intempĂ©ries. AlĂ©m disso, o plantio em 2024/25 cresceu 7% ante o ciclo anterior, para 2,7 milhĂ”es de hectares, com o cereal ganhando espaço do trigo, cujos preços nĂŁo estimularam os produtores. O Deral deve atualizar sua projeção mensal na semana que vem. O plantio de trigo do ParanĂĄ, tambĂ©m um dos maiores produtores do cereal no Brasil, juntamente com o Rio Grande do Sul, avançou para 49% da ĂĄrea total estimada pelo Deral, segundo nĂșmeros do departamento divulgados nesta terça-feira. As condiçÔes estĂŁo favorĂĄveis e o ritmo estĂĄ quatro pontos percentuais acima da mesma Ă©poca do ano passado. "Na Ășltima semana tivemos novas chuvas, com um volume razoĂĄvel, nem muito a ponto de encharcar o solo, nem pouco a ponto de inviabilizar o plantio. Isso fez com que os produtores pudessem logo que quisessem entrar com o maquinĂĄrio em campo", afirmou Carlos Hugo Godinho, especialista em trigo do Deral. Segundo ele, os trabalhos evoluĂram "sem nenhum percalço nessas primeiras semanas". "O Ășnico problema Ă© o desĂąnimo com a cultura em virtude dos preços e produtividade pregressos, que levam Ă redução da ĂĄrea que estĂĄ sendo observada", disse ele, citando que no ano passado a cultura sofreu impacto do mau tempo. Caso se confirme a previsĂŁo inicial do Deral, o ParanĂĄ poderĂĄ aumentar em 24% sua safra de trigo, para 2,85 milhĂ”es de toneladas, apesar de uma redução de 22% na ĂĄrea plantada em relação ao ano passado.
Reuters
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ECONOMIA/INDICADORES
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DĂłlar avança com maior pressĂŁo sobre moedas ligadas a commoditiesÂ
Em outros mercados, o comportamento foi diferente, com o dĂłlar depreciando levemente em meio ao mau humor dos agentes com a questĂŁo fiscal americanaÂ
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O dĂłlar Ă vista exibiu leve valorização frente ao real na terça-feira, em um dia em que moedas ligadas Ă economia chinesa e aos preços de commodities sofreram pressĂŁo maior pela divisa americana. Em outros mercados, no entanto, o comportamento foi diferente, com o dĂłlar depreciando levemente em meio ao mau humor dos agentes com a questĂŁo fiscal americana. Encerradas as negociaçÔes, o dĂłlar Ă vista exibiu valorização de 0,26%, cotado a R$ 5,6692, depois de ter batido a mĂnima de R$ 5,6424 e encostado na mĂĄxima de R$ 5,6831. JĂĄ o euro comercial apreciou 0,60%, a R$ 6,3940. O dĂłlar abriu as negociaçÔes de ontem em queda frente ao real, mas ao longo da manhĂŁ reverteu o sinal. A dinĂąmica de dĂłlar mais forte se observou mais nos mercados em que moedas sĂŁo mais sensĂveis a preços de commodities e ao crescimento chinĂȘs. Entre as divisas com pior desempenho hoje estavam o dĂłlar australiano e o won sul-coreano. Apesar da queda do real hoje, o banco holandĂȘs ING aponta para a melhora de divisas emergentes, em relatĂłrio diĂĄrio sobre moedas. âUma nova tendĂȘncia na Ășltima semana Ă© que a maioria das moedas emergentes ao redor do mundo estĂĄ se valorizando em relação ao dĂłlarâ, disse o banco. âNa Ăsia, especula-se que um acordo monetĂĄrio poderia ser incluĂdo em qualquer acordo comercial com os EUA. Na AmĂ©rica Latina, a regiĂŁo parece ter evitado o pior das tarifas americanas, e os rendimentos implĂcitos estĂŁo relativamente altosâ, disse o banco. âSe o Federal Reserve começar a cortar as taxas de juros e â mais importante â a volatilidade se estabilizar um pouco mais, começaremos a ouvir falar mais sobre âcarry tradesâ financiados em dĂłlar. Isso pode ser assunto para este verĂŁoâ, aponta. JĂĄ o HSBC afirma, em nota, que mantĂ©m uma perspectiva relativamente positiva para o real, embora o relatĂłrio fiscal a ser divulgado na quinta-feira deva ser analisado com atenção, pois o tamanho das despesas deve ser congelado para atingir a meta fiscal primĂĄria atĂ© o final do ano. âNĂŁo hĂĄ previsĂŁo oficial do mercado para esses congelamentos orçamentĂĄrios, mas acreditamos que um nĂșmero em torno de R$ 10 bilhĂ”es deve ser uma notĂcia positiva para o real, que voltou a ser pressionado recentemente pelas notĂcias fiscais.â TambĂ©m em relatĂłrio, a equipe de research de moedas do Deutsche Bank aponta que o real deve se beneficiar da sua subvalorização e de seu alto carry. âO real estĂĄ barato em nossos modelos baseados em trocas comerciais, que somados ao alto carry, como o BC sugeriu sobre manter as taxas altas por muito tempo, deve beneficiar a moeda.â
Valor EconĂŽmico
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Ibovespa ganha fĂŽlego extra apĂłs revisĂŁo do Morgan Stanley e renova recordeÂ
Banco elevou perspectiva para as açÔes brasileiras; Ăndice fechou aos 140.110 pontos, alta de 0,34% no dia. No setor de proteĂnas, JBS ON teve alta de 4,79%, em um pregĂŁo mais favorĂĄvel para frigorĂficos. Marfrig ON avançou 4,31%. As açÔes reverteram as perdas da vĂ©spera apĂłs um movimento de correção
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Depois de passar boa parte do dia no campo negativo, o Ibovespa devolveu as perdas e passou a subir na reta final do pregĂŁo. Segundo operadores e gestores, a virada positiva foi turbinada pela divulgação de um relatĂłrio do Morgan Stanley, que elevou a perspectiva para as açÔes brasileiras para âoverweightâ (compra) e aumentou o preço alvo da principal referĂȘncia acionĂĄria local para 189 mil pontos em meados de 2026. Com o fĂŽlego extra, o Ăndice fechou em nova marca histĂłrica nominal, aos 140.110 pontos, alta de 0,34% no dia. Durante o pregĂŁo, o Ăndice oscilou entre os 138.966 pontos e os 140.244 pontos, tambĂ©m renovando a mĂĄxima histĂłrica intradiĂĄria. âAcreditamos que o calendĂĄrio eleitoral carregado dos prĂłximos 18 meses abre espaço para o inĂcio de uma mudança de polĂtica, especialmente fiscal. Gostamos da relação risco-retorno no Brasil, onde o cenĂĄrio otimista se tornou mais provĂĄvel, em nossa visĂŁoâ, destacaram os estrategistas Nikolaj Lippmann, Juan Ayala e Julia Nogueira, em relatĂłrio enviado a clientes. Os profissionais do banco revelam ter aumentado a exposição aos setores de serviços financeiros, estatais e concessĂ”es pĂșblicas. Para os especialistas, eles poderiam ser beneficiados com a proximidade das eleiçÔes; sinais de enfraquecimento na aprovação da plataforma polĂtica atual; taxa de juros no pico; e chance de que o dĂłlar e os juros globais fiquem mais baixos. A sessĂŁo tambĂ©m foi marcada pela revisĂŁo para cima na projeção do Ibovespa pelo Safra, que passou de 141 mil pontos no fim de 2025 para 170 mil pontos, em meados de 2026. O banco justifica a mudança com a perspectiva de que o fim do ciclo de aperto da Selic, reforçada por sinais de moderação na atividade econĂŽmica, resultou em uma melhora do sentimento do mercado para o primeiro trimestre deste ano. Outras casas estrangeiras, por outro lado, permanecem com uma visĂŁo mais cautelosa. O grupo suĂço Mirabaud Ă© uma delas. âO Brasil vive uma recuperação tĂ©cnica. NĂŁo estamos pessimistas com a bolsa, estamos pessimistas com a polĂtica econĂŽmica do Brasilâ, destaca o diretor de investimentos do banco, Eric Hatisuka. Ele explica que estĂĄ tĂĄtico em renda variĂĄvel, diante da falta de reequilĂbrio fiscal e do tamanho reduzido do mercado nacional. No Brasil, Hatisuka diz que o Mirabaud estĂĄ posicionado em renda fixa, especialmente em NTN-Bs (tĂtulos pĂșblicos atrelados Ă inflação), e que vem expandindo a compra em papĂ©is com vencimentos mais longos, como 2030, como mecanismo de proteção contra a alta de preços. A retomada de açÔes de frigorĂficos, como JBS, que avançou 4,79%, tambĂ©m foi um dos destaques do pregĂŁo. O volume financeiro do Ibovespa no pregĂŁo foi de R$ 15,0 bilhĂ”es e R$ 21,7 bilhĂ”es na B3.
Valor EconĂŽmico
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