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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 863 DE 16 DE MAIO DE 2025

  • prcarne
  • há 4 dias
  • 21 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 863|16 de maio de 2025

 

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Estabilidade predomina nas praças do País

“As indústrias têm trabalhado com mais cautela, ingressando no mercado apenas para sustentar o atendimento das escalas”, afirmam os analistas da Agrifatto, acrescentando que as programações atuais de abate atendem entre 8 e 9 dias úteis, na média nacional. No Paraná, Boi: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias.

 

Na quinta-feira, segundo os dados apurados pela Agrifatto, o boi gordo “comum” seguiu valendo R$ 310/@ em São Paulo, enquanto o animal padrão-exportação foi negociado por R$ 320/@. “Pelo segundo dia consecutivo, as cotações da arroba ficaram estáveis nas 17 praças acompanhadas”, ressaltou a consultoria. Segundo a Scot Consultoria, nas praças paulistas, uma boa parcela dos frigoríficos está abastecida, operando com escalas de abate confortáveis. A Scot também apurou estabilidade no mercado de São Paulo neste penúltimo dia da semana. Dessa maneira, pelo seu levantamento, o boi gordo “comum” é vendido por R$313/@, a vaca gorda vale R$ 277/@, a novilha gorda está cotada em R$ 295/@ e os negócios com lotes de “boi-China” saem por R$ 317/@ (todos os preços são brutos e com prazo). Com isso, continua a consultoria, o mercado atacadista da carne bovina passou a operar sob condições mais frágeis, com baixa sustentação de preços e ajustes negativos, ainda que moderados, na maioria dos produtos com ossos e cortes de carne desossada. Ao mesmo tempo, diz a Agrifatto, o fim da estação chuvosa e, consequentemente, a redução da capacidade de suporte das pastagens forçam os pecuaristas a ampliarem a oferta de animais, incluindo os lotes ainda parcialmente terminados. No mercado futuro do boi gordo, houve variações mistas no pregão da quarta-feira (14/5), com algumas quedas expressivas nos contratos ao longo do dia. O destaque, diz a Agrifatto, ficou para o contrato com vencimento em junho/25, que encerrou a sessão cotado a R$ 305,05/@, uma queda de 0,76% sobre o anterior. Diante de tal conjuntura, os produtos com ossos destinados tanto ao consumo direto quanto ao setor industrial de carne desossada seguem apresentando quedas moderadas nos preços, de acordo com apuração da Agrifatto. As charqueadas, por exemplo, sinalizaram a intenção de pagar R$1/kg a menos pela ponta de agulha em relação ao valor praticado na semana anterior, destaca a consultoria. Cotações do boi gordo da quinta-feira (15/5), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abates de nove dias. MINAS GERAIS: Boi comum:  R$290,00. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi comum: R$305,00. Boi China: R$315,00. Média: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha R$295,00. Escalas de oito dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS: Boi comum: R$280,00. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. PARÁ: Boi comum: R$280,00. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. GOIÁS: Boi comum: R$290,00. Boi China/Europa: R$300,00. Média:  R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. RONDÔNIA: Boi: R$270,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de nove dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Boi/Cepea: Vendas externas crescem mais que produção doméstica

Pesquisadores do Cepea indicam que a produção brasileira de carne bovina segue em crescimento, mas o avanço da demanda externa é ainda maior.

Dados do IBGE mostram que, no primeiro trimestre deste ano, a produção aumentou 2,73% em relação ao mesmo período de 2024. As exportações brasileiras de carne bovina, por sua vez, cresceram quase 12% em igual comparativo, segundo números da Secex. No primeiro trimestre, o IBGE aponta que foram produzidas 64,925 mil toneladas a mais de carne frente aos três primeiros meses do ano passado. Já as vendas externas foram ampliadas em 70,972 mil toneladas (Secex). Os preços tanto do boi quanto da carne já haviam sinalizado esse quadro, conforme levantamentos do Cepea. O Indicador do Boi Gordo CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) esteve 22% maior, em termos reais (deflacionados pelo IGP-DI), que no primeiro trimestre de 2024. No mesmo comparativo, a carcaça casada bovina no atacado da Grande São Paulo teve valorização de 23,8%.

Cepea

 

SUÍNOS

 

Cotações do suíno vivo tem leves altas no PR e SC

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,60/kg, em média.

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (14), houve tímida alta de 0,12% no Paraná e em Santa Catarina, custando, respectivamente, R$ 8,21/kg e R$ 8,14/kg, e elevação de 0,35% em São Paulo, com preço de R$ 8,63/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,53/kg), e no Rio Grande do Sul (R$ 8,14/kg). O mercado da suinocultura independente registrou cotações estáveis na quinta-feira (15) nas principais praças comercializadoras. Lideranças apontam momento positivo para as vendas, principalmente as exportações de carne suína.

Cepea/Esalq

 

Suinocultura independente: estabilidade dominou as Bolsas de Suínos na quinta-feira (15)

Em São Paulo, o preço ficou estável pela sexta semana consecutiva em R$ 8,80/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 20.200 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). 

 

No mercado mineiro, o preço ficou estável pela quinta semana em R$ 8,60/kg vivo, com acordo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). "Embarques externos seguem sustentando o mercado. Oferta e demanda — aqui e lá fora — ditam o ritmo dos preços. Exportações firmes, preços estáveis e bom desempenho no negócio descrevem o momento atual", disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles. Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal ficou estável em R$ 8,38/kg vivo. No estado do Paraná, entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias 08/05/2025 a 14/05/2025, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 0,01%, fechando a semana em R$ 8,11/kg.

APCS/ Asemg/ ACCS/ Lapesui

 

Suínos/Cepea: Receita com exportações é a 2ª maior da história

A receita obtida com as exportações brasileiras de carne suína em abril foi a segunda maior da série histórica da Secex, iniciada em 1997.

 

 Dados da Secretaria analisados pelo Cepea mostram que as 127,8 mil toneladas de produtos suinícolas (in natura e processados) embarcadas no último mês geraram R$ 1,73 bilhão, montante 9,3% superior ao de março e significativos 40% acima do de abril/24. O volume exportado em abril/25 foi recorde para o mês e o terceiro maior da série da Secex, além de representar aumentos de 11,4% em relação a março e de 14,5% frente ao de um ano atrás. No mercado doméstico, levantamentos do Cepea apontam oferta equilibrada com a demanda em quase todas as regiões acompanhadas. Agentes consultados pelo Centro de Pesquisas indicam que a procura está firme, mas não se aqueceu como o esperado para um início de mês. Nesse cenário, os preços do suíno vivo e da carne estão praticamente estáveis

Cepea

 

FRANGOS

 

Estabilidade para os preços do frango

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,86%, custando, em média, R$ 8,10/kg

 

Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,26/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (14), houve queda de 0,46% para a ave congelada, chegando a R$ 8,70/kg, e de 0,23% para o frango resfriado, fechando em R$ 8,81/kg.

Cepea/Esalq

 

EMPRESAS

 

Marfrig e BRF anunciam fusão e criam a MBRF Global Foods Company

Transação prevê a incorporação das ações da BRF pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF. Marcos Molina: 'Fusão destrava valor, abre caminho e materialidade para redomicílio da empresa no exterior”

 

As gigantes de alimentos Marfrig e BRF anunciaram na quinta-feira (15/5) a fusão de seus negócios e a criação da MBRF Global Foods Company, empresa que nasce com uma receita líquida consolidada de R$ 152 bilhões nos últimos 12 meses. “A fusão destrava valor, abre caminho e materialidade para redomicílio da empresa no exterior”, disse Marcos Molina, controlador e presidente dos conselhos de administração de Marfrig e BRF, ao Valor. Como parte da negociação, a operação prevê que os acionistas da BRF e da Marfrig sejam beneficiados com um pagamento de proventos considerado expressivo pelo grupo. A BRF distribuirá até R$3,52 bilhões em proventos e a Marfrig, por sua vez, distribuirá R$2,5 bilhões. Segundo o empresário, a vertente de crescimento da nova empresa — formada por Marfrig e BRF e a americana National Beef — está nos Estados Unidos, Oriente Médio e China. Do faturamento total da MBRF, 43% virão do mercado americano. Nesse cenário, uma possibilidade de redomicílio considerada pela companhia é a América do Norte. “Isso traz vantagens significativas, como alta liquidez no mercado norte-americano, acesso a custos de capital mais atrativos e um potencial reavaliação dos múltiplos das empresas”, disse. Molina afirmou que a administração vem preparando a BRF para este momento há três anos, desde que a Marfrig assumiu o controle da companhia de aves e suínos. Após a virada nos resultados da BRF para o azul, as duas já vinham trabalhando com sinergias comerciais, por exemplo.

Na visão de Molina, as empresas extraíram o máximo de sinergias possíveis até o momento, então, para uma próxima etapa de capturas adicionais, a combinação de negócios é essencial. As sinergias comerciais e logísticas já mapeadas somam um total de R$ 805 milhões por ano, sendo entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões previstos para os primeiros 12 meses e o restante no médio e longo prazo. Na frente de receitas e custos, a expectativa é atingir R$ 485 milhões por ano em sinergias. Estima-se uma redução de despesas na ordem de R$ 320 milhões anuais, com iniciativas como a unificação de estrutura comercial e logística, consolidação de um sistema operacional único e otimização da estrutura corporativa. Seguindo as regras tributárias vigentes, a companhia também poderá se beneficiar de otimização fiscal, como por exemplo, a aceleração da monetização de créditos tributários nas esferas federal e estadual. Com base nessas estimativas atuais, essa frente deve gerar R$ 3 bilhões em economias a valor presente. Agora, as empresas irão convocar assembleia de acionistas para deliberar sobre a fusão. A data prevista é 18 de junho, e a expectativa é que a transação seja fechada em 28 de julho. Do volume de vendas da nova empresa, uma fatia de 38% é de processados, 34% de aves e suínos e 29% de bovinos. A MBRF nasce como uma das maiores empresas de alimentos do mundo, presente em 117 países com marcas como Sadia, Perdigão, Qualy, Banvit e Bassi e um portfólio multiproteínas, com carne bovina, suína e de aves, produtos industrializados, pratos prontos e pet food. 

Globo Rural

 

Lucro líquido da BRF chegou a R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre

Companhia surfa o bom momento para os mercados de aves e suínos no Brasil e no mundo. Miguel Gularte: 'Os números do trimestre nos permitem criar bases para crescer'

 

A BRF reportou lucro líquido de R$ 1,12 bilhão no primeiro trimestre deste ano, aumento de 122,7% comparado ao mesmo período de 2024, conforme balanço divulgado ontem. A companhia surfa o bom momento para os mercados de aves e suínos no Brasil e no mundo. O desempenho da BRF foi responsável por manter no azul os resultados de sua controladora, Marfrig, no trimestre. O lucro líquido da Marfrig cresceu 40,3%, para R$ 88 milhões, embora o avanço tenha sido limitado pelas adversidades na operação América do Norte. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado consolidado da BRF alcançou R$ 2,8 bilhões no período de janeiro a março, avanço de 30% na comparação com igual período do ano passado e um recorde para o período. A margem atingiu 7,6% comparada a 4,4% no mesmo período do ano passado. A receita líquida, por sua vez, alcançou R$ 15,5 bilhões, um aumento de 16% na mesma comparação, enquanto a alavancagem caiu de 1,4 vez para 0,54 vez, a menor da história da companhia com uma dívida líquida total de R$ 5,9 bilhões. Segundo a BRF, “o segmento internacional sustentou patamares saudáveis de rentabilidade e crescimento de volume impulsionado pela consolidação de nossa estratégia de diversificação de mercados”. Ao todo, a companhia conquistou 12 novas habilitações no último trimestre, somando 187 desde 2022. No Brasil, a empresa registrou um Ebitda de R$ 1,3 bilhão, crescimento de 36,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2024, resultando numa margem de 17,1%, avanço de dois pontos percentuais na comparação com o ano anterior. A BRF destacou a performance de produtos processados, cujo crescimento de volume de vendas foi de 16% no período, acima dos 7,7% registrados no cômputo de vendas realizadas no trimestre. Ao todo, foram 1,24 milhão de toneladas vendidas — um ano antes, havia sido 1,15 milhão de toneladas. “Os números expressivos do primeiro trimestre mostram que a gestão eficiente possibilitou melhorar o desempenho de forma contínua, com maior ocupação dos ativos atuais, nos permitindo criar as bases para crescer de maneira sustentável, sempre com disciplina financeira e foco em geração de valor”, afirmou Miguel Gularte, CEO da BRF, em comunicado. Na Marfrig, o Ebitda ajustado cresceu 20,8% no primeiro trimestre, para R$ 3,19 bilhões, enquanto a receita líquida avançou 27% para R$ 38,56 bilhões. “De maneira geral, a demanda por carne bovina continua forte e com preços mais altos. Para o restante de 2025, a oferta menor de bovinos levará a uma redução na utilização da capacidade de produção em toda a indústria”, disse em nota diz Tim Klein, CEO da operação América do Norte da Marfrig. A operação de carne bovina na América do Norte, representada pela National Beef, foi o ponto negativo do balanço da Marfrig. O Ebitda ajustado da unidade americana caiu 89,7% para US$ 6 milhões, apesar de a receita ter crescido 15,4% para US$ 3,26 bilhões. A região segue prejudicada pela baixa oferta de gado e custos altos de matéria-prima. “Estamos observando sinais encorajadores, com os números de liquidação de vacas em queda e mais novilhas sendo retidas”, acrescentou o executivo. Na Operação América do Sul, que contempla os negócios de carne bovina na região, o Ebitda ajustado cresceu 56,2% para R$ 456 milhões. A receita avançou 35,2% para R$ 4,08 bilhões. O crescimento é explicado, principalmente, pela adição de capacidade de abate e desossa, que ainda não atingiu seu potencial máximo, aliado à otimização nos complexos industriais da companhia. “Mesmo com o custo mais alto da matéria-prima em todas as regiões, a performance mostra que o modelo e negócio da Marfrig está na direção correta", disse Rui Mendonça, CEO da operação América do Sul da Marfrig.

Valor Econômico

 

Lucro da Marfrig cresceu 40% no primeiro trimestre puxado pelo resultado da BRF

Empresa registrou ganho de R$ 88 milhões no período. Do total, a BRF representou R$ 15,42 bilhões da receita líquida do grupo

 

A Marfrig registrou lucro líquido de R$ 88 milhões no primeiro trimestre deste ano, aumento de 40,3% em relação ao mesmo período de 2024, conforme balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira (15/5). O desempenho foi impulsionado por resultados sólidos de sua controlada BRF, que atua nas áreas de aves e suínos. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 20,8% no período, para R$ 3,19 bilhões, enquanto a receita líquida avançou R$ 27% para R$ 38,56 bilhões. Do total, a BRF representou R$ 15,42 bilhões da receita líquida do grupo, com um Ebitda ajustado de R$ 2,75 bilhões e margem de 17,8%. A operação de carne bovina na América do Norte, representada pela National Beef, foi o ponto negativo do balanço da Marfrig. O Ebitda ajustado da unidade americana caiu 89,7% para US$ 6 milhões, apesar da receita ter crescido 15,4% para US$ 3,26 bilhões. A região segue prejudicada pela baixa oferta de gado e custos altos de matéria-prima. “De maneira geral, a demanda por carne bovina continua forte e com preços mais altos. Para o restante de 2025, a oferta menor de bovinos levará a uma redução na utilização da capacidade de produção em toda a indústria”, disse em nota diz Tim Klein, CEO da operação América do Norte da Marfrig. “Estamos observando sinais encorajadores, com os números de liquidação de vacas em queda e mais novilhas sendo retidas”, acrescentou o executivo. Na Operação América do Sul, que contempla os negócios de carne bovina na região, o Ebitda ajustado cresceu 56,2% para R$ 456 milhões. A receita avançou 35,2% para R$ 4,08 bilhões. O crescimento é explicado, principalmente, pela adição de capacidade de abate e desossa, que ainda não atingiu seu potencial máximo, aliado a otimização nos complexos industriais da companhia. “Mesmo com o custo mais alto da matéria-prima em todas as regiões, a performance mostra que o modelo e negócio da Marfrig está na direção correta", disse Rui Mendonça, CEO da operação América do Sul da Marfrig.

Valor Econômico

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Conab amplia previsão e estima safra de grãos com mais de 332 milhões de toneladas

Milho teve incremento de 2,1 milhões de toneladas em relação aos números divulgados no mês passado.

 

Os números recordes da safra de grãos continuam crescendo, de acordo com o 8º Levantamento de Safras de Grãos 2024/2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A nova previsão foi divulgada na quinta-feira, 15, e mostra um novo crescimento em relação ao levantamento anterior, que estimava 330,3 milhões de toneladas para a atual temporada. Agora, a projeção é de 332,9 milhões de toneladas. “As notícias são extraordinárias. Vêm se consolidando as estimativas iniciais da Conab de que a safra 2024/2025 será a maior safra da história do nosso país”, destacou o presidente da Conab, Edegar Pretto, durante a apresentação dos números. O boletim aponta que esse incremento em relação ao mês anterior é devido ao aumento das estimativas para algumas culturas, principalmente soja e milho. A oleaginosa teve um acréscimo de 472 mil toneladas e no milho foram incluídas 2,1 milhões de toneladas, no comparativo com o levantamento divulgado em abril. Conforme informou a companhia, a área cultivada deve ter uma ampliação de 2,2% em relação a safra 2023/2024. Com isso, o país deve chegar a 81,7 milhões de hectares de área plantada. Se espera também um crescimento de 9,5% na produtividade média das lavouras, com uma expectativa de 4.074 quilos por hectare. Ainda de acordo com a Conab, o período analisado levou em consideração a primeira safra, que já está em fase terminativa de colheita. Para a segunda safra, foram considerados os vários estágios de desenvolvimento das lavouras. Já a terceira safra e a safra de inverno foram estimadas observando que estão na etapa de plantio. Soja – Com 98,5% das áreas já colhidas, a expectativa é de que a safra finalize sendo recorde com 168,3 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 14% em relação à safra 2023/2024. Milho – A estimativa é de 126,8 milhões de toneladas (+9,9%) para serem colhidas em 21,3 milhões de hectares (+1,6%). A colheita do milho primeira safra também está na etapa derradeira. Já o milho segunda safra, onde se concentra a maior parte da produção, está em estágio de enchimento de grãos em boa parte das áreas produtoras. “A boa notícia é que na região Centro-Oeste, que é a grande região produtora de milho, e que pese as chuvas já findaram, tem uma boa umidade no solo que garantirá essa umidade por mais um mês, que na opinião técnica da Conab, é o suficiente para o bom preenchimento dos grãos”, afirmou o presidente. 

O Estado de São Paulo

 

Plano Safra 25/26 será o mais difícil dos últimos anos, diz Carlos Fávaro

Segundo ministro, alta da Selic dificulta formação de um programa de crédito do tamanho da necessidade da agropecuária brasileira. Vamos priorizar o Pronamp [linha que atende médios produtores], afirma ministro Carlos Fávaro

 

O ambiente econômico do país, com a disparada da taxa Selic, tornou o Plano Safras 25/26 o mais difícil dos últimos anos, admite o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ele sinaliza para um aumento de juros na próxima temporada, mas reforça que haverá diferenciais nas alíquotas para o financiamento dos médios produtores, principalmente para o cultivo de itens de consumo doméstico. Sem folga no orçamento, Fávaro busca alternativas para ampliar a oferta de recursos sem pressionar o cofre do Tesouro Nacional. Ele defende, por exemplo, a discussão sobre o aumento do direcionamento dos valores captados nas emissões de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para o Plano Safra e a ampliação das linhas em dólar para grandes produtores. “Sem sombra de dúvidas [é o plano mais difícil de ser elaborado desde o início da gestão]. A alta da Selic dificulta a formação de um Plano Safra do tamanho da necessidade da agropecuária brasileira. O aumento da área plantada demanda mais recursos que sejam viáveis e estimulantes aos produtores. Por isso, o desafio do Plano Safra 2025/26”, afirmou o ministro ao Valor, em Cacuso, durante missão a Angola na semana passada. Fávaro ressaltou que os últimos planos foram recordes, com mais recursos e mais efetividade na ponta, por conta da redução do custo de produção no período. Segundo o ministro, há apoio político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suporte técnico do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para anunciar um Plano Safra “melhor, mais efetivo e que garanta o crescimento da economia”. Para atender a demanda crescente por recursos, Fávaro apoia aumento do direcionamento das LCAs ao crédito rural, hoje em 50%. “É algo que tem que ser ponderado com o Banco Central. Temos que entender também que o aumento dos recursos direcionados, de depósitos à vista e da poupança rural, já estão bastante avançados. Acho que é possível avançar um pouquinho mais nesse direcionamento das LCAs também”, indicou. Ele admitiu dificuldades para aumentar o orçamento destinado à equalização de juros. A subvenção da União paga a diferença entre o custo que os bancos têm para captar dinheiro mais as suas remunerações e aquilo que os produtores pagam na ponta. Com a alta da Selic, esse “gap” aumenta ainda mais e demanda mais verba. Segundo Fávaro, em 2024, em um cenário melhor que o atual, houve aval de Lula para ampliar em R$ 3,6 bilhões o orçamento para a equalização de juros dos financiamentos da safra 2024/25. A temporada teve R$ 16,7 bilhões inicialmente em recursos para equalização, com previsão de gasto ao longo de vários anos. Desses, R$ 6,3 bilhões foram para agricultura empresarial e R$ 10,4 bilhões para a agricultura familiar. Para 2025/26, o setor produtivo pediu R$ 25 bilhões de verba federal. “Possivelmente, não teremos mais R$ 3,6 bilhões a incrementar, por isso precisamos buscar novas alternativas de fontes de recursos”, apontou. A Selic está em 14,75% e pode subir a 15% antes do próximo Plano Safra, a partir de julho. A taxa era de 10,5% em julho de 2024. Fávaro citou a linha em dólar, que financiou o equivalente a R$ 8 bilhões via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de máquinas. O ministro disse que o orçamento da União não deve ser o “único instrumento garantidor” de um Plano Safra de sucesso. No cenário geral, Fávaro indicou que deve haver aumento de juros, mas que ainda tenta blindar médios produtores que produzem itens da cesta básica. “Vamos priorizar o Pronamp aos moldes da prioridade que é dada aos pequenos produtores através das linhas de crédito com bastante subsídio”.

Valor Econômico

 

MEIO AMBIENTE

 

Com queda de 64,9%, Paraná teve a 3ª maior redução de desmatamento do Brasil em 2024

De acordo com o relatório divulgado nesta quinta-feira (15) pela plataforma ambiental, a área de supressão vegetal do bioma no Estado diminuiu de 1.230 hectares em 2023 para 432 hectares em 2024, o terceiro melhor desempenho do País no período e o dobro da média nacional, que foi de 32,4%.

 

A nova edição do Relat´prio Anual de Desmatamento (RAD) no Brasil, divulgado na quinta-feira (15) pelo MapBiomas, uma iniciativa multiinstitucional envolvendo universidades, ONGs e empresas de tecnologia, apontou a redução de 64,9% do desmatamento ilegal da Mata Atlântica no Paraná. De acordo com o material, a área de supressão vegetal do bioma diminuiu de 1.230 hectares em 2023 para 432 hectares em 2024. Proporcionalmente, o Paraná alcançou o terceiro melhor desempenho do País no período, atrás apenas do Distrito Federal (-95,1%) e de Goiás (-71,9%), e o dobro da média nacional - no Brasil, em 2024, o desmatamento caiu 32,4%, totalizando 1,24 milhão de hectares. Já os estados do Rio de Janeiro (94,2%), Rio Grande do Sul (70,6%), neste caso, muito em razão da calamidade climática que atingiu o território gaúcho entre abril e maio de 2024, e Acre (31,3%) foram os que apontaram maior crescimento. O estudo revela ainda que o Paraná se destacou também entre os estados brasileiros nas ações de fiscalização ambiental de 2019 a 2024, atendendo a 82,2% das ocorrências, com 77% de autuação. O levantamento do Mapbiomas reforça índices recentes divulgados por instituições também ligadas à proteção do meio ambiente. Além do conteúdo produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em fevereiro, um estudo do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) e da Gerência de Monitoramento e Fiscalização (GEMF), setor criado pelo IAT para colaborar com a vigilância do patrimônio natural paranaense, produzido com base nos alertas publicados pela MapBiomas, indicou queda de 73%. Engenheira florestal do NGI e uma das responsáveis técnicas da área de desmatamento, Aline Canetti explicou que a divergência entre os índices consolidados nos painéis da Fundação SOS Mata Atlântica (226 hectares) e do MapBiomas (432 ha) se deve à metodologia na aferição das áreas. “Isso é por conta da área que é analisada. No caso da SOS Mata Atlântica, são polígonos maiores que 3 hectares, utilizando imagens com 10 metros de resolução espacial. Já o Mapbiomas, por meio de satélites, chega a detectar desmatamentos a partir de 0,2 hectare, utilizando imagens de maior resolução espacial. Esses fragmentos pequenos são a maior parte da supressão no Paraná, o que faz a diferença na consolidação final dos números”, afirmou.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar sobe com especulação sobre pacote de gastos apesar de negativa de Haddad

O dólar fechou a quinta-feira com alta firme no Brasil, na contramão do exterior, com o mercado se apegando a especulações de que o governo estaria preparando um conjunto de medidas para alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, ano eleitoral, com efeitos negativos para a área fiscal.

 

Mesmo com o desmentido do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o dólar à vista fechou em alta de 0,84%, aos R$5,6803. No mês, a divisa acumula leve alta de 0,07%. Às 17h09 na B3 o dólar para junho -- atualmente o mais líquido – subia 0,64%, aos R$5,6990. Com o alívio na disputa tarifária entre Estados Unidos e China, após acordo de 90 dias entre os países nesta semana, os agentes foram em busca de novos motivos para operar no câmbio brasileiro. E nesta quinta-feira as especulações na imprensa de que o governo poderia lançar medidas econômicas para melhorar a avaliação de Lula deram motivo para a busca por dólares. Em meio ao estresse, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu dar uma rápida entrevista a jornalistas em Brasília. Segundo ele, as únicas medidas preparadas por sua pasta para envio a Lula são pontuais e para cumprimento da meta fiscal. Na noite de quarta-feira, após a Veja noticiar que o Ministério do Desenvolvimento Social estaria preparando uma proposta para reajustar o valor do Bolsa Família de R$600 para R$700 a partir de janeiro de 2026, o ministro da pasta, Wellington Dias, disse à Reuters que não há estudo e nem proposta nesse sentido. “É especulação, mais do que qualquer coisa”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, ao justificar o avanço firme do dólar ante o real, mesmo com as negativas do governo. “O mercado anda parado, de lado, após o acordo entre EUA e China, então tem que surgir algo para os especuladores ganharem dinheiro. E o dólar também estava barato nos níveis próximos de R$5,60”, acrescentou.

Reuters

 

Ibovespa fecha acima de 139 mil pontos puxado por Vale e com BRF em destaque

No setor de proteínas a BRF ON subiu 4,78%, tendo no radar o balanço do primeiro trimestre, após o fechamento do mercado. Projeções compiladas pela LSEG apontam Ebitda de R$2,6 bilhões. MARFRIG ON, que controla a BRF e reporta resultado na quinta-feira, valorizou-se 4,34%.

 

O Ibovespa fechou em alta nesta sessão, acima dos 139 mil pontos, em movimento puxado pela Vale e com BRF em destaque antes da divulgação do balanço ainda nesta quinta-feira, enquanto Eletrobras pressionou negativamente após divulgar seu resultado do primeiro trimestre. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,66%, a 139.334,38 pontos, tendo marcado 139.408,29 pontos na máxima e 138.320,61 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$25,2 bilhões. Novos ruídos envolvendo medidas fiscais também ocuparam as atenções no começo da tarde, chegando enfraquecer o Ibovespa, mas o movimento perdeu força com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que as medidas em preparação pelo governo são pontuais para assegurar o cumprimento da meta fiscal. Em Wall Street, os pregões fecharam sem uma direção única, com o S&P 500 em alta de 0,41% e o Dow Jones avançando 0,65%, enquanto o Nasdaq cedeu 0,18%. Análise técnica da Genial Investimento afirma que o Ibovespa continua com tendência de alta em curto, médio e longo prazos, conforme comentário a clientes na quinta-feira. "O Ibovespa continua operando acima de 136.150 pontos onde validou um pivot de alta... sendo que os próximos objetivos passam a ser as projeções de 61,8% e 100% de Fibonacci que ficam respectivamente em 144.345 e 149.410 pontos. Já os próximos suportes ficam em 132.870, 122.890 e 122.660 pontos", afirmou.

Reuters

 

Vendas no varejo no Brasil renovam maior patamar da série

As vendas varejistas no Brasil seguiram em alta pelo terceiro mês seguido em março e renovaram o maior patamar da série histórica, embora tenham ficado abaixo do esperado. Em março, houve alta de 0,8% das vendas no varejo na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira.

 

O resultado levou o setor a atingir o maior nível da série iniciada em janeiro de 2000, superando o nível recorde anterior, de fevereiro de 2025. As vendas varejistas terminaram assim o primeiro trimestre com alta de 0,9% na comparação com os três meses anteriores, depois de subir 0,6% no quarto trimestre de 2024, marcando o sétimo trimestre positivo em sequência. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve recuo de 1,0% nas vendas, contra expectativa de queda de 0,5%. "Em março houve perde de ritmo da inflação, o que aumenta o poder de compra dos consumidores. Outro aspecto positivo para o comércio foi a expansão do crédito para pessoas físicas até para compra de veículos", disse o gerente da pesquisa no IBGE, Cristiano Santos. Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo em março, seis tiveram resultado positivo sobre o mês anterior. “No último mês, o que chama mais atenção é o perfil distribuído do crescimento intersetorial. Tivemos seis atividades em crescimento, inclusive as com mais peso, como a farmacêutica e hiper e supermercados", destacou Santos. Os destaques foram os setores de Livros, jornais, revistas e papelaria (+28,2%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+3,0%). Santos explicou que o desempenho positivo do setor de livros e jornais aconteceu em março desta vez, e não em fevereiro como nos últimos anos, por conta de variações no calendário escolar e variações nos momentos de fechamento de contratos novos. Já as vendas de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançaram 0,4% no mês. Os demais resultados positivos em março vieram de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+1,2%); e Tecidos, vestuário e calçados (+1,2%). Tiveram retração nas vendas Móveis e eletrodomésticos (-0,4%) e Combustíveis e lubrificantes (-2,1%). "O setor de combustíveis e lubrificantes vinha de dois resultados no campo positivo em janeiro e fevereiro. No mês de março há um rebatimento desse crescimento, que reflete também uma demanda menor por combustíveis naquele mês”, disse Santos. No comércio varejista ampliado --que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo --houve avanço de 1,9% em março sobre fevereiro.

Reuters

 

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