CLIPPING DO SINDICARNE Nº 864 DE 19 DE MAIO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 864 | 19 de maio de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Escalas cheias, consumo interno fraco e maior oferta de boiadas pressionam valor da arroba
Os preços da arroba do boi gordo voltaram a perder força nesta sexta-feira (16/5), com quedas em importantes praças brasileiras, incluindo São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, conforme apuração das consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. No PARANÁ: Boi: R$310,00 por arroba. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias.
Pelos dados da Scot Consultoria, o animal terminado “comum” fechou a semana valendo R$ 311/@, no prazo, no Estado de São Paulo, com retração de R$ 2/@ sobre o dia anterior. O “boi-China” e a novilha gorda negociados no mercado paulista também sofreram queda diária de R$ 2/@, fechando a semana em R$ 315/@ e R$ 293/@, respectivamente, valores a prazo. O preço da vaca gorda paulista, diz a Scot, ficou estável, em R$ 277/@. Pelo levantamento da sexta-feira da Agrifatto, 5 das 17 praças acompanhadas diariamente pela consultoria registraram desvalorização no preço da arroba do boi gordo: AC, GO, MG, MS e MT; as demais regiões seguiram com os preços estáveis. “Embora as exportações de carne bovina in natura tenham tido bom desempenho na primeira quinzena de maio/25, o consumo interno enfraqueceu no início da segunda metade do mês”, relatam os analistas da Agrifatto.
Simultaneamente, o fim da estação chuvosa e a redução da qualidade das pastagens forçam os pecuaristas a ampliarem a oferta de animais, incluindo os lotes ainda parcialmente terminados. “Esses fatores combinados reforçam a pressão da indústria frigorífica por novas quedas no preço da arroba em curto prazo”, ressaltou a Agrifatto. No mercado futuro, acompanhando o movimento do mercado físico, os contratos do boi gordo recuaram quinta-feira (15/5). O contrato com vencimento em julho/25, por exemplo, encerrou o pregão da B3 cotado a R$ 313,90/@, com retração de 0,73% em relação ao dia anterior. As vendas de carne bovina desossada no atacado, que haviam apresentado avanços moderados em volume e preço na última semana de abril e na primeira de maio, perderam fôlego após o Dia das Mães, continuou Agrifatto. Cortes como filé-mignon, contrafilé, alcatra, picanha, fraldinha e carnes para churrasco, passaram a registrar baixa liquidez, com quedas de preços entre R$ 1/kg e R$ 3/kg ao longo desta semana, relata a consultoria. A demanda por carne com ossos também recuou de forma significativa no mesmo período. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (16/5), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abates de nove dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$300,00. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha R$295,00. Escalas de oito dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$305,00 a arroba. Boi China: R$315,00. Média: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS E PARÁ: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. GOIÁS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China/Europa: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$270,00 a arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Mercado de reposição registra recuos generalizados, diz Scot
Entre os machos, bezerro de ano registrou queda semanal mais intensa em SP (-5%), seguido pelo garrote (-4,4%). Ao longo da semana encerrada em 16/5, os recriadores e invernistas reduziram o apetite comprador de boiadas de reposição, informou a médica veterinária Mariana Guimarães, da Scot Consultoria.
“Os negócios vêm acontecendo de forma mais lenta e com maior dificuldade quando o assunto é preço”, observa ela, referindo-se ao mercado paulista de reposição. Com isso, continua Mariana, a semana foi marcada pela queda generalizada nas cotações dos animais jovens, não-terminados. Segundo a analista, a maioria dos agentes de mercado relatou que a redução no volume de negociações de animais de reposição e a queda nos preços estão relacionadas ao recuo no valor da arroba do boi gordo. “Diante deste cenário de desvalorização em comparação com a semana anterior, os compradores adotaram uma postura mais cautelosa, aguardando um momento mais oportuno para efetuar novas aquisições”, relata Mariana. Por sua vez, os vendedores que necessitaram de giro de caixa acabaram tendo que realizar as negociações em preços mais baixos, diz a analista. Na comparação entre os preços entre a semana encerrada nesta sexta-feira (em 16/5) e a anterior, todas as categorias de machos anelorados registraram baixa nos preços em São Paulo. O bezerro de ano foi a categoria que apresentou a queda semanal mais intensa (-5%), seguida pelo garrote (-4,4%), boi magro (-1%) e, por fim, pelo bezerro de desmama (-0,9%), de acordo com os dados da Scot. Para as fêmeas aneloradas, considerando a mesma base de comparação, o cenário seguiu igual aos dos machos, com quedas para todas as categorias. A cotação que sofreu o maior recuo semanal foi a da novilha (-3%), seguido pela bezerra de desmama (-2,5%), pela bezerra de ano (-2,4%) e pela vaca boiadeira (-1%). Na comparação mensal, o preço do boi gordo nas praças pecuárias paulistas apresentou retração de 2%, informa Mariana. Por outro lado, considerando o mesmo período de comparação, as cotações do bezerro de desmama, do bezerro de ano e do garrote registraram altas de 1,9%, 1,1% e 0,4%, respectivamente (o boi magro, porém, teve recuo de 2% na comparação mensal). Dessa forma, diz Mariana, o poder de compra do recriador e do invernista em maio/25 ficou desfavorável para a aquisição do bezerro de desmama, do bezerro de ano e do garrote, quando comparado a abril/25. Em relação ao boi magro, o poder de compra se manteve estável. Com isso, calcula Mariana, atualmente, ao vender um boi de 19 arrobas, é possível adquirir 1,40 boi magro, 1,64 garrote, 1,91 bezerro de ano e 2,21 bezerros de desmama. No curto prazo, prevê a analista da Scot, o mercado do boi gordo deve continuar a influenciar o ritmo das negociações na reposição. Além disso, a tendência de redução no volume de chuvas nas próximas semanas poderá começar a impactar as decisões dos compradores, acredita Mariana. “Nesse cenário, vendedores que optarem por postergar os negócios podem encontrar um mercado menos disposto a pagar bons preços, devido às limitações da estiagem”, antecipa a analista.
Portal DBO
SUÍNOS
Cotações do mercado de suínos fecharam a sexta-feira (16) estáveis
A sexta-feira (16) terminou para o mercado de suínos com preços estáveis. Segundo análise do Cepea, há um cenário de oferta equilibrada com a demanda em quase todas as regiões acompanhadas.
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,60/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (15), os preços ficaram estáveis nas principais praças: Minas Gerais (R$ 8,53/kg), Paraná (R$ 8,21/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,14/kg), Santa Catarina (R$ 8,14/kg), e São Paulo (R$ 8,63/kg).
Cepea/Esalq
Suínos/Cepea: preços médios do suíno vivo e da carne suína apresentaram leve queda em abril
Os preços médios do suíno vivo e da carne suína apresentaram leve queda em abril frente a março, mas seguiram bem acima dos registrados no mesmo período do ano passado. Os preços médios do suíno vivo e da carne suína apresentaram leve queda em abril frente a março, mas seguiram bem acima dos registrados no mesmo período do ano passado.
As vendas externas de carne suína seguem registrando excelente desempenho neste ano. O volume de carne in natura e processada exportada em abril foi recorde para o mês e o terceiro maior da série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), iniciada em 1997. Além disso, a receita arrecada em abril foi a segunda mais elevada da série da Secretaria. Os preços médios dos principais insumos da atividade suinícola nacional – farelo de soja e milho – apresentaram retrações de março para abril no mercado brasileiro. Para o suíno vivo, os valores de negociação registraram recuo em abril. O preço médio da carcaça especial suína caiu de março para abril, ao passo que os valores do frango inteiro congelado e da carcaça casada bovina avançaram no mesmo intervalo. Com isso, a proteína suína ganhou competitividade em relação a essas concorrentes.
Cepea
Exportação do paraná cresceu 25,5%
Com dados do Agrostat/Mapa o documento mostra que o Paraná estabeleceu um novo recorde mensal de exportação de carne suína, em que foram exportadas 21,2 mil toneladas, ou 25,5% a mais que abril de 2024, que foram registradas 4,3 mil toneladas, e 9,3% a mais que o mês de março deste ano, onde foram exportadas 1,8 mil toneladas.
Além disso, as perspectivas são positivas para os próximos meses, já que o segundo semestre é caracterizado historicamente pelo aumento de volume exportado, reforçando as chances de novos recordes ainda em 2025.
SEAB-PR/ADAPAR
FRANGOS
Preço do frango terminou a semana estável, mas ganhou competitividade frente a carne suína
Segundo análise do Cepea, carne de frango tem ganhado competitividade em relação à suína, mas perdido frente à bovina, apontam levantamentos do Cepea.
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,62%, custando, em média, R$ 8,05/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, enquanto no Paraná, houve queda tímida de 0,19%, valendo R$ 5,25/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (15), tanto o preço da ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,70/kg e R$ 8,81/kg.
Cepea/Esalq
Gripe aviária no maior exportador de frango, Brasil, desencadeia proibições comerciais
O Brasil, maior exportador de frango do mundo, confirmou seu primeiro surto de gripe aviária em uma granja avícola na sexta-feira, desencadeando uma proibição comercial em todo o país pela China e restrições estaduais para outros grandes consumidores.
O surto no sul do Brasil foi identificado em uma fazenda fornecedora da Vibra Foods, uma operação brasileira apoiada pela Tyson Foods (TSN.N), de acordo com duas pessoas familiarizadas com o assunto. A Vibra e a Tyson não responderam imediatamente às perguntas. A Vibra possui 15 unidades de processamento no Brasil e exporta para mais de 60 países, segundo seu site. O Brasil exportou US$ 10 bilhões em carne de frango em 2024, representando cerca de 35% do comércio global. Grande parte disso veio da processadora de carne BRF (BRFS3.SA). e JBS (JBSS3.SA), que enviam para cerca de 150 países. China, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos estão entre os principais destinos das exportações de frango do Brasil. O ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro, afirmou na sexta-feira que a China proibiu a importação de aves do país por 60 dias. Conforme acordos com Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, ele afirmou que a proibição comercial restringiria apenas os embarques do estado afetado e, eventualmente, apenas do município em questão. O surto ocorreu na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, informou o Ministério da Agricultura. O estado responde por 15% da produção e exportação de aves brasileiras, informou a Associação Brasileira de Abate de Suínos e Aves (ABPA) em julho de 2024. A BRF possui cinco unidades de processamento em operação no estado. A JBS também investiu em unidades locais de processamento de frango sob sua marca Seara. Autoridades estaduais disseram que o surto de gripe aviária H5N1 já é responsável pela morte de 17.000 galinhas de criação, seja diretamente pela doença ou devido ao abate preventivo. Autoridades veterinárias estão isolando a área do surto em Montenegro e procurando por mais casos em um raio inicial de 10 km (6 milhas), disse a secretaria estadual de agricultura. Fávaro, o ministro da Fazenda, disse que o Brasil estava trabalhando para conter o surto e negociar um afrouxamento das restrições comerciais mais rápido do que os dois meses acordados nos protocolos. "Se conseguirmos eliminar o surto, achamos que é possível restabelecer um fluxo comercial normal antes dos 60 dias, inclusive com a China", disse Favaro em entrevista à CNN Brasil. Os produtos de frango enviados até quinta-feira não serão afetados pelas restrições comerciais, ele acrescentou. O ministério disse em um comunicado que estava notificando oficialmente a Organização Mundial de Saúde Animal. "Todas as medidas necessárias para controlar a situação foram adotadas rapidamente, e a situação está sob controle e sendo monitorada por órgãos governamentais", disse a ABPA, associação da indústria avícola do Brasil, em um comunicado. A JBS encaminhou questões sobre o surto à ABPA. O CEO da BRF, Miguel Gularte, disse a analistas em uma teleconferência de resultados que estava confiante de que os protocolos de saúde brasileiros eram robustos e que a situação seria superada rapidamente. O Brasil, que exportou mais de 5 milhões de toneladas métricas de produtos de frango no ano passado, confirmou os primeiros surtos da gripe aviária altamente patogênica entre aves selvagens em maio de 2023 em pelo menos sete estados.
Reuters
Gripe Aviária: Para Cepea, setor vai conter caso de gripe aviária e negociar flexibilização de embargos
A confirmação de um caso de gripe aviária numa granja de matrizes (de ovos férteis) no município de Montenegro, Rio Grande do Sul, na quinta-feira, 15, deixa o setor em alerta. O Ministério da Agricultura informou que já acionou o protocolo de contingência e declarou autoembargo de carne de frango do Rio Grande do Sul para todos os destinos.
Por cláusula contratual, foi automática a suspensão por parte da China e da União Europeia das compras de carne de aves de todo o Brasil. Com o Japão, foi assinada no final de março a regionalização do Certificado Sanitário Internacional, que implica na suspensão das compras da carne produzida apenas no município onde um caso de doença aviária for detectado. Outros importadores também podem vir a embargar a carne brasileira. Pesquisadores do Cepea informam que cerca de um terço da produção brasileira de carne de frango é exportada para dezenas de parceiros comerciais. A China é a maior compradora, mas sua participação se limita a pouco mais de 10% de todo o volume vendido ao exterior. A União Europeia comprou, em 2024, aproximadamente 4,5%; os países do Oriente Médio, em conjunto, respondem por cerca de 30% das exportações de carne de frango. Pesquisadores do Cepea avaliam que o setor tem capacidade de intensificar os protocolos sanitários e conter a doença rapidamente. Ponderam que é preciso aguardar os esforços da diplomacia comercial brasileira que devem agir no sentido de atenuar a área de embargo da China e União Europeia. Flexibilizar a suspensão total da carne de aves do Brasil, prevista em contrato, pode interessar também à China e à UE, dado o impacto que seus consumidores teriam com o não recebimento do produto. Na avaliação de pesquisadores do Cepea, a suspensão por parte da China e da UE de toda a carne de aves brasileira teria impacto de média intensidade no equilíbrio de mercado não só de frango, mas também das carnes suína e bovina; grãos, principalmente, milho também seria influenciado. Porém, o caso é muito recente e, na análise dos especialistas do Cepea, ainda é cedo para cenários. O mercado de ovos, no entanto, é diretamente afetado com o autoembargo das exportações de todos os produtos de aves do Rio Grande do Sul, que responde por cerca de um terço dos ovos exportados pelo Brasil. Até então, o mercado interno de frango vinha com preços firmes ao produtor e no atacado da carne, com boa liquidez nas últimas semanas. O escoamento proporcionado pela exportação tem grande influência sobre o equilíbrio doméstico dos preços.
Cepea
Analista projeta perda nas exportações de carne de frango entre 15% E 25% por caso de gripe aviária no Brasil
De acordo com o coordenador de mercados da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, cerca de 15% a 25% das vendas da carne de frango devem ser impactadas por esta questão.
“O Rio Grande do Sul tem números importantes de embarques para a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Japão, que o fechamento acontece de forma regional, por Estado, e tem mais de 200 protocolos que o Brasil tem firmado com outros países, variando de caso a caso. Entretanto, a China é a questão mais preocupante, porque fecha o mercado nacional. É uma fatia de 10% das vendas brasileiras. Dá para estimar, desta forma, que entre 15% a 25% o Brasil deve ser prejudicado nas vendas de carne de frango. Era um mercado que estava bem ajustado, bem equilibrado, com forte ritmo de embarques, e agora devemos sofrer um pouco nos próximos 60 a 90 dias em função deste caso”, disse. Conforme dados da plataforma Comex Stat do Governo Federal, em 2024 o Rio Grande do Sul foi o terceiro Estado no ranking brasileiro de exportações de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, com participação de 13,2%. Entretanto, devido a um caso de Doença de Newcastle ocorrido em Anta Gorda em julho de 2024, a receita com os embarques caiu 12,6%. De janeiro a abril deste ano, o Estado segue em terceira posição, com share de 13,7%, e arrecadação 3,1% superior ao mesmo período do ano passado.
Agência Safras
Brasil investiga mais duas suspeitas de gripe aviária em granjas comerciais
Casos em análise são de Tocantins e Santa Catarina; há ainda quatro possíveis ocorrências em criações de subsistência. Autoridades sanitárias investigam mais dois casos suspeitos de gripe aviária em criações comerciais no país
As autoridades sanitárias investigam mais dois casos suspeitos de gripe aviária, identificados em Tocantins e Santa Catarina. Um dos casos suspeitos é o de uma granja comercial de Aguiarnópolis, em Tocantins, que está sob investigação do Serviço Veterinário Oficial do Estado. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adapec) informou, em nota, que identificou aves com sinais de enfermidade em um frigorífico de frango de corte do município durante inspeção que ocorreu na manhã de sexta-feira (16/5). O abatedouro é fiscalizado pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE). O órgão disse que essa é uma investigação de rotina, conduzida de acordo com os protocolos sanitários vigentes. O resultado do exame laboratorial deve ser divulgado na segunda-feira (19/5). O caso sob suspeita aparece na lista de investigações em andamento do Ministério da Agricultura. "As amostras foram coletadas no mesmo dia e enviadas em 16 de maio ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Campinas (SP), unidade oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para análise específica de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves", informou a Adapec, em nota. Após a identificação dos sinais clínicos suspeitos nas aves, o órgão interditou a propriedade imediatamente. A ficha sanitária do frigorífico foi bloqueada, o que a impede de fazer abates e comercialização até a fim da investigação. Suspeita de gripe aviária em Santa Catarina. Há outro caso suspeito em criação comercial sob investigação, segundo revelou na noite deste domingo (18/5) o painel do Ministério da Agricultura de acompanhamento dos casos de síndromes respiratórias em aves. A suspeita em análise é de uma criação de Ipumirim (SC). O painel do Ministério da Agricultura mostrava na noite deste domingo (18/5) quatro outros focos em investigação, em aves de subsistência. Um deles é em Triunfo (RS), município vizinho a Montenegro, em galinha de criação de subsistência. Os outros casos de aves de subsistência com investigação em andamento são em Brasilândia (MT), Graciosa Cardoso (SE) e Salitre (CE). Se confirmados, esses casos não geram impactos comerciais ao Brasil. O foco de Montenegro é o único de influenza aviária de alta patogenicidade que já se confirmou em ave de criação comercial no país. O Brasil já identificou 164 focos em animais silvestres e três em aves de subsistência.
Valor Econômico
Paraná responde por 34,9% do abate
O abate de frangos no Brasil somou 1,63 bilhão de cabeças no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024.
Também houve alta de 0,9% na comparação com o último trimestre do ano passado. A produção de carne acompanhou esse movimento, alcançando 3,45 milhões de toneladas no período. Neste cenário, o Paraná manteve a liderança nacional. No acumulado do ano de 2024 o Paraná respondeu por 34,2% do abate e 34,9% da carne de frango produzida. O Estado teve crescimento de 2,5% no número de abates e de 3,1% no volume produzido em relação a 2023.
SEAB-PR/ADAPAR
EMPRESAS
Tendência é que Cade aprove fusão entre BRF e Marfrig sem restrições
Órgão antitruste vê negócio como troca de ações. Marfrig e BRF devem formar uma gigante com receita de R$ 152 bilhões
Membros do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avaliam de forma preliminar que a fusão entre as gigantes Marfrig e BRF não deve enfrentar problemas do ponto de vista concorrencial, com uma tendência de aprovação sem restrições pelo órgão antitruste.
Ontem, foi divulgado que a operação, já aguardada pelo mercado, prevê a incorporação das ações da BRF pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig para cada papel da BRF. Segundo integrantes do Cade, como se trata apenas de um rearranjo societário de empresas que já compõem o mesmo grupo econômico, a tendência é de não haver riscos concorrenciais. O processo, no entanto, ainda está longe de chegar ao Cade, já que a fusão foi anunciada ontem. Nos últimos anos, a Marfrig comprou ações da BRF até assumir o controle da empresa, que é dona da marca Sadia.
Globo Rural
Acionistas da BRF e Marfrig apoiam a fusão, diz Marcos Molina
Para o CEO, medida destrava valor, gera sinergias e trará benefícios de longo prazo para a nova empresa que será criada, a MBRF.
Apesar da diluição de ações que virá com a fusão entre Marfrig e BRF, há "sinalização bem forte dos principais acionistas de apoio à operação", disse Marcos Molina, controlador e presidente dos conselhos de administração das duas companhias, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira (16/5). Isso porque, segundo o empresário, a fusão destrava valor, gera sinergias e trará benefícios de longo prazo para a nova empresa que será criada, a MBRF. Sobre a estrutura definida para a troca das ações, o vice-presidente de finanças e relações com investidores da BRF, Fábio Mariano, explicou que as duas companhias criaram comitês e contrataram bancos de primeiro escalão que fizeram o cálculo que resultou na indicação de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF. No caso da BRF, o banco contratado foi o Citibank. Os acionistas que concordarem com a fusão também recebem proventos. A BRF distribuirá até R$ 3,52 bilhões e a Marfrig, por sua vez, distribuirá R$ 2,5 bilhões. "Muito embora a gente veja nas telas uma relação de troca que a gente poderia considerar 1 para 1, quando a gente analisa o potencial de diluição dessa transação (...) é uma diluição que está limitada a pouco mais de 8%", afirmou Mariano. Ele citou que o segundo maior acionista da BRF - em referência ao fundo árabe Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic) - tem participação em torno de 11,6% e, com a fusão, passaria a 10,6% por causa da diluição de ações. "Se você tivesse uma relação de troca de 1 pra 1, você manteria sua participação na empresa combinada, e na estrutura proposta com essa relação de troca haverá uma diluição limitada a esses 8%", enfatizou o executivo. O vice-presidente não espera que os acionistas da Marfrig saiam de suas posições e, no caso da BRF, se houver acionista que decida não acompanhar a combinação de negócios, há a opção de se retirar da ação. Quem exercer esse direito de saída, não receberá os proventos adicionais da fusão. "Já temos o apoio de parte dos acionistas já formalizado", disse o executivo, em linha com a declaração de Molina. Ainda que haja uma saída de acionistas e o pagamento de proventos, Mariano calcula que a alavancagem (relação em dívida líquida e Ebitda ajustado) seguirá em um patamar "muito confortável", em torno de 3 vezes. Na B3, as ações das duas companhias começaram o dia com sinais mistos. Por volta da 10h40, os papéis da Marfrig subiam 18%, enquanto as ações da BRF recuavam 1,9%.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
PR e SC entram em alerta máximo contra gripe aviária após casos no RS
Juntos, os três estados da região sul do Brasil representam 78,2% das exportações brasileiras de carne de frango
Paraná e Santa Catarina, primeiro e segundo maiores exportadores nacionais de carne de frango, estão intensificando suas medidas de defesa sanitária em atenção aos focos de gripe aviária confirmados no Rio Grande do Sul. Juntos, os três estados que compõem a região sul do Brasil representam 78,2% das exportações brasileiras de carne de frango. Em nota, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) informou que, “até o momento, não há registros de casos suspeitos ou confirmados [de IAAP] no estado”. A agência reforçou que o governo estadual mantém protocolos rigorosos de controle sanitário nos frigoríficos e destacou a importância da vigilância permanente e da aplicação efetiva das medidas de biosseguridade. A Adapar também ressaltou que o estado mantém um sistema de vigilância ativa tanto na avicultura comercial quanto na de subsistência, além de investir continuamente na capacitação técnica dos servidores envolvidos na defesa sanitária animal. Segundo dados da ABPA, o Paraná foi responsável por 42,1% das exportações brasileiras do produto em 2024, totalizando 2,1 milhões de toneladas. Diante da suspensão temporária da importação de carne de frango brasileiro pela China e a União Europeia, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Sistema FAEP) encaminhou um ofício aos órgãos competentes solicitando ações urgentes para a reabertura dos mercados internacionais ao frango paranaense. O documento foi encaminhado ao Mapa, à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) do Paraná e à Adapar. A FAEP argumenta que o Paraná, há décadas, desenvolve um sistema sanitário sólido e robusto, que assegura segurança alimentar e atende aos mais rigorosos padrões internacionais de qualidade exigidos pelos clientes no exterior. A entidade destaca que a avicultura representa 31,6% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do estado, evidenciando sua importância econômica. Já a secretaria de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola do estado (Cidasc) emitiram uma nota técnica conjunta de alerta máximo. Os órgãos pedem que a avicultura comercial catarinense reforce as medidas de biosseguridade e proíba visitas de pessoas alheias ao sistema de produção. “É de extrema importância a comunicação imediata à Cidasc em caso de aves de qualquer espécie apresentando sinais clínicos de influenza aviária”, alerta a nota. “Aves mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas”, destaca. Além do mais, o estado está intensificando as ações, como: análise da movimentação animal e produtos de origem animal oriundos da região do foco; direcionamento da atividade de vigilância ativa em propriedades que receberam animais daquela região nos últimos 30 dias; orientação aos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa sul para intensificar a inspeção documental e física de todas as cargas de aves e ovos férteis provenientes do Rio Grande do Sul. “A depender da evolução do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Cidasc para proteger a avicultura catarinense”, pontua a nota técnica.
O Estado de São Paulo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem leve baixa em dia de agenda esvaziada e fecha semana em R$5,6690
O dólar passou a sexta-feira por uma sessão de acomodação após o avanço firme da véspera, oscilando em margens estreitas até encerrar em leve baixa ante o real, em um dia de agenda relativamente esvaziada e sem gatilhos fortes para as cotações.
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,20%, aos R$5,6690. Na semana, a divisa acumulou alta de 0,25%. Às 17h18, na B3, o dólar para junho -- atualmente o mais líquido – cedia 0,33%, aos R$5,6845. Na quinta-feira o dólar havia subido 0,84%, com investidores se apegando a especulações de que o governo estaria preparando um pacote de gastos para alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, ano de eleição, com medidas que poderiam incluir um possível reajuste do Bolsa Família. A percepção era de que as medidas prejudicariam o ajuste fiscal brasileiro. Ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha desmentido haver estudos no governo para o reajuste do Bolsa Família -- o que já tinha sido negado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias -- e insistido que sua pasta trabalha apenas em medidas fiscais pontuais "para o cumprimento da meta fiscal”, o dólar se manteve em alta na véspera. A elevação do dólar na quinta-feira “foi Tesouraria de banco trabalhando para ganhar dinheiro, porque os fundamentos não justificariam uma alta assim”, comentou nesta sexta-feira João Oliveira, head da Mesa de Operações do Banco Moneycorp. “Então, o dólar subiu na quinta, e na sexta manteve o nível, mesmo porque o fluxo diminui um pouco às sextas-feiras”, acrescentou, chamando atenção ainda para a agenda esvaziada no Brasil e no exterior.
Reuters
Ibovespa fecha com queda discreta em dia de tombo de BB e salto de Marfrig
O Ibovespa fechou com uma queda modesta na sexta-feira, marcada pelo tombo das ações do Banco do Brasil, refletindo frustração dos agentes com o resultado do banco nos primeiros meses do ano, e pela disparada da Marfrig, que renovou máximas históricas após anunciar que irá incorporar a BRF.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,24%, a 138.999,03 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 137.713,31 pontos na mínima e 139.334,72 pontos na máxima do dia. Na semana, contudo, acumulou um ganho de 1,82%.
O volume financeiro nesta sexta-feira somava R$25,58 bilhões antes dos ajustes finais, influenciado também pelo vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.
Reuters
Mercado reduz projeções para dívida pública em 2025 e 2026, mostra Prisma
Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram previsões para a dívida pública bruta brasileira em 2025 e 2026, apesar de piorarem a estimativa para o resultado primário do governo no ano que vem, mostrou na sexta-feira o relatório Prisma Fiscal de maio.
Os economistas agora esperam que a dívida bruta do governo geral chegue a 80,30% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo dos 80,50% projetados em abril. Em 2026, a previsão é de que a dívida alcance 84,49% do PIB, ante projeção anterior de 84,55%. Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de R$72,687 bilhões em 2025, antevisão anterior de déficit de R$73,657 bilhões. Para 2026, a expectativa para o resultado primário piorou e foi a um déficit de R$80,690 bilhões, ante R$78,157 bilhões previstos no mês passado. As estimativas para o resultado primário seguem distantes das metas estabelecidas pelo governo de déficit zero em 2025 e superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026. Agentes de mercado têm demonstrado preocupação com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal e a trajetória de gastos com a aproximação do ano eleitoral de 2026, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública. Na quinta-feira, em meio a estudos no governo para lançar um pacote que amplie a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a equipe econômica está preparando medidas pontuais para assegurar o cumprimento da meta fiscal. Para a receita líquida do governo, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$2,313 trilhões em 2025, contra R$2,308 trilhões estimados no mês anterior. Em 2026, o dado é visto em R$2,464 trilhões, contra R$2,463 trilhões projetados em abril. Os economistas consultados no Prisma ainda aumentaram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano para R$2,383 trilhões, de R$2,381 trilhões anteriormente, e baixaram a R$2,545 trilhões em 2026, de R$2,559 trilhões antes.
Reuters
IGP-10 registra queda inesperada em maio e recua pelo 2º mês seguido, diz FGV
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou queda inesperada em maio, de 0,01%, caindo pelo segundo mês seguido após o recuo de 0,22% em abril, em resultado puxado pela baixa dos preços de matérias-primas brutas, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira.
Analistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 0,17% na base mensal. Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 7,54%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 0,17% em maio, depois de cair 0,47% no mês anterior. "Influenciadas pela dinâmica de preços no mercado internacional, as quedas do minério de ferro, óleo diesel e milho foram as principais contribuições para a queda do IPA", disse Matheus Dias, economista da FGV IBRE. O relatório mostrou que em maio o minério de ferro teve queda de 1,74%, após cair 3,79% em abril; o milho em grão recuou 5,36%, ante um avanço de 11,64% em abril; e o óleo diesel teve baixa de 6,34%, após cair 1,46% no mês anterior. Na análise por grupos, a queda no IPA veio na esteira do recuo dos preços de Matéria-Primas Brutas, que tiveram deflação de 1,09% em maio, depois de cair 1,0% do mês anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, registrou a mesma taxa de abril, uma alta de 0,42%. No IPC, houve acréscimo em cinco das oito classes que compõem o índice: Saúde e Cuidados Pessoais (0,59% para 1,08%), Despesas Diversas (0,20% para 1,15%), Habitação (0,31% para 0,57%), Vestuário (0,02% para 0,66%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,69% para -0,45%). A tarifa de eletricidade residencial e a batata-inglesa foram os itens de maior destaque para a alta do IPC, subindo 1,61% e 22,97%, respectivamente, em maio, ante as baixas de 0,74% e 0,85% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), por sua vez, desacelerou ligeiramente, subindo 0,43% em maio, depois de um avanço de 0,45% em abril. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Reuters
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