CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 865 DE 20 DE MAIO DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5 | nÂș 865 | 20 de maio de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASIL
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Boi abre a semana em queda, e mercado pode enfraquecer ainda mais com gripe aviĂĄria
A semana começou com queda de R$ 3/@ nos preços do boi gordo âcomumâ e da novilha gorda nas praças de SĂŁo Paulo, agora negociados por R$ 308/@ e R$ 290/@, no prazo (valores brutos), informou a Scot Consultoria. Nas mesmas regiĂ”es, as cotaçÔes da vaca gorda e do âboi-Chinaâ continuam valendo R$ 277/@ e R$ 312/@, respectivamente, acrescentou a Scot. No PARANĂ: Boi: R$310,00 por arroba. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias.
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Desde o fim da Ășltima semana, o mercado do boi gordo passou a conviver com um outro um fator de baixa, pelo menos neste curto prazo: a confirmação de um caso de influenza aviĂĄria em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, que levou Ă suspensĂŁo temporĂĄria das importaçÔes de carne de frango brasileira por mais de uma dezena de paĂses, incluindo a China, disparado o maior cliente. Tal acontecimento, segundo os analistas da Agrifatto, pode redirecionar ao mercado domĂ©stico uma grande quantidade de cortes de frango, reduzindo ainda mais os preços desta mercadoria e forçando para baixo os valores da proteĂna vermelha. A terceira semana de maio teve desempenho negativo nos preços do boi gordo, impulsionado sobretudo pelo consumo interno fraco de carne bovina, disse a Agrifatto. Segundo o Indicador do Cepea, a arroba do boi gordo (mercado paulista) foi negociada, em mĂ©dia, a R$ 308,15 na Ășltima semana, com retração de 1,87% em relação ao preço mĂ©dio da semana anterior. O Indicador Agrifatto apontou um preço mĂ©dio de R$ 311,25/@, baixa semanal de 1,94%. No levantamento do Datagro, a arroba ficou em R$ 309,18, em mĂ©dia, com declĂnio semanal de 2,12%. No mercado de reposição, diz a Agrifatto, o bezerro (indicador Cepea/praça MS) seguiu no mesmo ritmo do boi gordo, apresentando desvalorização semanal de 0,49%, valendo, em mĂ©dia, R$ 2.930,03/cabeça. A expectativa dos agentes na B3 foi mais pessimista durante a semana passada, e os principais vencimentos futuros do boi gordo apresentaram retração, informou a Agrifatto. Com 3.760 contratos negociados na Ășltima sexta-feira, o papel com vencimento em maio/25 teve queda de 2,13% no comparativo entre as sextas-feiras, encerrando a R$ 298,10/@. Com os fechamentos da Ășltima sexta-feira, verificou-se um desĂĄgio nos preços do mercado fĂsico em relação Ă B3 nos vencimentos de maio/25 e junho/25, indicando um tom mais pessimista para o curto prazo, relata a Agrifatto. O contrato de maio/25 registrou uma perda de R$ 8,66/@ em relação Ă mĂ©dia do indicador DATAGRO, enquanto o papel com vencimento em junho/25 apontou queda de R$ 6,61/@ sobre o mesmo indicador. CotaçÔes do boi gordo desta segunda-feira (19/5), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abates de nove dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. MĂ©dia: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$300,00 Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha R$295,00. Escalas de oito dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$305,00 a arroba. Boi China: R$315,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS E PARĂ: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. MĂ©dia: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. GOIĂS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China/Europa: R$295,00. MĂ©dia: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. RONDĂNIA: Boi: R$270,00 a arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHĂO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
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Embarque de carne bovina atĂ© a 3ÂȘ semana de maio tem elevação de 25,9% na receita, em mĂ©dia diĂĄria
Segundo a Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex) do Mdic, as exportaçÔes de carne bovina in natura atĂ© a terceira semana de maio (11 dias Ășteis), registraram aumento de 25,9% no faturamento por mĂ©dia diĂĄria.
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A receita obtida, US$ 629,2 milhĂ”es, representa 65,92% do total arrecadado em todo o mĂȘs de maio de 2024, que foi de US$ 954,4 milhĂ”es. No volume embarcado, as 123.005 toneladas representam 58,03% do volume registrado em maio de 2024, com 211.956 toneladas. O faturamento por mĂ©dia diĂĄria foi de US$ 57,2 milhĂ”es quantia 25,9% a maior do que a registrada em maio de 2024. Em toneladas por mĂ©dia diĂĄria, foram 11.182 toneladas, incremento de 10,8% no comparativo com o mesmo mĂȘs de 2024. No preço pago por tonelada, US$ 5.115, ele Ă© 13,6% superior ao praticado em maio do ano passado.Â
SECEX/MDIC
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SUĂNOS
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Estabilidade predominou nas cotaçÔes no mercado de suĂnos na segunda-feira (19)
Os preços no mercado de suĂnos nesta segunda-feira (19) ficaram, na maioria, estĂĄveis. Segundo anĂĄlise do Cepea, hĂĄ um cenĂĄrio de oferta equilibrada com a demanda em quase todas as regiĂ”es acompanhadas.Â
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Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suĂno CIF em SĂŁo Paulo ficou estĂĄvel, com preço mĂ©dio de R$ 162,00, enquanto a carcaça especial caiu 0,79%, fechando em R$ 12,50/kg, em mĂ©dia. Conforme informaçÔes do Cepea/Esalq sobre o Indicador do SuĂno Vivo, referentes Ă sexta-feira (16), houve tĂmida alta de 0,12% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 8,15/kg. Os preços ficaram estĂĄveis em Minas Gerais (R$ 8,53/kg), ParanĂĄ (R$ 8,21/kg), Santa Catarina (R$ 8,14/kg), e SĂŁo Paulo (R$ 8,63/kg).Â
Cepea/Esalq
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Receita com exportaçÔes de carne suĂna atĂ© a 3ÂȘ semana de maio chega a 69% do total da de maio/24
Segundo a Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex) do Mdic, as exportaçÔes de carne suĂna in natura atĂ© a terceira semana de maio (11 dias Ășteis), teve a arrecadação que chega a 69% do total da receita de todo o mĂȘs de maio de 2024.
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A receita obtida atĂ© este momento do mĂȘs, US$ 145,2 milhĂ”es representa 69,14% do total arrecadado em todo o mĂȘs de maio de 2024, que foi de US$ 210 milhĂ”es. No volume embarcado, as 56.749 toneladas representam 61,93% do total registrado em maio do ano passado, com 91.629 toneladas. O faturamento por mĂ©dia diĂĄria atĂ© a terceira semana de maio foi de US$ 13,2 milhĂ”es, quantia 32% a mais do que a de maio de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 10,54% observando os US$ 14,7 milhĂ”es, vistos na semana passada. Em toneladas por mĂ©dia diĂĄria, foram 5.159 toneladas, houve incremento de 18,2% no comparativo com o mesmo mĂȘs de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 10,81%, comparado Ă s 5.784 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.559, ele Ă© 11,6% superior ao praticado em maio passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa aumento de 0,30% em relação aos US$ 2.499 anteriores.
SECEX/MDIC
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FRANGOS
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Frango: segunda-feira (19) terminou com quedas pontuais
Esta segunda-feira (19) foi de quedas ou preços eståveis para o mercado do frango
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De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo caiu 1,54% eståvel, custando, em média, R$ 6,40/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,87%, custando, em média, R$ 7,98/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou eståvel em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, assim como no Paranå, valendo R$ 5,25/kg. Conforme informaçÔes do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (16), tanto o preço da ave congelada quanto o frango resfriado ficaram eståveis, custando, respectivamente, R$ 8,70/kg e R$ 8,81/kg.
Cepea/Esalq
Embarques de carne de frango registram nĂșmeros positivos atĂ© a 3ÂȘ semana de maio, ainda sem impactos da gripe aviĂĄria
Segundo a Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex) do Mdic, as exportaçÔes de carne de aves in natura atĂ© a terceira semana de maio (11 dias Ășteis), ainda teve leves aumentos, sem ainda contabilizar as suspensĂ”es de mercados por conta do primeiro caso de gripe aviĂĄria registrado em granja comercial no Brasil.
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A receita obtida, US$ 403,5 milhĂ”es, representa 53,67% do total arrecadado em todo o mĂȘs de maio de 2024, que foi de US$ 751,8 milhĂ”es. No volume embarcado, as 222.858 toneladas representam 52,50% do volume registrado em maio de 2024, com 424.417 toneladas. O faturamento por mĂ©dia diĂĄria foi de US$ 36,6 milhĂ”es quantia 16,9% a maior do que a registrada em maio de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 12,30% quando comparado aos US$ 41,8 milhĂ”es vistos na semana passada. Em toneladas por mĂ©dia diĂĄria, foram 20.259 toneladas, houve leve incremento de 0,2% no comparativo com o mesmo mĂȘs de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 12,79% em relação Ă s 23.233 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.811, ele Ă© 2,2% superior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve aumento de 0,56% no comparativo ao valor de US$ 1.800 visto na semana passada.
SECEX/MDIC
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Gripe aviĂĄria: JapĂŁo oficializa embargo a produtos avĂcolas gaĂșchos
EstĂŁo suspensas compras de aves vivas do RS e da carne de aves e ovos para consumo humano do municĂpio de Montenegro. O protocolo sanitĂĄrio com os japoneses foi atualizado recentemente para tentar diminuir os impactos de casos sanitĂĄrios como esteÂ
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O governo do JapĂŁo oficializou na segunda-feira (19/5) o embargo temporĂĄrio para produtos avĂcolas gaĂșchos por conta da confirmação do primeiro foco de gripe aviĂĄria em uma criação comercial no Brasil. A decisĂŁo do MinistĂ©rio da Agricultura, Florestas e Pesca japonĂȘs foi suspender as exportaçÔes de aves vivas de todo o Estado do Rio Grande do Sul e da carne de aves e ovos para consumo humano apenas do municĂpio de Montenegro (RS), onde o vĂrus foi detectado, a partir de 16 de maio. âPara tomar todas as medidas possĂveis para evitar a entrada da doença no JapĂŁo, a importação de aves vivas do Estado do Rio Grande do Sul foi temporariamente suspensa na sexta-feira, 16 de maio de 2025 (...) A importação de carne de aves, ovos frescos com casca, etc. da cidade de Montenegro, foi temporariamente suspensa na sexta-feira, 16 de maio de 2025â, informou a Pasta em decisĂŁo publicada em seu site.
Segundo as autoridades japonesas, a importação de aves vivas, carne de aves, ovos frescos com casca, entre outros produtos, de paĂses ou regiĂ”es afetados pela gripe aviĂĄria âestĂĄ suspensa para evitar que aves vivas mantidas no JapĂŁo sejam infectadas com o vĂrus, e nĂŁo por razĂ”es de higiene alimentarâ. O protocolo sanitĂĄrio com os japoneses foi atualizado recentemente para tentar diminuir os impactos de casos sanitĂĄrios como este. Antes, o JapĂŁo embargava o Estado inteiro. Foi o que ocorreu em 2023 quando foram detectados os primeiros casos de gripe aviĂĄria em aves de criação domĂ©stica. Os japoneses chegaram a embargar, por algumas semanas, as exportaçÔes do EspĂrito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Globo Rural
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Exame preliminar descarta novo caso de gripe aviĂĄria em Tocantins
Ainda sĂŁo esperados resultados sobre a suspeita da doença em criação comercial em Santa Catarina. A suspeita foi identificada em um abatedouro de aves no municĂpio de AguiarnĂłpolis (TO)
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A AgĂȘncia de Defesa AgropecuĂĄria do Tocantins (Adapec) informou, em nota, que o laudo preliminar do exame laboratorial sobre o caso suspeito em criação comercial de AguiarnĂłpolis (TO) deu negativo para gripe aviĂĄria de alta patogenicidade. âO laudo preliminar, divulgado pelo MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂĄria no domingo, 18, descartou a presença dos vĂrus da gripe aviĂĄria (H5N1 e H7N9) de alta patogenicidade. O material analisado detectou a presença de influenza A de baixa patogenicidadeâ, informou o ĂłrgĂŁo. A suspeita foi identificada em um abatedouro de aves no municĂpio de AguiarnĂłpolis, segundo informou o EstadĂŁo/Broadcast. Durante inspeção de rotina, o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da Adapec detectou, em um lote de 40 mil aves, sete animais com sintomas compatĂveis com a SĂndrome RespiratĂłria e Nervosa das Aves. As amostras foram coletadas e, em menos de 48 horas, enviadas ao LaboratĂłrio Federal de Defesa AgropecuĂĄria (LFDA) de Campinas (SP). A Adapec disse que a situação âestĂĄ sob controle e nĂŁo representa risco Ă saĂșde humanaâ. A presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento AgrĂcola de Santa Catarina (Cidasc, Celles Regina de Matos, afirmou que ainda aguarda o resultado dos exames relacionados ao caso suspeito em criação comercial de Ipumirim (SC). Ela reforçou que a investigação Ă© uma ação de rotina. âDesde 2023, nos primeiros casos ocorridos em aves silvestres, tem havido notificaçÔes do campo para a Cidasc. Ă rotina da Cidasc ir Ă s propriedades verificar os sintomas nas avesâ, afirmou em vĂdeo encaminhado Ă reportagem. âNesse momento, houve esse chamado no municĂpio de Ipumirim. A Cidasc avaliou os sintomas das aves e cumpriu o protocolo, que Ă© coletar amostras e enviar para o laboratĂłrio oficial do MinistĂ©rio da Agricultura. Estamos ainda aguardando o laudoâ, completou. Ela ressaltou que as doenças respiratĂłrias e nervosas em aves tĂȘm sintomas semelhantes e que Ă© necessĂĄrio exame laboratorial para identificar a enfermidade. âA Ășnica forma de definir qual Ă© a doença Ă© laboratorialmente. Estamos aguardando os laudos. NĂŁo hĂĄ confirmação de foco em Santa Catarinaâ, reforçou. âEstamos agindo dentro da rotina. Houve notificação, fizemos coleta e estamos aguardando o laudo. Assim que sair o resultado, prontamente a comunidade serĂĄ informadaâ, concluiu.
Globo Rural
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ExportaçÔes de carne de frango do Brasil estão interrompidas para ao menos 17 destinos
As exportaçÔes de carne de frango de todo o Brasil estão suspensas para ao menos 17 destinos, após a confirmação de um foco de gripe aviåria de alta patogenicidade em aves comerciais em Montenegro (RS) na semana passada, segundo levantamento inicial do Ministério da Agricultura e Pecuåria (Mapa)
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As exportaçÔes de carne de frango de todo o Brasil estĂŁo interrompidas para a China, UniĂŁo Europeia, Ăfrica do Sul, RĂșssia, Peru, Marrocos, PaquistĂŁo, Sri Lanka, RepĂșblica Dominicana, BolĂvia, MĂ©xico, Coreia do Sul, Chile, CanadĂĄ, Argentina, Uruguai e MalĂĄsia, segundo o Mapa.
Dentre os destinos citados na coletiva, apenas 11 haviam se manifestado ao Mapa sobre o fechamento do mercado, entre os quais MĂ©xico, Coreia do Sul, Chile, CanadĂĄ, Uruguai, MalĂĄsia e Argentina. Cuba e Bahrein anunciaram a suspensĂŁo das compras apenas para a carne de frango do Rio Grande do Sul. Cingapura informou o Mapa sobre a suspensĂŁo das compras para carne de frango produzida num raio de 10 km do foco. A interrupção nas exportaçÔes de carne de frango para outros destinos ocorreu por meio da suspensĂŁo das emissĂ”es de certificados para exportação, conforme preveem os protocolos sanitĂĄrios fechados com esses parceiros. Quando um caso de gripe aviĂĄria Ă© confirmado, o Mapa segue os protocolos sanitĂĄrios com cada destino importador, mesmo antes que estes paĂses se manifestem, visando respeitar o que estĂĄ previsto nos acordos, segundo o ministro da Agricultura Carlos FĂĄvaro. âNĂłs temos um protocolo e entĂŁo nĂłs paramos de emitir o certificado porque nĂłs estamos cumprindo um acordo que temos. Por exemplo, a China nĂŁo nos notificou, mas nĂłs temos um acordo e nĂłs paramos de emitir o certificadoâ, disse FĂĄvaro. O Brasil tem relaçÔes comerciais no segmento avĂcola com mais de 160 paĂses. O secretĂĄrio adjunto de ComĂ©rcio e RelaçÔes Internacionais, Marcel Moreira, disse que o Mapa ainda estava preparando um detalhamento sobre as suspensĂ”es para cada destino, considerando tambĂ©m outros produtos alĂ©m da carne de frango. Os Estados Unidos, por exemplo, informaram que fechariam as compras de material genĂ©tico do Rio Grande do Sul, mas nĂŁo suspenderiam as compras de ovos. âOs EUA, que Ă© o grande importador de ovos, neste momento nĂŁo fechou o mercado. EntĂŁo, se nĂŁo fechou para os EUA e a gente exporta muito pouco (ovos em relação Ă produção total), o impacto vai ser quase zeroâ, disse FĂĄvaro. Os paĂses cujos protocolos preveem a interrupção apenas para a carne de frango no municĂpio ou raio de influĂȘncia do foco, como o JapĂŁo e Cingapura, nĂŁo terĂŁo impacto real nos fluxos de comĂ©rcio, jĂĄ que nĂŁo existe processadores de carne de frango com registro SIF na regiĂŁo de Montenegro, segundo o Mapa.
Carnetec
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EMPRESAS
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Marfrig ganha R$ 3,78 bi em valor de mercado apĂłs anĂșncio de fusĂŁo com BRF
Empresa dona da Sadia teve pequena valorização na B3 após perdas no pregão; acionistas da BRF sofrerão diluição de participação se aprovarem operação
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No dia seguinte ao anĂșncio da fusĂŁo entre Marfrig e BRF, as açÔes da empresa fundada pelo empresĂĄrio Marcos Molina subiram 21,35% na B3, e a companhia ganhou R$ 3,78 bilhĂ”es em valor de mercado na sexta-feira. As da BRF passaram boa parte do dia em queda e fecharam com alta, de 0,78%, o que levou a um aumento de R$ 270 milhĂ”es no valor de mercado da empresa. Embora seja consenso entre analistas que a operação que criarĂĄ a MBRF Ă© capaz de destravar valor para o grupo, abrindo portas para um crescimento a nĂvel global, a perspectiva de que os acionistas da BRF tenham perdas momentĂąneas penalizou os papĂ©is da empresa dona da Sadia em parte da sexta-feira. Isso porque os acionistas da BRF terĂŁo diluição em sua participação, pois a transação prevĂȘ a incorporação das açÔes da empresa pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF. Assim, se um investidor tem 100 açÔes da BRF, ele passarĂĄ a ter 85 papĂ©is da Marfrig. Sobre a estrutura definida para a troca das açÔes, o vice-presidente de finanças e relaçÔes com investidores da BRF, FĂĄbio Mariano, explicou, na teleconferĂȘncia, que as duas companhias criaram comitĂȘs e contrataram bancos de primeiro escalĂŁo que fizeram o cĂĄlculo. No caso da BRF, foi o Citibank. Mariano citou que o segundo maior acionista da BRF â em referĂȘncia ao fundo ĂĄrabe Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic) â tem participação em torno de 11,6% e, com a fusĂŁo, passaria a 10,6% por causa da diluição de açÔes. âSe vocĂȘ tivesse uma relação de troca de 1 para 1, vocĂȘ manteria sua participação na empresa combinada, e na estrutura proposta com essa relação de troca haverĂĄ uma diluição limitada a esses 8%â, disse o executivo. Os acionistas que concordarem com a fusĂŁo tambĂ©m receberĂŁo proventos. A BRF distribuirĂĄ atĂ© R$ 3,52 bilhĂ”es e a Marfrig, por sua vez, distribuirĂĄ R$ 2,5 bilhĂ”es. Segundo Mariano, nĂŁo hĂĄ expectativa de que os acionistas da Marfrig saiam de suas posiçÔes. Nas duas empresas, se houver acionista que decida nĂŁo acompanhar a combinação de negĂłcios, hĂĄ a opção de se retirar da ação, o chamado âdireito de recessoâ. Quem exercer esse direito nĂŁo receberĂĄ os proventos adicionais da fusĂŁo. Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest, observou que, em caso de saĂda das açÔes, os valores de reembolso foram definidos em R$ 3,32 por ação da Marfrig e R$ 19,89 por ação para BRF. âIsso, em nossa visĂŁo, estabelece um piso para os papĂ©is, especialmente os da BRFâ, afirmou. Na avaliação do estrategista, como a Marfrig jĂĄ Ă© controladora da BRF, ela terĂĄ um forte poder de voto na assembleia e, portanto, a aprovação da fusĂŁo Ă© âpraticamente certaâ. O BB Investimentos alertou, tambĂ©m, que o investidor da BRF que aceitar a fusĂŁo passarĂĄ a ter participação em uma empresa com maior alavancagem financeira e exposição significativa ao mercado de carne bovina na AmĂ©rica do Sul e AmĂ©rica do Norte â negĂłcios atualmente com rentabilidade inferior Ă s operaçÔes da BRF. Nesse sentido, o BTG Pactual classificou a proposta de fusĂŁo entre a Marfrig e a BRF como âa terceira potĂȘncia global de proteĂnasâ, atrĂĄs apenas de JBS e Tyson, e em linha com o conglomerado chinĂȘs WH Group. Os analistas Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Gustavo Fabris, do BTG, disseram, porĂ©m, em relatĂłrio, que as sinergias obtidas com a combinação dos frigorĂficos sĂŁo restritas. Marfrig e BRF preveem uma economia anual de R$ 485 milhĂ”es com integração de cadeia de suprimentos, alĂ©m de R$ 320 milhĂ”es em ganhos logĂsticos e comerciais. O principal impacto viria da eficiĂȘncia fiscal, com valor presente lĂquido projetado de R$ 3 bilhĂ”es.
Globo Rural
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Marfrig e BRF visam redomiciliação de nova empresa para os EUA no médio prazo
A Marfrig e a BRF estĂŁo trabalhando para realizar a redomiciliação da nova empresa resultante da fusĂŁo das companhias para os Estados Unidos, disse o presidente da BRF, Miguel Gularte, em conferĂȘncia com analistas na quinta-feira (15).
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âĂ importante entender que nesse processo de fusĂŁo por incorporação, nĂłs trazemos para dentro da nova empresa, para a MBRF, a National Beef. A National Beef dĂĄ a materialidade para que o processo de redomiciliação seja factĂvel e, mais que factĂvel, seja um processo que jĂĄ estamos trabalhando sobre eleâ, disse Gularte. A National Beef, processadora de carne bovina da Marfrig nos EUA, deverĂĄ gerar 43% da receita anual da nova empresa MBRF Global Foods quando o processo de fusĂŁo for concluĂdo. Gularte disse que a redomiciliação para os EUA trarĂĄ vantagens fiscais, de custos e de captação. âSim, a gente estĂĄ preparado para que isso ocorra no mĂ©dio prazo, a gente tem essas alternativas bem mapeadas e estamos trabalhando para que isso se transforme numa realidade e que a gente possa ter essa opçãoâ, disse Gularte. A Marfrig e a BRF anunciaram na semana passada uma operação para fusĂŁo de seus negĂłcios que criarĂĄ uma nova gigante global no setor de multiproteĂnas, a MBRF, com receita lĂquida anual de cerca de R$ 152 bilhĂ”es.
Carnetec
NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Gripe aviåria: PR destrói mais de 10 milhÔes de ovos para proteger status sanitårio
A eliminação foi determinada após a identificação de um lote com 12 mil ovos oriundos de uma granja de Montenegro (RS)
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O governo do ParanĂĄ concluiu na segunda-feira, 19, a destruição de mais de 10 milhĂ”es de ovos fĂ©rteis como medida preventiva contra a influenza aviĂĄria de alta patogenicidade (H5N1). A eliminação foi determinada apĂłs a identificação de um lote com 12 mil ovos oriundos de uma granja de Montenegro (RS), onde foi confirmado o primeiro foco da doença em uma unidade comercial. Embora nĂŁo houvesse indĂcios de contaminação, todos os ovos armazenados no incubatĂłrio paranaense foram descartados, conforme protocolo sanitĂĄrio. A ação foi coordenada pela AgĂȘncia de Defesa AgropecuĂĄria do ParanĂĄ (Adapar) e segue o Plano Nacional de ContingĂȘncia da Influenza AviĂĄria. Os ovos destruĂdos nĂŁo eram destinados ao consumo humano, mas sim Ă incubação para produção de pintinhos. A eliminação teve inĂcio na sexta-feira, 16, e foi finalizada nesta segunda-feira, atingindo um total de 10.163.130 unidades, segundo a Adapar. A medida, considerada extrema, foi adotada para impedir qualquer possibilidade de propagação do vĂrus. O ParanĂĄ nĂŁo registra casos confirmados ou suspeitos da doença, mas a proximidade geogrĂĄfica com o foco gaĂșcho e a movimentação de material genĂ©tico entre Estados motivaram a ação preventiva. O MinistĂ©rio da Agricultura confirmou que a decisĂŁo tem respaldo tĂ©cnico e foi adotada em conjunto com autoridades estaduais para garantir a biossegurança da cadeia avĂcola. O Estado Ă© o maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil, respondendo por cerca de 35% da produção e 42% das exportaçÔes nacionais. Qualquer ocorrĂȘncia da gripe aviĂĄria em granjas comerciais paranaenses teria potencial de provocar bloqueios comerciais adicionais e comprometer a credibilidade sanitĂĄria do PaĂs. ApĂłs a confirmação do foco no Rio Grande do Sul, paĂses como China, MĂ©xico, Argentina, Uruguai e UniĂŁo Europeia suspenderam temporariamente as importaçÔes de carne de frango brasileira. A Adapar reforçou que os ovos destruĂdos nĂŁo apresentavam sintomas da doença, mas a eliminação total das unidades se deu por cautela. A agĂȘncia tambĂ©m reforçou a importĂąncia da colaboração dos produtores no cumprimento dos protocolos de biossegurança, incluindo controle de acesso Ă s granjas, desinfecção de veĂculos, roupas e calçados, alĂ©m da notificação imediata de qualquer alteração no comportamento das aves. O sistema de vigilĂąncia estadual atua com mais de 300 propriedades monitoradas por amostragem e atendimento a suspeitas em menos de 12 horas. A destruição dos ovos, embora onerosa, foi considerada necessĂĄria para manter o status sanitĂĄrio do Estado e evitar a disseminação do vĂrus em plantĂ©is comerciais.
O Estado de SĂŁo Paulo
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Adapar e ComitĂȘ de Sanidade AvĂcola reforçam protocolos para evitar gripe aviĂĄria no ParanĂĄ
A AgĂȘncia de Defesa AgropecuĂĄria do ParanĂĄ (Adapar) reforçou na manhĂŁ da segunda-feira (19), durante uma reuniĂŁo extraordinĂĄria do ComitĂȘ Estadual de Sanidade AvĂcola (Coesa), a importĂąncia de reforçar as medidas de biossegurança das granjas. O Coesa tem a participação de vĂĄrias entidades pĂșblicas e privadas, incluindo as que representam produtores e indĂșstria de aves.
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A AgĂȘncia de Defesa AgropecuĂĄria do ParanĂĄ (Adapar) reforçou na manhĂŁ desta segunda-feira (19), durante uma reuniĂŁo extraordinĂĄria do ComitĂȘ Estadual de Sanidade AvĂcola (Coesa), a importĂąncia de reforçar as medidas de biossegurança das granjas. O Coesa tem a participação de vĂĄrias entidades pĂșblicas e privadas, incluindo as que representam produtores e indĂșstria de aves. Esse trabalho vem se intensificando desde 2007, quando o MinistĂ©rio da Agricultura, PecuĂĄria e Abastecimento publicou a Instrução Normativa 56/2007, que estabeleceu os procedimentos para registro, fiscalização e controle de estabelecimentos avĂcolas de reprodução e comerciais. Um novo impulso foi dado em 2023, quando da chegada da influenza aviĂĄria de alta patogenicidade (H5N1) no Brasil, naquele momento ainda em aves migratĂłrias. E agora volta a ser reforçado com a confirmação de um caso em granja comercial em Montenegro (Rio Grande do Sul). O ParanĂĄ nĂŁo tem nenhum caso suspeito ou em investigação. Na reuniĂŁo foi orientado que os produtores continuem a vistoriar permanentemente as condiçÔes da estrutura fĂsica dos criadouros para evitar frestas que permitam a entrada de aves silvestres, aves migratĂłrias, animais domĂ©sticos ou roedores. TambĂ©m se acentuou o pedido para redução e controle rĂgido das pessoas que adentram as granjas. Quando isso for absolutamente necessĂĄrio, que todos utilizem equipamentos de proteção individual e façam as trocas de roupas e sapatos, que devem ser esterilizados antes de adentrar as instalaçÔes. Os veĂculos que se aproximam dos aviĂĄrios precisam ser desinfetados, assim como materiais que venham de fĂĄbrica de raçÔes ou de incubatĂłrios. As recomendaçÔes tambĂ©m sĂŁo para manter a higiene, limpeza e desinfecção dos alojamentos e fazer o descarte adequado dos dejetos, evitando que outros animais tenham contato. Para auxiliar nas açÔes de prevenção da influenza aviĂĄria de alta patogenicidade e manter a vigilĂąncia permanente, o ParanĂĄ estĂĄ sob decreto de emergĂȘncia zoossanitĂĄria desde 25 de julho de 2023, com a renovação a cada 180 dias. A Ășltima foi em 25 de janeiro deste ano.
AgĂȘncia Estadual de NotĂcias
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ECONOMIA/INDICADORES
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Dólar à vista fecha em queda em dia de desvalorização global da moeda americana
As dĂșvidas em torno da sustentabilidade da dĂvida pĂșblica americana, apĂłs o rebaixamento da nota soberana de crĂ©dito do paĂs pela Moodyâs na sexta-feira, criaram um leve sentimento de aversĂŁo a ativos dos Estados UnidosÂ
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O dĂłlar Ă vista exibiu leve desvalorização frente ao real na sessĂŁo da segunda-feira, em dinĂąmica semelhante Ă observada na maioria dos mercados mais lĂquidos acompanhados pelo Valor. As dĂșvidas em torno da sustentabilidade da dĂvida pĂșblica americana, apĂłs o rebaixamento da nota soberana de crĂ©dito do paĂs pela Moodyâs na sexta-feira, criaram um leve sentimento de aversĂŁo a ativos dos Estados Unidos nesta sessĂŁo, o que explica o enfraquecimento generalizado do dĂłlar ontem. No Brasil, a perspectiva de juros elevados por tempo prolongado, conforme apontado pelo presidente do Banco Central, Gabriel GalĂpolo, tambĂ©m deu suporte ao real. Encerradas as negociaçÔes, o dĂłlar Ă vista fechou negociado em queda de 0,25%, cotado a R$ 5,6546, depois de ter tocado a mĂnima de R$ 5,6333 e encostado na mĂĄxima de R$ 5,6912. JĂĄ o euro comercial registrou valorização de 0,56%, a R$ 6,3559. Perto das 17h15, no exterior, das 33 moedas mais lĂquidas, o dĂłlar sĂł nĂŁo desvalorizava frente ao rublo russo e ao rand sul-africano.
Valor EconĂŽmico
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Ibovespa bate recorde e se aproxima dos 140 mil pontos, com apoio dos juros futuros
Em um pregĂŁo em que preocupaçÔes com o dĂ©ficit fiscal americano ganharam força, a manutenção do movimento de rotação para o Brasil ajudou a potencializar os ganhos do IbovespaÂ
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Impulsionado pelo recuo dos juros futuros e pela continuação de um fluxo favorĂĄvel de investidores estrangeiros, o Ibovespa encerrou em nova mĂĄxima histĂłrica nominal, aos 139.636 pontos, o que representa uma alta de 0,32%. Durante o dia, o Ăndice oscilou entre os 138.587 pontos e os 140.203 pontos, batendo mais um recorde de mĂĄxima intradiĂĄria. Em um pregĂŁo em que preocupaçÔes com o dĂ©ficit fiscal americano ganharam força, com o rebaixamento da nota dos EUA pela Moodyâs, a manutenção do movimento de rotação para o Brasil ajudou a potencializar os ganhos do Ibovespa, em uma sessĂŁo em que falas do presidente do Banco Central, Gabriel GalĂpolo, tambĂ©m promoveram um alĂvio na curva de juros, o que favoreceu açÔes domĂ©sticas. AçÔes como Lojas Renner e Fleury foram alguns dos destaques de alta, com avanço de 2,62% e 2,55%, nessa ordem. JĂĄ a maior perda foi registrada pelos papĂ©is da Marfrig, que caĂram 6,42%, em um dia de correção depois de subir mais de 21% apĂłs anunciar uma proposta de fusĂŁo com a BRF na semana passada. O dia tambĂ©m foi negativo para açÔes ligadas a commodities. As açÔes da Vale fecharam em queda de 0,27%, enquanto as PN da Petrobras recuaram 0,12%. O volume financeiro do Ibovespa na sessĂŁo foi de R$ 16,4 bilhĂ”es e de R$ 20,9 bilhĂ”es na B3. JĂĄ em Wall Street, os principais Ăndices acionĂĄrios fecharam em alta: o Dow Jones subiu 0,32%; o S&P 500 avançou 0,09%; e o Nasdaq teve ganhos de 0,02%.
Valor EconĂŽmico
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Mercado reduz projeção do IPCA de 2025 pela quinta semana seguida, de 5,51% para 5,50%, aponta Focus
Economistas e analistas que contribuem para a pesquisa do BC elevaram a mediana das projeçÔes para o crescimento do PIB este ano de 2% para 2,02%Â
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A mediana das projeçÔes dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira em 2025 caiu pela quinta semana seguida, de 5,51% para 5,50%, segundo o relatĂłrio Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (19) com estimativas coletadas atĂ© sexta-feira (16). Para 2026, a mediana das expectativas para o Ăndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se manteve em 4,50%. Para 2027, seguiu em 4,00%. Para a taxa bĂĄsica de juros (Selic), a mediana das estimativas manteve-se em 14,75% no fim de 2025 pela segunda semana consecutiva, em 12,50% no fim de 2026 pela 16ÂȘ semana seguida, e em 10,50% em 2027 pela 14ÂȘ semana. A mediana das projeçÔes dos economistas do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2025 subiu de 2% para 2,02%. Para 2026, a mediana das expectativas para a expansĂŁo do Produto Interno Bruto (PIB) tambĂ©m ficou estĂĄvel, em 1,70%, e, para 2027, se manteve em 2,00%. Para 2026, a mediana das expectativas para a moeda americana ficou estĂĄvel em R$ 5,90 entre uma semana e outra. Para 2027, tambĂ©m se manteve inalterado, em R$ 5,80.
Valor EconĂŽmico
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Atividade econĂŽmica sobe mais que o esperado em março e fecha 1Âș tri com expansĂŁo de 1,3%, mostra BC
A atividade econĂŽmica brasileira subiu mais do que o esperado em março e fechou o primeiro trimestre com crescimento graças ao impulso da agropecuĂĄria, mostraram dados do Banco Central na segunda-feira, mesmo em um cenĂĄrio de polĂtica monetĂĄria restritiva e expectativa de acomodação da economia.
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O Ăndice de Atividade EconĂŽmica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou em março 0,8%, em dado dessazonalizado, informou o BC. A leitura do mĂȘs ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5%, e mostrou aceleração em relação Ă alta de 0,5% registrada em fevereiro, em dado revisado pelo BC de um crescimento de 0,4% informado antes. Com isso, o Ăndice encerrou o primeiro trimestre com expansĂŁo de 1,3% na comparação com os trĂȘs meses anteriores. Em relação ao mesmo mĂȘs do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,5%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 4,2%, de acordo com nĂșmeros nĂŁo sazonalizados. A abertura dos dados do BC mostra que o destaque no primeiro trimestre foi o IBC-Br da agropecuĂĄria, com crescimento de 6,1% sobre os trĂȘs meses anteriores, em dado dessazonalisado. Analistas jĂĄ esperavam um forte desempenho do setor no primeiro trimestre, com safras recordes. Na mesma base de comparação, o Ăndice da indĂșstria teve expansĂŁo de 1,6%, enquanto o de serviços cresceu 0,7%. O IBC-Br excluindo agropecuĂĄria apresentou alta de 1,0%. Somente em março, os Ăndices setoriais mostraram expansĂŁo de 1,0% da agropecuĂĄria, de 2,1% da indĂșstria e de 0,3% de serviços. Dados do IBGE mostraram que, no mĂȘs, a produção industrial cresceu no ritmo mais forte em nove meses, a 1,2%. As vendas no varejo avançaram 0,8%, enquanto o volume de serviços teve alta de 0,3%. Analistas esperam uma acomodação do crescimento econĂŽmico ao longo deste ano, em meio a uma taxa de juros elevada e inflação persistente, o que afeta o consumo. Pairam ainda as incertezas em torno da polĂtica tarifĂĄria dos Estados Unidos. "Vale ressaltar que, apesar de alguns sinais de desaceleração da economia brasileira, em especial no setor de serviços, a atividade econĂŽmica ainda mostra resiliĂȘncia, apoiada em um mercado de trabalho sĂłlido e no elevado consumo das famĂlias, o que vĂȘm mitigando os efeitos defasados da polĂtica monetĂĄria contracionista", destacou Rafael Perez, economista da Suno Research, calculando expansĂŁo de 1,3% do PIB no primeiro trimestre.
Reuters
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Fazenda eleva projeçÔes de inflação para 2025 e 2026, vĂȘ PIB mais forte neste ano
O MinistĂ©rio da Fazenda revisou para cima suas projeçÔes para a inflação brasileira em 2025 e 2026, elevando ainda a previsĂŁo para o crescimento do paĂs neste ano, informou a Secretaria de PolĂtica EconĂŽmica (SPE) na segunda-feira.
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Segundo boletim divulgado pela SPE, a Fazenda passou a ver o Ăndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando este ano com alta de 5,0%, ante avanço de 4,9% na projeção de março. Para 2026, o ministĂ©rio prevĂȘ que a inflação serĂĄ de 3,6%, de 3,5% anteriormente. Os nĂșmeros estimados para ambos os anos seguem abaixo das projeçÔes de economistas do mercado, que veem IPCA de 5,5% este ano e de 4,5% em 2026, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. A Fazenda ainda elevou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2,3% para 2,4% neste ano, mantendo inalterada a previsĂŁo de expansĂŁo de 2,5% em 2026. As projeçÔes da pasta apontam para uma atividade mais forte do que a estimativa mais recente do Banco Central, que previu em março que o PIB crescerĂĄ 1,9% em 2025 - a autarquia ainda nĂŁo apresentou dados para 2026. O governo tambĂ©m estĂĄ mais otimista do que analistas de mercado, que projetam uma alta de 2,02% neste ano e 1,70% no prĂłximo. De acordo com a SPE, a revisĂŁo da projeção para o PIB em 2025 estĂĄ relacionada a uma maior expectativa de crescimento no primeiro trimestre e ao aumento esperado para a produção agropecuĂĄria no ano. âApĂłs aceleração da atividade no primeiro trimestre na margem, o PIB tende a desacelerar, ficando prĂłximo da estabilidade no segundo semestreâ, disse. No documento, a SPE ainda mencionou que o quadro de incertezas no cenĂĄrio externo se manteve, apesar da redução temporĂĄria das tarifas de importação pelos Estados Unidos. Para a secretaria, dĂșvidas quanto aos rumos da polĂtica comercial dos EUA continuaram pressionando para baixo a cotação do dĂłlar, ao contrĂĄrio do esperado em contexto de maior aversĂŁo ao risco. âEsse enfraquecimento do dĂłlar, em paralelo Ă redução no ritmo mundial de crescimento e queda nos preços de commodities, pode reduzir pressĂ”es inflacionĂĄrias para paĂses latino-americanos no curto prazoâ, avaliou.
Reuters
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