CLIPPING DO SINDICARNE Nº 862 DE 15 DE MAIO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 862|15 de maio de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Pelo 3º dia seguido, preços de boiadas gordas recuam
Com boas ofertas de bovinos no mercado, compradores se sentem menos dispostos a pagar mais pela arroba bovina, dizem os analistas da Scot Consultoria. No Paraná: Boi: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias.
Pelo terceiro dia consecutivo, os preços dos animais terminados recuaram no mercado paulista, informou na quarta-feira (14/5) a Scot Consultoria. “Com boas ofertas de bovinos no mercado, os compradores se sentem menos dispostos a pagar mais pela arroba do boi gordo”, ressalta a Scot, referindo-se ao cenário observado nas regiões paulistas neste meio da semana. Com o fim da estação chuvosa se aproximando, continua a consultoria, a capacidade de suporte das pastagens tende a diminuir e, com isso, os pecuaristas elevaram a oferta de bovinos ao abate. Pelos dados apurados pela consultoria, o preço do boi gordo paulista “comum” caiu R$ 2/@ na quarta-feira, para R$ 313/@, enquanto a cotação do “boi-China” permaneceu estável, negociada em R$ 317/@. Para as fêmeas, houve queda diária de R$ 3/@, diz a Scot, com a vaca gorda valendo agora R$ 277/@ e a novilha gorda cotada em R$ 295/@. As escalas de abate das indústrias paulistas estão, em média, para nove dias, informa a consultoria. Diante do atual movimento de baixa nos preços da arroba, puxada pelo enfraquecimento da demanda interna típico desta segunda quinzena do mês e pelo aumento da oferta de gado de safra, a Agrifatto recomenda os pecuaristas o uso de ferramentas de proteção (hedge). “Reforçamos a recomendação de travar posições de baixa (PUTs) como forma de proteger os custos de produção e assegurar margem operacional”, dizem os analistas da consultoria, que acrescenta: “Vale lembrar que estamos entrando na segunda metade de um mês historicamente marcado por maior oferta, e a tendência é que a pressão continue com o avanço da seca e o fim das chuvas”. Cotações do boi gordo da quarta-feira (14/5), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abates de nove dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi comum: R$305,00. Boi China: R$315,00. Média: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha R$295,00. Escalas de oito dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS: Boi comum: R$280,00. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00.
Escalas de abate de dez dias. PARÁ: Boi comum: R$280,00. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. GOIÁS: Boi Comum: R$290,00. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. RONDÔNIA: Boi: R$270,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de nove dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
SUÍNOS
Quarta-feira (14) de leves altas no PR, SC e RS no mercado de suíno vivo
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,60/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (13), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,53/kg) e em São Paulo (R$ 8,60/kg). Houve aumento de 0,37% no Paraná, chegando a R$ 8,20/kg, elevação de 0,12% no Rio Grande do Sul, com valor de R$ 8,14/kg, e de 0,25% em Santa Catarina, fechando em R$ 8,13/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Estabilidade no frango vivo no PR e SC na quarta-feira (14)
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,97%, custando, em média, R$ 8,17/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,26/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (13), houve tímida alta de 0,11% para a ave congelada, chegando a R$ 8,74/kg, e de 1,03% para o frango resfriado, fechando em R$ 8,83/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Custo da JBS com compras de gado nos EUA atinge recorde histórico no 1º tri/25
A composição do Custo dos Produtos Vendidos (CPV) das diversas unidades de negócios da JBS ao redor do mundo evidencia os diferentes desafios de oferta e demanda enfrentados em cada mercado
O custo com matéria-prima (essencialmente o gado) na operação de carne bovina da JBS na América do Norte atingiu um recorde histórico de 90,2%, informa reportagem do portal australiano Beef Central, com base nos dados do balanço trimestral (janeiro a março de 2005) divulgado na terça-feira, 13/5 pela gigante na produção de alimentos. A composição do Custo dos Produtos Vendidos (CPV) das diversas unidades de negócios da JBS ao redor do mundo evidencia os diferentes desafios de oferta, demanda e gastos operacionais enfrentados em cada mercado, destaca o portal australiano. Na Austrália — onde também estão incluídos custos com cordeiros e suínos —, a cifra (custo com matéria prima) foi de 74,3%, enquanto no Brasil chegou a 89%. Segundo a reportagem da Beef Central, os custos com mão de obra são significativamente mais elevados na Austrália, representando 17,7% do CPV, em comparação a 5,7% na América do Norte e 4,6% no Brasil. Por sua vez, os custos de processamento (incluindo ingredientes adicionais e embalagens) foram maiores na Austrália (8%), seguidos por Brasil (6,4%) e América do Norte (4,2%).
Beef Central
EMPRESAS
Estado entrega licença para instalação de usina de etanol de milho da Coamo
Investimento será de R$ 1,7 bilhão para construção da nova planta industrial da cooperativa. Depois de pronta, terá capacidade para processar 1,7 mil toneladas de milho por dia e produzir 765 mil litros de etanol a cada 24 horas.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou na quarta-feira (14) a Licença de Instalação (LI) para a construção da primeira usina de etanol de milho da Coamo Agroindustrial Cooperativa, em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Estado. O documento foi emitido pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). O investimento da Coamo será de R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 500 milhões em financiamento aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos do Fundo Clima. A cooperativa recebe anualmente 3 milhões de toneladas de milho, das quais entre 500 mil e 600 mil toneladas serão destinadas à produção de biocombustível. O complexo terá capacidade para processar 1.700 toneladas de milho por dia e produzir 765 mil litros de etanol a cada 24 horas. As operações devem ser iniciadas no segundo semestre de 2026. Além disso, o projeto vai garantir a produção diária de 510 toneladas de farelo para nutrição animal (DDGS) e 34 toneladas de óleo de milho, produtos gerados após a fermentação. O DDGS é um farelo rico em fibras e proteínas, utilizado na alimentação animal, enquanto o óleo de milho pode ser destinado à produção de biodiesel. A nova planta será construída no Parque Industrial da Coamo, às margens da BR-487. Atualmente, o complexo abriga nove plantas industriais voltadas principalmente para a alimentação humana e animal. Entre as instalações estão moinho de trigo, fiação de algodão, indústrias de margarinas e gorduras vegetais, entre outros. De acordo com a cooperativa, serão criados 2.200 empregos diretos durante a construção da nova planta industrial, e outras 250 vagas quando estiver em operação. Segundo o presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, o objetivo é agregar valor à produção dos cooperados. Outro ponto importante é que, além do etanol, a indústria terá uma matriz energética térmica baseada em eucalipto de reflorestamento próprio, com 5 mil hectares de cultivo. A usina gerará 30 megawatts de energia elétrica, suficiente para abastecer 100% do parque industrial do complexo de etanol de milho.
Agência Estadual de Notícias
GOVERNO
Brasil exporta US$ 15 bilhões em abril e registra recordes em produtos menos tradicionais da pauta exportadora do agro
Dados mostram avanço em itens como miudezas de carne, sebo e óleo de milho, reflexo da estratégia de diversificação adotada pelo Mapa
Em abril de 2025, o Brasil exportou US$ 15,03 bilhões em produtos do agronegócio. O resultado representa um crescimento de 0,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado e reflete a combinação entre preços internacionais mais altos e leve retração no volume embarcado. Na prática, o desempenho do mês foi impulsionado pela valorização de produtos como café e celulose, enquanto a soja em grãos, principal item da pauta, teve forte volume exportado, mas ainda sentiu a pressão dos preços internacionais em queda. Foram 15,27 milhões de toneladas embarcadas, o segundo maior volume da série histórica para abril. Ainda assim, a receita ficou em US$ 5,9 bilhões, influenciada pela queda de 9,7% no preço médio da tonelada. Mesmo com o recuo da soja em valor, outros produtos se destacaram, como o café verde, que alcançou US$ 1,25 bilhão, maior valor já registrado para o mês, graças à valorização do grão no mercado internacional. A China manteve-se como principal destino do agro brasileiro, com US$ 5,5 bilhões em compras em abril. Mais de 75% desse valor foi gerado pelas exportações de soja em grãos. A União Europeia aparece na sequência, com US$ 2,2 bilhões, mantendo crescimento estável e ampliando as compras de itens com maior valor agregado, como café solúvel, óleo essencial de laranja e carne de frango. Além dos produtos tradicionais da pauta exportadora, alguns itens alcançaram o melhor desempenho da série histórica, resultado direto da estratégia de diversificação de mercados adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). É o caso do óleo de milho, que atingiu US$ 55,3 milhões em exportações, maior valor já registrado. A madeira compensada (ou contraplacada) teve o maior volume embarcado em abril: 145,5 mil toneladas. Já as miudezas de carne bovina, exportada para mercados na Ásia e recentemente habilitada para o Marrocos, somou 21,3 mil toneladas. Outro destaque foi o sebo bovino, com 35,6 mil toneladas exportadas, e os bovinos vivos destinados principalmente à reprodução, que registraram valor recorde de US$ 61,8 milhões e têm como principal destino a Turquia, o que evidencia o alto valor genético do gado brasileiro.
MAPA
Aumento de juros no Plano Safra 25/26 é 'inevitável', diz ministério da Agricultura
Ministério trabalha em uma proposta de integração do seguro rural e do Proagro
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, afirmou na quarta-feira (14/5) que o aumento de juros nas linhas de financiamento rural do Plano Safras 25/26 é "inevitável". Ele não soube dimensionar essa elevação de taxas e disse que ainda há muitos parâmetros para serem ajustados até definir os detalhes para o crédito rural da próxima temporada. Campos também disse que o ministério trabalha em uma proposta de integração do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). A medida seria lançada com o Plano Safra entre o fim de junho e início de julho. A meta é remanejar cerca de R$ 2,5 bilhões do orçamento do Proagro para o PSR e migrar parte do público atualmente atendido pelo "seguro público" para o privado. "Que vai ter aumento de juros é inevitável, mas o quanto não sei dizer. Isso está com o Ministério da Fazenda. Esses números temos a ordem de grandeza, mas não a certeza, então prefiro não falar nada. Não vou alimentar especulação", afirmou a jornalistas. Questionado sobre possível necessidade de suplementação no orçamento para bancar a equalização de juros, o secretário disse que não sabe ainda quando o Plano Safras 25/26 vai custar. "Tem muitas coisas, muitos parâmetros nessa equação. Estamos trabalhando para chegar no melhor modelo possível", ponderou. Mesmo assim, Campos indicou uma provável priorização de linhas de custeio diante da desaceleração de investimentos - por conta do cenário macroeconômico e dos juros - e do receio das instituições financeiras com o aumento dos pedidos de recuperação judicial no campo. "O setor está mais cauteloso para investir e, nesse ano, no último Plano Safra, os agentes financeiros sofreram muitos com a questão das RJs. Com crédito muito mais restritivo, algumas linhas ficaram represadas. Precisamos fazer um balanceamento total", explicou. O secretário Guilherme Campos disse que espera conseguir ampliar a verba do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) para R$ 3,5 bilhões ou R$ 4 bilhões já na safra 25/25. Para isso, a proposta é migrar parte da verba atualmente alocada no Proagro.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná tem maior crescimento industrial do Brasil em março
As indústrias instaladas no Estado apresentaram crescimento de 15,1% no volume de produção física em relação a março de 2024, enquanto no País a variação foi de apenas 3,1%, segundo os dados mais recentes do IBGE.
O Paraná registrou um aumento de 15,1% no volume de produção industrial em março deste ano em comparação com o mesmo mês de 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na quarta-feira (14). O desempenho foi o maior entre os estados e ficou muito acima da média nacional, que teve crescimento de apenas 3,1% no mesmo período. Os dados se referem à Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional do IBGE. O recorte entre março de 2025 e março de 2024 é especialmente relevante para a análise do desempenho da indústria, pois considera dois períodos equivalentes em termos de sazonalidade. Ele elimina distorções típicas do início de ano, como férias coletivas, permitindo uma avaliação mais precisa e confiável da trajetória do setor. Depois do Paraná, Santa Catarina teve o maior aumento no comparativo mensal entre os últimos meses de março, com alta de 9,3%. Na sequência, aparecem o Pará (9,1%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Bahia (3,9%). Em contrapartida, Pernambuco registrou a maior retração do País, de 22,6%, com quedas expressivas também no Rio Grande do Norte (-19,1%) e Maranhão (-10,5%). No Paraná, o maior destaque foi o segmento de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, cuja produção foi 52,7% superior à registrada em março de 2024. Essa cadeia tem peso estratégico porque fornece insumos essenciais a outros setores industriais, funcionando como termômetro da atividade econômica. Outros segmentos que apresentaram forte desempenho foram produtos químicos (45,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (34,1%), máquinas e equipamentos (18,8%), produtos de metal (10,8%), madeira (9,5%) e veículos automotores (8,8%). Além dos números positivos de março, o Paraná também acumula o segundo maior crescimento industrial do País em 2025, com alta de 7,1% nos três primeiros meses deste ano. O aumento é quase quatro vezes maior do que a média brasileira, que foi de 1,9% no mesmo período, e ficou atrás apenas de Santa Catarina em termos proporcionais, que obteve 8,5% no primeiro trimestre. Em 2025, os maiores crescimentos de produção até o momento ocorreram nas indústrias de produtos químicos (20,8%), máquinas e equipamentos (15,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (15,7%), e veículos automotores (13,3%). No comparativo entre fevereiro e março, a variação também foi positiva em nível estadual, com aumento de 0,8% na produção, o melhor resultado entre os estados do Sul. Para este comparativo, o levantamento do IBGE ainda não traz dados detalhados por segmento.
Agência Estadual de Notícias
Serviços do Paraná crescem acima da média nacional
O aumento é quatro vezes superior à variação nacional no período, que foi de 0,3%. De acordo com o IBGE, o crescimento paranaense ao longo do mês foi o que mais impactou para o avanço do setor em todo o Brasil, atrás apenas do Rio de Janeiro, que registrou alta de 2,3%.
O setor de serviços do Paraná cresceu 1,2% em março de 2025 na comparação com fevereiro, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (14). O aumento é quatro vezes superior à variação nacional no período, que foi de 0,3%. Outros estados com prestação de serviços importantes para o setor em nível nacional, por outro lado, registraram queda, como São Paulo (-0,2%) e Rio Grande do Sul (-0,9%). No acumulado do ano, considerando o período entre os meses de janeiro e março, o crescimento do Paraná também foi de 1,2%. Já no recorte dos últimos 12 meses, que consideram o período entre abril de 2024 e março de 2025, a alta do volume de serviços no Estado foi de 3,1%. Considerando a receita nominal dos serviços, que é um retrato do quanto de dinheiro foi movimentado de maneira bruta pelas empresas do setor, o crescimento do Paraná no mês de março em relação a fevereiro foi de 0,9%. Dos 27 estados brasileiros, 12 registraram queda neste índice. No acumulado do ano de 2025, o aumento de receita dos serviços paranaenses foi de 6%, enquanto no recorte acumulado em 12 meses a alta foi de 7,9%, mostrando o impacto econômico do setor para a economia local. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) também apresentou os dados relativos ao turismo, em que o Paraná vem acumulando sucessivos crescimentos ao longo dos últimos anos. Na variação acumulada de 2025, considerando o intervalo entre os meses de janeiro e março, o Paraná teve o sexto maior aumento do Brasil, com alta de 7,5%. O resultado ficou acima da variação nacional, de 4,7%.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar segue exterior e avança 0,46% ante o real
Em uma sessão de modo geral negativa para os ativos brasileiros, o dólar fechou a quarta-feira em alta ante o real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas no exterior.
Após ceder mais de 1% na véspera, o dólar à vista fechou em alta de 0,46%, aos R$5,6331. No mês, a divisa acumula baixa de 0,76%. Às 17h03 na B3 o dólar para junho -- atualmente o mais líquido -- subia 0,29%, aos R$5,6555. No início da sessão a moeda norte-americana chegou a oscilar no território negativo, abaixo dos R$5,60 -- importante ponto de sustentação técnica para as cotações --, com alguns agentes citando fluxo de entrada de recursos no país para justificar o movimento. Na mínima do dia, às 9h51, o dólar à vista chegou a ser cotado a R$5,5832 (-0,43%). Mas ao longo da manhã o dólar recuperou força no Brasil e virou para o positivo, com alguns participantes do mercado aproveitando as cotações mais baixas para comprar moeda. O avanço do dólar também estava em sintonia com os ganhos da moeda ante boa parte das demais divisas no exterior, em um dia sem novidades na guerra comercial entre EUA e China. Em meio à baixa das ações brasileiras e à alta das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), o dólar à vista atingiu a máxima de R$5,6362 (+0,51%) às 15h13, para depois encerrar pouco abaixo disso.
Reuters
Ibovespa fecha em baixa com ajuste um dia após bater recorde
O dia também foi de ajuste em outros mercados, como o de câmbio e o de juros futuros
Depois de encerrar na máxima histórica nominal na sessão anterior, o Ibovespa passou por um pregão de realização na quarta-feira. O dia também foi de ajuste em outros mercados, como o de câmbio e o de juros futuros. Sem o apoio de ações da Vale e da Petrobras e em um dia de abertura da curva a termo, o índice fechou em queda de 0,39%, aos 138.423 pontos, oscilando entre 138.228 pontos e 139.362 pontos. Na esteira de um corte no preço-alvo dos papéis feito por um banco estrangeiro e do recuo nos preços de petróleo, as ações da fecharam no vermelho: as PN cederam 0,68%, ao passo que as ON tiveram perdas de 0,64%. Em relatório, os analistas Bruno Amorim, Guilherme Costa Martins e Guilherme Bosso, do Goldman Sachs, atualizaram as estimativas para a companhia e cortaram os preços-alvos das ações ON da Petrobras, de R$ 39,10 para R$ 38,80, e das ações PN da estatal, de R$ 36,60 para R$ 35,30, mantendo a recomendação de compra. Entre as blue chips de bancos, o destaque negativo ficou para as ações ordinárias do Bradesco, que caíram 0,60%. Os papéis da Vale também sofreram perdas de 0,49% na sessão, na contramão do avanço registrado pelos contratos futuros de minério de ferro em Dalian. Para o economista-chefe de América Latina da Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia, os ganhos que poderiam ser obtidos com o acordo comercial estabelecido entre China e Estados Unidos são limitados para a região. Em relatório, ele aponta que a incerteza persistente indica que levará tempo até que os padrões comerciais retornem à normalidade, mesmo que a guerra tarifária tenha sido suspensa de forma provisória. “As perspectivas da América Latina estão intimamente ligadas aos preços globais das commodities”, diz o economista. “O conflito comercial já havia enfraquecido a demanda por importantes produtos de exportação, especialmente petróleo e cobre, ao desacelerar o crescimento global e reduzir os investimentos. O acordo tarifário pode contribuir para sustentar os preços, mas vemos espaço limitado para uma recuperação significativa”, destaca. Além de dúvidas em torno dos preços de commodities, agentes financeiros se questionam sobre a manutenção dos fluxos estrangeiros mais positivos para a bolsa local nos próximos meses. A grande pergunta para entender a continuidade do desempenho positivo do Ibovespa é se o fluxo estrangeiro tem caráter estrutural ou apenas tático, observa Lucas Carvalho, analista-chefe da Toro Investimentos. “Nós temos desafios, a taxa de juros deve ficar elevada por mais tempo, então entendo que possa ser um movimento mais tático nesse momento”, avalia. Ao mesmo tempo, Carvalho chama atenção para uma alta expressiva do EWZ, que é o principal fundo de índice (ETF) de ações brasileiras em Nova York, que avança 25,86% no ano. “Estamos sendo guiados por esse fluxo. Mas eu entendo que em algum momento possa haver uma realização desses lucros.” A projeção da Toro para o principal índice da bolsa local no fim deste ano está em 145 mil pontos, mas a corretora não descarta uma eventual revisão para cima do preço-alvo do índice. O volume financeiro do Ibovespa na sessão de hoje foi de R$ 17,1 bilhões e de R$ 24,0 bilhões na B3. Já em Wall Street, os índices americanos fecharam em direções opostas: o Nasdaq subiu 0,72%; o S&P 500 encerrou quase estável, com alta de 0,10%; e o Dow Jones cedeu 0,21%.
Valor Econômico
Serviços desaceleram e crescem 0,3% no Brasil em março, diz IBGE
Resultado que ficou abaixo da expectativa; primeiro trimestre encerrou com queda de 0,2%
O volume de serviços no Brasil voltou a crescer no final do primeiro trimestre, mas mostrou desaceleração e ficou ligeiramente abaixo do esperado em março, em um cenário de esperada desaceleração da economia e juros elevados. Em março, o volume de serviços registrou alta de 0,3%, em resultado que ficou pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,4% e depois de crescimento de 0,9% em fevereiro. Segundo os dados divulgados na quarta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor acumulou ganho de 1,2% nos dois meses seguidos de altas, após recuo de 0,5% em janeiro, e está 0,5% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em outubro de 2024. Assim, o volume de serviços encerrou o primeiro trimestre com queda de 0,2% na comparação com os três meses anteriores, interrompendo sequência de sete trimestres seguidos de ganhos, segundo o IBGE.
"A queda trimestral agora não representa ainda uma mudança de trajetória e não há um esgotamento do setor de serviços. O setor teve seu ápice em outubro de 2024 e de lá para cá vieram duas quedas, em novembro [de 2024] e janeiro, mas ainda estamos no segundo ponto mais alto da série", afirmou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa no IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume registrou expansão de 1,9%, contra expectativa de 2,1%. A resiliência do mercado de trabalho vem mantendo o setor de serviços sustentado neste início de ano, com geração de empregos com carteira assinada que tendem a ter salários mais altos, sustentando a demanda interna. O IBGE destacou os desempenhos do setor de transportes, que apresentou crescimento de 1,7% em março, segundo resultado positivo seguido. "No setor de transportes, podemos destacar o aumento das receitas das empresas que atuam com concessionárias de rodovias, por conta do aumento do fluxo de veículos nas rodovias pedagiadas durante o Carnaval, com atividade de correio, logística de cargas, gestão de portos e terminais e armazenamento de mercadorias", explicou Lobo. "Transportes sustentaram os serviços em março. Dá para dizer que o setor refletiu a atividade econômica e isso mostra uma força da economia ainda no primeiro trimestre", completou. Também apresentaram ganhos os serviços profissionais, administrativos e complementares e os prestados às famílias, respectivamente de 0,6% e 1,5%. Na outra ponta, serviços de informação e comunicação teve recuo de 0,2% e a medida de outros serviços ficou estagnada. Já o índice de atividades turísticas teve recuo de 0,2% em março sobre o mês anterior, após ter avançado 2,7% em fevereiro. Com isso, o segmento de turismo está 3,9% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024.
Reuters
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