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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 854 DE 05 DE MAIO DE 2025

  • prcarne
  • 5 de mai.
  • 15 min de leitura
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 854 | 05 de maio de 2025                              

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Na abertura de maio, preços do boi gordo ficam estáveis

Em São Paulo, o animal terminado “comum” segue valendo R$ 318/@ e o “boi-China” cotado em R$ 323/@, segundo apuração da Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de nove dias.

 

Com poucos negócios sendo realizados e indústrias fora das compras após o feriado, o primeiro dia útil de maio abriu com cotações estáveis no mercado do boi gordo, informou a Scot Consultoria, referindo-se ao mercado paulista. O animal terminado “comum” segue apregoado em R$ 318/@, a vaca em R$ 285/@, a novilha em R$ 303/@ e o “boi-China” em R$ 323/@ (todos os preços são brutos e com prazo). A Agrifatto também apurou estabilidade no 2 de maio, tanto na praça paulista como nas demais 16 regiões monitoradas diariamente pela consultoria. Pelo levantamento da Agrifatto, o boi gordo (média entre animal sem padrão exportação e o bovino abatido com até 30 meses de idade) seguiu valendo R$ 320/@ em São Paulo. Nas 16 outras regiões acompanhadas pela consultoria, a média permaneceu em R$ 300,20/@. No mercado internacional, diz a Agrifatto, os importadores chineses continuam optando por compras em volumes reduzidos, na tentativa de pressionar os preços da carne bovina brasileira. Segundo apuração da consultoria, as cotações do dianteiro bovino brasileiro no mercado chinês alcançaram entre US$ 6.000 e US$ 6.100 por tonelada no início de abril/25. Neste momento, embora o consumo interno na China dê sinal de recuperação, os compradores locais ainda resistem a pagar mais pela mercadoria brasileira, mantendo ofertas pontuais entre US$ 5.600 e US$ 5.700 (porém, valores levemente acima dos US$5.400 registrados na semana anterior), de acordo com dados da Agrifatto. No mercado futuro, na última quarta-feira (véspera do feriado), a B3 registrou mais um dia de perdas, com destaque para o contrato do boi gordo com vencimento em maio/25, que encerrou o pregão cotado a R$ 323,75/@, uma queda de 0,77% em relação ao fechamento anterior. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (2/5), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$285,00. Novilha R$300,00. Escalas de nove dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de dez dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de nove dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Boi/Cepea: Oferta se mantém limitada, mas demanda é moderada

Levantamentos do Cepea mostram que a oferta de animais para abate tem se mantido limitada, enquanto o interesse de compradores é moderado

 

Segundo agentes consultados pelo Centro de Pesquisas, na segunda e na terça-feira, a liquidez esteve baixa, com frigoríficos retraídos e pressionando os valores. Na terça, o volume ofertado cresceu em algumas regiões, mas frigoríficos seguiram parcialmente recuados, pedindo preços menores ou mesmo fora do mercado devido a escalas alongadas (parte da programação de abate preenchida). No atacado da carne com osso, as cotações também caíram nos últimos dias, mas, em abril, acumularam alta, ainda conforme colaboradores do Cepea. 

Cepea

 

SUÍNOS

 

Suínos: cotações estáveis na sexta-feira (2)

Segundo análise do Cepea, as cotações médias do suíno vivo e da carne se enfraqueceram de março para abril, mas ainda superam em significativos 20% as verificadas há um ano

 

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,60/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (30), houve queda de 0,98% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 8,12/kg, e alta de 0,12% em São Paulo, alcançando R$ 8,62/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,54/kg), Paraná (R$ 8,24/kg), e Santa Catarina (R$ 8,13/kg).

Cepea/Esalq

 

Coreia do Sul isenta de taxa cota de 10 mil t de carne suína do Brasil

A Coreia de Sul isentou de taxa uma cota de 10 mil toneladas de carne suína do Brasil, o que deve impulsionar os embarques brasileiros para o país asiático, afirmou na sexta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

 

A entidade que representa empresas como JBS e BRF afirmou que recebeu a informação do Ministério da Agricultura, que não comentou o assunto imediatamente. País com consumo per capita em torno de 29 quilos, a Coreia do Sul é o quarto maior importador mundial de carne suína, afirmou a ABPA, mas os embarques brasileiros são limitados por questões sanitárias, que estão sendo negociadas. A isenção é válida sobre uma cota de 10 mil toneladas de carne suína congelada (exceto sobre o produto "barriga"), segundo a ABPA, que citou que antes a tarifa imposta era de 25% sobre o valor total do produto. Atualmente, a Coreia do Sul é o 16° principal destino das exportações de carne suína do Brasil, com 3,7 mil toneladas importadas ao longo do primeiro trimestre deste ano. Atualmente, apenas o Estado de Santa Catarina está autorizado a enviar produtos suínos para o mercado sul-coreano por ser o único com este status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação reconhecido, afirmou a ABPA. "O estabelecimento de uma cota isenta é um sinal importante para os avanços das exportações brasileiras de carne suína para a Coreia do Sul... especialmente em meio às negociações... pelo reconhecimento do Paraná, Rio Grande do Sul e de outros Estados brasileiros como livres de aftosa sem vacinação", afirmou presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota. Em 2024, o país asiático importou 785 mil toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) citados pela ABPA.

Reuters

 

FRANGOS

 

Mercado do frango fecha estável no PR e com alta em SC

Segundo análise do Cepea, os preços da carne de frango subiram nas regiões do estado de São Paulo ao longo de abril, refletindo sobretudo as vendas aquecidas da proteína. Já no Sul do País, as cotações recuaram, pressionadas pela menor liquidez, de acordo com o Centro de Pesquisas. 

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto ave no atacado caiu 0,61%, custando, em média, R$ 8,15/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, custando R$ 5,10/kg, enquanto em Santa Catarina, houve alta de 0,64%, valendo R$ 4,72/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (30), o preço do frango congelado caiu 0,35%, chegando a R$ 8,58/kg, enquanto a ave resfriada cedeu 0,34%, fechando em R$ 8,68/kg.

Cepea/Esalq

 

Frango/Cepea: Preços seguem firmes nas regiões paulistas, mas caem no Sul

Levantamentos do Cepea mostram que os preços da carne de frango subiram nas regiões do estado de São Paulo ao longo de abril, refletindo sobretudo as vendas aquecidas da proteína. 

 

Já no Sul do País, as cotações recuaram, pressionadas pela menor liquidez, de acordo com o Centro de Pesquisas. O cenário de alta nas praças paulistas também esteve relacionado aos recentes feriados, que reduziram os dias de abate, provocando uma menor oferta de carne no mercado interno, conforme explicam pesquisadores do Cepea.

Cepea

 

EMPRESAS

 

Frigoríficos serão os mais beneficiados com avanço do Brasil na segurança alimentar

Análise é de um estudo divulgado pelo banco Santander que considera o avanço nas exportações nos próximos anos. Indústrias de carnes têm destaque pelo maior valor agregado da produção

 

O Brasil é considerado um país-chave para a garantia de segurança alimentar no mundo. Nesse cenário, o avanço nas exportações de alimentos nos próximos anos deve favorecer as companhias do setor e, na visão do Santander, os maiores beneficiários desse movimento serão os frigoríficos, seguidos pelas empresas produtoras de grãos e da área de transportes, respectivamente. De acordo com um estudo do banco obtido pela reportagem do Valor/Globo Rural, os destaques serão, nesta ordem: JBS, BRF, Marfrig, Minerva, SLC Agrícola, 3tentos, Boa Safra, Raízen e Rumo. Maria Paula Cantusio, head de análise ESG e relatórios temáticos do research do Santander Brasil, afirma que o levantamento tomou como base uma série de dados de órgãos nacionais e internacionais - não inclui os impactos mais recentes da guerra tarifária dos Estados Unidos. Dentre as informações apuradas pelo banco, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) indica que entre 2011 e 2050, a necessidade de produtos agrícolas no mundo vai aumentar em torno de 50%. Além disso, com base em dados do Banco Mundial, a perspectiva é que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita global pode aumentar cerca de 3,9% ao ano de 2025 a 2029. Nas economias de países emergentes e em desenvolvimento, esta taxa de crescimento pode chegar a 5%. "À medida que a renda da população de países de média e baixa renda aumenta, alguns dos alimentos básicos que eles mais consomem são substituídos por outros alimentos, como carne, laticínios e ovos", diz Cantusio. "E como temos esse crescimento, você precisa também alimentar esses animais (que dão origem às carnes, ovos e leite) com grãos. No Brasil a gente produz tudo isso. Por isso as empresas mais beneficiadas são os frigoríficos, que têm produtos de maior valor agregado, depois grãos e transporte", acrescenta. A especialista do Santander ainda ressaltou que junto ao crescimento de renda no mundo, a expansão populacional é outro fator que puxa o consumo de alimentos. "Há um aumento de consumo na África, Indonésia, Índia e outros países da Ásia que vêm ganhando espaço", destaca. A China, maior compradora de produtos agropecuários, do Brasil, deve continuar a demandar em grande escala, embora o ritmo de crescimento econômico esteja desacelerando. Outro fator relevante na garantia de segurança alimentar são os conflitos geopolíticos. "O que aconteceu na guerra da Ucrânia, por exemplo, fez a Europa importar mais produtos agrícolas", pontua Cantusio. Do ponto de vista de oferta, o Ministério da Agricultura do Brasil estima que a produção de grãos do país aumentará, até 2033, em 27% impulsionada pela soja e milho, enquanto a produção de carnes poderá aumentar 21,9%, impulsionada pelas carnes de aves e suína. “O aumento da produção nacional poderá ajudar a atender à crescente demanda global por esses produtos”, cita o estudo. Paralelo à expansão de vendas externas, o Santander avalia que haverá também um movimento no mercado doméstico, com avanço no consumo de produtos de maior valor agregado. Então, as empresas que vendem produtos alimentícios dentro do Brasil serão beneficiadas nos próximos anos, mesmo que em menor proporção. Os destaques, nesta ordem, serão Randon, Assaí, Carrefour, Grupo Mateus, GPA e Arcos Dorados, estima o banco.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

Preços mundiais dos alimentos aumentam em abril, diz FAO da ONU

Os preços globais das commodities alimentares aumentaram em abril, impulsionados pelos preços mais altos de cereais, carnes e laticínios, que superaram as quedas no açúcar e nos óleos vegetais, informou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) na sexta-feira. Também impulsionando a alta dos preços dos alimentos, o índice de preços da carne da FAO subiu 3,2% no mês passado, liderado pelos preços da carne suína e pela firme demanda de importação de carne bovina

 

Índice de Preços de Alimentos da FAO, abre uma nova aba, que acompanha as variações mensais em uma cesta de produtos alimentícios comercializados internacionalmente, teve média de 128,3 pontos em abril, alta de 1% em relação à estimativa de março de 127,1 pontos. A leitura de abril também foi 7,6% maior que a do mesmo mês do ano passado, mas 19,9% abaixo do pico de março de 2022, atingido após a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia. Para os cereais, o índice de preços da FAO subiu 1,2% em relação a março, à medida que os preços do trigo subiram devido às exportações mais restritas da Rússia, o arroz subiu devido à demanda mais forte e os estoques de milho diminuíram nos Estados Unidos. "As flutuações cambiais influenciaram os movimentos de preços nos mercados mundiais, enquanto os ajustes da política tarifária aumentaram a incerteza do mercado", acrescentou a FAO. Apesar do aumento em abril, o índice de preços dos cereais ficou 0,5% abaixo do nível do ano anterior. O índice de preços dos laticínios subiu 2,4% em abril e saltou 22,9% em relação ao ano anterior, já que os preços da manteiga atingiram níveis recordes devido à queda nos estoques na Europa. Em contraste, o índice de preços de vegetais da FAO caiu 2,3% no mês passado devido a uma queda acentuada nos preços do óleo de palma, enquanto o índice de preços do açúcar caiu 3,5% devido a temores sobre a incerteza das perspectivas econômicas globais. Em um relatório separado sobre cereais, a FAO manteve sua previsão para a produção mundial de trigo inalterada em 795 milhões de toneladas métricas, igual aos níveis de 2024. A agência reduziu ligeiramente sua estimativa para a produção global de cereais em 2024, de 2,849 bilhões para 4,848 bilhões de toneladas.

Reuters

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Programa quer certificar 320 mil propriedades rurais ligadas a cooperativas no Paraná

Projeto do Sistema Ocepar visa a desenvolver a produção agrícola e gerar negócios. Serão avaliadas ações dentro da porteira, como sistema de produção, assistência técnica, adoção de boas práticas e gestão da propriedade

 

Com o mercado cada vez mais de olho na produção agropecuária sustentável, o Sistema Ocepar começou a desenvolver neste ano um programa voltado à certificação de propriedades rurais. O objetivo, de acordo com Silvio Krinski, coordenador técnico na Ocepar, é estimular o desenvolvimento da produção agrícola, identificar exigências e promover a geração de negócios no Estado. “Queremos mostrar para o produtor rural os benefícios que boas práticas e ações de melhoria podem trazer, e dar suporte para que ele possa adotá-las em sua propriedade”, explica. A meta é envolver em torno de 320 mil propriedades rurais que pertencem a produtores associados às 62 cooperativas agropecuárias do Paraná. Segundo Krinski, o projeto será desenvolvido em parceria com as cooperativas, uma vez que elas atuam de maneira próxima aos produtores e podem identificar com mais facilidade os gargalos e as demandas socioambientais e de consumo dos mercados nacional e internacional. Uma versão piloto do programa já está sendo colocada em prática. A partir do segundo semestre, as ações devem ser estendidas para todos os interessados. O coordenador técnico explica que o programa de certificação compõe o Plano Paraná Cooperativo - PRC 300/500, que consiste em um planejamento estratégico do Sistema Ocepar voltado a traçar metas para as cooperativas do Estado até 2030. O ciclo atual visa atingir R$ 300 bilhões de movimentação econômica até 2026 e R$ 500 bilhões até 2030. As duas versões do PRC são voltadas também às cooperativas de crédito, saúde, transporte, infraestrutura, trabalho, produção, bens e serviços e consumo. Em 2024, as cooperativas paranaenses movimentaram R$ 205,7 bilhões. Para obtenção da certificação, as propriedades rurais deverão seguir princípios e atender requisitos que farão parte do protocolo. Krinski destaca que serão avaliadas ações dentro da porteira, como sistema de produção, assistência técnica, adoção de boas práticas e gestão da propriedade. Inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e documentação referente ao imóvel, assim como a gestão financeira da propriedade serão observadas. Respeito à legislação ambiental, com informações referentes à reserva legal, áreas de preservação e vegetação nativa, uso eficiente de recursos hídricos, práticas de conservação do solo e gestão adequada de resíduos também serão foco do trabalho. A atuação junto à comunidade e o conhecimento e participação nas atividades da cooperativa também serão colocadas em pauta. “Esses princípios envolvem critérios que contribuem para o desenvolvimento do produtor e do negócio dele”, comenta o coordenador técnico. Ele acrescenta que o programa difere das certificações voltadas ao propósito comercial, obtidas principalmente por grandes e médios produtores. Krinski comenta que o perfil da maioria dos cooperados do Paraná é de pequenos produtores, com áreas de 48 hectares em média. “Muitos nem entendem siglas como ESG, que define o conjunto de práticas nas esferas ambiental, social e de governança. Porém, eles já praticam muitas dessas ações”, salienta. Uma das propostas do programa é aprimorar conhecimento e desenvolver o cooperado para que ele invista em uma produção de qualidade e que desperte o interesse de empresas que exigem um padrão de classificação para a comercialização de produtos. O Sistema Ocepar destaca que boa parte das cooperativas agropecuárias paranaenses mantêm projetos e programas que incentivam a sustentabilidade e a busca de certificação pelas propriedades rurais. Na cooperativa Frísia, de Carambeí, é desenvolvido o programa Fazenda Sustentável. Em dezembro de 2024, após um ano de aplicação de práticas sustentáveis, 36 cooperados da Frísia, que representam 43 propriedades, foram premiadas por se destacarem no programa. Segundo Mario Dykstra, superintendente da Frísia, a sustentabilidade faz parte do planejamento das ações desenvolvidas pelos cooperados: “para que a gente possa ter um equilíbrio em nossa produção é preciso cuidar do solo e do meio ambiente. Temos trabalhos relevantes nessa área, por isso somos referência no agronegócio com sustentabilidade”. O projeto de certificação de propriedades rurais da Ocepar foi apresentado durante a Expofrísia 2025, realizada entre os dias 24 a 26 de abril em Carambeí. O tema fez parte do Fórum de Sustentabilidade, promovido no evento. Também foram abordados o programa Fazenda Sustentável Frísia e as certificações RTRS, EUDR e Soja Sustentável.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar caiu ante real com esperança de negociação entre EUA e China

A esperança de que Estados Unidos e China possam avançar nas negociações sobre a guerra tarifária abriu espaço para a queda do dólar ante várias divisas na sexta-feira, incluindo o real, no retorno de feriado no Brasil.

Em um dia de liquidez menor, o dólar à vista fechou em baixa de 0,36%, aos R$5,6561. Na semana -- encurtada pelo feriado do Dia do Trabalho na quinta-feira -- a divisa norte-americana acumulou recuo de 0,60%. Às 17h26 na B3 o dólar para junho -- atualmente o mais líquido -- cedia 0,26%, aos R$5,6890. Principal evento da semana, a divulgação do relatório de empregos payroll pela manhã sugeriu que a economia dos EUA ainda está longe da recessão. O país abriu 177.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em abril, após 185.000 em dado revisado para baixo em março. A taxa de desemprego dos EUA se manteve estável em 4,2%. Os números deram força às taxas dos Treasuries, mas a moeda norte-americana se apegou mais à perspectiva de um acordo entre Estados Unidos e China. O país asiático disse que está “avaliando” uma oferta dos EUA para manter conversações sobre as tarifas de 145% do presidente norte-americano, Donald Trump. Segundo o Ministério do Comércio da China, os EUA entraram em contato para buscar conversações sobre as tarifas, e Pequim está de portas abertas para discussões. Embora nada palpável tenha sido anunciado, investidores se agarraram à possibilidade de acordo e foram em busca de ativos de maior risco, como ações de empresas nos EUA e moedas de países emergentes, como o real. Além do fator externo, a pressão de baixa na relação dólar/real também pareceu refletir a entrada recente de recursos no Brasil. Profissionais ouvidos pela Reuters nas últimas semanas -- incluindo na sexta-feira -- vêm pontuando que o país tem recebido grande volume de investimentos estrangeiros, em especial para a renda variável. Por trás disso está a leitura de que há oportunidades em portfólio no Brasil -- onde a taxa básica Selic está em 14,25%, com perspectiva de alta de 50 pontos-base na próxima semana, e o câmbio segue favorável para o estrangeiro que quer investir, ainda que o dólar esteja abaixo dos R$6,00.

Reuters

 

Ibovespa tem queda discreta na sessão, mas assegura ganho semanal

O Ibovespa fechou em baixa discreta na sexta-feira, com investidores ajustando posições após um rali recente, enquanto Prio foi destaque positivo após a petrolífera firmar contrato para adquirir a participação de 60% da Equinor no campo de Peregrino por US$3,5 bilhões.

 

O Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, encerrou com variação negativa de 0,07%, a 134.972,07 pontos, segundo dados preliminares, tendo oscilado a 134.355,20 na mínima e 135,275,05 na máxima da sessão. O volume financeiro no pregão somava R$18,6 bilhões antes dos ajustes finais. Na semana, o índice da bolsa paulista acumulou um acréscimo de 0,17%.

Reuters

 

Indústria do Brasil se aproxima da estagnação em abril em meio a preocupações com tarifas, mostra PMI

A atividade industrial brasileira quase estagnou em abril, quando atingiu o nível mais fraco em quase um ano e meio, com queda de pedidos e a confiança no nível mais baixo em cinco anos em meio a preocupações com a política tarifária dos Estados Unidos, de acordo com pesquisa divulgada na sexta-feira.

 

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) compilado pela S&P Global caiu de 51,8 em março para 50,3 em abril, nível mais baixo desde dezembro de 2023 que se aproximou da marca de 50 que separa crescimento de contração. "O registro do PMI principal ficou marginalmente dentro da zona de crescimento, sinalizando condições industriais amplamente estagnadas e encobrindo circunstâncias um tanto preocupantes que sugerem que o setor poderia estar entrando gradualmente em uma fase de contração", afirmou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima. "O setor enfrentou um cenário difícil, marcado pela incerteza atual do comércio global, questões políticas e altos custos de empréstimos", completou. O mês foi marcado pela queda da confiança em relação à produção futura para o nível mais baixo em cinco anos, em meio a crescentes preocupações com a política tarifária dos EUA e as condições econômicas internas. Abril teve ainda a primeira queda nos novos pedidos à indústria brasileira em 16 meses, embora a taxa de contração tenha sido marginal. A pesquisa aponta enfraquecimento da demanda nos mercados interno e internacional, com alguns participantes atribuindo a redução nas vendas ao aumento dos preços dos bens finais e à incerteza do mercado. As novas vendas para exportação diminuíram pela quinta vez em seis meses, com evidências apontando para uma queda na demanda do Mercosul e dos Estados Unidos. Assim, a produção industrial brasileira aumentou pelo terceiro mês consecutivo em abril, mas à menor taxa nesse período, limitada por cancelamentos de pedidos, queda nas vendas e escassez de mão de obra qualificada, de acordo com a pesquisa. Enquanto o segmento de bens de capital sustentou o crescimento de novos pedidos e da produção, os fabricantes de bens de consumo e bens intermediários registraram contrações. A criação de empregos no setor foi em abril a mais fraca em quatro meses, refreada por medidas de corte de custos e falta de novos pedidos. Em relação aos preços, apesar de a inflação geral de custos ter recuado para o nível mais baixo em 11 meses, ela permaneceu acentuada, com relatos de aumentos de preços de rolamentos, fretes, gás natural e aço, bem como reduções de preços de petróleo, têxteis e algumas commodities. A inflação de preços cobrados pela indústria também recuou, atingindo o nível mais baixo desde março de 2024. Embora algumas empresas tenham repassado parte dos seus custos adicionais para os clientes, outras ofereceram descontos na tentativa de alavancar as vendas.

Reuters


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