CLIPPING DO SINDICARNE Nº 851 DE 29 DE ABRIL DE 2025
- prcarne
- 29 de abr.
- 17 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 851|29 de abril de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi gordo: cotações recuam em 9 regiões monitoradas pela Agrifatto
Pelos dados apurados pela consultoria, foram registradas quedas nos preços nas praças de SP, GO, MG, MS, MT, PA, PR, RO e TO. No Paraná, o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de oito dias.
Segundo a consultoria, maio é marcado pelo encerramento do ciclo anual da safra de “boiadas de capim”, o que normalmente resulta em aumento na oferta de animais para abate. “A expectativa é de que, com o avanço para o final de abril e o início de maio, a maior oferta de animais de pasto pressione ainda mais os preços”, ressalta a consultoria, lembrando que, historicamente, a cotação média da arroba em maio costuma ser mais baixa do que em abril, “um padrão recorrente há vários anos”. Essa tendência também é refletida no mercado futuro da B3, cujos contratos para maio indicam valores inferiores aos observados no mercado físico em abril, acrescenta a consultoria. Pelos dados da Agrifatto, o preço do boi gordo “comum” no Estado de São Paulo caiu para R$ 325/@ na segunda-feira (28/4), enquanto o “boi-China” é negociado por R$ 330/@. “Das 17 regiões monitoradas, 9 apresentaram queda (SP, GO, MG, MS, MT, PA, PR, RO e TO)”, diz a consultoria. As demais praças mantiveram suas cotações estáveis (AC, AL, BA, ES, MA, RJ, RS e SC). No mercado futuro, na última sexta-feira, a B3 registrou quedas significativas nos contratos do boi gordo. O destaque ficou para o contrato de julho/25, que fechou o pregão cotado em R$ 322,20/@, com queda de 1,41% em relação ao dia anterior. Na semana passada, a média das escalas de abate dos frigoríficos brasileiros fechou em 8 dias úteis, média Brasil, apresentando estabilidade no comparativo semanal e um maior conforto por parte das indústrias. O indicador CEPEA do boi gordo caiu 0,52% na última semana, fechando com valor médio de R$ 325,33/@. O indicador Agrifatto apresentou a mesma tendência: a média da semana ficou em R$ 327,34/@, queda de 0,83% no comparativo semanal. O indicador Datagro teve média semanal de R$ 325,15/@, com baixa de 0,33% em relação ao preço médio da semana anterior. O bezerro caminhou em direção contrária ao boi gordo na última semana e teve seu preço elevado em 1,63%, ficando cotado em média a R$ 2.862,35/cabeça (praça do MS, indicador Cepea). Cotações do boi gordo desta segunda-feira (28/4), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$325,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$290,00. Novilha R$300,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$325,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de nove dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Exportação de carne bovina in natura em abril/25 já supera o total embarcado em abril do ano passado
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) os embarques de carne bovina in natura alcançaram 211,5 mil toneladas até a quarta semana de abril/25. No ano anterior, no mês de abril, foram movimentadas 207,7 mil toneladas em 22 dias úteis.
A média diária exportada até a quarta semana de abril/25 ficou em 12,4 mil toneladas e registrou alta de 31,8%, quando se compara com a média observada em abril de 2024, que estava em 9,4 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.021 por tonelada na quarta semana de abril/25, o que representa um ganho anual de 10,8%, quando se compara com os valores observados em abril de 2024, em que estavam em US$ 4.530 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina até a quarta semana de abril ficou em US$ 1,063 bilhão, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 941,1 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 62,4 milhões, um ganho de 46,1%, frente ao observado no mês de abril do ano passado, com US$ 42,7 milhões.
SECEX/MDIC
FRANGOS
Para USDA, exportações brasileiras de carne de frango aumentam 4% em 2025
Depois de prever (outubro passado) que em 2025 as exportações brasileiras de carne de frango não passariam das 5 mil toneladas, agora (abril corrente) o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) corrige seus números em quase 2% e estima que ficarão próximas de 5,1 mil toneladas, aumentando 4% em relação ao registrado em 2024.
Comparativamente ao que foi exportado no ano passado e pelos números do USDA, serão perto de 200 mil toneladas a mais, volume que corresponde a pouco mais de dois terços (67,59%) do volume adicional total ora previsto – 290 mil toneladas, 2,11% a mais em relação às exportações totais do ano passado. Em outras palavras, as exportações adicionais do Brasil devem não só cobrir a queda prevista para os EUA (redução próxima de 4%, 112 mil toneladas a menos), mas também corresponder a 95% do adicional que está sendo previsto para os demais exportadores (no conjunto, 206 mil toneladas a mais). Nos seus números o USDA desconsidera os volumes representados por pés/patas de frango, item significativo nas exportações brasileiras de carne de frango. Ou seja: os números efetivos devem ser bem maiores que os apontados.
USDA
CARNES
Exportação das carnes nas quatro primeiras semanas de abril já superam 2024
Faltando ainda três dias úteis para o fechamento das exportações do mês, os embarques das carnes suína e bovina alcançaram volume que já supera o que foi registrado há um ano. A carne suína, com pouco mais de 99 mil toneladas, supera em 2,39% as 96,7 mil toneladas de abril de 2024; e a bovina, com 211,5 mil toneladas, ultrapassa em 1,84% as 207,7 mil toneladas de um ano atrás.
Só a carne de frango permaneceu aquém do exportado há um ano, visto que as pouco mais de 389 mil toneladas até agora embarcadas correspondem a 86% do volume alcançado em abril do ano passado (452,5 mil toneladas). Em termos de volume diário embarcado, os resultados são significativos para as três carnes: o da carne de frango aumentou 11,37%, índice que sobe para 31,80% para a carne bovina e chega a 32,51% para a carne suína. No tocante ao preço, também as três carnes vêm obtendo valorização anual. Mas o ganho mais expressivo é o da carne bovina, cujo preço aumentou 10,82%, ultrapassando os US$5 mil/tonelada. O preço da carne suína registra incremento de 7,87%, enquanto o da carne de frango tem 1,19% de aumento. Naturalmente, o efeito combinado do maior volume e do melhor preço ganha realce entre as carnes bovina e suína: a receita da primeira, pela média diária, se encontra 46% acima da alcançada há um ano, enquanto a da carne suína apresenta aumento de, praticamente 43%. Novamente – em função do desempenho mais moderado no volume embarcado e na evolução do preço – o resultado mais modesto é o da carne de frango que – ainda pela média diária – registra aumento de 12,7%.
SECEX/MDIC
INTERNACIONAL
Carne e miúdos bovinos dos EUA enfrentam tarifas de 147% na China
Federação norte-americana calcula perda anual de US$ 4 bilhões para setor com a ausência de compras chinesas
Com a China impondo tarifas retaliatórias em resposta às tarifas “recíprocas” dos EUA, a taxa efetiva de imposto da China sobre a carne suína norte-americana (miúdos) chegou a 172%, enquanto a carne bovina (e miúdos) dos EUA enfrentam tarifas de 147%, diz reportagem da Beef Magazine. Essas tarifas elevadas, relata o texto, interromperam efetivamente o comércio, segundo informações de Erin Borror, vice-presidente de análise econômica da Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF). Ela diz que, embora a USMEF esteja sempre trabalhando para expandir e diversificar os mercados de exportação, a China tem necessidades específicas de produtos que outros destinos da carne norte-americana não conseguem suprir totalmente. “Há uma corrida frenética para tentar, essencialmente, encontrar novos destinos para esses produtos que já estão na cadeia de fornecimento e foram produzidos para a China”, diz Borror, que acrescenta: “Lembrem-se de que, para o mercado chinês, temos uma rotulagem especial: produto livre de ractopamina, com rótulo da China tanto na embalagem quanto na caixa”. Portanto, continua ela, é uma produção custosa e específica para a China, o que torna difícil redirecionar ou encontrar um novo mercado para esses produtos. Borror estima que a ausência da China no mercado coloca mais de US$ 150 por boi ou novilha terminados em risco. A indústria de carne suína dos EUA pode perder cerca de US$ 8 a US$ 10 por animal em valor de exportação, em grande parte porque a China é o principal destino para os miúdos suínos. “Eles compram itens específicos a preços premium que outros mercados não estão dispostos a pagar, especialmente no volume e no preço que a China aceita”, observa ela. No caso da carne bovina, detalha Erin, sem a demanda da China, calcula-se uma perda de US$ 150 a US$ 165 por animal, o que, somado ao longo de um ano, representaria cerca de US$ 4 bilhões em oportunidade perdida nesse setor. Para a carne suína, a China é o terceiro maior mercado para os exportadores norte-americanos. Para miúdos suínos, é o principal cliente. “Eles são de longe os maiores importadores de pés de porco, cabeças, estômagos, intestinos e estão comprando em volumes enormes e a preços mais altos do que qualquer outro cliente pode pagar”, ressalta. Portanto, sem a China, no setor de carne suína, estima-se perdas de cerca de US$ 8 a US$ 10 por animal, o que totaliza cerca de US$ 1 bilhão de perda para toda a indústria no ano, diz ela. A falta de renovação, por parte da China, dos registros de 400 instalações de carne bovina dos EUA representa uma barreira adicional para as exportações norte-americanas, já que a maior parte da produção atualmente não é elegível o mercado chinês, independentemente da tarifa aplicada, observa a reportagem da Beef Magazine. Por sua vez, os registros da maioria das instalações de carne suína dos EUA foram renovados em março/25, mas a China ainda não renovou os registros de nove estabelecimentos que expiraram em 20 de abril.
Beef Magazine
GOVERNO
Governo lança segundo leilão do Ecoinvest para recuperação de áreas degradadas
Os produtores que receberem os recursos se comprometerão a não realizar nenhum desmatamento em suas propriedades em até dez anos, mesmo que permitido por lei. Produtores terão que se comprometer a não desmatar nos próximos dez anos, mesmo que dentro da lei
O segundo leilão do EcoInvest, linha de "blended finance" dentro do Fundo Clima para o programa do Ministério da Agricultura de recuperação de áreas degradadas, foi lançado nesta segunda-feira (28/4) sem limite de taxa de juros para o tomador final. O governo prevê que as instituições financeiras vão captar no mercado privado entre uma e duas vezes o valor aportado pelo Tesouro, o que pode catalisar cerca de R$ 10 bilhões. No leilão, as instituições financeiras deverão apresentar suas propostas de volume de recursos que preveem captar no mercado financeiro para complementar ao recurso do Tesouro. O plano é que essa rodada garanta a conversão de 1 milhão de hectares degradados em áreas produtivas. Os produtores que receberem os recursos se comprometerão a não realizar nenhum desmatamento em suas propriedades em até dez anos, mesmo que permitido por lei. O decreto do leilão deverá sair no Diário Oficial da União (DOU) amanhã. Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, disse à imprensa que a calibragem das previsões de alavancagem foi feita para garantir que a taxa final média fique em "um dígito" na ponta. Além disso, ele defendeu que a definição da carência dos projetos de recuperação de áreas em dois anos - três anos, em alguns casos - "desempenha um papel tão ou mais importante que a taxa em si". "Às vezes não adianta ter taxa de 7% a 8% se precisa pagar em um ano, se o projeto não dá conta de ter esse pagamento porque não tem ainda fluxo de caixa livre", afirmou. Segundo ele, a taxa de juro livre permitirá que projetos "mais complexos" e de maior risco de restauração de áreas possam ser financiados, e que não contariam com esse financiamento se os juros fossem menores. "O banco vai dizer qual o nível de alavancagem. Se for muito alto, o juro vai ser caro, aí não consegue emprestar dinheiro, então vai ter que dosar", afirmou Carlos Ernesto Augustin, assessor especial do Ministério da Agricultura. Neste leilão, as instituições poderão captar 40% dos recursos no mercado privado nacional, diferentemente do primeiro leilão do EcoInvest, que não foi focado em apenas um programa como neste, e que foi voltado exclusivamente para a captação de recursos internacionais. A ideia é que as instituições financeiras também possam recorrer a instrumentos financeiros como fundos de investimento. Cada instituição poderá receber a alocação de até 35% dos recursos totais desse leilão. Para estimular a concorrência das instituições financeiras, o Tesouro manterá em seu portal os projetos elegíveis para receber os recursos. As instituições financeiras poderão fazer um lance mínimo de R$ 100 milhões de captação de recursos no mercado privado. O critério de desempate para lances iguais será qual instituição prevê uma área maior de áreas degradadas a serem recuperadas. O EcoInvest será uma das fontes de recursos para que o Ministério da Agricultura avance em seu projeto de converter áreas já antropizadas em áreas de produção agropecuária. O programa, inclusive, foi reformulado para que os recursos apoiem não apenas a conversão de pastos degradados, mas várias áreas degradadas, e por isso foi rebatizado de Caminho Verde Brasil. Além do compromisso de manter sua propriedade sem nenhum desmate por ao menos 10 anos, os proprietários ou arrendatários de terra que receberem os recursos terão que investir ao menos 50% na produção de alimentos ou em proteína animal. Poderão entrar como atividade produtiva desde culturas perenes, projetos de integração lavoura-pecuária-floresta e florestas plantadas. Também poderão ser financiadas atividades de agricultura ou pecuária isoladamente, mas com condições. Nesses casos, os produtores podem se comprometer a transformar seus modelos de produtos para integrações em três anos, ou expandir a cobertura vegetal de suas propriedades para ao menos mais 5% da área. Os projetos também deverão prever investimentos para garantir a resiliência hídrica das propriedades, com uso de tecnologia. Para garantir o cumprimento dessas exigências por parte dos produtores e das instituições financeiras que operarem os recursos, o governo vai demandar um monitoramento documental, remoto e in loco de auditorias externas. O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse que o compromisso que será demandado dos produtores rurais elegíveis aos recursos do EcoInvest de não desmatarem por dez anos suas áreas, mesmo que o possam fazer legalmente, é uma "mudança de perspectiva". É um compromisso radical de não haver desmatamento mesmo que legalmente ele possa ter. Isso é uma mudança de visão, de comportamento". — João Paulo Capobianco. "Vamos ter finalmente em alguns anos muitos casos para mostrar como é possível melhorar a produção, a renda, a produtividade, a exportação, gerar emprego e renda conservando o meio ambiente e reduzindo as emissões de gases de efeito estufa", acrescentou. Segundo Capobiano, "as áreas agrícolas degradadas são fatores de emissão de gases de efeito estufa. São emissões importantes e têm baixo retorno socioeconômico. Têm baixa produtividade, baixa geração de emprego. São áreas que geram assoreamento, perda de recursos hídricos". Ele afirmou, ainda, que o governo decidiu colocar essa como a principal exigência ambiental dentro do programa do EcoInvest porque impor muitas exigências poderia restringir as operações do programa.
Globo Rural
Brasil vai enviar à Turquia bois vivos para reprodução
Abertura de mercado foi anunciada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, durante a 90ª Expozebu
O Brasil poderá exportar para Turquia bovinos vivos para reprodução. A abertura de mercado foi anunciada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua, durante a 90a Expozebu, feira agropecuária realizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba (MG). Hoje o Brasil já exporta bovinos vivos para a Turquia, destinados a confinamento (engorda) e abate. “Agora, abrimos mais este filão, mais essa oportunidade”, disse Rua, em vídeo transmitido na abertura do evento. De acordo com o secretário, trata-se de um mercado potencial de US$ 300 milhões por ano, segundo dados do Ministério da Agricultura. “A Turquia é o terceiro principal comprador desse tipo de produto. E vem enfrentando problemas de ordem sanitária com seus principais fornecedores, como Estados Unidos e União Europeia (UE), de maneira que, se abre essa boa oportunidade às nossas exportações”, avaliou Rua. O secretário também citou a abertura do mercado africano para o gênero bovino do Brasil e avanços na certificação sanitária com a Índia.
Estadão Conteúdo
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Prazo para atualização obrigatória de rebanhos no Estado começa em 1.º de maio, diz Adapar
A Campanha de Atualização dos Rebanhos do Paraná de 2025 começa em 1.º de maio (quinta-feira) e se estenderá até 30 de junho. A atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda. Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos.
A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda). “A conquista de Estado livre de febre aftosa sem vacinação é uma das maiores vitórias que conseguimos no setor pecuário nos últimos anos, fruto de uma integração perfeita entre os setores públicos e os pecuaristas do Paraná”, destacou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes. “O cuidado com a sanidade dos animais precisa ser permanente, e vamos conseguir isso se soubermos onde está e como se movimenta o nosso rebanho, possibilitando ação rápida, eficiente e eficaz”, afirmou. “Por isso o nosso apelo mais uma vez para que todos cumpram com o dever de atualizar seu rebanho para não colocarmos um risco desnecessário a nós, a nossos vizinhos e à economia paranaense”. O Paraná foi reconhecido internacionalmente como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) em 27 de maio de 2021. Como compromisso do Estado, há a necessidade de se fazer o cadastro de todos os animais uma vez por ano, durante os meses de maio e junho. A mais recente conquista deste status foi anúncio semana passada de que o Chile passará a comprar carne suína do Paraná, justamente pelo fato de o Estado ser zona livre de febre aftosa sem vacinação. “Já são cinco anos de reconhecimento nacional. Ou seja, o trabalho sério e coordenado começou muito antes, com planejamento, investimentos e, principalmente, com a colaboração de quem está na ponta: o produtor rural”, disse o chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias. O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou que o trabalho dos profissionais da entidade não parou após a conquista na Omsa. “Agora estamos ainda mais vigilantes, cuidando com muita atenção das fronteiras e das divisas do Estado, trocando muitas informações com os Conselhos de Sanidade Agropecuária e com entidades representativas do setor, e precisamos desse auxílio dos produtores para que nos forneçam os dados e juntos consigamos manter o status do Paraná”, disse.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar registra 7ª queda seguida ante o real em dia de fraqueza global
Divisa brasileira se destaca entre os pares da América Latina
O dólar à vista terminou a sessão da segunda-feira em queda frente ao real, abaixo do nível de R$ 5,65, em um dia marcado pelo enfraquecimento generalizado da moeda americana. A leitura é que o movimento global, diante da ausência de novas escaladas tarifárias pelos Estados Unidos, continua abrindo espaço para recuperação do real. Hoje, a moeda brasileira se destacou entre os pares da América Latina, o que pode ter ocorrido seja por fluxos de entrada de dólares no Brasil ou por ajustes em posições atrelados ao custo de se operar contra o real, dado o elevado diferencial de juros. Operadores também entendem que essa dinâmica de dólar globalmente mais fraco pode vir a se perder nos próximos dias, com dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Encerradas as negociações do mercado “spot”, o dólar à vista registrou queda de 0,68%, a R$ 5,6480, bem perto da mínima do dia, de R$ 5,6460 e distante da máxima de R$ 5,7002. Já o euro comercial registrou desvalorização de 0,18%, a R$ 6,4508. Perto do horário de fechamento, o real apreciava frente a maioria das divisas pares, em alta de 0,86% contra o peso mexicano, 0,60% ante o peso colombiano e 1,13% contra o peso chileno. No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,56%, aos 98,918 pontos. O dólar abriu a sessão desta segunda-feira já bem perto da estabilidade, mas ao longo do dia, a moeda americana perdeu espaço frente ao real, em um movimento semelhante ao observado no exterior. O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, diz que essa melhora está muito mais atrelada à dinâmica externa do que questões internas, apesar de reconhecer que a Selic mais elevada deixa a posição comprada em dólar mais cara. “Vimos na parte da tarde uma queda nos rendimentos dos Treasuries e uma desvalorização do dólar mais forte, que a meu ver está atrelada a essas dúvidas dos investidores em relação ao que o Trump pode vir a fazer, ainda com receios em torno [de uma troca no] Federal Reserve (Fed)”, afirma Velloni. O que também pode ter levado a um ajuste de posições é a aproximação de dados de peso, com a divulgação da primeira leitura do PIB anualizado do 1º trimestre dos EUA e os dados sobre o mercado de trabalho americano. O Deutsche Bank diz, em nota, que a fraqueza do dólar americano, a volatilidade mais baixa e os ‘valuations’ favoráveis estão impulsionando o real. “Vulnerabilidades fiscais e a exposição aos preços das commodities continuam sendo os principais fatores negativos, mas o primeiro parece amplamente precificado, enquanto os preços já baixos das commodities amortecem o [efeito do] segundo”, afirma o banco, em nota.
Valor Econômico
Ibovespa fecha em leve alta com apoio de Vale e bancos
Com o recuo das ações da Petrobras e uma alta mais contida dos demais blue chips, o índice encontrou dificuldade para manter um movimento positivo mais robusto durante um pregão
Depois de avançar até os 135.709 pontos, o Ibovespa perdeu força ao longo da sessão desta segunda-feira e encerrou em leve alta de 0,21%, aos 135.016 pontos, chegando a tocar os 134.711 pontos, na mínima do dia. Com o recuo das ações da e uma alta mais contida dos demais blue chips, o índice encontrou dificuldade para manter um movimento positivo mais robusto durante um pregão. Ainda assim, o índice encerrou no maior patamar desde 16 de setembro de 2024, quando bateu os 135.118 pontos. A sessão foi de menor liquidez em relação aos outros dias. O volume financeiro do Ibovespa foi de R$ 14,6 bilhões e de R$ 20,5 bilhões na B3. Sem direcionadores novos na esfera macroeconômica aqui e lá fora, agentes financeiros atuaram em compasso de espera pelos resultados corporativos nos EUA e no Brasil. Na contramão do recuo no contrato futuro de minério de ferro em Dalian, as ações da Vale encerraram em alta de 0,35%, em um movimento de correção depois de tombar mais de 2% na sexta-feira. Já as ações da Petrobras recuaram: as PN caíram 0,39%, enquanto as ON cederam 0,64%. O dia foi de perdas para os preços de petróleo em meio às incertezas sobre o aumento de produção pela Opep+. A maior alta entre os blue chips de bancos ficou para as units do BTG Pactual, que subiram 1,42%. Ações com foco no mercado interno foram destaque de alta, caso de Lojas Renner (+3,32%), Yduqs (+3,11%), Petz (+2,65%) e Cyrela (+2,45%). O sócio e gestor de ações da Polo Capital, Carlos Alves, explica que as ações mais cíclicas têm sido favorecidas pela visão de que o Banco Central talvez esteja perto da última reunião em que dará mais uma alta de juros. “Com os dados que temos hoje, se tiver algo depois de maio, será um ajuste final”, resume. Já em Wall Street, após um dia volátil, os principais índices americanos encerraram mistos: o Dow Jones subiu 0,28%; o S&P 500 avançou 0,06%; e o Nasdaq cedeu 0,10%.
Valor Econômico
Valor da produção agropecuária do Brasil deve crescer 11,4% em 2025, diz CNA
O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária do Brasil deve atingir R$1,51 trilhão em 2025, crescimento de 11,4% em relação a 2024, com importante impulso de uma safra recorde de soja após uma queda na colheita no ano passado, estimou na segunda-feira a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O faturamento estimado para a agricultura é de R$996,9 bilhões, alta anual de 12%. "A soja, cultura com maior participação no VBP agrícola (36,8%), deve registrar aumento na produção de 13,6% e, à despeito da previsão de queda nos preços (-3,3%), a projeção de alta do VBP da oleaginosa é de 9,8% em 2025", afirmou a CNA, em nota. O milho, segunda cultura com maior participação no VBP agrícola (17%), deve registrar aumento na produção (7,8%) e nos preços (22,3%). Já a cana-de-açúcar, terceira principal cultura no subgrupo agrícola (10,7% de participação no VBP), deve ter redução de 1,1% de sua produção e aumento de 1,5% no seu preço, levando a um aumento mais modesto no seu VBP, de 0,4%. No caso do café arábica e o robusta, com altas estimadas no VBP de 52,9% e 84,1%, respectivamente, a variação deve ocorrer devido, principalmente, à valorização dos preços. O VBP corresponde ao faturamento bruto dentro dos estabelecimentos rurais, considerando as produções agrícolas e pecuárias, com base na média dos preços reais (IGP-DI) recebidos pelos produtores de todo o país. Já o faturamento da pecuária é estimado em R$508,5 bilhões, alta de 10,3% em relação ao registrado em 2024. Para carne bovina, que representa 48,3% do VBP pecuário, estima-se um aumento de 16,3% do VBP, decorrente da valorização de 19% de seus preços, uma vez que a produção deve se reduzir em 2,3%.
Reuters
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