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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 849 DE 25 DE ABRIL DE 2025

  • prcarne
  • 25 de abr.
  • 18 min de leitura

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 849 | 25 de abril de 2025                              

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


Preço do boi gordo recua para R$ 325/@ em SP

Enquanto algumas indústrias tiram o pé das compras de boiadas gordas, outras forçam negociações com valores abaixo da referência de mercado, apurou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$325,00 por arroba. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de oito dias.

 

Com o desempenho da venda de carnes aquém do esperado durante o feriadão e aumento na oferta de bovinos, os compradores ficaram menos dispostos a pagar mais pela arroba do boi gordo, informou a Scot Consultoria. “Além disso, algumas indústrias se retraíram do mercado e aguardam novas movimentações”, acrescentam os analistas da Scot. Neste contexto, o preço de todas as categorias de animais terminados caiu R$ 3/@ nesta quinta-feira (24/4) no mercado de São Paulo. Assim, o boi gordo “comum” agora é negociado por R$ 325/@, enquanto a vaca e a novilhas gordas estão cotadas em R$ 285/@ e R$ 305/@, respectivamente (valores brutos, no prazo). Por sua vez, apurou a Scot, a arroba do “boi-China” é comercializada por R$ 330 na praça paulista, com ágio de R$ 5/@ sobre o macho “comum”. As escalas de abate dos frigoríficos do Estado de São Paulo estão, em média, para oito dias, acrescentou a consultoria. Segundo apuração da Agrifatto, o mercado doméstico de carne bovina segue patinando, refletindo uma demanda contida. Além disso, no mercado internacional, os frigoríficos brasileiros seguem tendo dificuldade para fechar negócios com os importadores dos EUA, um reflexo das medidas tarifárias impostas pelo governo Trump. A China, que também havia dado uma freada nas compras de carne bovina, retomou discretamente as negociações nesta semana, informou a Agrifatto. O dianteiro brasileiro começou a ser vendido ao mercado chinês entre US$5.800 e US$6.000 por tonelada, o que trouxe algum alívio ao setor, segundo a consultoria. No mercado futuro, a quarta-feira (23/4) foi marcada por um clima de forte pessimismo na B3, com todos os contratos registrando queda, informou a Agrifatto. O destaque ficou para o vencimento de junho de 2025, que encerrou o pregão cotado a R$ 318,95/@, uma desvalorização de 1,85% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo desta quinta-feira (24/4), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$330,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$330,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$325,00. Vaca a R$295,00. Novilha R$305,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$330,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de oito dias; Goiás — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$315,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de nove dias; Rondônia — O boi vale R$285,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de oito dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Boi/Cepea: Demanda acima da oferta sustenta preços

Os preços do boi gordo e da carne bovina vêm se mantendo firmes ao longo de abril

 

Além da robustez das exportações, levantamentos diários do Cepea têm identificado procura um pouco acima da oferta nas várias regiões acompanhadas. Isso é observado no segmento de reposição, principalmente na demanda por bezerro. O Indicador do boi gordo CEPEA/ESALQ avança cerca de 2,5%, saindo da casa de R$ 320 no final de março para a de R$ 327 nesta semana. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça casada bovina se valoriza 5,5% na parcial de abril, operando em torno dos R$ 23/kg à vista. 

Cepea 

 

SUÍNOS

 

Preços do mercado de suínos sobem no PR e RS. Estáveis em SC

No mercado doméstico de carne suína, o ritmo de vendas se desacelerou no início de abril, comportamento atípico para o período. Esse cenário levou a indústria a ajustar negativamente os preços, no intuito de evitar o acúmulo de estoques, conforme analisam pesquisadores do Cepea

 

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,00/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (23), houve queda somente em São Paulo, na ordem de 0,23%, chegando a r$ 8,62/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,55/kg), e Santa Catarina (R$ 8,14/kg). Houve alta de 0,36% no Paraná, atingindo R$ 8,27/kg, e de 0,12% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 8,28/kg. 

Cepea/Esalq

 

Suinocultura independente: final de mês com preços estáveis do animal vivo

A quinta-feira (24) registrou preços em sustentação ou com leve alta nas principais Bolsas de Suínos que comercializam os animais na modalidade independente.

 

Em São Paulo, o preço ficou estável pela segunda semana consecutiva em R$ 8,80/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 20.100 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço ficou estável em R$ 8,60/kg vivo, com acordo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve alta, passando de R$ 8,31/kg vivo para R$ 8,36/kg vivo. No estado do Paraná, entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias 17/04/2025 e 23/04/2025, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 3,04%, fechando a semana em R$ 8,48/kg.

APCS/ Asemg/ ACCS/ Lapesui

 

Suínos/Cepea: Carne suína ganha competitividade frente às concorrentes

A carne suína vem ganhando competitividade em relação às concorrentes (bovina e de frango), apontam levantamentos do Cepea

 

Segundo o Centro de Pesquisas, enquanto o preço médio da carcaça especial suína apresenta queda de março para abril, os valores do frango inteiro congelado e da carcaça casada bovina avançam no mesmo intervalo. No mercado doméstico de carne suína, o ritmo de vendas se desacelerou no início de abril, comportamento atípico para o período. Esse cenário levou a indústria a ajustar negativamente os preços, no intuito de evitar o acúmulo de estoques, conforme analisam pesquisadores do Cepea. 

Cepea

 

FRANGOS

 

Frango congelado em SP caiu 1,37% na quinta-feira (24)

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto ave no atacado caiu 0,60%, custando, em média, R$ 8,35/kg.

 

No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,69/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,09/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (23), a ave congelada teve recuo de 1,37%, atingindo R$ 8,65/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 1,03%, fechando em R$ 8,68/kg. 

Cepea/Esalq

 

EMPRESAS

 

BRF levanta R$ 1,25 bilhão com a emissão de debêntures simples

A emissão foi coordenada pela XP e securitizada pela Ecoagro. A BRF captou R$ 1,25 bilhão em sua sexta emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações.

 

A emissão foi coordenada pela XP e securitizada pela Ecoagro. Foram subscritas 1.250.000 de debêntures, sendo: (i) 29.178 correspondentes às da primeira série; (ii) 448.179 correspondentes às debêntures da segunda série; (iii) 417.440 correspondentes às da terceira série; e (iv) 355.203 correspondentes às debêntures da quarta série, com valor nominal unitário de R$ 1 mil cada. As debêntures primeira série vencerão em 2 de abril de 2035, as debêntures segunda série vencerão em 13 de abril de 2035, as da terceira série em 13 de abril de 2040, e as da quarta série vencerão em 14 de abril de 2045.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

China cancela compras de carne suína dos EUA

Este foi o maior cancelamento chinês de embarque de carne suína desde 2020

 

Em meio aos desdobramentos da guerra comercial, a China cancelou as compras de 12 mil toneladas de carne suína dos Estados Unidos que seriam embarcadas ao país asiático. A informação foi divulgada hoje (24/4) em relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês). Este foi o maior cancelamento chinês de embarque de carne suína desde 2020, quando se disseminou a pandemia da Covid-19. Segundo o USDA, as vendas de carne suína dos EUA somaram 5,8 mil toneladas na semana encerrada em 17 de abril, queda de 72% na variação semanal e o menor volume do ano comercial, iniciado em outubro. Para entrar na China atualmente, a carne suína dos EUA enfrenta tarifas de 172%, percentual elevado recentemente como retaliação às taxações do presidente americano, Donald Trump, contra os produtos chineses. Até o ano passado, os americanos eram o terceiro maior exportador de carne suína para o mercado chinês, atrás da Espanha e Brasil, respectivamente.

Globo Rural

 

GOVERNO

 

Agro pede R$ 594 bilhões para Plano Safra e R$ 4 bilhões para seguro rural

Em documento enviado ao governo, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil pede ampliação de 25% sobre os recursos da temporada anterior. CNA também apontou a necessidade de ampliação do orçamento para a equalização de juros do crédito rural, dos atuais R$ 14 bilhões para R$ 25 bilhões

 

Em meio a um cenário macroeconômico complexo, que envolve turbulências na geopolítica internacional, volatilidade cambial, juros altos, inflação e aperto fiscal do governo, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu ao Ministério da Agricultura que o próximo Plano Safra (2025/26), que entrará em vigor em julho, tenha R$ 594 bilhões em recursos para financiamentos de pequenos, médios e grandes produtores. O montante é quase 25% maior que os R$ 477 bilhões ofertados na temporada 2024/25. A entidade também apontou a necessidade de ampliação do orçamento para a equalização de juros do crédito rural, dos atuais R$ 14 bilhões para R$ 25 bilhões, para possibilitar a expansão do montante total ofertado na próxima safra. A CNA não fez indicação sobre os juros pretendidos, em sinalização de que haverá aumento das alíquotas aos produtores no próximo ciclo, mas pediu taxas e prazos adequados, principalmente para os investimentos. Em documento entregue ao secretário de Política Agrícola da Pasta, Guilherme Campos, nesta quinta-feira (24/4), a entidade apontou a necessidade de a União focar a alocação dos recursos públicos de subvenção em ações estratégicas que possam gerar resultados a longo prazo e garantir o fornecimento de alimentos a preços acessíveis, como os investimentos rurais. A CNA cobrou ainda que os recursos anunciados sejam efetivamente emprestados na ponta, uma crítica ao desempenho quase 20% menor nos desembolsos da atual temporada em relação à 2023/24. Na lista de prioridades da CNA está ainda o incremento no orçamento destinado ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), dos atuais R$ 1,06 bilhão para R$ 4 bilhões. A entidade apoia mudanças na lei do seguro rural, por meio do projeto 2.951/2024, da senadora Tereza Cristina (PP-MS), que prevê a implementação do Fundo Catástrofe e maior proteção à verba destinada ao programa. A confederação se posicionou contra a obrigatoriedade de contratação do seguro rural atrelado a operações de crédito rural subvencionado. Apesar de concordar com avanços a partir da adesão compulsória dos produtores, a CNA diz que ainda há um “longo caminho” a se percorrer até o amadurecimento do setor segurador e das políticas de gestão de risco no país a ponto de aplicar iniciativas como essa. Dos R$ 594 bilhões solicitados pela CNA para as linhas de crédito rural em 2025/26, R$ 103 bilhões são para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que teve R$ 77 bilhões no ciclo que termina em junho. Para médios e grandes produtores, o pedido é por R$ 491 bilhões, dos quais R$ 390 bilhões são destinados a operações de custeio e comercialização e R$ 101 bilhões para investimentos. A CNA diz que o Plano Safra 2025/26 terá um papel ainda mais relevante diante do contexto desafiador, “que combina um ambiente doméstico restritivo, marcado por forte aperto monetário, com instabilidade internacional, intensificada por tensões bélicas e comerciais. A CNA sugeriu a criação de novas fontes de recursos para o financiamento rural, com impulso ao mercado de capitais diante da limitação orçamentária do governo para ampliar subsídios a operações e da retração de algumas origens tradicionais desses valores. A entidade também defende o aumento da exigibilidade para as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e a poupança rural, além de ajustes em regras sobre os direcionamentos e aplicação desses recursos. A CNA também sugeriu usar recursos ociosos de fundos públicos para ampliar para fortalecer o funding do setor. A entidade ressalta que essa medida requer um levantamento apurado da disponibilidade de saldos, mas diz que existem mais de 200 fundos públicos no Brasil atualmente e que poderiam ser usados para o crédito rural. Alguns exemplos citados no documento são o Fundo Social, Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e os fundos constitucionais ou setoriais com superávit recorrente. A CNA propôs ao governo elevar de 65% para 70% o percentual de exigibilidade sobre a poupança rural e de 50% para 85% no caso das LCAs. A entidade ainda sugeriu ampliar o escopo de parte do direcionamento dos recursos dessas duas fontes para permitir o cumprimento da exigibilidade com aquisição de cotas de instrumentos financeiros do Mercado de Capitais como os Fundos de Investimento do Agronegócio (Fiagros). De acordo com a CNA, o estoque de LCAs continuou em crescimento, mas em ritmo menor. Entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025, o saldo aumentou 13%, para R$ 540,1 bilhões, ante uma expansão de 31%, 80% e 84% nos três períodos anteriores.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Deral eleva projeções de safras de soja e milho do Paraná e reduz área de trigo

Estado colheu 21,11 milhões de toneladas de soja e deve atingir 16,2 mi de milho

 

O governo do Paraná elevou na quinta-feira sua previsão de safra de milho 2024/25, com o cereal ganhando área do trigo na segunda safra, assim como a estimativa de colheita de soja do Estado foi ajustada para cima, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral). Com a colheita de soja já concluída, a produção do segundo Estado produtor brasileiro da oleaginosa foi estimada em 21,11 milhões de toneladas, ante 21,06 milhões na estimativa do mês anterior --isso representa um aumento de 14% ante o ciclo passado, com recuperação das produtividades após o clima seco em 2024. O Deral ainda elevou as projeções para a primeira e segunda safras de milho do Estado, também o segundo produtor nacional do cereal. A segunda safra, que está se desenvolvendo, foi prevista em 16,2 milhões de toneladas, versus 15,9 milhões no mês anterior, devido principalmente a um aumento da área plantada. Até março, o órgão do governo tinha uma expectativa de plantio de 2,66 milhões de hectares, que foi reajustada para 2,71 milhões. No comparativo anual, agora a alta é de 7%. "A elevação da produção está relacionada ao aumento de área, a produção sofreu pequenos ajustes", disse o especialista Edmar Gervásio, alertando que a região oeste do Paraná sofre com problemas climáticos, o que indica ajuste negativo no relatório de maio. Já a primeira safra foi vista em 2,9 milhões de toneladas, ante 2,85 milhões em março, com aumento anual de 15%. Com o milho ganhando área do trigo, o Deral reduziu ainda mais a área plantada com este último cereal para 886,7 mil hectares, ante 912,2 mil hectares na previsão do mês anterior, em momento em que o Estado está semeando a cultura. Isso representaria uma queda anual de 22%, conforme os números do Deral, após o importante Estado produtor ter semeado 1,13 milhão de hectares em 2024. O especialista em trigo do Deral, Carlos Hugo Godinho, afirmou que a queda se deve aos preços menos interessantes que os do milho para os produtores. "Desânimo com os preços que não reagem na mesma toada do milho", afirmou ele. A produção foi estimada em 2,85 milhões de toneladas, em momento em que o Estado plantou apenas 2% da área projetada. Se confirmado, o volume ainda seria um aumento anual de 24%, após uma quebra de safra por intempéries em 2024.

Reuters

 

Safra de milho do Paraná tem segunda maior área da história

Clima impõe desafios à produção

 

A área plantada com milho na segunda safra do Paraná foi revisada e alcança 2,71 milhões de hectares, segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado na quinta-feira (24) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O número representa um crescimento de 6,9% em relação à safra passada e torna a atual a segunda maior da história em termos de área cultivada no estado, atrás apenas da safra 2021/22, que teve 2,73 milhões de hectares. Apesar da expansão, a estimativa de produção, atualmente em 16,2 milhões de toneladas, está sob risco. De acordo com os analistas do Deral, as condições climáticas têm afetado negativamente o desenvolvimento das lavouras. “Já observamos perdas pontuais irreversíveis que somam 1,5% da produção esperada, o que equivale a cerca de 240 mil toneladas”, informaram os técnicos do departamento. O boletim indica que, embora a área plantada esteja entre as maiores já registradas, a consolidação da produção vai depender da evolução do clima ao longo do ciclo. O Deral manterá o monitoramento das condições nas próximas semanas.

Agrolink

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai pela 5ª sessão sob influência externa e fecha abaixo de R$5,70

O dólar completou a quinta sessão consecutiva de perdas ante o real, encerrando novamente abaixo dos R$5,70 na quinta-feira, com as cotações acompanhando o recuo quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, em meio à expectativa de juros mais baixos nos EUA

 

O dólar à vista fechou em baixa de 0,43%, aos R$5,6933. Em abril, a divisa passou a acumular queda de 0,24%. Às 17h17 na B3 o dólar para maio -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,37%, aos R$5,6890. Nas últimas sessões o dólar já vinha perdendo força ante o real com a perspectiva de que o presidente dos EUA, Donald Trump, possa negociar com a China, amenizando o conflito tarifário entre os países. O recuo recente de Trump de seus ataques ao chair do Federal Reserve, Jerome Powell, era outro motivo de alívio para os mercados globais.

Nesta quinta-feira o otimismo foi intensificado por comentários do diretor do Fed Christopher Waller, avaliando que a disputa tarifária envolvendo os EUA pode elevar o desemprego rapidamente no país e, ao mesmo tempo, suscitar cortes de juros. Já a presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, pediu paciência em relação à política monetária em meio aos altos níveis de incerteza e não descartou mudanças na taxa de juros até junho, caso os dados sugiram a necessidade de ação. Em reação, os rendimentos dos Treasuries cederam, com o mercado precificando chances maiores de o Fed cortar juros já em junho. Essa perspectiva de juros mais baixos nos EUA impulsionou os ativos de risco ao redor do mundo, o que levou à alta do Ibovespa, ao avanço firme do real e à queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros). Assim, o dólar oscilou em baixa durante toda a sessão no Brasil. Após marcar a máxima de R$5,6955 (-0,39%) às 9h17, ainda na primeira meia hora de negócios, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,6625 (-0,97%) às 12h50. Internamente, o mercado também acompanhou declarações ao longo do dia de autoridades do Banco Central. O diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, afirmou que a moderação do crescimento no Brasil é importante para levar a inflação à meta, acrescentando que os riscos do choque global de comércio são de crescimento mais baixo e inflação mais alta. Já o diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC, Paulo Picchetti, disse que há alguma desaceleração da atividade acontecendo no momento, mas que a autarquia ainda não consegue estabelecer uma tendência real devido a dúvidas sobre a confiabilidade dos dados. No exterior, o dólar seguia em queda ante a maior parte das demais divisas -- incluindo pares do real como o peso chileno e o peso mexicano. Às 17h17, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,47%, a 99,309.

Reuters

 

Ibovespa renova máximas do ano e encosta em 135 mil pontos

O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, renovando máximas no ano acima dos 134 mil pontos, endossado por Wall Street e alívio nas taxas dos DI, além da alta da Vale e Itaú, enquanto Hypera disparou após resultado trimestral e previsão de concluir mais cedo o processo de otimização de capital de giro.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,73%, a 134.497,85 pontos, máxima de fechamento desde setembro de 2024, de acordo com dados preliminares. No melhor momento, marcou 134.937,55 pontos. Na mínima, registrou 132.223,46 pontos.

O volume financeiro no pregão somava R$24,38 bilhões antes dos ajustes finais.

Reuters

 

Confiança do consumidor brasileiro sobe pelo 2º mês com melhora nas expectativas, diz FGV

A confiança dos consumidores brasileiros subiu pelo segundo mês consecutivo em abril, impulsionada pelo avanço no indicador de expectativas para os próximos meses, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados na quinta-feira.

 

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês alta de 0,5 ponto, para 84,8 pontos. "A segunda alta da confiança do consumidor recupera apenas 11% das perdas incorridas nos três meses anteriores, entre dezembro de 2024 e fevereiro deste ano", disse Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, em nota. "O resultado de abril é impulsionado pela melhora das expectativas futuras, principalmente, sobre a situação econômica local", completou. Os dados mostraram que o Índice de Expectativas (IE) teve variação positiva de 0,7 ponto, para 88,1 pontos em abril. Já o Índice da Situação Atual (ISA) avançou apenas 0,1 ponto, para 81,1 pontos em abril. Entre os quesitos que avaliam perspectivas futuras, tiveram alta os indicadores de situação econômica local futura e de situação financeira futura da família, com ganhos de 2,7 e 1,1 pontos, respectivamente, para 102,0 e 85,8 pontos. Dos dois quesitos que avaliam o momento atual, por outro lado, apenas um apresentou avanço no mês: a situação econômica local atual, com alta de 0,7 ponto, para 91,9 pontos. "Mesmo com as melhoras pontuais, a confiança do consumidor continua refletindo um forte pessimismo disseminado. Esse sentimento é especialmente evidente entre as famílias de renda mais baixa, cuja confiança recuou pelo quinto mês consecutivo", apontou Gouveia. Segundo a FGV, a melhora na confiança em abril se deu somente entre consumidores na faixa de renda entre R$2.100,01 e R$9.600,00, com queda no sentimento dos consumidores com rendas acima ou abaixo desse intervalo.

Reuters

 

FMI vê dívida bruta do Brasil perto de 100% do PIB em 2029

Fundo espera que o indicador suba de 87,3% do PIB em 2024 para 92% do PIB em 2025

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a dívida pública bruta do Brasil vai subir de 87,3% do PIB em 2024 para 92% do PIB neste ano, alcançando perto de 100% do PIB em quatro anos. Nas contas do FMI, o endividamento bruto brasileiro vai atingir 99,4% do PIB em 2029, percentual em que se estabilizaria em 2030, última data para a qual há projeções disponíveis. Os números indicam uma trajetória pior em relação às previsões de outubro de 2024, quando a projeção era de que o indicador chegaria a 97,6% do PIB em 2029. Para 2025, o FMI estimava há seis meses os mesmos 92% do PIB previstos na edição do Monitor Fiscal divulgado na quarta-feira. As projeções pioraram entre 2026 e 2029 - em outubro, não havia previsão para 2030. A dívida brasileira é bastante superior à média dos emergentes. Nas estimativas do FMI, o endividamento bruto desse grupo de países deve ficar em 74,8% do PIB neste ano. Se excluída a China, com um indicador previsto em 96,3% do PIB para 2025, a média fica em 58,4% do PIB. A dívida bruta é um dos principais indicadores de solvência de um país acompanhados por especialistas. Além de o endividamento do Brasil ser elevado, a trajetória preocupa, porque as projeções têm subido nos últimos anos e apontam alta nos próximos. O Fundo adota um critério diferente do usado pelo Banco Central (BC) brasileiro para o cálculo da dívida bruta do país. Na contabilidade do FMI, entram na conta os títulos do Tesouro na carteira do BC, enquanto a metodologia da autoridade monetária brasileira os exclui. Pelo critério brasileiro, o endividamento bruto ficou 76,2% do PIB em fevereiro deste ano. O FMI também revisou suas projeções para o déficit nominal do governo geral, que no critério da instituição engloba União, Estados e municípios, sem considerar estatais. O resultado nominal, que inclui gastos com juros, define a dinâmica do endividamento público. Nas novas estimativas do Monitor Fiscal, o déficit nominal deverá ficar em 8,5% do PIB em 2025, acima dos 7,3% do PIB estimados em outubro de 2024. Para 2026, o Fundo passou a estimar um rombo de 7,7% do PIB, maior que os 6,9% do PIB esperados seis meses atrás. O ciclo de aumento da Selic, hoje em 14,25% ao ano, contribui para um cenário pior para o déficit nominal e, por tabela, para as estimativas para a trajetória da dívida. O déficit nominal de 8,5% do PIB previsto para este ano é elevado, superior à média de 6,9% do PIB dos 20 principais emergentes. Para o FMI, o resultado primário (que exclui despesas com juros) ficará deficitário em 0,6% do PIB neste ano, voltando ao azul em 2027, quando haveria um superávit de 0,3% do PIB. O FMI promoveu ainda uma revisão modesta das projeções para o crescimento da economia brasileira em 2025 e 2026, o que pode ter colaborado para a piora das previsões sobre o endividamento como proporção do PIB. Para o Fundo, o Brasil vai crescer 2% neste ano e no próximo, um pouco menos que os 2,2% previstos anteriormente, segundo números divulgados na terça-feira.

Valor Econômico

 

Corrente de comércio registra mais de US$ 177 bi de janeiro até a 3° semana de abril

De janeiro até a 3ª semana de abril de 2025, a balança comercial registrou US$ 96,2 bilhões nas exportações. Já as importações chegaram a US$ 81,6 bilhões, com saldo positivo de US$ 14,6 bilhões e corrente de comércio de US$ 177,8 bilhões

 

Somente na 3ª semana de abril de 2025, a balança alcançou superávit de US$ 1,5 bilhão e corrente de comércio de US$ 10,8 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,1 bilhões e importações de US$ 4,6 bilhões. No mês de abril, as exportações somam US$ 18,9 bilhões e as importações, US$ 14,3 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,6 bilhões e corrente de comércio de US$ 33,2 bilhões. Esses e outros resultados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic). Fazendo um comparativo mensal, nas exportações, comparadas as médias até a 3ª semana de abril/2025 (US$ 1,451 bi) com a de abril/2024 (US$ 1,379 bi), houve crescimento de 5,3%. Em relação às importações houve crescimento de 10,5% na comparação entre as médias até a 3ª semana de abril/2025 (US$ 1,1 bi) com a do mês de abril/2024 (US$ 995,29 milhões). Assim, até a 3ª semana de abril/2025, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,551 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 350,98 milhões, houve crescimento de 7,5% na corrente de comércio. Exportações e Importações por Setor e Produtos. No acumulado das exportações, até a 3ª semana do mês de abril/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 19,89 milhões (5,4%) em Agropecuária e de US$ 72,09 milhões (10,8%) em produtos da Indústria de Transformação; já na Indústria Extrativa houve queda de US$ 23,46 milhões (-6,9%). No acumulado das importações, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 6,08 milhões (24,4%) em Agropecuária e de US$ 103,54 milhões (11,6%) em produtos da Indústria de Transformação; houve queda de US$ 5,1 milhões (-7,0%) em Indústria Extrativa.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

 

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