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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 847 DE 23 DE ABRIL DE 2025

  • prcarne
  • 23 de abr.
  • 18 min de leitura

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 847 | 23 de abril de 2025

                                          

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


Boi gordo: preços estáveis nas principais praças pecuárias brasileiras

Após o feriado de Páscoa e Tiradentes, semana abre com poucos negócios nas regiões pecuárias. No Paraná, o boi vale R$330,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de sete dias.

 

Após o feriado de Páscoa e Tiradentes, compradores e vendedores ficaram “em cima do muro”, o que resultou em poucos negócios envolvendo boiadas gordas nas praças pecuárias brasileiras. Com isso, segundo apuração da Scot Consultoria, os preços ficaram estáveis nas praças do Estado de São Paulo, uma das principais referências para o mercado brasileiro do boi gordo. Dessa maneira, nas regiões paulistas, o boi gordo “comum” segue cotado em R$ 330/@, a vaca gorda em R$ 290/@, a novilha gorda em R$ 310/@ e o “boi-China” em R$ 335/@ (todos os preços são brutos e com prazo), de acordo com os dados da Scot. Segundo a Agrifatto, diante de uma semana mais curta, em compasso de espera pelos feriados da Páscoa e de Tiradentes, “a indústria demonstrou pouca agressividade nas compras de boiadas gordas”. Durante o feriado prolongado, relata a Agrifatto, a redução no ritmo de abates por parte dos frigoríficos resultou em menor oferta de carne bovina no mercado, o que impulsionou os preços da proteína. A carcaça casada registrou valorização de 2,31% na terceira semana de abril, em relação à semana anterior, sendo comercializada a R$ 22,74/kg. Os cortes bovinos tiveram alta demanda no período, com destaque para o dianteiro, que apresentou alta semanal de 2,73%, alcançando o preço de R$ 20,55/kg, informa a Agrifatto. Cortes tradicionalmente mais valorizados, como os do traseiro bovino, também registraram avanço na terceira semana do mês, com média de R$ 25,23/kg, com acréscimo de 1,73%, acrescenta a consultoria. O movimento de valorização foi acompanhado pelos cortes de ponta de agulha, que apresentaram aumento semanal de 2,28%, sendo comercializados a R$ 19,52/kg. A vaca casada seguiu a tendência de valorização observada no mercado do boi gordo, com o preço médio atingindo R$ 20,55/kg. Segundo o Indicador do Cepea, na terceira semana, a arroba foi negociada, em média, a R$ 327,04 em São Paulo, com valorização de 0,98% em relação à semana anterior. Por sua vez, o Indicador Agrifatto apontou um preço médio de R$ 330,09/@, com alta semanal de 0,47%. No levantamento do Datagro, a arroba de São Paulo ficou em R$ 326,24, com avanço semanal de 0,71%. Cotações do boi gordo desta terça-feira (22/4), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$335,00 a arroba. O “boi China”, R$335,00. Média de R$335,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$330,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$330,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Goiás — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$285,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Exportações de carne bovina sobem 12% no 1º trimestre de 2025

No mercado atacadista paranaense, o cenário também é de alta

 

As exportações brasileiras de carne bovina registraram aumento de 12% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado gerou uma receita de US$ 3,2 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17) no Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Paraná. De acordo com o relatório, o preço médio do quilo exportado chegou a US$ 4,78, frente aos US$ 4,40 praticados no primeiro trimestre de 2024. A valorização da carne no mercado externo tem contribuído para impulsionar a receita do setor. No mercado atacadista paranaense, o cenário também é de alta. As peças do dianteiro e do traseiro bovino seguem com preços em elevação. O quilo do traseiro está sendo comercializado, em média, a R$ 25,01, enquanto o dianteiro chega a R$ 18,54. “Ambos os cortes acumulam elevações expressivas nos últimos 12 meses”, informa o boletim. O corte traseiro teve valorização de 35% e o dianteiro, de 24%, no período, refletindo a pressão da demanda e o comportamento do mercado interno.

Agrolink

 

Auditores fiscais federais agropecuários aprovam mobilização contra privatização da inspeção

Anffa Sindical reitera riscos, como a perda da qualidade da carne brasileira e graves danos à saúde pública, caso a medida seja implementada pelo governo federal

 

Auditores fiscais federais agropecuários aprovaram o estado de mobilização em oposição à regulamentação do artigo 5º da Lei do Autocontrole (Lei nº 14.515/2022), que prevê a privatização da inspeção ante-mortem e post-mortem de animais destinados ao abate, com a transferência de atividades típicas de Estado para empresas privadas. Além disso, 86% dos participantes da assembleia rejeitaram a minuta da portaria apresentada pelo Grupo de Trabalho Técnico criado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para debater o tema. Agora, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) vai definir os representantes do Comando Nacional de Mobilização (CNM), que irão debater a estratégia do movimento. A conclusão das discussões sobre a regulamentação da legislação aumentou ainda mais a preocupação dos servidores públicos com a proposta apresentada pelo governo. Ela permite que os próprios frigoríficos paguem empresas privadas para fiscalizá-los, abrindo margem para conflitos de interesse que podem comprometer seriamente a qualidade da carne brasileira. O Anffa Sindical é contrário à medida e defende a realização de uma ampla consulta pública sobre o tema, que coloca em risco a saúde de milhões de consumidores de produtos brasileiros de origem animal, exportados para 157 países. Uma prova disso é a decisão de 77% dos profissionais pela mobilização. Durante as discussões sobre a regulamentação da lei, que duraram pouco mais de uma semana, o Anffa enfatizou que a minuta apresentada pelo Mapa é inconstitucional, ao propor que atividades típicas de Estado sejam delegadas a entes privados — o que viola o §1º do artigo 5º da própria Lei nº 14.515/2023, que veda expressamente aos credenciados o exercício de funções que envolvam poder de polícia administrativa. De acordo com a proposta do Mapa, os médicos veterinários terceirizados serão responsáveis por inspecionar as empresas que os contratam e atestar tanto a saúde dos animais a serem abatidos quanto a qualidade da carne e os procedimentos adotados nas linhas de produção. Ocorrências não reportadas, como seleção de animais velhos, doentes ou carnes contaminadas, podem gerar sérias consequências para a saúde pública, impactando toda a sociedade. Outro ponto de crítica refere-se à designação de servidores como “encarregados técnico-administrativos” sem a devida retribuição financeira por funções equivalentes às de chefia, o que contraria dispositivos da Lei nº 8.112/1990, do Decreto-Lei nº 200/1967 e da Portaria nº 461/2017. Além disso, a entidade não descarta recorrer à Justiça para impedir o desmonte da fiscalização federal e reitera o compromisso com a produção de alimentos seguros e confiáveis para a população brasileira e a comunidade internacional.

Anffa Sindical

 

SUÍNOS

 

Receita das exportações de carne suína em 13 dias úteis chega a 83,94% do total de abril/24

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de abril (13 dias úteis), teve um faturamento que já atingiu 83,94% do total registrado em abril de 2024.

 

A receita obtida até este momento do mês, US$ 186,8 milhões, representa 83,94% do total arrecadado em todo o mês de abril de 2024, que foi de US$ 222,5 milhões. No volume embarcado, as 75.027 toneladas representam 77,55% do total registrado em abril do ano passado, quantidade de 96.743 toneladas. O faturamento por média diária até a terceira semana de abril foi de US$ 14,3 milhões, quantia 42,1% maior do que a de abril de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 14,22% observando os US$ 12,5 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.771 toneladas, houve elevação de 31,2% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, incremento de 11,42%, comparado às 5.179 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.490, ele é 8,2% superior ao praticado em abril passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa avanço de 2,50% em relação aos US$ 2.429 anteriores.

SECEX/MDIC

 

FRANGOS

 

Preço por tonelada da carne de frango exportada na terceira semana de abril segue estável

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de abril (13 dias úteis), continua 'patinando' no preço pago por tonelada

 

A receita obtida com as exportações de carne de frango até a terceira semana de abril, US$ 515,8 milhões, representa 63,15% do total arrecadado em todo o mês de abril de 2024, que foi de US$ 816,7 milhões. No volume embarcado, as 283.375 toneladas representam 62,62% do volume registrado em abril de 2024, quantidade de 452.486 toneladas. O faturamento por média diária até a segunda semana do mês foi de US$ 39.6 milhões quantia 6,9% maior do que a registrada em abril de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 1,39% quando comparado aos US$ 40.2 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 21.798 toneladas, houve alta de 6,0% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, baixa de 2,56% em relação às 22.372 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.820, ele é 0,8% superior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 1,20% no comparativo ao valor de US$ 1.798 visto na semana passada.

SECEX/MDIC

 

CARNES

 

Cenário para avicultura de corte e suinocultura devem seguir favoráveis, apesar de custos mais altos com milho

Em análise divulgada pelo Itaú BBA, o equilíbrio entre os abates e a demanda por carne de frango e carne suína, além das exportações, trazem uma perspectiva favorável para os setores da avicultura de corte e suinocultura, mesmo em um cenário de preços do milho mais elevados. 

 

Do ponto de vista dos custos de produção, o milho, ingrediente vital e comum na ração para as duas criações, tem como decisivos os meses de abril e maio (segunda safra). Até o momento, de acordo com a análise do banco, a previsão é de chuvas nas regiões produtoras, afastando o risco de alta exacerbada no preço das rações. Entretanto, um efeito de maior alívio para a nutrição dos animais deve vir no segundo semestre, com a entrada deste milho no mercado. A oferta de suínos para abate está equilibrada com a demanda, assim como o abate de frangos, sem expansão desproporcional. O grande canal de escoamento das proteínas, as exportações, devem ser olhadas com atenção, já que há uma Guerra Comercial em curso, iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que mira no principal parceiro comercial do Brasil quando se fala em compra de carnes: a China. “Com históricos laços comerciais com os EUA, o México é o segundo maior importador mundial de carne de frango, atrás somente do Japão e se aproximando da primeira colocação. Em 2024, os mexicanos importaram aproximadamente 900 mil toneladas dos EUA e 200 mil toneladas do Brasil. Na hipótese do encarecimento do produto dos EUA, o Brasil poderia capturar parte da demanda mexicana. Outros destinos das exportações americanas pouco acessados pelo Brasil são Cuba, Canadá, Guatemala e Vietnã”, apontou o banco. Na esteira das exportações, a carne suína brasileira é considerada a mais competitiva, conforme explicam os analistas do Itaú BBA, e prevê aumentos de 2,2% na produção, chegando a 4,6 milhões de toneladas e 4,5% nas exportações, alcançando 1,6 milhões de toneladas. Isso renovaria os recordes atingidos pelo Brasil em 2024, e caso estas previsões se concretizem, o país será o único entre os cinco maiores players exportadores a ter crescimento em 2025. Entre os importadores de carne suína, a União Europeia deve ter menor produção este ano, devido aos altos custos de produção e impactos da Peste Suína Africana (PSA). Na China, o consumo não tem previsão de crescimento, mas ainda assim há previsão de importação de 1,3 milhões de toneladas de forma geral, recuo pelo quinto ano consecutivo nas compras chinesas. “Com este cenário, o Brasil deve ampliar sua participação na exportação mundial de 15% para 16% em 2025, sendo que, em 2020, era de 9%. Vale dizer que, a depender da magnitude das tarifas sobre as exportações americanas de carne suína ao México, Japão e Coreia do Sul, grandes importadores e ainda pouco acessados pelo Brasil, o cenário para os embarques brasileiros pode ficar ainda mais interessante”.

Itaú BBA

 

EMPRESAS

 

TCP anuncia aumento nos embarques de carne de frango e bovina

Resultados se devem à ampliação de capacidade do terminal. O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) anunciou um nove recorde na movimentação de cargas refrigeradas no primeiro trimestre deste ano

 

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) anunciou na terça-feira (22/4) um nove recorde na movimentação de cargas refrigeradas no primeiro trimestre deste ano. Foram 35,8 mil unidades, 17% a mais do que no mesmo período em 2024. Os destaques do período foram os carregamentos de carnes de frango e bovina, que também registraram marcas históricas. Os embarques de frango pelo TCP somaram 610 mil toneladas, informou a empresa que administra o terminal. O volume corresponde a 43,97% do que o setor exportou no internado de janeiro e março deste ano. No total, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) contabilizou remessas de 1,387 milhão de toneladas, com uma receita de US$ 2,587 bilhão. O Paraná lidera o ranking de origens do produto, seguido por Santa Catarina. Os principais destinos da carne de frango brasileira nos primeiros três meses do ano foram China e Arábia Saudita. Já as exportações de carne bovina pelo TCP somaram 217 mil toneladas no primeiro trimestre, o equivalente a 32,1% de tudo o que os frigoríficos mandaram para o exterior no período. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), os embarques totais somaram 676 mil toneladas, com um faturamento de US$ 3,22 bilhões. O resultado foi obtido, apesar do Paraná não estar entre os principais pontos de origem da carne bovina do Brasil. São Paulo, Mato Grosso e Goiás lideram o ranking. China e Estados Unidos foram os principais compradores do produto no intervalo de janeiro a março deste ano. Em nota, a direção do TCP associa os resultados à ampliação de capacidade. Em junho de 2024, a empresa concluiu obras de expansão de seu pátio para contêineres refrigerados, usados para a exportação de carnes congeladas e resfriadas, entre outros produtos. O local passou de 3,624 mil para 5,268 mil tomadas. “A conclusão das obras de expansão, aliada a fatores como uma taxa de ocupação de pátio normalizada, e um sistema eficiente para agendamento de entrega e retirada de cargas, o Terminal encerra o primeiro trimestre de 2025 convertendo novos clientes e ampliando sua participação de mercado no segmento de carnes e congelados”, comenta Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e de atendimento da TCP, em nota.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Chile reconhece Paraná como livre de febre aftosa sem vacinação para carne suína

Anúncio feito pelo Mapa abre portas para expansão comercial, enquanto Brasil avança em negociações com China, Vietnã e Japão

 

O Chile reconheceu o estado do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação para carne suína. A confirmação foi dada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luis Rua, durante coletiva de imprensa realizada na terça-feira, 22. “Ontem mesmo, o ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela, já verbalizou, e isso deve acontecer pessoalmente. Entre hoje e amanhã, deve ser feito esse anúncio, juntamente com o nosso anúncio da abertura do mercado de mel para o Brasil”, destacou Rua. De acordo com o Mapa, além do Paraná, o Chile já reconhece também o Rio Grande do Sul e Santa Catarina como estados livres de febre aftosa sem vacinação para carne suína. Também na terça-feira, 22, representantes da Alfândega Chinesa (General Administration of Customs China – GACC) realizaram uma visita de rotina ao Brasil para discutir a expansão dos negócios bilaterais. O secretário destacou que, embora não haja confirmação de novas habilitações de plantas frigoríficas, a possibilidade sempre existe. No início de abril, o governo chinês rejeitou as carnes bovinas de 28 frigoríficos brasileiros indicados pelo Mapa. Na semana passada, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, esclareceu que não se trata de uma rejeição, mas de uma “avaliação”. Aos jornalistas, Luis Rua explicou que o processo de solicitar o aval do governo chinês é um procedimento comum e corriqueiro, podendo ser feito tanto por lote quanto por planta. “Mas o Brasil mantém as habilitações [que já tinha]”, afirmou. Ele ressaltou que a reunião agendada para hoje tem como objetivo discutir o encaminhamento dessas situações. Segundo o secretário, se não houver conformidades em relação às normas chinesas, as empresas citadas deverão resolver os problemas individualmente, seguindo o processo habitual, com a devida orientação e aprovação final. Em relação ao Vietnã, após a abertura e mercado para a carne bovina brasileira em março, Luis Rua informou que os dois governos estão agora na fase de ajustes técnicos. Durante a visita do governo brasileiro ao Japão, também em março, foi confirmada a vinda de especialistas japoneses em saúde animal para avaliar o sistema do Brasil, um passo crucial para a abertura do mercado japonês à carne bovina e para a expansão do acesso da carne suína, atualmente restrito ao estado do Paraná. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa destacou que a expectativa é que a visita ocorra nos próximos dois meses, aguardando apenas a confirmação das datas.

Estadão Agro

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai a R$ 5,72 em dia de maior apetite a risco 

Real tem segundo melhor desempenho frente ao dólar, entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, atrás apenas do peso argentino 

 

O dólar à vista exibiu forte desvalorização frente ao real na terça-feira, em uma sessão marcada por maior busca por ativos de risco. Moedas de mercados emergentes (em especial da América Latina) e ligadas a commodities apreciaram nesta sessão. Operadores entenderam que o movimento mais forte do real pode ter sido resultado de um acúmulo das dinâmicas de ontem com a de hoje, dado que na segunda-feira já houve um enfraquecimento global do dólar, mas o mercado local não absorveu tal movimento porque estava fechado por conta do feriado de Tiradentes. No fim das negociações, o real tinha o segundo melhor desempenho frente ao dólar, entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, atrás apenas do peso argentino. Encerradas as negociações, o dólar à vista fechou negociado em queda de 1,32%, cotado a R$ 5,7278, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,7188 e batido na máxima de R$ 5,8015. Já o euro comercial exibia desvalorização de 0,90%, a R$ 6,5413. Perto do fechamento, o dólar também recuava 0,95% contra o peso chileno, 0,46% ante o peso mexicano e 0,50% contra o rand sul-africano.

Valor Econômico

 

Ibovespa retoma os 130 mil pontos com apoio da Vale e alta em Wall Street 

Supostas declarações do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, de que espera uma redução nas tensões comerciais entre EUA e China impulsionaram o apetite ao risco na terça-feira 

 

Em um dia de baixa liquidez e de maior apetite por risco nos mercados globais, o Ibovespa obteve suporte para avançar, impulsionado pela alta das ações da e de outras blue chips de bancos. O índice encerrou com um avanço de 0,63%, aos 130.464 pontos, depois de oscilar entre os 128.726 pontos e os 130.877 pontos. O movimento local acompanhou a subida dos índices americanos, que passaram por um dia de ajuste, depois do tombo da véspera. O Nasdaq fechou em alta de 2,71%; o Dow Jones teve ganhos de 2,66%; e o S&P 500 avançou 2,51%. Supostas declarações do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, de que espera uma redução nas tensões entre os EUA e a China, classificando a guerra comercial travada entre ambos como “insustentável”, potencializaram os ganhos em Wall Street e por aqui. A fala teria ocorrido em evento do J.P. Morgan. O dia também de foi de alta para as ações da Vale, que encerraram com ganhos de 1,78%, em linha com a subida do minério de ferro em Dalian, que avançou 0,21%, devido às expectativas de que novos estímulos à economia chinesa sejam anunciados ainda em abril. Já as ações da fecharam mistas: as ON recuaram 0,54%, enquanto as PN avançaram 0,23%. Segundo operadores, o movimento pode indicar que houve saída de estrangeiros. A resiliência mostrada pelo Ibovespa ao longo do mês de abril tem chamado a atenção de especialistas. No acumulado do mês, o índice apresenta ganho de 0,16%. O movimento ocorre mesmo em meio a uma saída de investidores estrangeiros da bolsa. No ano até a última quarta-feira (16), a categoria voltou a apresentar saldo negativo de recursos no segmento secundário da (ações já listadas), no valor de R$ 243 milhões. No mês, os saques chegam a R$ 10,88 bilhões. Ambos os dados são da B3. O movimento pode ter sido potencializado pela maior aversão a risco nos mercados, em meio a ataques e críticas feitos pelo presidente americano, Donald Trump, ao chefe do Fed, Jerome Powell, e à independência banco central americano. Questionar a autoridade de quem conduz a política monetária é um comportamento normalmente visto em mercados emergentes, aponta o gestor multimercados da AMW (Asset Management Warren), Eduardo Grübler. “O que estamos vendo é a redução de risco em todas as dimensões possíveis. Isso justifica a saída de capital daqui, já que o Brasil não é isolado do resto do mundo”, acrescenta Grübler. Entre as maiores altas da sessão ficaram as ações da MRV, que subiram 8,26%, ampliando os ganhos pelo terceiro pregão seguido. Já entre as maiores baixas ficaram os papéis da Embraer, que caíram 3,45%. O volume financeiro do índice na sessão foi de R$ 13,5 bilhões, abaixo da média diária registrada desde o começo do ano, que é de R$ 16,6 bilhões. Já na B3, o giro financeiro bateu R$ 18,0 bilhões.

Valor Econômico

 

Mercado reduz projeção de inflação neste ano e vê PIB mais alto em 2025 e 2026, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central reduziram sua projeção para a inflação neste ano, mantendo a expectativa para o nível dos preços em 2026, enquanto elevaram as previsões para o crescimento da economia brasileira nos dois períodos, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na terça-feira.

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA é de alta de 5,57% ao fim deste ano, abaixo da previsão de avanço de 5,65% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira se manteve em 4,50%. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,00% neste ano, ligeiramente acima da projeção de expansão de 1,98% na semana anterior. Em 2026, a expectativa de crescimento subiu para 1,70%, de 1,61% anteriormente. Sobre a política monetária do Banco Central, houve manutenção na expectativa para a taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das projeções para a Selic em 2025 é de 15,00%, no que foi a 15ª semana consecutiva com essa expectativa, enquanto para 2026 a previsão é de que a taxa atinja 12,50%. No momento, a Selic se encontra em 14,25% ao ano. O resultado vem na esteira de mais uma semana marcada por temores sobre uma recessão global provocada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, com os mercados reagindo ao anúncio de tarifas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Trump anunciou a implementação de uma taxa mínima de 10% sobre todas as importações dos EUA em 2 de abril, com alguns países recebendo tarifas mais altas devido ao seu desequilíbrio comercial com a economia norte-americana. Uma semana depois, Trump interrompeu as taxas "recíprocas" para a maioria dos países, mantendo em vigor a tarifa universal de 10%, mas as tensões com a China, por outro lado, continuaram a escalar. Após trocas de retaliações Trump impôs taxa de 145% sobre os produtos chineses, enquanto Pequim respondeu com uma tarifa de 125%. No Focus desta segunda houve ainda manutenção na expectativa para o preço do dólar no final de 2025 em R$5,90 e queda da projeção para 2026 a R$5,96, de R$5,97 na semana anterior. A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 6,02% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários de Trump.

Reuters

 

FMI reduz projeções de crescimento do Brasil em 2025 e 2026 a 2%

O Fundo Monetário Internacional reduziu as projeções de crescimento do Brasil para 2,0% em 2025 e em 2026, de acordo com novas estimativas divulgadas na terça-feira. Em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI cortou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,2 ponto percentual para ambos os anos em comparação com estimativas divulgadas em janeiro.

 

As estimativas do FMI estão mais pessimistas do que as do governo, depois que o Ministério da Fazenda projetou em março que o Brasil crescerá 2,3% neste ano e 2,5% em 2026. Já o Banco Central passou a ver que o PIB crescerá 1,9% este ano. O IBGE divulgará os dados do PIB do primeiro trimestre deste ano em 30 de maio. Em 2024, a economia brasileira expandiu 3,4 segundo os dados do instituto. Analistas avaliam que uma produção agrícola forte dará sustentação à economia neste início de ano, mas que ela passará a mostrar desaceleração gradual em meio a uma inflação ainda elevada e uma política monetária restritiva que afeta o crédito. Em relação à inflação, o FMI calcula que o aumento dos preços no Brasil ficará em uma taxa média anual de 5,3% este ano e de 4,3% no próximo. A meta oficial de inflação é de 3% em 12 meses com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O FMI citou em seu relatório as medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as contramedidas de diversos países como um "importante choque negativo ao crescimento". O Brasil recebeu a tarifa padrão norte-americana de 10%. O Fundo explicou que, "dada a complexidade e fluidez do atual momento, esse relatório apresenta uma 'projeção de referência' com base em informações disponíveis até 4 de abril de 2025 (incluindo as tarifas de 2 de abril e respostas iniciais)". O resultado previsto para a economia do Brasil este ano fica em linha com a projeção do FMI para a América Latina e Caribe, após redução de 0,5 ponto percentual na conta para a região em relação a janeiro. Para 2026, o Fundo reduziu a estimativa de crescimento em 0,3 ponto, a 2,4%. As perspectivas para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, também foram reduzidas, em 0,5 ponto percentual para 2025 e em 0,4% para 2026. As contas agora são respectivamente de expansão de 3,7% e 3,9% para o grupo. Isso se deveu a cortes significativos para os países mais afetados pelas recentes medidas comerciais, como a China, cuja projeção agora é de expansão de 4,0% neste e no próximo ano, com cortes de 0,6 e 0,5 ponto percentual, respectivamente.

Reuters

 

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