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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 846 DE 22 DE ABRIL DE 2025

  • prcarne
  • 22 de abr.
  • 17 min de leitura
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 846 | 22 de abril de 2025

                                  

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


Boi “descansou” no feriadão valendo R$ 330/@ (sem padrão-exportação) e R$ 335 (tipo-China) em SP

A partir de maio, os frigoríficos devem passar a intensificar a pressão baixista sobre a arroba, já que o período é marcado por maior oferta de boiadas gordas, avaliou a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$330,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de sete dias.

 

Na quinta-feira (17/4), véspera do feriado prolongando, o preço do boi gordo “comum” e do “boi-China” subiu R$ 3/@ na praça de São Paulo, para R$ 330/@, R$ 335/@, no prazo, refletindo a melhora no escoamento de carne bovina (tanto interno quanto no mercado externo) e, consequentemente, um avanço da procura por bovinos machos, segundo apuração da Scot Consultoria. Ainda nas regiões paulistas, a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 290/@ e R$ 310/@, acrescenta a Scot. Segundo levantamento da Agrifatto, os negócios entre frigoríficos e pecuaristas avançaram um pouco ao longo desta semana, especialmente na terça-feira (15/4), quando 9 das 17 regiões monitoradas pela consultoria registraram elevação nos preços do boi gordo (AC, BA, ES, MS, MT, PR, RJ, RO e SC). Essa maior movimentação nos balcões de negociação, diz a Agrifatto, teve efeito imediato: as escalas de abate dos frigoríficos subiram, e passaram a atender, em média, entre 6 e 7 dias, considerando a média nacional das principais praças pecuárias do País. Com o término da semana na quinta-feira, véspera do feriado prologando, as atenções agora se voltam para esta terça-feira (22/04), quando as atividades de compra e venda de boiadas gordas serão retomadas. “A expectativa é de que os frigoríficos busquem alongar as escalas em um primeiro momento para, em seguida, intensificar a pressão baixista sobre a arroba durante a definição das programações de abate para maio/25, período tradicionalmente marcado por maior oferta devido à proximidade do fim da safra”, antecipam os analistas da Agrifatto. No mercado futuro do boi gordo, pelo segundo dia seguido, o clima de pessimismo tomou conta da B3 na quarta-feira (16/4). O destaque, relata a Agrifatto, ficou para o contrato com vencimento em junho/25, que encerrou o pregão cotado a R$ 322,45/@, com queda diária de 1,27%. Cotações do boi gordo desta quinta-feira (17/4), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$335,00 a arroba. O “boi China”, R$335,00. Média de R$335,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$330,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$330,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Goiás — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$285,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Boi/Cepea: Oferta limitada e demanda firme sustentam preços

O mercado pecuário tem se caracterizado pela oferta “limitada” de animais para abate e pela demanda externa aquecida, que enxuga a disponibilidade doméstica

 

Segundo pesquisadores do Cepea, essa combinação justifica a valorização dos animais no campo e da carne tanto no atacado doméstico quanto no mercado internacional – influenciado também por outros fatores. Como resultado, conforme o Centro de Pesquisas, o volume posto à disposição do consumidor brasileiro se mostra abaixo da demanda, cenário que vem resultando, desde a última semana de março, em sucessivas altas nos preços da carne com osso e de cortes negociados no atacado da Grande São Paulo. Esse comportamento tem reduzido a competitividade da carne bovina frente às principais concorrentes, a carne suína e de frango, e diante da tilápia, ainda conforme levantamentos do Cepea. No front externo, o Brasil embarcou até a segunda semana de abril, 10,9 mil toneladas/dia de carne bovina in natura, média 15,6% superior à de abril/24, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea.

Cepea

 

SUÍNOS

 

Preços no mercado de suínos com leves ganhos 

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 160,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,60/kg, em média.

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (16), houve aumento de 0,60% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,38/kg, e de 1,36% no Paraná, custando R$ 8,20/kg. Os preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 8,11/kg), Santa Catarina (R$ 8,02/kg) e São Paulo (R$ 8,61/kg).

Cepea/Esalq

 

Suinocultura independente: mercado elevou preços do animal na véspera do feriadão

Em São Paulo, o preço ficou estável em R$ 8,80/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 19.750 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). 

 

No mercado mineiro, o preço teve elevação, passando de R$ 8,40/kg vivo para R$ 8,60/kg vivo, com acordo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve alta, passando de R$ 8,18/kg vivo para R$ 8,31/kg vivo. No estado do Paraná, entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias 10/04/2025 a 16/04/2025, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 3,87%, fechando a semana em R$ 8,23/kg.

APCS/ Asemg/ ACCS/Lapesui

 

Suínos/Cepea: Boletim destaca queda nos preços em março e custos de produção em alta

Após a recuperação observada em fevereiro, os preços do suíno vivo e da carne voltaram a cair ao longo de março. Mesmo com a desvalorização, as médias mensais seguiram mais de 20% acima das registradas em março/24 em algumas praças monitoradas pelo Cepea

 

Segundo levantamentos do Centro de Pesquisas, o suíno vivo posto na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) foi cotado à média de R$ 8,56/kg em março, 3,3% abaixo da de fevereiro. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o animal está 17,9% mais valorizado, em termos reais (deflacionado pelo IGP-DI de março/25). Em março, o Brasil exportou 114,7 mil toneladas de carne suína (in natura e produtos industrializados em março), aumento de 1,4% em relação ao volume de fevereiro/25 e significativos 26,5% acima do de março/24, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Destaca-se que a média diária de embarques em março foi a segunda maior da série histórica da Secex, iniciada em 1997, sendo de 5,4 mil toneladas, 6,9% superior à de fevereiro/25 e 37,1% acima da de março/24. Em março, o setor suinícola nacional enfrentou um cenário desafiador diante da valorização do milho e da queda no preço do suíno vivo. No mês, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (Campinas – SP) atingiu a casa dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal que não era observado pelo Cepea desde abril de 2022. As vendas de carne suína estiveram lentas ao longo de março, enquanto a oferta de animais para abate – e, consequentemente, de proteína no atacado – permaneceu ligeiramente elevada. Esse cenário resultou em quedas nos preços médios mensais das carcaças especial suína comercializada no mercado atacadista. Os valores médios das principais carnes substitutas, a bovina e a de frango, também caíram de fevereiro para março, mas os movimentos de baixa ocorreram de forma menos intensa do que o observado para a proteína suína.

Cepea


FRANGOS

 

Estabilidade predominou no mercado do frango

Os feriados reduziram os dias de programação de abate, o que, por sua vez, resulta em menor disponibilidade de carne no mercado interno. As demandas interna e externa também se mostram aquecidas. 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto ave no atacado subiu 0,24%, custando, em média, R$ 8,40/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,69/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,08/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (16)), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando, ambas, R$ 8,77/kg.

Cepea/Esalq

 

Abertura de mercado no Peru para exportação de óleo de aves

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 349 oportunidades de negócios desde o início de 2023

 

O governo brasileiro e o governo peruano concluíram negociação para que o Brasil possa exportar óleo de aves destinado à alimentação animal para aquele país. Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 755 milhões em produtos agropecuários para o Peru, com destaque para produtos florestais, carne de frango, cereais, óleo de soja e café. Com população de 34 milhões de habitantes e pecuária em constante expansão, o Peru tem demanda crescente por insumos voltados à nutrição animal. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança a 49ª abertura de mercado em 2025, totalizando 349 novas oportunidades de negócios desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Mapa

 

Frango/Cepea: Competitividade aumenta frente à carne bovina, mas cai para suína

A carne de frango vem ganhando competitividade frente à bovina, mas perdendo em relação à suína neste mês, segundo apontam levantamentos do Cepea

 

De acordo com o Centro de Pesquisas, enquanto as proteínas avícola e de boi se valorizam, em relação a março, a suinícola registra queda de preços. Para a carne de frango, pesquisadores do Cepea explicam que, além de uma demanda mais firme, os feriados da sexta-feira, 18 (Sexta-feira Santa), e da próxima segunda-feira, 21 (Tiradentes), reduzem os dias de programação de abate, o que, por sua vez, resulta em menor disponibilidade de carne no mercado interno. E a demanda externa também se mostra aquecida. De acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea, nos primeiros nove dias úteis de abril, o setor avícola exportador registrou média diária de embarques de 22,4 mil toneladas, 9% acima da de abril do ano passado. 

Cepea

 

CARNES

 

Custos de produção de frangos de corte e de suínos variam de forma distinta em março

Os custos de produção de frangos de corte e de suínos variaram de maneira distinta em março de 2025 nos principais estados produtores e exportadores, conforme estudos conduzidos pela Embrapa Suínos e Aves através de sua Central de Inteligência de Aves e Suínos (embrapa.br/suínos-e-aves/cias).

 

O custo de produção do quilo do frango de corte baixou para R$ 4,86 no Paraná, ou -0,17% em relação ao mês de fevereiro. O aumento acumulado em 2025 é de 1,58% e, nos últimos 12 meses, é de 13,86%, com o ICPFrango alcançando 376,48 pontos. A ração se destacou como o principal componente de custo em março, com queda de 0,88% no mês, apesar de ter subido 15,97% no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo uma participação de 67,62% no custo total de produção. Já o custo de produção do quilo de suíno vivo alcançou R$ 6,42 em Santa Catarina, representando uma elevação de 0,78% em relação ao mês de fevereiro. No ano, o ICPSuíno já subiu 3,38%, e o acumulado nos últimos 12 meses é de 14,31%, com o índice da Embrapa chegando aos 367,08 pontos. A ração dos animais se destacou como o principal componente de custo, com um aumento de 0,31% no mês e 13,33% no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo uma participação de 72,29% no custo total de produção.

Embrapa Suínos e Aves

 

EMPRESAS

 

Lar Cooperativa diz que 1º tri de 2025 foi o melhor de sua história

A Lar Cooperativa registrou neste ano o melhor primeiro trimestre de sua história, segundo o presidente da cooperativa Irineo da Costa Rodrigues em programa de rádio da Lar na quarta-feira (16).

 

Os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre foram apresentados em reunião do Conselho de Administração, mas os números consolidados ainda não foram divulgados. “Estamos tendo o melhor primeiro trimestre de todas as empresas, inclusive da Lar Paraguai. Na Lar Credi, com resultado bem acima do esperado, e na cooperativa Lar, seguramente o melhor primeiro trimestre da sua história”, disse Rodrigues. Embora a safra de soja tenha sofrido uma certa quebra no oeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul, a comercialização de insumos de milho e uma antecipação na comercialização da soja, somados a um bom momento da atividade pecuária, contribuíram para os resultados da Lar Cooperativa neste ano. A Lar Cooperativa continuará investindo em expansão em 2025, dentro do que estava previsto para o ano, segundo Rodrigues. A cooperativa ingressou no segmento de piscicultura, com a inauguração da Unidade Industrial de Peixes em São Miguel do Iguaçu (PR), no início de abril. “Quando a cooperativa iniciou na avicultura, há 25 anos, começamos com um projeto pequeno e hoje somos a terceira maior empresa de abate de frangos do país, com a marca de mais de 1,1 milhão de frangos abatidos diariamente. Na piscicultura não será diferente, porque a Lar sempre entra em uma atividade pensando o melhor para seus associados e funcionários”, disse Rodrigues, em comunicado divulgado pela empresa à época da inauguração. Na quarta-feira (16), durante o programa de rádio da Lar, Rodrigues disse que a cooperativa também está “ampliando um pouco a produção de frangos e de suínos, e é possível que surjam algumas notícias nestas áreas também”.

Carnetec

 

BRF e HPDC anunciam investimento de US$160 mi em nova fábrica de alimentos na Arábia Saudita

A processadora brasileira de carnes BRF e a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), anunciaram na segunda-feira um investimento de US$160 milhões em uma nova fábrica de alimentos na Arábia Saudita, informou a BRF em um comunicado.

 

A fábrica, programada para começar a operar em meados de 2026, será construída na cidade de Jeddah por meio da BRF Arabia Holding Company, uma joint venture entre a BRF e a HPDC estabelecida em 2023. A produção se concentrará em alimentos processados com uma capacidade de aproximadamente 40.000 toneladas por ano. O atendimento ao mercado saudita é a prioridade inicial, mas a exportação para outros países da região também é uma possibilidade, segundo a BRF. "O investimento representa mais um avanço consistente em nossa estratégia de presença global e fortalece nossa atuação em um mercado altamente estratégico", disse, controlador e presidente dos conselhos de Marfrig e BRF Marcos Molina. A nova instalação marca a sétima unidade de produção da BRF no Oriente Médio e a terceira na Arábia Saudita.

Reuters

 

INTERNACIONAL

 

Produção de carne suína da China no primeiro trimestre cresce 1,2% em relação a 2024 para 16,02 milhões de toneladas métricas

A produção de carne suína da China aumentou 1,2% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao ano anterior, para 16,02 milhões de toneladas métricas, ajudada pelo aumento de porcas reprodutoras no ano passado, abates antes do feriado e pesos maiores de suínos.

 

Mas analistas alertam que o setor continua sob pressão, com excesso de oferta e demanda lenta continuando a pesar sobre os preços e lucros. Por que isso é importante: A China, grande importadora de carne suína canadense, atualmente aplica tarifas de 25% sobre as importações de carne suína canadense. Um total de 194,76 milhões de suínos foram abatidos de janeiro a março, um aumento de 0,1% em relação ao mesmo período do ano passado, mostraram dados do Departamento Nacional de Estatísticas na quarta-feira. “O crescimento da produção neste trimestre é impulsionado pela expansão das matrizes suínas no ano passado, embora lenta, pela prevenção eficaz de doenças no inverno e pelo maior peso de abate”, disse Pan Chenjun, analista sênior de proteína animal do Rabobank em Hong Kong. Em 2025, a produção deverá crescer ligeiramente em relação ao ano anterior, com o rebanho de matrizes provavelmente se expandindo lentamente, já que os produtores permanecem cautelosos em meio aos preços persistentemente baixos, enquanto a demanda geral permanece estável, acrescentou Pan. Normalmente, a produção de carne suína aumenta no primeiro trimestre devido ao aumento dos abates antes do feriado do Ano Novo Lunar. A China, maior consumidora de carne suína do mundo, continua lutando contra o excesso de oferta enquanto a produção de suínos se recupera da peste suína africana. A expansão excessiva do mercado, combinada com o abrandamento do crescimento económico, reduziu os preços e reduziu as margens em todo o setor pecuário. Em fevereiro, um pesquisador do setor alertou que o consumo de carne suína na China provavelmente atingiu o pico, aconselhando as empresas a adiarem a expansão da capacidade de matrizes reprodutoras e, em vez disso, se concentrarem em cortar custos e melhorar a eficiência. As autoridades tomaram medidas para conter o excesso de oferta: em 2024, Pequim reduziu a meta nacional de retenção normal de porcas reprodutoras de 41 milhões para 39 milhões. Apesar do cenário desafiador, a grande produtora Muyuan Foods relatou uma forte recuperação em 2024, registrando um lucro líquido de 17,9 bilhões de yuans (C$ 3,4 bilhões) após o prejuízo do ano anterior. A gigante da carne suína espera que o lucro do primeiro trimestre fique entre 4,3 e 4,8 bilhões de yuans. No final de março, o rebanho suíno do país era de 417,31 milhões de cabeças, um aumento de 2,2% em relação ao ano anterior, mostraram os dados.

Reuters

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Agroindústria cresceu no primeiro bimestre

Produção agroindustrial acumulou alta de 0,6% nos dois primeiros meses de 2025, diz FGV Agro. Agroindústria repetiu crescimento do primeiro mês do ano

 

A agroindústria brasileira repetiu o desempenho que teve no primeiro mês do ano e cresceu 0,6% em fevereiro, de acordo com o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro). Com avanço de 2,8%, o segmento de produtos não-alimentícios puxou o resultado. Entre as fabricantes de itens não-alimentícios, a expansão mais acentuada foi a da indústria de insumos, que cresceu 21,6%. Outro destaque foi a indústrias de produtos têxteis, que encerrou fevereiro com avanço de 4,8%. No acumulado nos primeiros dois meses de 2025, a expansão da agroindústria em relação ao mesmo período de 2024 foi de 0,6%. Os pesquisadores observaram que o desempenho foi inferior ao da indústria de transformação, que avançou 2,5%. Por outro lado, o FGV Agro registrou que, ainda que o crescimento da produção agroindustrial tenha sido modesto em fevereiro, o aumento ocorreu sobre uma base de comparação elevada. Em fevereiro de 2024, a agroindústria havia tido uma expansão significativa, de 6,5%.

FGV Agro

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar caiu 1% antes do feriado com esperança de acordo entre EUA e China

O dólar à vista fechou a quinta-feira pré-feriado em baixa firme no Brasil, se reaproximando dos R$5,80, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes, em meio à expectativa de que os Estados Unidos possam chegar a acordos com a China e outros países na guerra tarifária.

 

O dólar à vista fechou em baixa de 1,00%, aos R$5,8069. Na semana -- encurtada pelo feriado da Sexta-feira Santa -- a moeda norte-americana acumulou queda de 1,07%. Em abril, no entanto, a divisa acumula elevação de 1,75%. Às 17h05, na B3, o dólar para maio -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 1,06%, aos R$5,8165. A sessão da quinta foi marcada por certo apetite dos investidores por risco, o que se traduziu na busca por moedas de países emergentes e exportadores de commodities. O movimento se intensificou no início da tarde, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que espera progresso nas negociações comerciais com outros países e dizer que espera fazer um acordo comercial com a China -- seu principal adversário na guerra tarifária. “Estamos vendo uma queda um pouco mais acentuada da taxa de câmbio aqui, e o movimento está ligado ao cenário externo. Outras moedas emergentes também estão se favorecendo”, afirmou Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank. Outro fator para a queda do dólar no Brasil, conforme Quartaroli, era o avanço firme do petróleo no mercado internacional, superior a 3%. Como o país é exportador da commodity, o real foi favorecido. Internamente, o mercado também seguia especulando sobre os possíveis impactos da guerra comercial sobre a economia brasileira. De acordo com Laís Costa, analista da Empiricus Research, os economistas aparentemente estão revisando para baixo a expectativa de inflação para 2025, ainda que possam elevar a projeção para 2026. “A inflação um pouco menor para este ano significa a possibilidade de se ganhar um juro real absurdo. Então, isso está aumentando a atratividade do Brasil para os investidores”, disse Costa. Na quarta-feira, o Itaú revisou para baixo sua estimativa para a inflação neste ano, de 5,7% para 5,5%. No caso de 2026, a projeção passou de 4,5% para 4,4%. Nesta terça-feira, após o feriado prolongado, investidores estarão atentos à atualização das expectativas dos economistas no boletim Focus do Banco Central, já em um cenário global mais conflituoso e incerto.

Reuters

 

Ibovespa fechou em alta puxado por Petrobras

O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, superando os 130 mil pontos no melhor momento, em movimento puxado pelas ações da Petrobras na esteira do avanço do petróleo no exterior e corte conservador no preço do diesel

 

A sessão também teve como pano de fundo declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que espera fazer um acordo comercial com a China, embora ele não tenha dado detalhes ou indicações de como as negociações serão iniciadas. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,04%, a 129.650,03 pontos, chegando a 130.090,65 pontos na máxima e marcando 127.973,14 pontos na mínima da sessão. Na semana, acumulou alta de 1,54%. O volume financeiro nesta quinta-feira totalizou apenas R$22 bilhões, mesmo em pregão marcado pelo vencimento de opções sobre ações, dada a cautela com o feriadão no Brasil. Na visão do estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, a bolsa refletiu um movimento clássico de diminuição de liquidez e predisposição a risco, em razão dos feriados. Ele destacou o desempenho das petrolíferas, conforme o petróleo recuperou terreno, com o Brent fechando a US$67,96 o barril, após ser negociado abaixo dos US$60 na semana passada. Na mínima intradia do último dia 9, marcou US$58,40. Em um ambiente marcado por receios de uma nova escalada ou um prolongamento das tensões comerciais entre EUA e China, Trump afirmou que fará um acordo com Pequim, mas não deu detalhes. Mais cedo, o Ministério do Comércio da China pediu aos EUA que parassem de exercer "pressão extrema" sobre a segunda maior economia do mundo e exigiu respeito em qualquer negociação comercial. A ausência de detalhes e o impasse sobre quem deveria começar as negociações, contudo, atenuou o efeito da declaração nos mercados. De acordo com a equipe de pesquisa macroeconômica do Itaú, chefiada pelo ex-diretor do BC Mario Mesquita, os desdobramentos relacionados às tarifas comerciais seguirão ditando o grau de aversão a risco dos mercados na próxima semana.

Reuters

 

Inflação desacelera para todas as faixas de renda em março

A inflação desacelerou em março para todas as faixas de renda, na comparação com fevereiro. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para a classe de renda muito baixa, o recuo foi de 1,59% para 0,56%. Para a classe de renda alta, de 0,9% para 0,6%.

 

O Ipea explica que a desaceleração da inflação para as classes de renda menor pode ser explicada pelo reajuste baixo das tarifas de energia elétrica (0,12%) e as quedas nos preços das passagens de ônibus urbano (-1,1%) e do metrô (-1,7%). Em relação às famílias de renda alta, a melhora das taxas do grupo educação, de 0,90% em fevereiro para 0,60% em março, foi mais determinante. O dado traduz principalmente o fim do impacto dos reajustes das mensalidades escolares em fevereiro. Por outro lado, grupos de menor renda tiveram de lidar com taxas mais altas nos preços dos alimentos no domicílio. As altas mais expressivas de inflação vieram dos ovos (13,1%), do café (8,1%), do leite (3,3%) e do tomate (22,6%). Alguns alívios aconteceram em itens como arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carnes (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%). A classe de renda alta foi mais impactada em segmentos de transporte e de despesas pessoais. É o caso dos reajustes de 6,9% das passagens aéreas e de 1,2% dos serviços ligados à recreação e lazer. Na comparação entre março de 2025 e março de 2024, a inflação acelerou para todas as faixas de renda, com um impacto mais significativo nas classes de rendas mais altas. Quando se considera o acumulado de 12 meses, a faixa de renda muito baixa teve a menor inflação (5,24%). O segmento de renda alta apresentou a taxa mais elevada (5,61%). Nos últimos 12 meses, as principais pressões inflacionárias vieram dos grupos alimentos e bebidas, transportes e saúde e cuidados pessoais. Os aumentos mais significativos foram em carnes (21,2%), aves e ovos (12,1%), óleo de soja (24,4%), leite (11,9%) e café (77,8%). Em saúde e cuidados pessoais, os maiores impactos vieram dos produtos farmacêuticos (4,8%), itens de higiene (4,8%), serviços de saúde (7,8%) e planos de saúde (7,3%). No grupo transportes, os destaques foram tarifas de ônibus urbano (5,1%) e interestadual (6,4%), transporte por integração (10%) e por aplicativo (18,3%), além dos reajustes da gasolina (10,9%) e do etanol (20,1%).

Agência Brasil

 

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