CLIPPING DO SINDICARNE Nº 835 DE 03 DE ABRIL DE 2025
- prcarne
- 3 de abr.
- 22 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 835 | 03 de abril de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Sobe a cotação das fêmeas gordas nas praças paulistas
A vaca gorda subiu e R$ 2/@, para R$ 286/@, enquanto a novilha gorda avançou R$ 5/@, atingindo R$ 305/@, apurou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$315,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias
A oferta de animais terminados cresceu no meio da semana, porém, não foi suficiente para segurar os preços das fêmeas prontas para abate, informou a Scot Consultoria, referindo-se aos negócios realizados em São Paulo na quarta-feira (2/4). Segundo a consultoria, entre as fêmeas, a vaca gorda subiu e R$ 2/@ no mercado paulista, para R$ 286/@, enquanto a novilha gorda avançou R$ 5/@, atingindo R$ 305/@. Por sua vez, o boi gordo “comum” segue cotado em R$ 317/@ no Estado de São Paulo, e o “boi-China” está apregoado em R$ 320/@ na mesma praça. As escalas de abate dos frigoríficos paulistas atendem, em média, a sete dias, apurou a Scot. No mercado futuro, os contratos do boi gordo tiveram ajustes positivos na terça-feira (1/4), com destaque para o papel com vencimento em setembro/25, que valorizou 2,55% no comparativo diário e encerrou o dia cotado a R$ 337,55/@. Cotações do boi gordo desta terça-feira (1/4), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$325,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha R$295,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de cinco dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$275,00 a arroba. Vaca a R$255,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$255,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de sete dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Carne bovina pode ganhar competitividade no mercado doméstico no 2º tri, diz Rabobank
A carne bovina tende a ganhar competitividade em relação à suína e à de frango no segundo trimestre em um cenário de exportações aquecidas, queda nos preços do boi gordo e de forte aumento nas cotações de milho, principal insumo da ração de suínos e aves, segundo recente relatório do Rabobank.
A “queda sazonal no volume de chuva no segundo trimestre de 2025 deve elevar a oferta de gado engordado a pasto e ser fator adicional de pressão nos preços do boi gordo neste período”, disse o Rabobank. Dados parciais no início de 2025 indicam um ritmo de abates de gado confinado ainda elevado no comparativo anual, mas em tendência de queda, segundo no banco. Já para a segunda metade deste ano, o Rabobank espera que preços mais altos de boi gordo e a maior estabilidade nos custos de produção das carnes de frangos e suínos resultem em maior diferença de preços entre a proteína bovina e as concorrentes, levando à migração do consumo para proteínas consideradas mais baratas.
Carnetec
SUÍNOS
Preços estáveis para o mercado de suínos na quarta-feira
A estabilidade predominou nas cotações do mercado de suínos na quarta-feira (2). De acordo com análise divulgada pelo Cepea, os preços médios do suíno vivo e da carne acumulam três semanas consecutivas de quedas em todas as regiões acompanhadas pelo órgão
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 153,00, da mesma forma que a carcaça especial, fechando em R$ 11,50/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (1), houve queda somente em Santa Catarina, na ordem de 0,66%, chegando a R$ 7,53/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,94/kg), Paraná (R$ 7,67/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,81/kg) e São Paulo (R$ 8,10/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango: cotações com leves altas na quarta-feira
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo aumentou 1,64%, custando, em média, R$ 6,20/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,38%, custando, em média, R$ 7,88/kg.
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,64/kg, da mesma forma que no Paraná, alcançando R$ 4,94/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (1), o preço da ave congelada subiu 1,07%, valendo R$ 8,48/kg, enquanto o frango resfriado aumentou 1,20%, custando R$ 8,45/kg.
Cepea/Esalq
EMPRESAS
Marfrig capta R$ 1,5 bilhão com o CRA mais longo de sua história
Emissão de títulos tem prazo de até 20 anos. Marfrig segue no objetivo de melhorar seu perfil de dívida, alongando vencimentos e reduzindo custos financeiros
A Marfrig levantou R$ 1,5 bilhão em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), na emissão de títulos mais longa de sua história, com prazo de até 20 anos. A oferta foi realizada em cinco séries e foi a primeira vez que a companhia fez uma emissão menor que a taxa DI (0,15% abaixo CDI). A primeira série corresponde a R$ 290 milhões, a segunda ficou com R$ 210 milhões e a terceira série atingiu R$ 205,17 milhões. Já a quarta foi a que teve maior demanda, com captação de R$ 492,06 milhões. A quinta série ficou com R$ 302,76 milhões. Com os recursos, a Marfrig segue no objetivo de melhorar seu perfil de dívida, alongando vencimentos e reduzindo custos financeiros. Além disso, quando a companhia anunciou no mês passado que faria a emissão de R$ 1,8 bilhão em debêntures e R$ 1,5 bilhão em CRAs, o comunicado destacava que os recursos seriam utilizados para compra de gado. O BTG Pactual foi o coordenador líder na oferta e houve a participação de outras instituições, como BB-BI, a XP, Safra, Bradesco BBI e Santander. A securitizadora participante foi a Ecoagro.
Globo Rural
INTERNACIONAL
Carne bovina: China reduz compras do Brasil e eleva importações da Austrália
No total, as aquisições chinesas recuaram 11% no acumulado dos dois primeiros deste ano, para 468.465 toneladas
A maioria das origens de carne bovina importada reduziram suas colocações no mercado chinês no primeiro bimestre de 2025, segundo dados informados pelo governo de Pequim (informações mais recentes da Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) e reportados por agências internacionais. Com isso, as importações de carne vermelha do país asiático recuaram 11% no acumulado dos dois primeiros deste ano, ante igual período do ano passado, para 468.465 toneladas. No entanto, dois países fornecedores foram contra a corrente: Austrália e Estados Unidos. De acordo com os números oficiais da China, 38.179 toneladas de carne desossada congelada e 11.337 toneladas de carne com osso congelada foram importadas da Austrália entre janeiro e fevereiro, representando aumentos anuais de 53% e 38%, respectivamente. Enquanto isso, 16.490 toneladas de produtos congelados desossados e 1.745 toneladas de produtos refrigerados chegaram dos Estados Unidos, representando aumentos anuais de 17% e 15%, respectivamente. Em contraste, as importações de carne bovina de países sul-americanos tiveram um declínio ano a ano. No caso dos produtos brasileiros, as importações recuaram 10% no primeiro bimestre de 2025 em comparação com igual período de 2024. Por sua vez, de acordo com dados do governo chinês, os embarques de carne sem osso da Argentina caíram 33% em igual intervalo de comparação, embora os produtos com osso tenham aumentado 12%. Já as importações chinesas de carne congelada com e sem osso do Uruguai caíram 36% e 38%, respectivamente. Um fato notável é que a carne bovina da Colômbia começou a aparecer como origem nos dados estatísticos da China. Nos dois primeiros meses do ano, 6.144 toneladas de carne bovina congelada chegaram do país caribenho.
Portal DBO
Estoques de carnes dos EUA atingem mínimas de 15 anos
No final de fev/25, o armazenamento total de proteína bovina no mercado norte-americano caiu para 194.000 t, 13,6% abaixo da média de cinco anos para o mês
A atual lentidão no comércio de exportação para o mercado norte-americano, em combinação com o rápido declínio da produção doméstica de carne bovina (que luta contra um grande déficit de animais causado pela estiagem), resultou na diminuição dos estoques de carne bovina e outras proteínas em armazenamento refrigerado nos EUA, segundo informou reportagem do Beef Central. No final de fevereiro/25, o fornecimento total das quatro principais proteínas de carne (bovina, suína, de frango e de peru) no armazenamento refrigerado dos EUA era de 880.000 toneladas, o menor nível de estoque desde 2010, sinalizando potenciais restrições de fornecimento rumo à primavera do hemisfério norte. Apenas três outras vezes nos últimos 25 anos os estoques de armazenamento refrigerado de fevereiro foram tão baixos, lembrou o texto da Beef Central. No final de fevereiro, o estoque total de carne bovina dos EUA caiu para 194.000 toneladas, 13,6% abaixo da média de cinco anos para o mês. De janeiro a fevereiro deste ano, o estoque de carne bovina em câmaras frigoríficas norte-americanas sofreu redução de 5,9%, superando o declínio médio de longo prazo. “O acúmulo de estoque foi contido por uma combinação de menores taxas de abate de vacas nos EUA e demanda doméstica estável”, justificou o analista norte-americano Len Steiner, citado em reportagem da Beef Central. “Embora as importações norte-americanas de carne bovina estejam aumentando, esse produto parece ser rapidamente absorvido pelo mercado em vez de ser armazenado”, disse. Segundo Steiner, normalmente fevereiro registra um aumento sazonal no estoque de armazenamento refrigerado dos EUA, mas o modesto aumento de 0,6% deste ano em relação ao mês anterior ficou abaixo das tendências históricas. Vários fatores estão em jogo, afirmou o analista norte-americano. “Os altos custos de armazenamento e matéria-prima desencorajaram o estoque, e há uma incerteza crescente nos mercados de exportação”, ressaltou Len Steiner. “A oferta doméstica restrita de muitos produtos está adicionando pressão ascendente sobre os preços à medida que avançamos para os meses de maior demanda do final da primavera (hemisfério norte) e do verão”, completou Steiner.
Beef Central
Dinâmica da comercialização da carne bovina na América do Sul está mudando
Com o aumento da demanda global por carne bovina, os produtores sul-americanos estão priorizando as exportações em detrimento dos mercados internos, segundo um relatório recente da RaboResearch
Apesar de uma projeção de contração na produção para 2025, os volumes de exportação continuam a crescer, impulsionados pela forte demanda internacional, especialmente da China. Essa mudança está remodelando a dinâmica do consumo local e dos preços, com implicações significativas para o setor. A produção nos quatro maiores países produtores e exportadores de carne bovina da América do Sul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – deverá se contrair em 2025. “Esperamos que o Brasil, que representa 63% da oferta da América do Sul, reduza sua produção em 500 mil toneladas métricas este ano”, afirma Angus Gidley-Baird, analista sênior de proteína animal da RaboResearch. O alto nível de abate de fêmeas, impulsionado pelos preços elevados em 2022 e 2023, é o principal motivo da queda na produção. Apesar da queda na produção, a redução do poder de compra dos consumidores e o menor consumo interno de carne bovina levaram os frigoríficos a focarem no crescimento do volume exportado. Essa estratégia resultou em uma queda no consumo local nos quatro países. Na última década, as exportações superaram significativamente os aumentos de produção, em grande parte devido à crescente demanda da China por proteínas animais sul-americanas desde 2019. Em 2024, a América do Sul forneceu 76% do total das importações chinesas de carne bovina, com Brasil, Argentina e Uruguai contribuindo com 47%, 21% e 8%, respectivamente. O mercado de exportação será o principal foco dos produtores de carne bovina da América do Sul no próximo ano. Embora a carne bovina represente uma parcela muito maior da dieta sul-americana em comparação com outras regiões do mundo, as pressões econômicas internas, a crescente disponibilidade de outras proteínas e o aumento da demanda dos mercados de exportação têm levado à queda do consumo per capita de carne bovina. As condições econômicas mais fracas e a concorrência dos mercados externos fizeram com que o custo da carne aumentasse. Entre 2020 e 2024, o volume de carne bovina que podia ser adquirido com o salário básico caiu em todos os países. No Brasil, o consumidor médio agora obtém 20% menos carne com o salário básico do que há quatro anos. “Acreditamos que essa tendência continuará nos próximos anos, tornando mais carne disponível para o mercado de exportação. A carne de frango já é a proteína mais consumida no Brasil, Paraguai e Argentina. Mas outras proteínas, como carne suína e frutos do mar, têm uma participação menor na dieta do que em outros mercados e, portanto, em nossa visão, têm potencial para crescer”, explica Gidley-Baird. No entanto, o apelo cultural da carne bovina permanece forte, e por isso não se espera que os níveis de consumo per capita caiam muito mais. A indústria precisará encontrar um equilíbrio entre sinais de preços mais fortes para crescer os mercados de exportação, licenciamento e aproveitamento de carcaças. Pode ser que um setor de processamento mais informal se desenvolva para atender às necessidades de consumo interno. Os preços do gado na América do Norte estão subindo em 2025 devido ao baixo estoque e à forte demanda, enquanto os produtores do Hemisfério Sul operam com preços quase pela metade. Os preços do gado no Brasil dispararam no final de 2024, mas devem cair no segundo trimestre à medida que a oferta aumenta. A produção global de carne bovina deverá diminuir em 2025, com reduções significativas previstas na Nova Zelândia e no Brasil. Além disso, as novas propostas tarifárias da administração dos EUA sobre México e Canadá introduziram incertezas comerciais, o que pode impactar os mercados globais.
Drovers
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Exportação de carne bovina cresce 22% no Terminal de Contêineres de Paranaguá
Embarcaram 123 mil toneladas de carne bovina no Terminal de Contêineres de Paranaguá nos dois primeiros meses de 2025
A exportação de carne bovina pela TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, cresceu 22% no primeiro bimestre de 2025, totalizando 123 mil toneladas embarcadas em 4.483 contêineres. Esse desempenho supera o crescimento nacional da categoria, que registrou aumento de 4,7% em volume para o período. Ao todo, o Brasil embarcou 428 mil toneladas de carne bovina, gerando uma alta 13,9% no faturamento, que chegou a R$ 2,045 bilhões. Segundo Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e atendimento da TCP, o aumento expressivo do volume embarcado reforça a confiabilidade operacional do terminal e ressalta que esse desempenho está diretamente ligado à infraestrutura oferecida. “A TCP é referência em atendimento e serviços especializados para os exportadores de carne. Com a conclusão das obras do maior pátio para armazenagem de contêineres refrigerados da América do Sul, aliados a fatores como uma taxa de ocupação de pátio normalizada, e um sistema eficiente para agendamento de entrega e retirada de cargas, o Terminal inicia 2025 convertendo novos clientes e ampliando sua participação de mercado no segmento de carnes e congelados”, comenta. Além da alta nos embarques de carne bovina, a TCP segue como o maior corredor de exportação de carne congelada de frango do mundo e, no primeiro bimestre de 2025, o terminal movimentou um total de 382 mil toneladas do produto, o que representa 42% de todo o volume embarcado pelo país. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil exportou 911 mil toneladas de carne de frango no primeiro bimestre, gerando uma receita de US$ 1,696 bilhão, crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Somente o estado do Paraná, maior produtor nacional de carne de frango, foi responsável por embarcar 186 mil toneladas do produto no primeiro bimestre deste ano. Guidolim explica que “o terminal possui uma parceria de longa data com as indústrias do nosso estado, e essa sinergia garante eficiência máxima para o exportador que opera pela TCP. Com um ramal ferroviário que conecta as regiões norte e oeste do estado diretamente a área alfandegada dentro do pátio de operações do Terminal, este também acaba sendo um modal estrategicamente utilizado pelos exportadores dessas regiões, que buscam maior confiabilidade operacional na hora de exportar a carne de frango”. Entre janeiro e fevereiro, as exportações de carne bovina, de frango, suína, entre outras, representaram um total de 545 mil toneladas em exportações na TCP, volume embarcado em 20.035 contêineres. Com isso, o terminal tem uma participação de mercado de 40,1% no segmento de carnes e congelados, se comparado aos terminais portuários de estados vizinhos, como São Paulo e Santa Catarina. Em junho de 2024, a TCP concluiu as obras de expansão do seu pátio reefer, área destinada ao armazenamento de contêineres refrigerados, como os utilizados no transporte de carnes e congelados. Com um aumento de 45% no número de tomadas, de 3.624 para 5.268, o Terminal de Contêineres de Paranaguá possui o maior pátio reefer da América do Sul. O setor brasileiro de carnes e congelados vive um momento de expansão no mercado internacional, impulsionado pela conquista de novos mercados internacionais. Em fevereiro de 2025, o México se destacou ao aumentar em 41% suas importações de carne bovina brasileira, quando comparado ao volume registrado em janeiro, alcançando 4.421 toneladas. Esse crescimento é apenas um exemplo do cenário positivo, que inclui a abertura de mais de 20 novos mercados para a carne brasileira desde 2023. Para acompanhar esse ritmo de crescimento, a TCP oferece oito serviços diretos para a Ásia e ampla cobertura na América Central e no Caribe. Já a infraestrutura do Terminal favorece conexões eficientes para mercados estratégicos como Japão, Singapura e México. "Somos o terminal com a maior concentração de linhas marítimas do Brasil. Essa diversificação de destinos e a nossa alta frequência de escalas, com 25 serviços semanais, garantem que nossos clientes tenham flexibilidade logística e previsibilidade nos embarques, um fator essencial para que exportadoras atendam os prazos estabelecidos pelos importadores", explica Carolina Merkle Brown, gerente comercial de armadores da TCP. O avanço nas exportações também reflete a ampliação do acesso a países que historicamente possuíam barreiras sanitárias rigorosas. Em 2023, por exemplo, o Japão autorizou a importação de carne enlatada bovina, enquanto Israel abriu seu mercado para carne de aves. Já em 2024, países como Panamá e El Salvador passaram a importar carnes e miúdos de aves, ampliando ainda mais o alcance da proteína brasileira.
Gazeta do Povo
ECONOMIA/INDICADORES
Trump anuncia tarifas recíprocas e Brasil será taxado em pelo menos 10%
Para a China, a tarifa "recíproca" será de 34% e, para a União Europeia, de 20%.
O presidente Donald Trump, anunciou hoje suas “tarifas recíprocas”, estabelecendo uma sobretaxa mínima para praticamente todos os parceiros comerciais dos EUA. A tarifa mínima das importações do Brasil ficou em 10%, a China foi sobretaxada em 34% e a União Europeia (UE), em 20%. O gráfico que o presidente exibiu durante o discurso também mostrou que as tarifas anunciadas foram particularmente altas para os países asiáticos. O Vietnã terá tarifa de 46%; Taiwan, 32%; Japão, 24%; Índia, 26%; Coreia do Sul, 25%; Tailândia, 36%. “Estamos sendo gentilmente recíprocos, não totalmente recíprocos”, discursou o presidente, afirmando que as tarifas anunciadas ainda são menores do que as cobradas por esses países dos EUA. Trump disse que as tarifas que ele anunciou gerarão “US$ 6 trilhões em investimentos” — uma afirmação contestada por especialistas, para os quais as tarifas são, na verdade, pagas por empresas e consumidores americanos. “A União Europeia nos rouba com uma tarifa de 39% sobre produtos americanos”, acusou Trump. “Vamos cobrar deles 20%, então essencialmente cobramos metade.” “Por décadas, nosso país foi roubado, pilhado, estuprado e saqueado por nações próximas e distantes, por aliados e inimigos”, disse ele, antes de afirmar que todas as tarifas anunciadas passariam a valer a partir da meia-noite de hoje e valem para todos os bens importados pelos EUA. “O 2 de abril de 2025 será para sempre lembrado como o dia em que a indústria americana renasceu”, disse Trump. Ele acrescentou que serão cobradas alíquotas de 25% sobre todos os automóveis não fabricados em território americano vendido nos EUA. “Essa é a nossa declaração de independência econômica”, disse Trump. Tarifas automotivas de Trump afetarão carros, caminhonetes leves, motores, transmissões, baterias de íon-lítio e peças menores. Alvos de tarifas anteriores, México e Canadá não foram colocados na lista divulgada por Trump. Autoridades dos EUA disseram que os dois países, por enquanto, evitarão as chamadas tarifas recíprocas dos EUA e continuarão sujeitos às taxas que Donald Trump aplicou aos seus produtos devido a questões de segurança fronteiriça e fentanil, segundo o “Financial Times” (FT).
Valor Econômico
Dólar fecha abaixo de R$ 5,70 em dia de tarifas de Trump
No dia do anúncio de tarifas recíprocas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, o dólar teve pequena alta e continuou abaixo de R$ 5,70. A bolsa de valores alternou altas e baixas, mas encerrou praticamente estável
O dólar comercial encerrou da quarta-feira (2) vendido a R$ 5,699, com alta de R$ 0,015 (+0,27%). A cotação chegou a cair para R$ 5,66 por volta das 10h20. Na máxima do dia, por volta das 11h35, chegou a R$ 5,71. Apesar da alta da quarta, a divisa acumula queda de 7,81% em 2025. Desde 10 de março, a moeda norte-americana caiu 2,61%. O mercado de ações também teve um dia volátil. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 131.245 pontos, com alta de apenas 0,07%. Na máxima do dia, às 10h28, o indicador chegou a subir 0,2%. Uma hora mais tarde, às 11h11, caía 0,58%. Ao longo de todo o dia, o mercado ficou na expectativa do anúncio de Trump, com os investidores alternando momentos de proteção do tarifaço do governo norte-americano e momentos de otimismo moderado. Durante a tarde, o dólar subiu perante as principais moedas de países emergentes com receios de que a sobretaxação de Trump afete as exportações de commodities (bens primários com cotação internacional).
Agência Brasil
Dólar para maio vira para o negativo após anúncio de tarifas por Trump
O dólar para maio negociado na B3 passou a cair nesta quarta-feira após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma série de tarifas recíprocas para importação de produtos, incluindo 10% para os itens brasileiros.
Às 18h04, o dólar para maio -- atualmente o mais líquido no mercado brasileiro -- cedia 0,32%, a R$5,6930. Pouco antes do anúncio de Trump, às 16h57, o dólar para maio subia 0,22%, a R$5,7240. Durante a maior parte do dia o dólar se manteve em alta tanto no mercado à vista quanto no mercado futuro no Brasil, com investidores buscando a proteção da moeda norte-americana antes do anúncio de Trump, programado para 17h (horário de Brasília). Passado o anúncio, a divisa reagiu no mercado futuro brasileiro, que seguia aberto. Para o gestor de Renda Fixa Ativa da Inter Asset, Ian Lima, a tendência é de que o real sofra pouco no novo ambiente tarifário. "Primeiro, o impacto sobre a balança comercial brasileira deve ser pequeno, uma vez que o fluxo comercial do Brasil com os Estados Unidos não é o mais relevante", avaliou, em comentário enviado à Reuters. "Por outro lado, o efeito líquido das tarifas pode ser positivo, especialmente se houver retaliação por parte da China e da Europa. O Brasil tende a ganhar 'market share' de suas exportações, à medida que essas regiões direcionem suas demandas para outro lugar, particularmente o agro, que sofre grande competição com o agro americano."
Reuters
Futuro do dólar e do Ibovespa têm desempenho volátil após anúncio de Trump
Depois de ceder, o futuro do dólar comercial encerrou em alta de 0,14%, a R$ 5,7195. Já o Ibovespa futuro fechou em queda de 0,69%, aos 130.750 pontos
O Ibovespa futuro e o dólar futuro registraram movimento bastante volátil após a apresentação das medidas tarifárias do presidente americano, Donald Trump, na quarta-feira. Depois de ceder, o futuro do dólar comercial encerrou em alta de 0,14%, a R$ 5,7195. Já o Ibovespa futuro fechou em queda de 0,69%, aos 130.750 pontos. O presidente Donald Trump anunciou que a tarifa das importações do Brasil ficou em 10%, já a China foi sobretaxada em 34% e a União Europeia em 20%.
Valor Econômico
Ibovespa fecha quase estável com tarifas dos EUA no radar
O Ibovespa fechou quase estável na quarta-feira, em sessão marcada por expectativas para o anúncio de tarifas pelos Estados Unidos, enquanto as ações do GPA dispararam após acionistas relevantes apoiarem proposta de mudanças no conselho de administração do varejista.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com variação positiva de 0,03%, a 131.190,34 pontos, tendo marcado 131.423,84 pontos na máxima e 130.392,6 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$17,3 bilhões.
Investidores passaram o dia no aguardo do anúncio das tarifas recíprocas a parceiros comerciais dos EUA prometido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para esta quarta-feira, no que ele classificou como o "Dia da Libertação". Trump começou o discurso sobre as medidas pouco depois das 17h (horário de Brasília). Analistas avaliam que o anúncio da quarta-feira pode dar uma nova direção aos mercados globais, principalmente no curto prazo, mas não descartam volatilidade adicional uma vez que vislumbram manutenção de incertezas em torno do tema, dadas as possibilidades de escalada, reversões e retaliações. De acordo com o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, o Ibovespa encerrou praticamente no zero a zero, com agentes financeiros em modo espera para anúncio das tarifas. Ele chamou a atenção para o comportamento mais fraco de papéis de empresas sensíveis ao mercado externo, reflexo de cautela diante da nova política comercial de Trump, enquanto ações de companhias mais atreladas à economia doméstica tiveram desempenho mais forte.
Reuters
Governo vê 'vantagem comparativa' para o Brasil em 'tarifaço' de Trump
A alíquota imposta ao Brasil é mais baixa do que as da UE, Japão, Coreia do Sul e China, o que dá uma vantagem comparativa tarifária em relação aos produtos desses países
O Itamaraty ainda analisa os impactos do "tarifaço" anunciado na tarde desta quarta-feira (2) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Entretanto, uma avaliação preliminar é a de que o anúncio deixou o Brasil em uma posição relativamente boa, com a tarifa linear de 10% para seus produtos exportados ao mercado americano. A alíquota é a mais baixa entre as taxas impostas a diversos países, em comparação aos 20% para a União Europeia, 24% para o Japão, 25% para a Coreia do Sul, 32% para a Indonésia e 34% para a China. Também se chegou à constatação de que o Brasil foi colocado por Trump em um grupo de nações, como o Reino Unido, a Austrália e Cingapura, com os quais os Estados Unidos têm históricos e expressivos superávits comerciais. O Chile, a Colômbia e a Turquia foram "agraciados" com a tarifa de 10%. De acordo com uma das fontes ouvidas pelo Valor, os produtos do Brasil e desses países entrarão no mercado americano com maior vantagem comparativa tarifária em relação ao resto do mundo. A sensação inicial é, portanto, de alívio. Na quarta-feira, o chanceler Mauro Vieira e o representante de Comércio (USTR) dos EUA, Jamieson Greer conversaram por telefone, horas antes do anúncio do "tarifaço" prometido por Trump. Foi o último contato de alto nível entre os dois países antes do anúncio das tarifas recíprocas. Segundo interlocutores, o tom da conversa "foi positivo". Nela, o ministro insistiu no argumento que já vinha sendo usado pelo embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, de que os EUA vêm mantendo um superávit comercial consistente com o Brasil, tanto em bens quanto em serviços. Em outra frente, os negociadores brasileiros vinham tentando restaurar as quotas de importação de aço livres de tarifas, alegando que é um produto semiacabado utilizado na indústria siderúrgica americana. Ainda não está claro para o governo brasileiro se a tarifa de 10% anunciada por Trump, hoje, se acumulará com a sobretaxa de 25% imposta ao aço brasileiro pelo presidente americano.
Valor Econômico
Estrangeiros encerram março com saldo positivo na Bolsa de R$ 3 bilhões
No último dia de março, contudo, essa categoria de investidor retirou R$ 1,8 bilhão do segmento secundário da B3
Os investidores estrangeiros retiraram R$ 1,8 bilhão no segmento secundário da (ações já listadas) em 31 de março, mas encerraram o mês com saldo positivo de R$ 3,1 bilhões. Já no ano, a categoria acumula superávit de R$ 10,6 bilhões. Março também marcou um mês em que o saldo de recursos de investidores individuais voltou a ficar negativo, em R$ 162,1 milhões. A última vez em que a categoria registrou um déficit de recursos foi em agosto de 2024, quando o montante foi bem mais expressivo, de R$ 3,5 bilhões. No entanto, a categoria ingressou com 482,8 milhões no último dia de março, enquanto o saldo positivo dos investidores individuais no ano é de R$ 1,3 bilhão. Já o investidor institucional aportou R$ 1,1 bilhão na segunda-feira, embora no mês acumule saldo negativo de R$ 1,4 bilhão e déficit de R$ 10,2 bilhões em 2025. As informações foram divulgadas pela B3.
Valor Econômico
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$8,850 bi em março até dia 28, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$8,850 bilhões em março até o dia 28, em movimento puxado pela via financeira, informou na quarta-feira o Banco Central. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado.
Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$12,528 bilhões em março até o dia 28. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de março até o dia 28 foi positivo em US$3,679 bilhões. O período considerado representa quase toda a movimentação vista no mês de março, faltando apenas os números do dia 31 -- a serem divulgados na próxima semana -- para a consolidação mensal. Na semana passada, de 24 a 28 de março, o fluxo cambial total foi negativo em US$2,085 bilhões. No acumulado do ano até 28 de março, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$16,397 bilhões.
Reuters
Tarifas de Trump: veja quais setores do agro podem ser mais afetados
Concorrentes em alguns produtos no mercado global, Brasil e Estados Unidos são parceiros comerciais em segmentos importantes. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem travando guerras comerciais no início de seu mandato
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem travando guerras comerciais em escala global neste início de mandato na Casa Branca. Na quarta-feira (2/4), ele anunciou tarifas recíprocas para um conjunto de cem países. O Brasil ficou no piso de 10%, além dos 25% já anunciados para aço e alumínio. China foi sobretaxada em 34% e a União Europeia (UE), em 20%. No agronegócio, Brasil e Estados Unidos são concorrentes no mercado mundial de alguns produtos, como soja e algodão. Em outros, são parceiros comerciais. Os americanos são o segundo maior destino das exportações do setor, mostram as estatísticas do Ministério da Agricultura. Em 2024, foram 9,43 milhões de toneladas de produtos, que geraram uma receita de US$ 12,09 bilhões. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do agro brasileiro, atrás apenas da China. No ano passado, a participação no valor das exportações do setor passou de 5,9% para 7,4%. Mesmo não estando entre os que receberam tarifa mais elevada, o Brasil sentirá os efeitos da política comercial trumpista. E alguns segmentos do agro tendem a ficar mais expostos. Saiba quais. Como grupo de produtos, o segmento que reúne madeira, celulose e papel foi o que mais faturou com as exportações aos Estados Unidos no ano passado. A receita foi de US$ 3,73 bilhões, o equivalente a 30,88% do total, informa o Agrostat, serviço de estatísticas do Ministério da Agricultura. O volume exportado foi de 4,9 milhões de toneladas, 52,2% de toda a quantidade embarcada pelo agro nacional para o mercado americano. Café: Maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil tem nos Estados Unidos seu principal cliente. Levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostra que os americanos foram o destino de 16,1% do volume embarcado do produto no ano passado. As remessas cresceram 34% em comparação com 2023. Considerando a pauta total de exportações do agro brasileiro para o país, o café, como segmento, representou 5% do volume embarcado, totalizando 471,53 mil toneladas, ou 7,85 milhões de sacas de 60 quilos, de acordo com o sistema Agrostat, do Ministério da Agricultura. Em receita, a participação foi de 17,16%. Os exportadores contabilizaram US$ 2,07 bilhões. Carnes: Em terceiro lugar entre os principais grupos de produtos, está o das carnes. No agregado, o sistema Agrostat mostra embarques de 248,5 mil toneladas, ou 2,63% do total exportado para os Estados Unidos. Em receita, foram US$ 1,4 bilhão, ou 11,65% do faturamento total do ano passado. A carne bovina in natura é líder das exportações do segmento. O volume embarcado foi de 189,24 mil toneladas, com um faturamento de US$ 942,73 milhões. As exportações de carne bovina industrializada somaram 38,08 mil toneladas, com uma receita de US$ 393,55 milhões. Em terceiro lugar no grupo carnes, aparece a suína in natura, com exportações de 18,43 mil toneladas e uma receita de US$ 59,4 milhões. Suco de laranja: Como segmento de produtos, o de sucos é o quarto da pauta de exportações do agro do Brasil para os Estados Unidos. O volume de 1,32 milhão de toneladas representou 14,06% de tudo o que o foi embarcado no ano passado. O faturamento dos exportadores foi de US$ 1,19 bilhão, 9,87% do total. Neste cenário, o suco de laranja do Brasil também ocupa espaço no mercado americano. No ano passado, foram 1,21 milhão de toneladas, 12,9% do volume embarcado de produtos do agro brasileiro para o país. O faturamento foi de US$ 1,04 bilhão, 8,65% do total. Complexo sucroalcooleiro: O quinto grupo de produtos do agro com maior faturamento nas exportações para os Estados Unidos é o complexo de açúcar e etanol. Em 2024, o segmento respondeu por 14,65% do volume enviado, com 1,38 milhão de toneladas. A receita foi de US$ 794,28 milhões, o equivalente a 6,57% do total.
Globo Rural
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