CLIPPING DO SINDICARNE Nº 826 DE 21 DE MARÇO DE 2025
- prcarne
- 21 de mar.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 826 | 21 de março de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
“BOI-CHINA” SOBE R$ 2/@ EM SP, PARA R$ 316/@, DIZ SCOT
Segundo o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot, a pressão de baixa na arroba cessou e preços começaram a reagir em algumas regiões brasileiras. No Paraná, o boi vale R$305,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de seis dias.
O preço do “boi-China” registrou avanço diário de R$ 2/@ na praça paulista, para R$ 316/@, no prazo (valor bruto), conforme apuração da Scot Consultoria da quinta-feira (20/3). Por sua vez, os preços das outras categorias terminadas não sofreram no Estado de São Paulo, acrescenta a Scot. Com isso, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 312/@, a vaca gorda está cotada em R$ 280/@ e a novilha gorda é vendida por R$ 295/@ (todos os preços são brutos e com prazo. As escalas de abate atendem, em média, sete dias, no mercado paulista, informou a Scot. Segundo o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot, a pressão de baixa na arroba cessou e preços começaram a reagir em algumas regiões brasileiras. “Com a desova de fêmeas da estação de monta devendo ser menos intensa, poder de barganha do pecuarista tende a crescer”, prevê o analista. Na avaliação de Fabbri, neste momento, há maior dificuldade de compra de boiadas por parte dos frigoríficos – fêmeas ou machos –, fazendo com que as escalas de abate pouco avançassem. Essa redução de oferta de animais terminados e a demanda firme no mercado externo da carne bovina limitaram o viés de baixa do boi gordo das últimas semanas, disse. As exportações brasileiras de carne bovina in natura atingiram volume recorde no primeiro bimestre de 2025. Na parcial de março, avançou 76,6% na média diária em relação ao volume diário de março de 2024. Os preços da carne bovina brasileira tiveram alta na última semana na China, com o dianteiro bovino negociado entre US$ 5.400/tonelada e US$ 5.500/tonelada, impulsionado pela reposição de estoques e pela desvalorização do real, informou a Agrifatto. Além disso, a diferença entre o boi gordo na China e o animal terminado no Brasil voltou a registrar deságio, encerrando fevereiro com -4,31%, relata a Agrifatto. No atacado, a carne bovina chinesa segue 172% acima da brasileira, abaixo da média histórica de 249%, indicando margens mais apertadas para os exportadores, observa a consultoria. Cotações do boi gordo conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abates de oito sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha R$285,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de cinco dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de quatro dias; Goiás — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$265,00 a arroba. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$250,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
BOI/CEPEA: PREÇOS OSCILAM NO MESMO INTERVALO DE MÍNIMAS E MÁXIMAS
Os preços da arroba, da reposição e da carne vêm oscilando basicamente no mesmo intervalo de mínimas e máximas, conforme apontam levantamentos do Cepea
Segundo o Centro de Pesquisas, isso evidencia que o volume ofertado não é expressivo, mas tem sido suficiente para atender à demanda nos diferentes segmentos do mercado. No atacado da Grande São Paulo, desde o dia 24 de fevereiro, os cortes com osso acumulam queda inferior a 1%. Isso é visto para o Indicador do boi gordo CEPEA/ESALQ. Os preços do bezerro, por sua vez, acompanharam o ajuste forte do boi no final do ano passado e, desde novembro, se mantêm estáveis.
Cepea
PREÇOS DA EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA PARA A CHINA SOBEM
Os preços da carne bovina brasileira tiveram alta na última semana na China, com o dianteiro bovino negociado entre US$ 5.400/tonelada e US$ 5.500/tonelada, impulsionado pela reposição de estoques e pela desvalorização do real, informou a Agrifatto.
No entanto, diz consultoria, os importadores chineses seguem cautelosos, enquanto os exportadores brasileiros mantêm uma postura firme para sustentar os preços da proteína in natura. Além disso, a diferença entre o boi gordo na China e o animal terminado no Brasil voltou a registrar deságio, encerrando fevereiro com -4,31%, informou a Agrifatto. No atacado, a carne bovina chinesa segue 172% acima da brasileira, abaixo da média histórica de 249%, indicando margens mais apertadas para os exportadores, observa a consultoria.
Portal DBO
PARTICIPAÇÃO ELEVADA DE FÊMEAS NO ABATE PODE NÃO SUSTENTAR OFERTA, INDICA DATAGRO
Levantamento preliminar da consultoria estima que 48,9% do total de bovinos abatidos em fevereiro/25 foi fêmeas
Em relatório divulgado na última sexta-feira (14), a DATAGRO Pecuária avaliou que a oferta de bovinos para abate no Brasil segue sustentada pela alta disponibilidade de fêmeas nesse início de ano, mas já dá sinais de um possível esgotamento para o segundo semestre do ano. De acordo com a consultoria, fevereiro registrou uma leve retração nos abates inspecionados federalmente (SIF), que representam por volta de 75% do abate inspecionado total, abatendo 2,28 milhões de cabeças e representando uma queda de 1,7% no comparativo anual. Apesar da pequena queda, o resultado ainda se manteve próximo das máximas históricas registradas para o mês no ano passado. O levantamento preliminar da DATAGRO estima que 48,9% do total de bovinos abatidos em fevereiro foi fêmeas, flertando com as máximas históricas para o período e avançando em 1,2 p.p. em relação ao observado em fev/24. “Apesar desse movimento, a redução no total de abates em relação ao mesmo período do ano anterior sugere que a disponibilidade de gado começa gradualmente a perder fôlego, um indício de que o esgotamento do rebanho pode ganhar corpo no restante do ano e de que a participação elevada de fêmeas nos abates pode não ser mais tão suficiente para viabilizar incrementos de oferta”. Para os próximos meses, a DATAGRO, espera que a oferta de bovinos siga em patamares historicamente elevados, sustentada pela necessidade de escoamento de fêmeas ainda presentes no mercado. A DATAGRO projeta um abate total de bovinos de 38,1 milhões de cabeças para 2025, queda de 2,9% em relação ao recorde de 2024, mas ainda assim o 2º maior registro da história.
Portal DBO
SUÍNOS
QUINTA-FEIRA (20) COM MAIS QUEDAS PARA OS PREÇOS NO MERCADO DE SUÍNOS
As quedas nos preços do mercado de suínos persistiram na quinta-feira (20). De acordo com a analista da Scot Consultoria, Juliana Pila, desde o início de março até o momento, o preço da arroba suína e da carcaça em São Paulo caiu cerca de 7%.
Em contrapartida, o valor do milho na referência Campinas (SP) subiu 10% no mesmo período, fazendo com que o suinocultor esteja com o poder de compra deteriorado. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 160,00, enquanto a carcaça especial baixou 0,81%, fechando em R$ 12,30/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (19), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,35/kg), e em São Paulo (R$ 8,46/kg). Houve queda de 0,98% no Paraná, chegando a R$ 8,10/kg, baixa de 1,35% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 8,06/kg, e de 1,02% em Santa Catarina, fechando em R$ 7,78/kg. Os preços no mercado da suinocultura independente tiveram queda nesta quinta-feira (20), mais uma semana desde o final de fevereiro em que os preços vêm recuando. A demanda interna fraca, segundo lideranças do setor, tem pressionado os preços para baixo.
Cepea/Esalq
SUINOCULTURA INDEPENDENTE: PREÇOS SEGUEM EM QUEDA COM DEMANDA INTERNA FRACA
Os preços no mercado da suinocultura independente tiveram queda na quinta-feira (20), mais uma semana desde o final de fevereiro em que os preços vêm recuando. A demanda interna fraca, tem pressionado os preços para baixo.
Em São Paulo, o preço cedeu, passando de R$ 8,80/kg vivo para R$ 8,40/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 20.400 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). "Tomando por base o preço do suíno há um mês, houve uma queda de 12,22%. OS fundamentos para a queda são o consumo interno reduzido, oferta de animais vivos acima da demanda, que acabam forçando os preços para baixo. Há também a disputa pelos preços da carcaça, em baixa, provocando um desajuste entre as partes envolvidas", disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira. No mercado mineiro, o preço caiu, saindo de R$ 8,40/kg vivo para R$ 8,00/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal retrocedeu, passando de R$ 8,34/kg vivo para R$ 8,05/kg vivo.
APCS/ ASEMG/ ACCS
SUÍNOS/CEPEA: FORTE VALORIZAÇÃO DO MILHO PREOCUPA SETOR SUINÍCOLA
Os seguidos aumentos nos preços do milho têm preocupado o setor suinícola nacional quanto à margem da atividade. Levantamentos do Cepea mostram que, na parcial deste ano (até o dia 18 de março), o cereal negociado na região de Campinas (SP) – representado pelo Indicador ESALQ/BM&FBovespa – já subiu significativos 24%.
Na semana, o valor médio do cereal comercializado na praça paulista atingiu a casa dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal que não era verificado desde abril de 2022. Segundo a equipe de Grãos do Cepea, o impulso vem dos baixos estoques de milho e da demanda aquecida. Já os preços do suíno vivo estão em queda, refletindo, conforme o Centro de Pesquisas, a oferta de animais superior à demanda de frigoríficos por novos lotes.
Cepea
EMPRESAS
MINERVA ESPERA GERAR ATÉ R$ 2 BILHÕES EM CAIXA LIVRE E REDUZIR DÍVIDA EM 2025
Companhia fez uma recompra de bonds que contribui na redução de endividamento. Minerva Foods reportou um prejuízo de R$ 1,57 bilhão referente ao quarto trimestre de 2024
Contando com boas condições de mercado para exportação de carne bovina da América do Sul e as expectativas de retorno dos ativos que foram adquiridos da Marfrig, a Minerva pretende gerar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões em caixa livre neste ano. "Isso vai ser utilizado para reduzir o endividamento", disse o diretor financeiro e de relações com investidores, Edison Ticle, em teleconferência com analistas nesta quinta-feira (20/3). O executivo ressaltou que a companhia fez uma recompra de bonds que contribui na redução de dívida bruta e na dívida líquida. Nesta quarta-feira (19/3), a companhia informou que concluiu a recompra de US$ 69 milhões dos bonds para 2031 por 13% a menos do valor de face, uma vantagem na alavancagem ao cancelar os papéis no preço cheio. O programa de recompra deve continuar até o limite permitido de 20% do que está no mercado, ou cerca de US$ 200 milhões no caso da Minerva. Apesar do prejuízo de R$ 1,57 bilhão referente ao quarto trimestre de 2024 reportado ontem, os investidores receberam bem as notícias sobre este esforço para redução das dívidas e as perspectivas de retorno com as novas unidades. Por volta das 12h11, as ações ON da Minerva operavam com forte alta de 10,55% na B3. O mercado está atento aos níveis de endividamento da Minerva, principalmente com a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado) que veio com o desembolso de recursos para a compra das plantas da Marfrig. Até o momento, 13 unidades foram adquiridas com o pagamento de R$ 7,2 bilhões, e três ainda estão pendentes de aprovação do órgão concorrencial do Uruguai. A dívida líquida da empresa fechou o quarto trimestre em R$ 15,6 bilhões, alta de 75,9%, e a alavancagem foi para 3,7 vezes. Ao Valor, Ticle afirmou ontem que esse é o pior nível da alavancagem, porque é quando a companhia "assume as plantas, paga por tudo isso e ainda não está tirando na plenitude o que elas podem trazer". Na teleconferência da quinta-feira, o executivo ressaltou que as novas unidades estão operando com utilização da capacidade entre 65% e 70%, acima do patamar de 50% registrado no quarto trimestre do ano passado. A meta é atingir 75% até meados de setembro. "Duas plantas a gente não conseguiu operar de cara e tem uma que ainda está fechada, que foi recebida em condições não condizentes com as da Minerva, que é uma planta no Mato Grosso", lembrou Ticle. Estão sendo feitos investimentos para equiparar os padrões destas unidades aos da Minerva. Somente após alcançar os objetivos de retorno com as novas plantas, capturas de sinergias e redução da dívida, a companhia poderá voltar a pagar valores adicionais de remuneração aos investidores. O CEO da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, comentou que segue com uma visão promissora para as exportações de carne bovina da América do Sul. Sobre a oferta de gado, Ticle disse que a companhia ainda vê um ciclo pecuário normal neste ano, com diminuição no volume de abates em relação a 2025, mas em um patamar acima de 2023. Além disso, olhando o preço dos grãos usados na ração animal (como milho e farelo de soja), "podemos ter uma surpresa positiva no segundo giro de confinamento". "A gente começa a ficar mais otimista com a distribuição desse gado ao longo do ano", pontuou o diretor.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
URUGUAI É ABALADO POR SUPOSTA FRAUDE DE US$ 300 MILHÕES A INVESTIDORES NA PECUÁRIA
Quase 6 mil investidores foram lesados depois que um trio de empresas entrou em recuperação judicial ou tentou se reestruturar em meio a um enorme déficit de ativos
Uma nação sul-americana conhecida por seu amor pela carne vermelha está enfrentando um dos maiores casos de fraude a investidores de varejo de todos os tempos, com empresas que ofereciam investimentos em gado acusadas de enganar investidores em centenas de milhões de dólares. A carne bovina é uma grande indústria no Uruguai, cuja identidade nacional está ligada à pecuária e aos abundantes churrascos de fim de semana. Por cerca de 25 anos, um punhado de empresas alavancou o prestígio do setor para arrecadar quase US$ 500 milhões de clientes em troca de participações em empreendimentos com gado. Agora, cerca de US$ 300 milhões pertencentes a quase 6 mil investidores estão desaparecidos depois que um trio de empresas entrou em recuperação judicial ou tentou se reestruturar em meio a um enorme déficit de ativos. Muitos investidores que pensavam ter comprado vacas e bois descobriram que possuíam poucos ou nenhum animal em seu nome. A Conexion Ganadera, a mais prejudicada, “provavelmente começou como um projeto viável. Em algum momento, começou a perder dinheiro. A liquidez se tornou seu principal problema”, disse o contador externo Ricardo Giovio em um webcast com investidores. “Terminou como um esquema Ponzi.” Advogados que representam os sócios fundadores da Conexion Ganadera e as outras duas empresas, Republica Ganadera e Grupo Larrarte, disseram esta semana que seus clientes não comentariam as acusações de fraude neste momento. A maioria dos investidores é de uruguaios urbanos de classe média, para quem o campo era sinônimo de prosperidade e estabilidade, disse Maria Laura Capalbo, sócia do escritório de advocacia Bragard e presidente do conselho da ordem nacional dos advogados. “Esta é uma crise social. Há pessoas que colocam todo o seu dinheiro nessas empresas”, afirmou Capalbo, cujo escritório representa alguns dos investidores. Retornos em dólares que às vezes ultrapassavam 10% ao ano, combinados com a imagem de respeitabilidade e perspicácia empresarial cultivada pelos fundadores das empresas, atraíram famílias e círculos inteiros de amigos em um país onde recomendações boca-a-boca ainda têm peso. O resultado é um golpe para um setor que administra quase 12 milhões de cabeças de gado, levando a pedidos por maior regulamentação para proteger os investidores. O Grupo Larrarte foi o primeiro a cair quando entrou em processo de recuperação judicial em outubro passado, na sequência de um documentário televisivo mordaz que incluía testemunhos de investidores que se diziam fraudados. A empresa tem um déficit de US$ 12,3 milhões entre ativos e passivos, informou o jornal El País, citando um relatório preparado pelo administrador judicial nomeado pelo tribunal. O fundador Jairo Larrarte disse num email enviado através do seu advogado que espera apresentar em breve um plano de reestruturação aos credores. A Republica Ganadera solicitou a proteção contra os credores para reestruturar a sua atividade em novembro, o que atribuiu à seca e ao pânico causado pelo relatório do Grupo Larrarte. Os cerca de 1.450 investidores da empresa perderam cerca de US$ 70 milhões e a maior parte do seu gado, de acordo com documentos da empresa analisados pela Bloomberg. Esta semana, um juiz nomeou um administrador judicial para gerir a empresa. Em fevereiro, os tribunais ordenaram a recuperação judicial da Conexion Ganadera e de várias empresas relacionadas e decretaram o congelamento de bens no valor de US$ 250 milhões dos membros das famílias Carrasco e Basso. Nos próximos meses, os tribunais, os devedores e dezenas de advogados que representam os credores decidirão se as empresas devem ser reestruturadas ou se devem ser liquidadas para reembolsar os investidores com um forte desconto. O processo de falência é independente das investigações criminais em curso pelo Ministério Público. Entretanto, o relógio biológico está a contar o tempo de milhares de cabeças de gado que precisam ser contadas e tratadas, se as vítimas esperam recuperar qualquer quantia.
Bloomberg
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
PARANÁ PODE TER SAFRA HISTÓRICA DE MILHO, APESAR DO CLIMA
Safra de milho pode superar expectativas no Paraná
Segundo o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) nesta quinta-feira (20), o plantio da segunda safra de milho 2024/25 no Paraná está na fase final, com 91% da área prevista já semeada. No entanto, o desenvolvimento das lavouras enfrenta desafios devido às ondas de calor e às chuvas irregulares que atingem o estado. Atualmente, 82% da área plantada apresenta condição boa, 14% estão em estado mediano e 4% enfrentam problemas. Apesar das dificuldades, ainda há expectativa de uma boa safra, com possibilidade de recuperação das lavouras. A colheita da primeira safra de milho 2024/25 chegou a 84% dos 267 mil hectares plantados no estado. O Deral destacou que a safra foi excepcional em produtividade, com previsão de retirada de aproximadamente 2,8 milhões de toneladas de milho. “Ao final da colheita a produtividade média por hectare deve ficar acima de 10.400 quilos por hectare, a maior média da história para a primeira safra de milho do Paraná”, informou o boletim.
Agrolink
BOVINOS, SUÍNOS E FRANGOS, SEGUNDO O DERAL
O Paraná teve o melhor fevereiro em termos de exportação de carne suína, desde o início do levantamento feito pelo Agrostat, do Ministério da Agricultura e Pecuária, em 1997. Foram 17,82 mil toneladas enviadas para o Exterior, ou 5,8 mil toneladas (47,9%) a mais que fevereiro de 2024 (12 mil toneladas).
O crescimento se deve pela expansão de exportação para alguns mercados como Argentina, Costa do Marfim, Vietnã, Hong Kong e Uruguai. Também houve a abertura do mercado filipino, que comprou 1,1 mil toneladas. A expectativa é que esse crescimento continue ao longo do ano. O boletim do Deral também destaca a exportação de carne bovina brasileira nos dois primeiros meses do ano. Das 423,5 mil toneladas exportadas, 183,7 mil tiveram a China como destino. Os Estados Unidos ocupam a segunda colocação, com 45,9 mil toneladas. A carne brasileira de bovinos também conseguiu aumentar a arrecadação do País. Enquanto nos primeiros meses de 2024 entraram US$ 1,79 bilhão, agora foram US$ 2,03 bilhões. A Pesquisa Trimestral de Abates de Animais, do Ibge, mostrou que em 2024 foram abatidos 6,456 bilhões de frangos no Brasil, volume 2,7% superior às 6,283 bilhões do ano anterior. O Paraná, com 2,208 bilhões de cabeças, permanece na liderança com 34,2% de participação. Os abates renderam 13,643 milhões de toneladas de carne, ou 2,4% a mais que as 13,322 milhões de 2024. O Paraná foi responsável por 4,756 milhões de toneladas, seguido por Santa Catarina, com 1,839 milhão.
SEAB-PR/DERAL
OUTONO TERÁ TEMPERATURAS MAIS AMENAS DO QUE 2024 E CHUVA ABAIXO DA MÉDIA NO PARANÁ, DIZ SIMEPAR
Uma nova estação chega, mas o tempo não muda automaticamente. Será de forma gradativa, a partir do início do outono, às 06h01 da quinta-feira, 20 de março. Os meses de abril, maio e junho no Paraná, historicamente, apresentam redução no volume de chuva em relação ao verão. Sistemas de alta pressão atmosférica, que tem como característica o ar frio e seco, fazem com que o intervalo entre as chuvas também seja maior.
O balanço do clima no verão e as previsões para a nova estação foram apresentadas por meteorologistas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), na quarta-feira (19). O outono começará dentro dessas características: de quinta a domingo (23) o tempo fica estável no Paraná, com predomínio de sol. Serão dias de bastante amplitude térmica, com manhãs de temperaturas amenas e nevoeiros, e tardes mais quentes. Na quinta e na sexta pode ocorrer chuva fraca no Litoral. Até domingo, no Oeste, Norte e Noroeste, a umidade estará baixa. Menos chuvas e temperaturas mais amenas são esperadas pela população depois de mais um verão muito quente. O mês de fevereiro, por exemplo, foi o mais quente da série histórica em 23 cidades. Mesmo assim, o verão deste ano não foi mais quente do que o do ano passado. A última semana do verão 2024/2025 terminou com muita chuva em algumas regiões. Entre 20 de março e 20 de junho 2025, quando o outono acabou, a temperatura média do ar ficará ligeiramente acima da média, e um pouco mais amena do que a temperatura do outono do ano passado. Isso porque em 2024 as chuvas foram muito irregulares, e as temperaturas no Paraná ficaram até 2,5°C acima da média em todo o Estado, com exceção do Litoral. A previsão é de que a chuva siga o padrão histórico na região Leste. A precipitação acumulada ficará próxima ou abaixo do normal nas demais regiões do Estado, como já ocorreu em 2024. As regiões Oeste, Sudoeste, Centro Sul e Leste permanecerão com clima mais seco neste outono em comparação ao ano passado, pois nestas áreas choveu acima da média em 2024. Os maiores volumes de chuva no outono geralmente são registrados nas regiões Sudoeste e Oeste e os menores no Norte do Paraná. Em geral, maio apresenta um volume de chuva ligeiramente maior que abril e junho. As geadas, como ocorreu em anos anteriores, podem ser registradas a partir da segunda metade de abril no Centro-Sul paranaense. “No outono de 2025 será natural a ocorrência de variações bruscas na temperatura do ar em períodos curtos, com registro de períodos quentes. Também faz parte da climatologia da estação o registro de veranicos, ou seja, vários dias consecutivos sem ocorrência de chuva, a formação de nevoeiros e a ocorrência de geadas nas regiões mais altas do Estado como Sudoeste, Sul, Centro Sul, sul dos Campos Gerais e da Região Metropolitana de Curitiba, principalmente no final da estação”, detalha Reinaldo Kneib. O outono também tem como característica no Paraná a ocorrência de noites e manhãs frias e aumento da amplitude térmica. As temperaturas máximas médias caem de 27,4 °C em abril para 23,1 °C em junho no Litoral; de 25,4 °C para 20,6 °C na Região Metropolitana de Curitiba; de 26 °C para 21 °C na região Central; de 24,7 °C em abril para 19,5 °C em junho no Sul; de 27,1 °C para 21,5 °C no Sudoeste; de 29 °C para 23,6 °C no Oeste; e de 29 °C para 24,1 °C no Norte.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
DÓLAR À VISTA FECHA EM ALTA DE 0,49%, A R$5,6763 NA VENDA
Após sete sessões consecutivas de baixa, o dólar fechou a quinta-feira em alta ante o real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior após o Federal Reserve indicar que não tem pressa para cortar juros nos EUA
Alguns agentes também aproveitaram a sequência mais recente de baixas do dólar no Brasil para comprar moeda, o que deu suporte às cotações. O dólar à vista fechou em alta de 0,49%, aos R$5,6763, após ter atingido na véspera a menor cotação em cinco meses. Às 17h05 na B3 o dólar para abril -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,42%, aos R$5,6870.
Reuters
IBOVESPA FECHA EM QUEDA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS PUXADA POR EMBRAER; MINERVA DISPARA
O Ibovespa fechou em queda na quinta-feira, após seis altas consecutivas, reflexo de realização de lucros, com as ações da Embraer entre os maiores declínios, enquanto os papéis da Minerva dispararam após resultado trimestral e perspectiva de redução da dívida
O penúltimo pregão da semana também foi marcado pela repercussão da decisão de política monetária do Banco Central brasileiro, que confirmou as expectativas e elevou a Selic para 14,25% ao ano na véspera, enquanto indicou um ajuste menor na próxima reunião, em maio, se confirmado o cenário esperado. Indice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,28%, a 132.134,24 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 132.712,52 pontos na máxima e 131.813,03 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava R$21,8 bilhões antes dos ajustes finais.
Reuters
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