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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 601 DE 18 DE ABRIL DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 601|18 de abril de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Boi gordo: equilíbrio entre oferta e demanda mantém arroba estável

As negociações envolvendo boiadas gordas são suficientes para manter as operações de abate, ocorrendo de maneira lenta neste meio da semana, informou a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias

 

“Brasil afora, os compradores encontram resistência dos vendedores em negociar”, afirmou o zootenista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria. Na quarta-feira (17/4), segundo levantamento das consultorias, os preços do boi gordo ficaram estáveis na maioria das praças brasileiras. No mercado paulista, a arroba andou de lado, depois da alta de terça-feira (16/4), com o animal macho “comum” cotado em R$ R$ 230, no prazo (valor bruto), apurou a Scot. Na mesma praça, o preço da vaca gorda permaneceu em R$ 205/@, enquanto a novilha gorda e o “boi-China” seguem valendo R$ 220 e R$ 235/@, respectivamente. “A oferta de boiadas está comedida e, para manter as escalas de abate, os compradores paulistas têm mantido os preços firmes, com negócios acima da referência acontecendo pontualmente”, relatou a Scot. Segundo os analistas, a melhoria das condições nutricionais das pastagens naturais, devido ao período chuvoso, tem permitido aos produtores reterem os animais no pasto por mais tempo. No entanto, recomenda a Agrifatto, é necessário agir com cautela e ter um plano de ação, pois a transição entre a safra e a entressafra, geralmente por volta de meados de junho e início de julho, tende a restringir a capacidade de retenção e aumentar a oferta de boiadas gordas, o que pode resultar em queda nos valores da arroba. Segundo ressalta Felipe Fabbri, da Scot, as chuvas no Brasil Central ocorridas entre fevereiro/março colaboram com o pecuarista na oferta de boiadas, apesar do avanço do outono. “Em função disso, o mercado deve seguir sustentado nos próximos dias”, afirma ele. No entanto, diz Fabbri, há, adiante, alguns pontos de atenção ao pecuarista, além da tradicional “desova” da safra de “boiadas de capim”. Ele cita, primeiramente, as tensões entre Israel x Irã. “A região tem sido um bom comprador em termos de preços para a carne bovina brasileira e a escalada do conflito pode pesar no escoamento e negociações”. O segundo ponto de alerta, diz Fabbri, está relacionado com o atual avanço do dólar. “A atenção para os custos, principalmente para o confinamento e à suplementação do rebanho, que poderão subir com a disparada do câmbio, desestimulando a operação e, consequentemente, acelerando uma “desova” de final de safra”. No entanto, continua o analista da Scot, a subida do dólar para acima dos R$ 5 pode favorecer a competitividade da carne bovina brasileira no mercado internacional, o que, somado ao momento ruim vivenciado pelos países concorrentes (principalmente os norte-americanos), pode manter os volumes embarcados aquecidos. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (16/4): São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de doze dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Prazo para atualização obrigatória de rebanhos começa em 1º de maio no Paraná

A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda)

 

A Campanha de Atualização dos Rebanhos do Paraná de 2024 começa em 1º de maio e se estenderá até 30 de junho. A atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda. Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos. A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas. O acesso ao sistema também está disponível de forma direta por meio do link www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho. Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail ou outra informação), o telefone para contato é (41) 3200-5007. Segundo a Gerência de Saúde Animal, existem 155 mil propriedades no Paraná e 192 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam, aproximadamente, 8,6 milhões de bovinos, 7 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais. O Paraná foi reconhecido internacionalmente como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 27 de maio de 2022. Como compromisso do Estado, há a necessidade de se realizar o cadastro de todos os animais uma vez por ano, durante os meses de maio e junho. O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alertou que a atualização do rebanho é importante para os próprios produtores, pois possibilita uma ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças nos animais. “O status de Área Livre Sem Vacinação que o Estado conquistou após muito esforço exige uma vigilância permanente, e é isso que queremos ao exigir a atualização do rebanho das propriedades rurais do Estado”, afirmou.

Agência Estadual de Notícias

 

SUÍNOS

 

Quarta-feira (17) de quedas para os preços do suíno vivo

Os preços do suíno vivo tiveram quedas na quarta-feira (17), com exceção de São Paulo, que teve uma alta sutil de 0,15%

 

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 123,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,40/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (16), houve tímida alta somente em São Paulo, na ordem de 0,15%, chegando a R$ 6,64/kg. Foram registradas quedas de 2,60% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,37/kg, baixa de 0,16% no Paraná, com valor de R$ 6,16/kg, redução de 0,16% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 6,12/kg, e de 0,34% em Santa Catarina, fechando em R$ 5,91/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Frango no atacado paulista tem queda de 0,16% na quarta-feira (17)

Poucas mudanças nos preços no mercado do frango na quarta-feira (17). Houve tímida queda de 0,16% no valor do frango no atacado paulista

 

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,16%, valendo R$ 6,42/kg. Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,43/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,39/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (16), a ave congelada ficou estável em R$ 7,23/kg, assim como o frango resfriado, valendo R$ 7,42/kg.

Cepea/Esalq

 

CARNES

 

Custos de produção de frangos de corte e de suínos caem em março, diz Embrapa

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte caíam no mês de março nos estados líderes em produção e exportação (PR e SC), segundo os estudos registrados pela Embrapa Suínos e Aves em sua Central de Inteligência de Aves e Suínos

 

Em Santa Catarina, o custo de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo chegou aos R$ 5,61, queda de 1,42% em relação a fevereiro. No ano, o acumulado é de -9,52%, o que fez o ICPSuíno cair para 321,12 pontos. O custo com a alimentação dos suínos determinou esse recuo, caindo a R$ 4,09, o que representou 73,33% do custo total. Já os custos de produção do quilo do frango de corte no Paraná produzido em aviário tipo climatizado com pressão positiva foram de R$ 4,27 em março, queda de 2,39% em comparação com fevereiro. No ano, o acumulado é de -3,14%, o que fez o ICPFrango cair para 330,66 pontos. Assim como na suinocultura, o custo com a alimentação das aves determinou esse recuo, caindo a R$ 2,84, participando em 66,39% do custo total. Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos da CIAS por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.

Embrapa

 

Brasil continuará líder na exportação de carne bovina com alta de 1% em 2024

O Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu levemente a expectativa de exportação brasileira de carne bovina em 2024 para 2,93 milhões de toneladas, em relação aos 2,97 milhões estimados em janeiro, o que representa uma alta de 1% ante 2023, segundo recente relatório

 

O Brasil continuará a ser o líder global de exportações de carne bovina. “A demanda firme dos principais parceiros comerciais, como os Estados Unidos, os Emirados Árabes Unidos e as Filipinas, provavelmente compensará a procura mais fraca da China”, disse o USDA em relatório publicado na semana passada. A produção brasileira de carne bovina em 2024 deverá aumentar 2% em relação a 2023 para 11,2 milhões de toneladas, impulsionada pela forte demanda de exportações e baixos preços de gado motivando abates. O consumo total brasileiro (doméstico) de carne bovina é estimado em 8,3 milhões de toneladas, acima dos 8,1 milhões de toneladas em 2023. O Brasil também continuará como maior exportador de carne de frango em 2024, com exportações de 5 milhões de toneladas, 4% acima do registrado em 2023, em um cenário de forte demanda global. A produção deverá aumentar 1% para 15,1 milhões de toneladas. “As plantas de produtivas brasileiras continuam livres de gripe aviária, o que permite que os embarques fluam sem restrições comerciais”, disse o USDA. “Ao continuar a focar nos mercados halal e aumentar a diversidade de produtos, o Brasil será capaz de obter ganhos em uma ampla gama de mercados.” A demanda doméstica brasileira por carne de frango é estimada em 10,1 milhões de toneladas, praticamente estável em relação a 2023. O USDA espera que o Brasil exporte 1,49 milhão de toneladas de carne suína em 2024, 5% acima de 2023. A produção deverá aumentar 4% para 4,6 milhões de toneladas, já que os produtores continuam a beneficiar-se do mais baixo custo de produção entre os exportadores globais. A demanda doméstica deve subir para 3,15 milhões de toneladas, ante 3,04 milhões em 2023.

Carnetec

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Novo Refis: Paraná lança programa de regularização de dívidas tributárias

Programa abrange débitos de ICMS e ITCMD que podem ser regularizados à vista ou parcelamento em até 180 meses, com redução de multa e juros. São abrangidos débitos referentes a fatos geradores ocorridos até 31 de julho de 2023

 

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda e da Receita Estadual do Paraná, disponibilizou a partir da quarta-feira (17) acesso ao novo programa de parcelamento incentivado de créditos tributários de Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto CMS e Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). A iniciativa visa oferecer aos contribuintes a oportunidade de regularizar débitos, com redução de multa e juros, por meio de pagamento à vista ou parcelamento em até 180 meses. O programa abrange débitos referentes a fatos geradores ocorridos até 31 de julho de 2023. Para aderir, os contribuintes devem acessar a página oficial do Refis da Receita Estadual, onde poderão verificar se possuem débitos vinculados para efetuar o pagamento. Basta clicar em “Continuar”, prosseguir com as instruções e informar o CPF. Os prazos para adesão seguem até 26 de setembro para parcelamentos e até 30 de setembro para pagamentos à vista. Para aderir, é necessário indicar até 2 de setembro todos os débitos que se pretende parcelar. A primeira parcela deve ser paga até o último dia útil do mês da adesão, e as demais até o último dia útil dos meses subsequentes. A adesão ao parcelamento implica no reconhecimento dos créditos tributários nele incluídos, bem como na desistência de eventuais ações ou embargos à execução fiscal, tanto judicial quanto administrativa. Os créditos tributários de ICM, ICMS e ITCMD podem ser pagos com reduções de 80% na multa e nos juros para pagamento em parcela única; 70% na multa e nos juros para parcelamentos em até 60 meses; 60% na multa e nos juros para parcelamentos em até 120 meses; e 50% na multa e nos juros para parcelamentos em até 180 meses. Além disso, os parcelamentos podem ser quitados parcialmente, com até 95% do valor, através de um Regime Especial de Acordo Direto com Precatórios, em até 60 meses. O programa também inclui regularização de dívidas não tributárias, que envolve, principalmente, multas emitidas pela Secretaria da Fazenda. Para as dívidas não tributárias, as reduções incidem somente sobre os encargos moratórios, com percentuais de 80% para pagamento em parcela única, 70% para parcelamentos em até 60 meses, e 60% para parcelamentos em até 120 meses. Os juros aplicados sobre o principal e a multa serão equivalentes à taxa referencial da Selic, acumulada mensalmente. É importante ressaltar que o valor de cada parcela não poderá ser inferior a cinco Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), o que hoje equivale a aproximadamente R$ 650.

Agência Estadual de Notícias

 

Estiagem no Paraná gera perdas de até 100% em lavouras de milho

Seca e calor intenso prejudicam plantações nas regiões mais quentes do Estado. Lavouras de milho na região de Palotina, no Oeste do Paraná, já registram até 100% de perdas devido à estiagem e ao forte calor

 

“Há casos que não tem mais o que ser feito, a perda é total”, afirma Edmilson Zabott, presidente do Sindicato Rural do município. Ele destaca que a falta de chuva e as altas temperaturas registradas, principalmente no mês de março, ocasionaram prejuízos jamais vistos. Até o momento, as perdas no cereal são pontuais. Na estimativa divulgada no final de março, o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento projetou a safra do Estado em 14,2 milhões de toneladas, 400 mil toneladas abaixo da expectativa de fevereiro. A produtividade estadual tem queda esperada de 2% em comparação com o ciclo 2022/23, para 5.861 quilos por hectare. Em Toledo e Umuarama, também na região Oeste, o recuo estimado para a safra é de 17% e 34%, respectivamente. O produtor rural Jonas Mário Vendruscolo cultiva milho em 400 hectares distribuídos em várias áreas na região. Com previsão de dar início à colheita em junho, ele já lamenta a perda de 100% da plantação em algumas dessas áreas. Naquelas em que a cultura conseguiu se estabelecer, ele acredita que as perdas ficarão entre 20% e 50%. “Foram 66 dias praticamente sem chuva”, comenta. Além da estiagem, o cenário de seca foi reforçado pelo calor intenso, com temperaturas que chegaram a 44º C, durante vários dias seguidos, no mês de março. Mesmo para a região que é tradicionalmente quente no período, o calor foi atípico e atingiu as plantas nas fases de floração, incluindo o fim do estádio vegetativo e o início do reprodutivo, quando se define o potencial produtivo do milho. Com isso, explica Jonas - que é agrônomo -, as plantas não cresceram o suficiente. Nas suas lavouras, a previsão é de colher entre 55 sacas a 60 sacas por hectare. O volume é bem abaixo das 166 sacas por hectare colhidas na safra anterior - que foi “fora da curva”, frisa Jonas - e menor do que a produtividade média da região, que é de 120 sacas por hectare. “Vou colher o equivalente a um terço da safra anterior”, avalia. Nas áreas em que 100% da plantação foi perdida, o produtor manterá a braquiária, cultivada em consórcio com o milho, para vegetar e formar a adubação verde no sistema de plantio direto, adotado nas propriedades. “E ficar com o prejuízo no bolso”, completa. Edmilson Zabott, presidente do sindicato, comenta que aqueles produtores que possuem seguro já estão buscando a liberação. No caso de quem perdeu a produção - o sindicato ainda não tem o levantamento - vários estão roçando a área para o plantio de cobertura, adubação ou da safra de trigo. “O produtor quer tentar fazer alguma coisa para obter uma renda”, ressalta. Em Francisco Alves - município próximo de Palotina -, na região Noroeste, as perdas do potencial produtivo nas lavouras de milho podem chegar a mais de 70% por causa do clima. Segundo o agrônomo Ricardo Raimondi, que atua na localidade, em propriedades em que se esperava colher 120 sacas por hectare, há previsão de colheita de 40 sacas por hectare em média. Há ainda aqueles em situação mais crítica, que devem colher bem menos. “O pior está por vir”, prevê o produtor Ricardo Paludo, que cultiva 1.700 hectares do grão em áreas na região de Francisco Alves. Ele fez um vídeo para mostrar a situação da lavoura e acredita que o percentual de perdas na sua propriedade deve superar 50%. Nem mesmo a chuva que chegou a alguns pontos da região desde o último domingo deve mudar as previsões. Gilmar Jung, produtor na fazenda vizinha à de Ricardo, efetuou o plantio do milho mais tarde - numa área de 200 hectares - e, ainda assim, espera colher em torno de 40 sacas por hectare. Ele só deve iniciar a colheita no mês de julho. “Atrasei o plantio, mas ainda assim vou colher pouco”, afirma. Edamir Jair Salvador, presidente do Sindicato Rural de Iporã, município vizinho a Francisco Alves, diz que as perdas do milho plantado na região serão acima de 50%. “Principalmente daqueles que plantaram mais cedo e pegaram a onda forte de calor. Já o milho mais novo talvez possa recuperar com a chuva dos últimos dias”, acredita.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar interrompe sequência de cinco altas e fecha em baixa com realização de lucros

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,2445 reais na venda, em baixa de 0,46%

 

O dólar à vista interrompeu na quarta-feira uma sequência de cinco sessões consecutivas de ganhos e fechou a sessão em baixa ante o real, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana no exterior e com investidores realizando os lucros mais recentes. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,2445 reais na venda, em baixa de 0,46%. Em abril, no entanto, a divisa acumula alta de 4,56%. Às 17h34, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,90%, a 5,2475 reais na venda. "Houve uma realização de lucro, e todo mundo estava esperando por isso", comentou durante a tarde Thiago Avallone, especialista de câmbio da Manchester Investimentos, ao justificar a queda do dólar ante real. Na segunda-feira, o governo anunciou redução da meta fiscal para 2025 de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para zero, o que foi mal-recebido pelo mercado. As preocupações com a área fiscal voltaram a fazer preço durante a tarde desta quarta-feira, em especial no mercado de juros futuros, após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicar que a incerteza pode reduzir o ritmo de cortes da taxa básica Selic. Além disso, Campos Neto defendeu que o Brasil tem uma taxa de câmbio flutuante e por isso o BC só deve intervir no dólar em casos de disfuncionalidades. "Pensamos que o câmbio é flutuante, e isso é muito importante, é um absorvedor de choques que tem uma função muito relevante ao nos dizer onde a demanda por proteção está e o porquê", disse o presidente do BC em reunião com investidores em Washington, nos EUA. "Não reagimos ao fato de que as pessoas estão reprecificando nosso prêmio de risco", acrescentou. Na prática, Campos Neto afastou especulações presentes no mercado nos últimos dias de que o BC poderia -- ou deveria --realizar leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) ou operações extras de swap para conter a escalada do dólar. 

Reuters

 

Ibovespa registra 6ª queda seguida com exterior negativo

O Ibovespa marcou sua sexta queda seguida na quarta-feira, com o tom negativo prevalecendo nas bolsas dos Estados Unidos, sem que o avanço nos papéis de Vale e Petrobras, de grande peso no índice, conseguisse mantê-lo no azul

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa teve variação negativa de 0,16%, a 124.191,79 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 125.300,97 pontos. Na mínima, a 123.641,94 pontos. O volume financeiro somava 21,7 bilhões de reais antes dos ajustes finais, em sessão marcada pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do contrato futuro do índice.

Reuters

 

FMI projeta maior déficit primário e alta da dívida pública no Brasil em 2024

O Brasil deve registrar déficit primário maior que o esperado este ano e ter aumento da dívida pública bruta na comparação com o ano passado, mostraram projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgadas na quarta-feira

 

Segundo o organismo, em seu relatório Monitor Fiscal, a dívida pública bruta do país deve avançar para 86,7% em 2024, de 84,7% do PIB em 2023. Nos anos seguintes, o FMI vê a dívida brasileira alcançando 89,3% do PIB em 2025, e 90,9% em 2026. O dado é referente ao setor público não financeiro, excluindo a empresa de energia Eletrobras e a estatal Petrobras, e inclui a dívida soberana mantida no balanço do Banco Central. O déficit primário, por sua vez, deve chegar a 0,6% do PIB este ano -- previsão acima do esperado pelo fundo em outubro passado, de déficit primário de 0,2% --, recuar a 0,3% em 2025 e somente em 2026 atingir o marco zero. As projeções do FMI são piores do que a meta proposta pelo governo de resultado primário zero para 2025, que gerou temores sobre a questão fiscal no Brasil, dado que a proposta representa uma redução do esforço anunciado anteriormente, que previa superávit de 0,5% do PIB no próximo ano. Na quarta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, cumprindo agenda em Washington, disse que é preciso entender como a recente mudança na meta fiscal do governo para 2025 afetará a função de reação da autoridade monetária. O FMI apontou para uma preocupação global com os crescentes gastos fiscais, em um ano em que uma contenção fiscal pode se tornar ainda mais difícil dado o recorde de países realizando eleições em todo o mundo.

Reuters

 

FGVAgro aponta que a agroindústria cresceu 5,7% em fevereiro de 2024 ante igual período do ano anterior

A pesquisa sobre agroindústria, do FGVAgro, revela que em fevereiro/2024 a produção agroindustrial registrou um crescimento de 5,7% frente ao mesmo mês de 2023. Esse resultado corresponde a maior expansão para o mês desde 2008 e é a sétima alta consecutiva para essa base de comparação.

 

Vale destacar que esse expressivo crescimento se deu de forma generalizada entre os seus principais segmentos. Mas, o setor de Produtos Alimentícios e Bebidas expandiu, impressionantes, 8,2% no período. Já os Produtos Não-Alimentícios registraram uma alta de 2,2%. É importante reconhecer que contribuíram para o desempenho positivo do mês a estreita base de comparação (fevereiro/2023 foi marcado por contrações em grande parte dos setores agroindustriais) e o maior número de dias úteis em fevereiro/2024 (comparativamente ao mesmo mês do ano anterior). Com o resultado positivo de fevereiro, a Agroindústria acumulou, no primeiro bimestre do ano, uma expansão de 4,7% (frente ao mesmo período de 2023) – foi o melhor primeiro bimestre desde 2010.

FGVAgro


Preços pagos ao produtor tiveram aumento em março, diz Cepea

Houve avanço em praticamente todos os grupos de alimentos, com exceção de cana e café.

Maior avanço no mês passado, de 4,5%, foi no grupo Hortifrutícolas

 

Em março, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/Cepea) subiu 1,2% em relação ao mês anterior, em termos nominais. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o resultado reflete o avanço de praticamente todos os grupos de alimentos – Grãos (2,2%), Pecuária (0,2%), Hortifrutícolas (4,5%) –, com exceção de Cana e Café (-0,4%). No mesmo período, o indicador IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou 1%, indicando que, de fevereiro para março, os preços agropecuários subiram frente aos industriais da economia brasileira. No cenário internacional, as cotações dos alimentos, cujo índice é divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), tiveram alta de 1,1%. Ao mesmo tempo, a taxa de câmbio oficial (US$/R$), divulgada pelo Banco Central, se valorizou 0,4%. Comparando-se o primeiro trimestre deste ano com igual intervalo de 2023, o IPPA/Cepea registra forte queda de 15,4%, bem acima da baixa observada para o IPA-OG-DI Preços Industriais, de 4,5%. Os valores internacionais dos alimentos, por sua vez, caíram 9,7%, enquanto a taxa de câmbio nominal recuou 4,7%. Juntos, esses resultados indicam haver certa paridade entre os preços agropecuários domésticos e os internacionais, conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Globo Rural

 

Brasil deve subir para 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo em 2024, prevê FMI

Órgão revisou para cima o PIB do Brasil para 2024, indicando crescimento de 2,2%; veja ranking das 10 maiores economia do mundo segundo a projeção do órgão

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI), revisou para cima o PIB do Brasil para o ano de 2024. A atualização do relatório World Economic Outlook indica crescimento de 2,2% neste ano, ante o 1,7% calculado anteriormente. Caso sejam confirmadas as estimativas do FMI, o país deve subir uma posição no ranking das maiores economias do mundo (veja abaixo), saltando de 9º para 8º lugar. O relatório classifica o crescimento de 2,2% como moderado e afirma que ele se dá com base na consolidação fiscal e reflete as atuais políticas econômicas em vigor. “Os pressupostos da política monetária são consistentes, tendo como meta a convergência da inflação dentro da faixa de tolerância até o final de 2024″, diz o trecho do documento. Para o ano de 2025, a projeção de crescimento da economia brasileira é de 2,1%. O Brasil voltou a figurar entre as 10 maiores economias do mundo no ano passado, alcançando a nona posição com alta de 2,9% no PIB em 2023. Pelos cálculos do FMI, a soma do PIB brasileiro deve ser de US$ 2,331 trilhões, pouco acima da 9ª colocada, a Itália, com projeção de US$ 2,328 trilhões. O FMI indica que o Brasil continuará em 8º lugar até 2029, último ano para o qual faz projeções. O fundo analisa que, apesar das muitas previsões sombrias devido aos efeitos da pandemia e à guerra entre Ucrânia e Rússia, o mundo evitou uma recessão, e o sistema bancário revelou-se em grande parte resiliente. Além disso, as economias dos mercados emergentes não sofreram paradas bruscas. Confira abaixo o ranking das maiores economias do mundo em 2024, segundo as projeções do FMI: Estados Unidos: US$ 28,78 trilhões. China: US$ 18,53 trilhões. Alemanha: US$ 4,59 trilhões. Japão: US$ 4,11 trilhões. Índia: US$ 3,94 trilhões. Reino Unido: US$ 3,5 trilhões. França: US$ 3,13 trilhões. Brasil: US$ 2,33 trilhões. Itália: US$ 2,33 trilhões. Canadá: US$ 2,24 trilhões.

O Estado de São Paulo

 

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