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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 380 DE 24 DE MAIO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 380 |24 de maio de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preços do boi gordo caem em várias praças

No interior de São Paulo, o valor do macho terminado recuou R$ 5/@, para R$ 255/@, no prazo, segundo apuração da Scot Consultoria


Na terça-feira, 23 de maio, muitos frigoríficos continuaram fora das compras de boiadas gordas, enquanto outros forçaram, com sucesso, novas quedas nas cotações da arroba em importantes praças brasileiras. Segundo as consultorias que acompanham diariamente o setor, em São Paulo, o viés de baixa da arroba vem se intensificando. A Scot Consultoria identificou uma queda de R$ 5/@ nas cotações de todas as categorias de animais terminados. Com isso, o boi paulista agora vale R$ 255/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 235/@ e R$ 245/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com a Scot. “Há ofertas abaixo da referência vigente e, no curto prazo, novas quedas não estão descartadas”, afirmaram os analistas da consultoria. Para o “boi-China”, a cotação permaneceu em R$ 260/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescentou a Scot. Segundo apuração da S&P Global Commodity Insights, o período seco e temperaturas mais baixas retiram o suporte da pastagem no interior de São Paulo, limitando a possibilidade de retenção dos animais nas propriedades. “Com as margens pressionadas, não há possibilidade de efetuar suplementações para os pecuaristas se absterem das negociações”, afirma a S&P Global. Muitos pecuaristas optaram por liquidar os seus lotes temendo quedas mais fortes da arroba nas próximas semanas. Na praça do Mato Grosso, ofertas elevadas de boiadas gordas e o baixo consumo doméstico da carne bovina deram suporte para recuos da arroba nas regiões monitoradas pela S&P Global. Na região de Redenção, no Pará, a boa oferta de bovinos também ocasionou queda de R$ 5 na cotação da arroba para todas as categorias destinadas ao mercado interno, informou a Scot Consultoria. Assim, o valor do boi gordo de Redenção caiu para R$ 212/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 200/@ e R$ 210/@ (preços brutos e a prazo), de acordo com os dados da Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 227/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 219/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 227/@ prazo) vaca R$ 204/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 214/@ (prazo) vaca a R$ 199/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 192/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Suínos: cotações em queda

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve recuo de 2,50%/1,60%, chegando a R$ 117,00/R$ 125,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,10%/2,08%, atingindo R$ 9,00/kg/R$ 9,40/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (22), o preço ficou estável apenas no Rio Grande do Sul, fixado em R$ 6,21/kg. Houve queda de 1,94% em Minas Gerais, alcançando R$ 6,57/kg, baixa de 0,95% no Paraná, custando R$ 6,26/kg, retração de 2,58% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,03/kg, e de 1,04% em São Paulo, fechando em R$ 6,66/kg

Cepea/Esalq


FRANGOS


Preços estáveis para o mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,15%, atingindo R$ 6,00/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado, valendo R$ 4,76/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, fixado em R$ 4,37/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (22), tanto a ave congelada quanto a resfriada não mudaram de preço, custando, respectivamente, R$ 6,57/kg e R$ 6,58/kg.

Cepea/Esalq


Sobe para 8 o número de casos de gripe aviária no Brasil, todos em aves silvestres

Segundo informações do Ministério da Agricultura, três novos casos são no Espírito Santo


Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a atualização na noite de segunda-feira (22) sobre os casos de influenza aviária de alta patogenicidade, informou que os casos subiram para 8. Na última semana, na segunda-feira (15) foram confirmadas três aves silvestres contaminadas com o vírus no Espírito Santo, em Vitória, Marataízes e em Cariacica, no Espírito Santo. Já no sábado (20), outros dois casos foram detectados: um em Nova Venécia, também no Espírito Santo, e outro no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. "O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no estado de Espírito Santo, que estavam em investigações desde a semana passada. As aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória", informou o MAPA, em nota. Até o momento, de acordo com o Ministério, são oito casos confirmados em aves silvestres, sendo sete no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim, e um no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real). Também no final da tarde de segunda-feira (22), o MAPA declarou Estado de Emergência Zoosanitária por 180 dias, conforme publicação no Diário Oficial da União. “A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais - nas três instâncias: federal, estadual e municipal - e não governamentais. Todo esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”, explicou o Ministro Fávaro, em nota emitida pelo Ministério.

MAPA


EMPRESAS


Gripe aviária pesa sobre ações de frigoríficos em período negativo para o setor

BRF e Marfrig foram as mais castigadas na sessão; JBS acumula queda de 22% no ano


Em meio a um período turbulento para os frigoríficos, com desempenhos mais fracos, as ações de companhias do setor foram ainda mais castigadas na sessão da terça (23) após o governo decretar estado de emergência devido a registros de casos de gripe aviária no Brasil. Segundo a pasta, a medida tem como finalidade evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial. Mesmo sendo apenas uma medida preventiva, investidores monitoram uma possível redução de oferta de aves comerciais, segundo operadores de mercado consultados pela Folha. Os frigoríficos que têm carne de frango em seu portfólio e que possuem capital aberto na Bolsa de Valores são JBS, BRF e Marfrig. A Marfrig encerrou a sessão da terça em queda de 5,18% na B3, a R$ 6,59, o maior tombo do pregão entre os papéis que compõem o Ibovespa. A BRF recuou 4,91%, a R$ 7,75, a terceira maior queda do dia. Já a JBS teve uma baixa mais leve, de 0,93%, valendo R$ 16,98, após amargar forte desvalorização em pregões passados por causa de seu balanço do primeiro trimestre. De janeiro a março a JBS registrou compressão nas margens de todas as suas unidades de negócios, em meio a um excesso de oferta de proteína no mercado externo e custos mais altos de grãos no Brasil. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia ficou em R$ 116 milhões, queda de 97,2% ante o mesmo período de 2022. No ano, o papel se desvaloriza 22,78%. No curto prazo, analistas esperam a continuidade da reação negativa do mercado. "Enquanto a JBS continua enfrentando essa tempestade perfeita, com um ciclo de baixa de proteína em todas as unidades de negócios, acreditamos que os investidores irão ignorar o preço barato da ação e permanecerão à margem, esperando por um ponto de entrada melhor", disse o Itaú BBA em relatório no dia 11 de maio. A BRF também reportou resultados fracos no primeiro trimestre, e embora o Ebitda ajustado tenha subido 300% frente ao mesmo período do ano passado, o número veio abaixo do esperado pelo mercado. "Embora reconheçamos que os custos mais baixos de grãos podem melhorar significativamente a lucratividade daqui para frente, acreditamos que os casos recentes de gripe aviária no Brasil podem colocar uma fatia significativa da receita da BRF em risco", escreveu o Goldman Sachs em relatório no dia 15 de maio. A Marfrig registrou Ebitda ajustado de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre, queda de 45% frente ao mesmo período de 2022, impactada sobretudo pela divisão norte americana da companhia. Apesar de vislumbrar um cenário positivo para a empresa no Brasil, onde o ciclo do gado deve ser mais benigno nos próximos trimestres, no médio prazo o Itaú BBA mantém visão conservadora para a empresa, "com base em incertezas em relação à normalização do nível de geração de fluxo de caixa".

FOLHA DE SP


Holandesa De Heus anuncia plano de expansão em Apucarana

Em Apucarana, a De Heus produz soluções nutricionais para bovinos de leite e de corte


A De Heus Brasil, empresa que atua na linha de nutrição animal, anunciou um plano de expansão para a unidade de Apucarana, no Norte do Paraná. A companhia de origem holandesa pretende ampliar a capacidade de produção das atuais 60 mil toneladas por ano para cerca de 150 mil toneladas nos próximos cinco anos. A empresa inaugurou a unidade na cidade em 2014, quando investiu cerca de R$ 40 milhões. Agora, o investimento previsto é de aproximadamente R$ 50 milhões. Em Apucarana, a De Heus produz soluções nutricionais para bovinos de leite e de corte. A De Heus possui seis unidades industriais no Brasil, situadas em Rio Claro (SP), Apucarana, Toledo, Guararapes (SP) e Itaberaí (GO), além de uma unidade administrativa em Campinas (SP) e dois centros de distribuição em Caruaru (PE) e Contagem (MG). “A unidade de Apucarana atende os estados do Sul do Brasil, possuindo também clientes no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais”, cita o Gerente de Negócios do Sul do Brasil da De Heus, Luciano Alvarenga.

GAZETA DO POVO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Governos federal e estadual reforçam medidas e alertas contra a gripe aviária

Mesmo que seja detectada a doença, não há risco de contaminação em humanos pelo consumo de carne de frango. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou estado de emergência zoosanitária em todo o País


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou estado de emergência zoosanitária em todo o País com o objetivo de reforçar as medidas para evitar que a gripe aviária chegue a granjas comerciais e à produção de aves de subsistência. Até agora, o vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) foi detectado em sete aves silvestres no Espírito Santo e uma no Rio de Janeiro. “Os produtores precisam continuar tomando todos os cuidados para não permitir que outras aves entrem nas granjas e para restringir a entrada nos aviários apenas às pessoas estritamente necessárias ao serviço”, afirmou o Gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias. Segundo ele, os consumidores não precisam se preocupar em relação à carne de frango. “Não há registro da doença em aves de subsistência ou comerciais no Brasil, mas, mesmo que isso ocorra, não há risco de contaminação em humanos pelo consumo da carne de frango”, disse. A detecção dos casos em aves silvestres não altera o status brasileiro de livre da doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal. Dessa forma, o País pode continuar a produzir e exportar como faz até agora. A Portaria 587, do Mapa, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, tem validade por 180 dias. A declaração de estado de emergência zoosanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais. “Todo esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessários para executar as ações de emergência visando à não propagação da doença”, explicou o Ministro Carlos Fávaro. As aves (silvestres) que apresentaram o vírus nos dois estados do Sudeste são trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), trinta-réis real (Thalasseus maximus) e atobá-pardo (Sula leucogaster). Uma das orientações à população é que, se houver suspeita, as aves doentes ou mortas não sejam recolhidas, mas que se comunique o serviço veterinário mais próximo, a fim de que eventual vírus não se espalhe. No Paraná, o serviço a ser acionado é o da Adapar, que tem escritórios em vários municípios. Devem ser comunicados comportamentos diferentes do usual nas aves, como complicações respiratórias, falta de ar, tosse, espirros ou fraqueza. Além do trabalho de checagem imediata em todos os casos denunciados, a Adapar faz exames constantes em aves pelo Estado como estratégia de vigilância ativa. A Portaria n.º 587 também prorrogou, por tempo indeterminado, a vigência da suspensão de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no Mapa. Essa medida aplica-se a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha em leve alta com dívida americana no radar

No Brasil, algum otimismo em relação ao arcabouço fiscal ajudou pela manhã, mas não foi suficiente para sustentar a dinâmica à tarde


O dólar à vista encerrou a sessão da terça-feira em ligeira alta, em uma sessão em que os investidores ficaram atentos às negociações nos Estados Unidos sobre o teto da dívida do país. A moeda americana se valorizou frente à maioria das divisas ao longo da sessão. Das 33 divisas acompanhadas pelo Valor, apenas três avançavam perto do fechamento. O real operou na maior parte das negociações em alta contra o dólar, descolando de seus pares, mas com a piora no cenário global para os ativos de risco à tarde, o câmbio alterou sua trajetória. O dólar comercial fechou com apreciação de 0,02%, cotado a R$ 4,9711, depois de ter atingido a mínima de R$ 4,9506 e a máxima de R$ 4,9938. Por volta das 17h25, o contrato futuro para junho da moeda americana operava estável, a R$ 4,9760. Os agentes financeiros seguiram atentos à discussão sobre o novo arcabouço fiscal e sua tramitação no Congresso. Ontem, o relator da proposta, Cláudio Cajado (PPBA), se reuniu com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e prometeu que irá fazer ajustes na redação para deixar claro alguns pontos de dúvida. “O relatório nunca deu aumento de R$ 80 bilhões [de gastos para 2024]. Essa conta criou ruídos e vamos encontrar redação que deixe claro que não haverá nada nesse sentido”, disse. Para Eduardo Portella, gestor da Novus Capital, hoje o foco ficou todo no arcabouço. “Principalmente com o relato do ajuste do texto para deixar mais claro que não há aumento de gastos, em R$ 80 bilhões”, afirmou. Na mesma linha, Fernando Bergallo, Diretor da FB Capital, disse ter visto algum otimismo com a possibilidade de aprovação do projeto. “Vai impactar diretamente a percepção de risco fiscal de médio prazo”.

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa fecha em leve queda, pressionado por Vale, mas alta de Petrobras atenua perda

Investidores encerraram as negociações do dia na expectativa de um desfecho envolvendo a data de votação do novo arcabouço fiscal do país na Câmara dos Deputados e sem sinais de avanço nas negociações envolvendo um aumento no teto da dívida do governo norte-americano


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,26%, a 109.928,53 pontos. O volume financeiro somou 24,2 bilhões de reais. Na visão do analista-chefe da Levante Corp, Eduardo Rahal, o Ibovespa tem demonstrado certa dificuldade em romper a faixa dos 111.500-112.500 pontos. "O mercado parece aguardar, após uma alta substancial durante o mês de maio, sinais mais convictos com relação ao texto final e aprovação do arcabouço fiscal." Haddad afirmou que o primeiro semestre deve chegar ao fim com a Câmara tendo aprovado o arcabouço fiscal e a reforma tributária, enquanto o Senado pode votar pelo menos a nova regra para as contas públicas. Após a reunião, ele disse que há consenso sobre a urgência da aprovação das duas reformas. Para o especialista em investimentos da Blue3 Investimentos Gabriel Félix, a agenda esvaziada no cenário doméstico no dia reforçou o foco na tramitação do arcabouço fiscal, embora as negociações envolvendo o teto da dívida dos Estados Unidos também tenham ocupado as atenções. Representantes do presidente Joe Biden e dos republicanos do Congresso encerraram sem sinais de progresso outra rodada de negociações sobre o aumento do teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares do governo norte-americano, com o país enfrentando o risco de calote em até nove dias. Segundo Rahal, investidores estão ansiosos por uma definição sobre o limite da dívida dos EUA, em razão da importância e da sensibilidade da decisão para os mercados globais. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de mais de 1%.

REUTERS


Fazenda eleva projeção para inflação em 2024 a 3,63%

O Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o IPCA em 2024 para 3,63%, de 3,52% estimados em março, mostrou boletim da Secretaria de Política Econômica divulgado na terça-feira


A nova estimativa, que vem em meio a pressões do governo para que o Banco Central reduza a taxa de juros, segue abaixo da projeção mediana do mercado, que aponta para uma inflação de 4,13% no ano que vem, segundo o relatório Focus mais recente. A meta para o ano é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. A projeção para o crescimento do PIB no ano que vem foi mantida em 2,3%, bem acima do 1,3% estimado pelos economistas do setor privado. Na segunda-feira, a Fazenda já havia reportado suas novas projeções para os dois indicadores em 2023, com a expectativa de que o PIB cresça 1,9% e o IPCA feche o ano em 5,58%. No boletim, a pasta destacou que, para a média dos cinco principais núcleos de inflação, a expectativa é de variação entre 5,20% e 5,30%, "sinalizando convergência da inflação subjacente ao intervalo da meta".

Reuters


Por 372 votos a 108, Câmara aprova texto-base do novo arcabouço fiscal

Os parlamentares ainda precisam apreciar os destaques apresentados pelos partidos, com sugestões de mudança no parecer do relator


Em uma vitória para o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira, por 372 votos a 108, o texto-base da proposta do novo arcabouço fiscal. Um parlamentar se absteve. Os parlamentares ainda precisam apreciar os destaques apresentados pelos partidos, com sugestões de mudança no parecer do relator Cláudio Cajado (PP-BA). Elaborada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a proposta da nova âncora fiscal foi enviada para substituir o teto de gastos públicos, com o objetivo de garantir a execução de gastos prioritários e a ampliação de investimentos públicos, sem gerar descontrole. Com o objetivo de dar celeridade à votação e para evitar que parlamentares deixassem de votar, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), informou, minutos antes da análise do requerimento de encerramento de discussão, que todas as votações passariam a ter efeito administrativo. Com isso, aqueles que não votassem poderiam ter desconto em seu salário. Desde a aprovação do requerimento de urgência na semana passada, Cajado retomou uma maratona de reuniões com as bancadas partidárias para explicar o texto, tirar dúvidas e ouvir sugestões. Na terça, após uma longa reunião com Lira e com líderes partidários, o relator fez ajustes em seu parecer. Fontes relataram ao Valor que essa disposição do deputado baiano em fazer mudanças no relatório seria determinante para que ele conseguisse apoio suficiente para garantir o avanço da matéria. Um dos ajustes acertados entre o relator, Lira e lideranças partidárias estabeleceu que o aumento de 2,5% dos gastos públicos dependerá da elevação da arrecadação. O relatório defendido por Cajado na semana passada previa que essa alta da despesa ocorreria independente de uma elevação da receita. Em seu novo parecer, o relator excluiu esse aumento automático das despesas em 2024 e permitiu ajuste por crédito suplementar se a arrecadação for maior que a esperada. A nova regra diz que o crescimento real das despesas será equivalente a 70% do aumento das receitas entre julho de 2022 comparado a junho de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior, com intervalo entre 0,6% e 2,5%. É a mesma norma proposta pelo governo. Foi adicionada uma brecha, porém, para que apenas no primeiro ano de vigência (2024) o governo possa abrir crédito suplementar se o crescimento das receitas apurado no segundo bimestre de 2024 (abril) for maior que o verificado na época de elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). Se, ao final do ano, isso não se realizar, a diferença será descontada do gasto de 2025. Ao deixar a reunião com Lira e com líderes, Cajado afirmou que esse foi o ponto que demandou mais discussão para se chegar ao acordo para votação da matéria.

VALOR ECONÔMICO


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