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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 355 DE 17 DE ABRIL DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 355 |17 de abril de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: semana encerra com especulação baixista

Escalas estão confortáveis e o consumo interno de carne bovina é baixo


Depois das quedas ocorridas para todas as categorias de bovinos para abate, os preços da arroba ficaram estáveis na sexta-feira, 14 de abril, em São Paulo. A tendência de baixa nas cotações deve ser mantida no curto prazo, reforçada pela queda do dólar frente ao real e pelo enfraquecimento na demanda interna de carne bovina. Além disso, as escalas de abate das indústrias avançaram nos últimos dias, refletindo o aumento da oferta de boiadas gordas. “No último dia da semana, a morosidade de negócios acentuou-se pela saída de muitas unidades frigorificas das compras de gado gordo”, disseram os analistas da S&P Global Commodity Insight. Segundo a consultoria, as escalas de abate avançaram, em média, para mais de seis dias, com casos de programações superiores a quinze dias em algumas plantas. Paralelamente, o volume de abate bovinos no Brasil segue superior ao ano passado, puxado pelo salto no número de vacas na linha de produção. Dados iniciais do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), mostram um crescimento de 4% no abate de bovinos no primeiro trimestre de 2023 frente ao volume obtido no mesmo período de 2022. Neste montante, estima-se que 46-48% tenham sido fêmeas, observa a S&P Global. No primeiro trimestre de 2022, o abate de fêmeas representava em torno de 40%, compara a consultoria. Segundo apurou a Agrifatto, em algumas regiões brasileiras, os frigoríficos já trabalham com estalas de abate de até 20 dias. O economista Yago Travagini, analista da Agrifatto, relembra os dados recentes de abate no Mato Grosso, o Estado brasileiro dono do maior rebanho bovino de corte do País. No primeiro trimestre deste ano, os abates totais de bovinos cresceram 18%, para 1,35 milhão de cabeças, o maior volume desde 2014. Somente em março/23, o abate de bovinos no MT cresceu 32% ante março/22, com destaque para as fêmeas – avanço de 43% no comparativo anual. Apesar do maior volume de fêmeas levadas ao gancho, os abates de machos também vêm crescendo consideravelmente no Mato Grosso. “Em março/33, os abates de machos atingiram o maior patamar para esse mês desde 2010”, informa Travagini. Pelos dados da Scot Consultoria, nesta sexta-feira, o boi gordo “comum” (direcionado ao mercado interno) ficou em R$ 275/@ na praça paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 252/@ e R$ 267/@ (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) segue valendo R$ 285/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), uma desvalorização acima de R$ 10/@ frente aos preços registrados logo após o fim do embargo chinês à carne bovina brasileira. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 281/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca a R$ 249/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 254/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 246/@ (à vista); vaca a R$ 221/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca R$ 236/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 273/@ (à vista) vaca a R$ 243/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 240/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: Estabilidade na sexta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 125,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,50/R$ 9,80 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (13), houve leve alta de 0,48% apenas em Santa Catarina, chegando a R$ 6,33/kg. Ficaram estáveis os valores em Minas Gerais (R$ 6,47/kg), Paraná (R$ 6,36/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,48/kg), e São Paulo (R$ 6,61/kg).

Cepea/Esalq


FRANGOS


Preços do frango em queda ou estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,80/kg, enquanto o frango no atacado caiu 1,54%, custando R$ 6,40/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o valor ficou inalterado em R$ 4,32/kg, enquanto o Paraná teve recuo de 1,42%, custando R$ 4,86/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (13), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não mudaram de preços, custando, respectivamente, R$ 6,70/kg e R$ 6,74/kg.

Cepea/Esalq


Frango/Cepea: Após recordes em março, exportação começa abril em ritmo intenso

O setor avícola nacional acredita que o desempenho das exportações brasileiras de carne de frango em abril seja parecido com o de março, quando as vendas externas da proteína (considerando-se produtos in natura e processados) atingiram recordes em volume e em receita, considerando-se toda a série história da Secex, iniciada em 1997


Na parcial deste mês, a Secex aponta que os embarques diários seguem intensos, registrando média de 32,6 mil toneladas, bem acima das 20,4 mil toneladas de abril do ano passado. Em março, o resultado recorde foi garantido pelos maiores embarques ao Japão, China e México – de fevereiro para março, o crescimento nos envios a estes destinos foram de respectivos 78%, 48% e 50%.

Cepea


EUA começam a testar vacinas contra gripe aviária para aves após surto recorde

O governo dos Estados Unidos está testando várias possíveis vacinas contra a gripe aviária para aves, disseram autoridades na sexta-feira, depois que mais de 58 milhões de frangos, perus e outras aves morreram no pior surto da história do país


Os testes, conduzidos pelo Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), são o primeiro passo de um longo processo rumo ao possível uso de vacinas para proteger as aves do vírus letal. Não há garantia de que o governo finalmente aprovará seu uso. A gripe aviária, também conhecida como influenza aviária altamente patogênica (HPAI), matou centenas de milhões de aves em todo o mundo, aumentando o interesse em vacinas. O vírus é amplamente disseminado por aves selvagens que o transmitem às aves domésticas. Os dados iniciais de um estudo nos EUA com uma única dose de uma vacina são esperados para maio, enquanto os resultados de estudos sobre regimes de vacina de duas doses são esperados para junho, disse o USDA. Se os testes forem bem-sucedidos e o USDA decidir continuar o desenvolvimento, levará pelo menos 18 a 24 meses para que uma vacina que corresponda ao vírus atual esteja disponível comercialmente, disse à agência. Anteriormente, os governos se concentravam em abater bandos infectados para controlar o vírus devido a preocupações de que as vacinas pudessem mascarar a propagação da gripe aviária e prejudicar as exportações para países que proibiram aves vacinadas por temores de que as aves infectadas pudessem escapar. O USDA disse na sexta-feira que sua "estratégia atual de eliminar e erradicar o HPAI... continua sendo a estratégia mais eficaz porque funciona". A França disse na semana passada que encomendou 80 milhões de doses de vacinas para começar um programa de vacinação em patos no outono se os resultados finais do teste forem positivos, o primeiro membro da União Europeia a iniciar tal plano.

REUTERS


Em evento na ExpoLondrina, Adapar alerta para falha zero na prevenção à gripe aviária

Para evitar que a gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) chegue às granjas comerciais do Paraná ou, na hipótese de chegar, seja debelada rapidamente, não se pode ter falhas na biosseguridade. O recado foi dado aos participantes do seminário sobre a doença durante a 61.ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina – ExpoLondrina


“Essa é uma responsabilidade compartilhada”, disse Ana Paula Moser, Gerente Regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) em Maringá, no Noroeste. “As empresas e os produtores precisam estar conscientes de que a tela do aviário, por exemplo, precisa estar adequada e íntegra, para não ter problema de uma ave migratória entrar e contaminar um galpão”. Segundo ela, as orientações de cuidados extremos não se resumem apenas aos criadores de aves de corte. Também aqueles que as têm para postura ou reprodução precisam estar atentos a situações de sintomas respiratórios, digestivos ou nervosos. “É preciso observar principalmente se não há alta mortalidade em pouco tempo, até 72 horas”, destacou Ana Moser. Nesse caso, o proprietário ou quem observar essa intercorrência deve comunicar imediatamente uma unidade da Adapar. “O tempo é extremamente importante no atendimento de uma suspeita e para a obtenção de melhor resultado”, salientou. O Presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou a participação do Ministério da Agricultura e da Pecuária na discussão, particularmente em razão da fronteira com Argentina e Paraguai. “Colocamos nossos servidores para ajudar nesse trabalho”, afirmou. Além disso, a entidade tem trabalhado para envolver toda a comunidade na prevenção e não apenas os produtores. “O trabalho tem de ser integrado, que todas as instituições somem suas qualidades”, disse. O Brasil ainda não teve caso confirmado de gripe aviária. No entanto, vários países da América do Sul já comunicaram oficialmente a existência em seus territórios. Dados de 6 de março deste ano mostram 251 focos. A doença atingiu granjas comerciais no Peru, Equador, Bolívia e Argentina.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


EMPRESAS


Frigorífico ASTRA anuncia maior remuneração para produtor paranaense

Localizada no Noroeste do Estado, unidade afirma durante ExpoLondrina que iniciativa vai incentivar pecuaristas na produção do "boi China"


O Frigorífico Astra, localizado na região Noroeste do Paraná, informou que vai aumentar a remuneração da arroba do boi ao produtor paranaense. O anúncio foi feito na última semana durante encontro realizado na sede da Sociedade Rural do Paraná (SRP), na 61ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. A partir de agora, o frigorífico vai repassar ao produtor R$ 10 a mais por arroba. Esse foi o meio encontrado pela empresa para incentivar o pecuarista paranaense na produção do "boi China", nome dado ao animal destinado a exportação. O "boi China" é um animal mais jovem, que conta com rastreabilidade, um bom acabamento de carcaça e peso. O Frigorífico Astra recebeu mês passado habilitação para exportação de carne para a Indonésia e a China, maior consumidor da carne bovina brasileira. “O frigorífico vai ter incremento de receita e parte desse incremento está destinando ao pecuarista, isso é justo. Essa melhor remuneração vai gerar mais valor para o produtor paranaense”, explicou o CEO da SpaceVis, Guilherme Canavese. O rebanho paranaense conta com 8 milhões de animais. “É o que faltava na cadeia para a gente ter o approach do mercado. O Paraná estava limitado ao consumo estadual e abastecimento nacional. Agora, temos um canal para levar nossa carne com valor agregado para China”, comemorou o Presidente da SRP, Marcelo El-Kadre. O frigorífico paranaense abate, em média, 500 animais por dia na indústria de Cruzeiro do Oeste. A empresa já manda produtos para vários países da América Latina, União Europeia, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Israel. O Astra teria condições de aumentar o volume de abates por dia caso houvesse mais animais com rastreabilidade no mercado local. “Temos que originar animais monitorados do ponto de visto de manejo, de gestão pecuária e saúde animal. Essa tecnologia foi criada para colocar a pecuária no mercado, geramos todas as informações necessárias e exigidas pelas autoridades sanitárias. A China, por exemplo, exige carcaça com pouca gordura, poucos dentes e que não chegue a 30 meses”, complementou Canavese. “Isso vai fomentar o mercado, gerar o crescimento do rebanho paranaense, tanto em quantidade quanto em qualidade. O desafio é desenvolver tecnologicamente esse rastreio animal e evoluir para outras questões, como ter todo o rebanho paranaense rastreado com o sistema Sisbov para trazer mais oportunidade para o produtor em termos de créditos e seguros”, definiu o CEO da SpaceVis. Atualmente, só 5% do rebanho nacional conta com rastreabilidade.

FOLHA DE LONDRINA


INTERNACIONAL


Onda verde derruba consumo de carne vermelha na Alemanha

Alemães comeram cerca de 52 quilos de carne por pessoa em média em 2022, uma queda de 4,2 quilos em relação ao ano anterior. "Uma possível razão para o declínio do consumo de carne pode ser a tendência contínua de uma dieta baseada em vegetais."


Essa é uma das justificativas do Centro Federal de Informações para a Agricultura (BZL, na sigla original) da Alemanha para a queda no consumo de carne no país, o que vem acontecendo de forma regular há três anos. O BZL acaba de divulgar os dados do 2022, quando os alemães deglutiram cerca de 52 quilos de carne por pessoa em média, uma queda de 4,2 quilos em relação ao ano anterior. É o nível mais baixo desde pelo menos a reunificação das duas Alemanhas, em 1989, quando esses cálculos de consumo começaram. Para Tanja Dräger, especialista do think tank alemão Agora Agriculture ouvida pela reportagem, "os padrões de bem-estar animal na produção pecuária e o impacto climático do consumo de carne têm sido objeto de um debate público ativo por mais de dez anos na Alemanha". "Como a nutrição é responsável por até 25% das emissões de gases de efeito estufa de uma pessoa na Alemanha e a carne é o principal fator [nessa equação], mudar a base das dietas em direção aos vegetais é uma contribuição importante para alcançar nossas metas climáticas." Dados do Agora indicam que, em 2021, cerca de 10% dos alemães seguiam uma alimentação vegetariana, e 2%, vegana. Uma parcela crescente da população se descreve como flexitariana, comendo carne apenas ocasionalmente. Consumir menos carne e mais vegetais é uma tendência impulsionada pelos hábitos alimentares da geração mais jovem. Em comparação com a população geral, no grupo de 15 a 29 anos há o dobro de pessoas que seguem uma dieta vegetariana ou vegana. Além disso, o mercado de proteína à base de plantas está em franca expansão, e cresceu 42% desde 2020. Em comparação com o restante da Europa, a Alemanha é de longe o maior mercado de alimentos à base de plantas, seguida pelo Reino Unido, Itália, Espanha e França. A tendência de queda não acontece apenas no território germânico. Dados do site alemão Statista mostram que, nos últimos três anos, o consumo de carne está caindo em oito de nove países tabulados: além de Alemanha e Reino Unido, há Espanha, Itália, Holanda, Finlândia, Polônia e França. Apenas a República Tcheca não apresentou diminuição, mas sim o mesmo número. No Reino Unido, a queda vem desde 2008. A média de 52 quilos por alemão divulgados pelo BZL soma carnes bovina, suína e de frango, divididas da seguinte maneira: cerca de 9 quilos de boi, 13 de frango e 29 de porco. Analisando as estatísticas, observa-se que os alemães vêm diminuindo o uso de carne bovina e de porco e aumentando a de frango.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Inovameat Toledo recebe 2,3 mil inscritos e movimenta cerca de R$ 2,7 milhões

O Inovameat Toledo 2023 teve 2,3 mil inscritos, mais visitantes e expositores, em três dias de evento que reuniu todos os elos da cadeia da proteína animal – bovinos, suínos, aves e peixes, de 11 a 13 de abril


Segundo os organizadores do evento, houve a movimentação de R$ 2,7 milhões na cidade e as os números superaram todas as expectativas. A programação contou com 18 palestras (incluindo arena Sebrae); sete minicursos; oito painéis e 40 expositores, além do Inovameat Conecta que concentrou as apresentações de inovação. Para o prefeito de Toledo (PR), Beto Lunitti, o evento cumpriu seu papel de trazer inovação, conhecimento e pesquisas para o setor produtivo da cidade. “Nosso crescimento como maior produtor de alimentos do Paraná passa pela melhoria contínua dos processos e capacitação de mão de obra para trabalhar com tecnologia”, frisou. Na abertura do evento, Lunitti anunciou a instalação de uma unidade mista de pesquisa (UMIPI) da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) na cidade, focada em aves, suínos e peixes. A iniciativa de ter um braço da instituição de pesquisa na cidade foi da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (PR), motivada pela concentração de produtores e frigoríficos na região oeste do Paraná. No último dia do evento, (13), o presidente da Embrapa, Celso Moretti, assinou a criação oficial da unidade de Toledo. Segundo Moretti, essa será a sétima UMIPI, unidades que são a porta de entrada para o sistema Embrapa, e que tem como objetivo identificar desafios de pesquisa para a região. “É uma ideia que a Embrapa utiliza há alguns anos, como uma conexão com os 43 centros de pesquisa, conhecendo de perto desafios e necessidades de pesquisa de regiões estratégicas. Apresenta ainda a proximidade física, onde nossa equipe técnica estará mais integrada, conhecendo de perto os problemas”, explica. O Inovameat Toledo abordou temas como biosseguridade, bem-estar animal, inovação e sustentabilidade na cadeia da proteína animal - bovina leiteira, suína, de aves e peixes.

Inovameat


Paranaguá espera exportar 8,3 milhões de toneladas de granéis sólidos no 2º trimestre

Com 117,8 mil toneladas de soja em grão e em farelo, o porto registrou nesta semana o maior embarque diário de granéis de 2023. O volume, se alcançado, será 38,8% maior que o consolidado no 1º trimestre de 2023


O Porto de Paranaguá, no Paraná, espera embarcar para exportação 8.326.500 toneladas de granéis sólidos no 2º trimestre deste ano. A estimativa, divulgada na sexta-feira (14/04), compreende a operação dos terminais e operadores que utilizam não somente o complexo, mas também os demais berços a oeste do porto. O volume, se alcançado, será 38,8% maior que o consolidado no 1º trimestre de 2023, que registrou 5.999.490 toneladas embarcadas. Na última terça-feira (12/04), o porto paranaense registrou o carregamento, em um único dia, de cerca de 117.798 toneladas de soja em grão e em farelo, somente pelo Corredor de Exportação Leste. Este foi o maior volume de embarque diário de granéis de 2023. O Diretor de Operações, Gabriel Vieira, ressalta que há uma demanda crescente pela soja brasileira e o desempenho dos portos paranaenses é essencial para garantir o sucesso do escoamento da produção da safra 2022/2023. “Encerramos o primeiro trimestre mostrando que estamos preparados para o aumento previsto da demanda do mercado externo”, diz Vieira. Ainda de acordo com a expectativa dos operadores de granéis sólidos de exportação, o volume de soja previsto para embarque neste 2º trimestre do ano chega a 5.502.500 toneladas. Do produto em farelo, outras 1.397.000 toneladas e, de açúcar,1.395.000 toneladas. De milho, a quantidade esperada é considerada pequena – 32 mil toneladas. No 1º trimestre do ano, pelos corredores de exportação Leste e Oeste do Porto de Paranaguá, foram carregadas 5.999.490 toneladas de granéis. O volume foi 7% maior que o registrado no 1º trimestre de 2022, com 5.617.605 toneladas. Em janeiro, foram 1.663.632 toneladas carregadas. Em fevereiro, 1.881.506 toneladas (+13,10%, em comparação com o mês anterior), e, em março, chegou a 2.439.348 toneladas (29,65% a mais). De janeiro a março, o maior volume embarcado foi de soja em grãos: 2.103.566 toneladas. Na sequência, vêm o milho (1.914.439 toneladas) e o farelo de soja (1.432.325 toneladas). De açúcar foram 503.515 toneladas carregadas a granel.

Além disso, um volume menor de trigo foi embarcado pelo complexo no 1º trimestre: 45.644 toneladas.

GLOBO RURAL


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar cai pela quarta sessão ante o real e encerra semana abaixo de 5 reais

Após o recuo de quase 3% do dólar nas últimas três sessões, um novo fechamento leva a baixa pelo quarto dia seguido


Além do movimento técnico visto mais cedo, o avanço do dólar no exterior trazia um viés de alta para a moeda norte-americana no Brasil, que não se sustentou durante a tarde. Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que o otimismo em relação ao novo arcabouço fiscal segue limitando a alta da moeda norte-americana. O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9162 reais na venda, em baixa de 0,23%. Este é o menor valor de fechamento para a moeda norte-americana desde 8 de junho de 2022, quando foi cotada a 4,8906 reais. Na semana, a moeda norte-americana acumulou baixa de 2,81%. Na B3, às 17:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, a 4,9260 reais. Segundo Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital, o fato de o diferencial de juros entre Brasil e EUA seguir favorável para a atração de investimentos tem impedido uma alta mais intensa da moeda norte-americana. “Isso está limitado pelo nosso colchão de juros. Enquanto a Selic estiver em 13,75% ao ano, não tem como o dólar subir tanto”, avaliou. “E também não temos estresse na área fiscal ou ruídos vindos do governo”, completou. Além de atrair investimentos em portfólio, o Brasil tem recebido dólares pela via comercial, lembrou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel. No exterior, o dólar seguia em alta neste fim de tarde. Pela manhã, o Banco Central vendeu 14.000 dos 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de junho.

Reuters


Ibovespa fecha dia no vermelho, mas tem melhor semana de 2023

O Ibovespa fechou em leve queda na sexta-feira, alinhado com Wall Street, mas garantiu, ainda assim, a maior alta semanal de 2023 após um IPCA de março abaixo do esperado elevar a perspectiva de um corte na taxa de juros do país antes do previsto


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,17%, a 106.279,37 pontos. Na semana, o índice acumulou alta de 5,41%, a maior desde dezembro de 2022. O volume financeiro na sessão somou 21,3 bilhões de reais. Autoridades brasileiras fizeram diversas declarações na sexta-feira, no encerramento de viagem de comitiva do governo à China, incluindo do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas as falas não geraram movimentos relevantes na bolsa, que seguiu a onda externa. Também foi vista certa correção dos movimentos do início da semana, segundo agentes de mercados ouvidos pela Reuters, à medida que até quarta-feira, a bolsa havia subido 6%. "O que aconteceu nesta semana foi uma descompressão de risco", disse Eduardo Carlier, Co-Diretor de Gestão da Azimut Brasil Wealth Management, citando o IPCA abaixo do esperado na terça-feira --quando o Ibovespa subiu mais de 4%-- como o principal fator. A elevação de 0,71% dos preços em março, contra expectativa dos analistas de 0,78%, elevou a expectativas de que o Banco Central corte a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, antes do que era esperado, com algumas apostas apontando para possibilidade de redução já no começo do segundo semestre. Carlier mencionou que uma leitura positiva da proposta de arcabouço fiscal, ao menos frente ao que era esperado inicialmente, e uma perspectiva de que o ciclo de alta de juros do Federal Reserve (Fed) pode estar próximo do fim, também ajudaram o Ibovespa na semana.

Reuters


Vendas no varejo crescem 1,2% em março, diz índice da Cielo

As vendas do varejo nacional no mês passado subiram 1,2% em termos deflacionados sobre março de 2022, segundo dados divulgados na sexta-feira pela empresa de meios de pagamento Cielo


O indicador ICVA de março apontou crescimento nominal de 7,3% nas vendas do período. Por setores, as vendas de serviços encolheram 2,6% desconsiderando a inflação, enquanto bens duráveis sofreram queda de 6,2%, com destaques para recuos em materiais de construção e vestuário. Bens não duráveis tiveram alta de 6,7% nas vendas deflacionadas em março sobre um ano antes. "O segmento de Drogarias e Farmácias foi um dos mais importantes. Acreditamos que tenha ocorrido uma antecipação de compras em março por causa da alta de preços prevista para abril", afirmou o vice-presidente de produtos e tecnologia da Cielo, Carlos Alves, em comunicado. O ICVA é calculado mensalmente com base em dados de vendas de 1,1 milhão de varejistas credenciados à Cielo.

Reuters


Serviços têm contração no Brasil em janeiro após pico da série

O setor de serviços brasileiro registrou forte contração de volume em janeiro, iniciando o ano em tom negativo após chegar em dezembro ao ponto mais alto da série histórica, em um cenário de desafios com o aumento dos juros e a perda de força da economia global


Em janeiro, o volume de serviços no país teve recuo de 3,1% na comparação com o mês anterior, informou na sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), maior taxa negativa desde março de 2021, período da segunda onda de Covid-19, e pior resultado para o mês na série, iniciada em 2011. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, no entanto, houve expansão de 6,1%. O setor de serviços vem de dois anos seguidos de resultados positivos alimentados pela reabertura da economia após a pandemia de Covid-19, mas neste ano não deve ganhar muito mais força, uma vez que, assim como o restante da economia, passa a sentir com mais força os efeitos defasados da elevação nos juros no país, além da desaceleração da economia global. De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a queda de janeiro elimina o ganho acumulado de 3,0% nos dois últimos meses de 2022. Ele ressalta, entretanto, que a base de comparação está em um patamar elevado. “O setor de serviços continua muito próximo do seu ponto mais alto da série, alcançado no mês passado, o que o coloca em um patamar 10,3% acima do nível pré-pandemia”, disse ele. "É cedo para falar em uma inflexão dos serviços por conta dessa queda em janeiro. Precisamos esperar mais dados para saber se foi algo pontual ou se com o tempo vai se distanciar do pico de dezembro", completou Lobo. O IBGE destacou o desempenho do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, cuja queda de 3,7% no volume exerceu a maior influência negativa no resultado do mês. “A queda do setor é explicada pela parte de armazenagem, que recuou 9,0%, com destaque negativo para gestão de portos e terminais; assim como o transporte aéreo de passageiros, que recuou 5,9% no mês”, explicou Lobo. Também foi destaque negativo o setor de outros serviços, com recuo de 9,9% em janeiro sobre dezembro, em um movimento decorrente de receitas atípicas recebidas no mês anterior pelas empresas que atuam nos segmentos de serviços financeiros auxiliares. O índice de atividades turísticas, por sua vez, avançou 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado positivo seguido, acumulando ganho de 5,3%. Segundo o IBGE, o segmento de turismo está 2,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Reuters


Conab estima produção de grãos em 312,5 milhões de toneladas na safra 2022/23

Com a entrada da fase final da colheita das culturas de primeira safra, a produção de grãos no Brasil no ciclo 2022/23 está estimada em 312,5 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 40,1 milhões de toneladas quando comparada com a temporada 2021/22 – alta de 15%


No caso da área plantada, é esperado um crescimento de 3,3%, o que corresponde à incorporação de 2,5 milhões de hectares, chegando a 77 milhões de hectares. Os dados estão disponíveis no 7º Levantamento da Safra de Grãos divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O bom desempenho é explicado não só pelo aumento de área, como também pela melhoria da produtividade de culturas como soja, milho, algodão, girassol, mamona e sorgo. No entanto, o resultado consolidado ainda depende do comportamento climático, fator preponderante para o desenvolvimento das culturas de 2ª e 3ª safras. A soja segue como o produto com maior volume colhido no país, com uma produção estimada em 153,6 milhões de toneladas. Com índice de colheita em 78,2%, conforme indica o Progresso de Safra divulgado nesta semana pela Companhia, a boa produtividade nas lavouras segue sendo confirmada e está estimada em 3.527 quilos por hectare. Para o milho, a Conab aponta para um aumento tanto em área como em produção. O cultivo do cereal está estimado em 21,97 milhões de hectares, acréscimo de 1,8%, com aumento para a área semeada na 2ª safra e redução na 1ª. Já a colheita total do grão está estimada em 124,88 milhões de toneladas, influenciada pelo incremento da produção de 8,8% na 1ª safra e de 11% na 2ª, podendo chegar a 27,24 milhões de toneladas e 95,32 milhões de toneladas, respectivamente. Outro produto que apresenta crescimento é o sorgo, influenciado pela perda da janela ideal de plantio do milho em algumas regiões produtoras e por ser um produto mais resistente à estiagem, a produção do grão pode ultrapassar as 3,7 milhões de toneladas nesta safra. Já para o arroz, a produção estimada é de 9,94 milhões de toneladas. O menor volume produzido é explicado pela queda na área destinada ao produto, aliada às condições climáticas adversas registradas no desenvolvimento da cultura, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão. Queda também na área total a ser semeada de feijão, podendo chegar a 2,76 milhões de hectares. Somando as 3 safras, a produção deve ficar em 2,95 milhões de toneladas. Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de exportação de soja da safra 2022/23, com expectativa de atingir um volume de 94,35 milhões de toneladas. A estatal também alterou as projeções de consumo interno para o óleo de soja, que passam de 9,15 milhões de toneladas para 8,29 milhões de toneladas.

CONAB


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