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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 936 DE 28 DE AGOSTO DE 2025

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 936 | 28 de agosto de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Boi gordo: equilíbrio no mercado

Na quarta-feira (27/8), 5 das 17 regiões pecuárias brasileiras monitoradas pela Agrifatto registraram valorização nos preços da arroba: SP, BA, ES, MA, PA, RO e TO. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias

 

Os preços do boi gordo sem padrão-exportação e do “boi-China” subiram R$ 2/@ nesta quarta-feira nas praças de São Paulo, para R$ 312/@ e R$ 317/@, apurou a Scot Consultoria. Pelos dados da Agrifatto, 5 das 17 regiões pecuárias registraram valorização na arroba do boi gordo: SP, BA, ES, MA, PA, RO e TO. Nas 12 praças restantes, as cotações ficaram estáveis. “O desempenho das exportações de carne bovina continua sendo o principal pilar de sustentação do mercado”, apontam os analistas da Agrifatto. Na parcial do mês (16 dias úteis de agosto), o Brasil embarcou cerca de 213 mil toneladas da proteína in natura, com expectativa de ultrapassar 265 mil toneladas até final de agosto, um recorde para o período, relatou a consultoria. Neste período final do mês, a demanda por carne bovina no varejo de São Paulo permanece baixa, com pouca movimentação entre segunda e quarta-feira, informou a Agrifatto. “O mercado segue retraído, sem sinais concretos de melhora”, observou a consultoria. Segundo os analistas da Agrifatto, embora os preços do boi gordo tenham subido em algumas regiões nesta quarta-feira, o mercado físico iniciou a semana com estabilidade na maioria das praças pecuárias, mesmo diante de um movimento mais agressivo dos frigoríficos, que têm pressionado por reajustes negativos desde a última sexta-feira. Entre os fatores que têm amenizado maiores oscilações nas cotações da arroba, aponta a Agrifatto, destacam-se os contratos a termo, os bois de parceria e os animais de confinamento próprio, estratégias adotadas pelos grandes frigoríficos para fortalecer o planejamento das programações de abate. No mercado futuro a sessão de terça-feira (26/8) da B3 foi de leve baixa para os contratos do boi gordo. O papel com vencimento em outubro/25, pico da entressafra de “boiadas de capim”, foi negociado a R$ 325,75/@, com recuo de 0,34% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo desta quarta-feira (27/8), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abates de nove dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$305,00. Escalas de oito dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. GOIÁS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de nove dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

México deve habilitar 14 novos frigoríficos para exportar carne bovina brasileira

Com a autorização, serão 50 unidades aptas a exportar ao País

 

O México é a nova aposta do mercado da carne bovina brasileira, segundo o ministro da Agricultura e Pecuária brasileiro, Carlos Fávaro. Após ocupar o lugar dos Estados Unidos nas compras de agosto, somando pouco mais de 10 mil toneladas adquiridas até segunda-feira, 25, o objetivo agora é ampliar o número de plantas habilitadas para exportar ao país.  Caso recebam autorização, subirá para 50 o número de plantas habilitadas a exportar para o país latino-americano. Veja a lista de plantas que podem receber autorização para exportar para o México: Espírito Santo: Frisa. Rondônia: Minerva, Distriboi e JBS. Mato Grosso: Marfrig, Minerva e Agra. Minas Gerais: Minerva. Goiás: JBS e Prima. São Paulo: Meat Snack e Better Beef. Rio Grande do Sul: BRF. Mato Grosso do Sul: Iguatemi.

O Estado de São Paulo

 

CARNES

 

China fecha 1º semestre de 2025 registrando recordes históricos na produção de carnes

O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China divulgou dia 26 dados sobre a produção chinesa de proteína animal no segundo trimestre de 2025. O Ministério ressaltou que o volume produzido no decorrer dos seis primeiros meses do ano alcançou recorde histórico.

 

O crescimento foi impulsionado, principalmente, pela produção das carnes de frango e bovina, cujos volumes atingiram 12,7 milhões de toneladas e 3,42 milhões de toneladas, respectivamente. A produção de carne suína também retomou o crescimento, ajudando a aumentar a oferta geral no país, enquanto a produção de carne ovina diminuiu. A avicultura foi responsável por mais de 60% do crescimento da produção chinesa no período, com a carne suína representando 30% e a bovina, 10%. O excesso de oferta e a queda dos preços estão pressionando o setor produtivo.

UK Agro Consult

 

FRANGOS

 

Peso médio do frango aumentou mais de 23%

Dados do IBGE acerca do abate de frangos em estabelecimentos sob inspeção federal, estadual ou municipal mostram que o número médio de cabeças abatidas no 2º trimestre de 2025, de pouco mais de 546 milhões/mês, foi perto de 2,5 vezes maior que o registrado nos primeiros meses dos anos 2000, ocasião em que os abates não foram muito além dos 215 milhões de cabeças/mês.

 

O aumento foi próximo de 155%. Já a carne de frango decorrente desses abates aumentou mais de três vezes, passando de 370 mil toneladas mensais para cerca de 1.140 toneladas mensais em junho passado. Aumento superior a 200%. O que fez a diferença é a combinação de melhoramento genético, nutrição, controle sanitário e manejo e incluso o bem-estar ambiental. Graças a isso, o frango que, criado e abatido no começo dos anos 2000, pesava menos de 1,750 kg, em 2025 vem sendo abatido com até 2,140 kg, aumento próximo de 23%.

IBGE

 

GOVERNO

 

Brasil e México vão ampliar cooperação agropecuária

Governo mexicano se comprometeu em adotar protocolo de regionalização em caso de surtos de doenças em granjas brasileiras. Acordo envolve interesses comuns na produção agrícola e pecuária dos dois países.

 

O Brasil e o México estabelecem um marco legal para cooperação agropecuária entre os dois países. A assinatura do Memorando de Entendimento aconteceu nesta quarta-feira, 27, após reunião entre o ministro da Agricultura e Pecuária brasileiro, Carlos Fávaro, com o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural mexicano (Sader), Júlio Antônio Berdegué Sacristán. Segundo o Mapa, o acordo trata de interesses de áreas mútuas entre os países na produção agrícola e pecuária, acompanhamento técnico de pequenos e médios produtores, soberania alimentar, sanidade animal e vegetal. Além disso, visa ainda a promoção de pesquisa e inovação tecnológica, financiamento e seguro rural, além de instrumentos que facilitem a comercialização de produtos agrícolas. De acordo com o memorando, Brasil e México realizarão intercâmbio de informações, tecnologias e boas práticas, assim como visitas técnicas e atividades estratégicas de facilitação do comércio bilateral. Para isso, será criado um grupo de trabalho com representantes das áreas técnicas de ambos os países que irá identificar as áreas de interesse comum, planejar, implementar e atualizar o plano de trabalho. No encontro, Fávaro destacou a importância da relação com o México e o comprometimento do Brasil com a rastreabilidade bovina. Segundo ele, a abertura do mercado de carne bovina e suína no México, em 2023, vem trazendo resultados muito positivos para ambos os países. Neste mês, os mexicanos ultrapassaram os Estados Unidos e se tornaram o segundo principal destino do produto brasileiro. O ministro da Agricultura afirmou que, após o período de consolidação dessa abertura, empresas privadas do Brasil começaram a efetivar negócios, resultando em um crescimento de aproximadamente 250% nas exportações de carne bovina em apenas 2 anos e 8 meses. “No mesmo período, as vendas de carne suína aumentaram 95% e as de frango, 14%. Esses avanços são benéficos não apenas para o Brasil, mas também para o México, que, em seu programa de combate à inflação dos alimentos, encontra a oportunidade de adquirir carnes de alta qualidade”, detalhou. Já o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Júlio Berdegué, reafirmou o compromisso do país em adotar, no prazo de até dez dias após a ocorrência de eventuais casos de infecção em plantel aviário, — como a gripe aviária — um protocolo de regionalização que assegure a continuidade das exportações brasileiras. Além do avanço nesse entendimento sobre o comércio de frango, também progrediram as negociações para a entrada do pêssego mexicano no mercado brasileiro e para a ampliação das vendas de atum do Brasil ao México.

O Estado de São Paulo

 

MEIO AMBIENTE

 

Emissões de metano do Brasil bateram recorde em 2023, aponta estudo

Pecuária foi responsável por 14,5 milhões de toneladas das 21,1 milhões de toneladas emitidas no período. Melhoramento da dieta animal e aumento do abate precoce de bovinos são propostas para reduzir as emissões de metano da pecuária

 

As emissões brasileiras de metano alcançaram 21,1 milhões de toneladas em 2023, segundo maior nível da série histórica, de acordo com levantamento divulgado hoje pelo Observatório do Clima com base em dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Desse total, 14,5 milhões de toneladas são atribuídos à atividade pecuária, um recorde para o setor. “Não é um aumento pequeno. O metano é um gás de efeito estufa que pode aquecer o planeta muito mais do que o gás carbônico (CO2). Suas moléculas, embora tenham vida útil mais curta na atmosfera (entre 10 e 20 anos), têm potencial de aquecimento global 28 vezes maior que o do CO2 num período de cem anos”, detalha a organização em nota. O intuito do levantamento é contribuir para as metas de descarbonização apresentadas pelo Brasil em 2021 durante COP26 em Glasgow, quando o país se comprometeu a reduzir em 30% suas emissões globais de metano até 2030. Atualmente, o Brasil é o quinto maior emissor de metano do mundo, atrás de e China, Estados Unidos, Índia e Rússia. Dentre os compromissos propostos pela organização para que o Brasil alcance sua meta, estão o melhoramento da dieta animal pelo melhor manejo das pastagens, melhoramento genético animal, o aumento do abate precoce de bovinos para corte totalizando 85% dos abates nacionais com até 30 meses em 2035 e o uso de aditivos alimentares por até 45% do rebanho nacional. “Para liderar a ambição climática mundial, o Brasil precisa focar em soluções de regeneração florestal, recuperação de solo e adoção de energias renováveis. Ao mesmo tempo, terá de reduzir as emissões de metano, lidando com a magnitude da atividade pecuária, a precariedade da gestão de resíduos sólidos e a pobreza energética”, afirma, em nota, o coordenador do SEEG, David Tsai.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Rodovias do Paraná têm reajuste de 7,52% nos valores do pedágio

As tarifas em oito praças de pedágio administradas pela EPR Litoral Pioneiro no Paraná serão reajustadas a partir desta quinta-feira (28). O aumento, previsto em contrato, foi autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

 

Segundo a concessionária, o cálculo considera a tarifa básica definida pelo Programa de Exploração da Rodovia, a inflação anual, a extensão da rodovia sob concessão, intervenções realizadas e outras avaliações técnicas. O pedágio pode ser pago em dinheiro, cartão de crédito ou débito. Motocicletas e veículos oficiais têm isenção. Usuários com tag de pagamento automático recebem descontos: Desconto Básico de Tarifa (DBT): 5% para todos os veículos com tag. Desconto de Usuário Frequente (DUF): para veículos de passeio, aplica redução progressiva a cada passagem pela mesma praça, no mesmo sentido, dentro do mesmo mês, até a trigésima passagem. A partir da 31ª passagem, é cobrado o valor da 30ª passagem. “O DUF é um programa que beneficia todos os usuários, principalmente aqueles motoristas frequentes”, afirma o diretor-presidente da concessionária, Marcos Moreira. Ele lembra que os sistemas eletrônicos oferecem conforto e rapidez, eliminando paradas nas cabines. Desde fevereiro de 2024, início da concessão, a EPR Litoral Pioneiro afirma que investiu mais de R$ 500 milhões na manutenção e modernização de 605 quilômetros de rodovias federais — BR-153, BR-277 (entre Curitiba e Paranaguá) e BR-369 — e estaduais — PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855. Esta é a primeira vez que a PR-092 e as avenidas Bento Rocha e Ayrton Senna, em Paranaguá, estão sob concessão. A operação envolve cerca de 600 empregos diretos e 915 colaboradores de 47 empresas terceirizadas, atuando em 27 cidades paranaenses. Entre os trabalhos realizados estão a recuperação de mais de 600 quilômetros de faixas, a implantação ou substituição de 21 mil placas de sinalização vertical, a pintura de mais de 560 mil m² de sinalização horizontal e a instalação de 252 mil tachas. Os usuários contam com atendimento médico e operacional 24 horas pelo número 0800 277 0153, que também funciona via WhatsApp. Em 18 meses, foram realizados 185 mil atendimentos a 120 mil ocorrências, incluindo 7,5 mil atendimentos médicos, conforme informações da concessionária.

Gazeta do Povo

 

Sul do Brasil cresce 8% ao ano e demanda execução urgente de projetos logísticos, avalia setor

A região Sul do Brasil, responsável por mais de 16% do PIB nacional, cresce a taxas de 8% ao ano, mas enfrenta o desafio urgente de transformar planejamento logístico em execução. O alerta foi dado durante o seminário “Logística no Brasil”, realizado na terça-feira (26) em Curitiba (PR), para debater entraves e soluções para a infraestrutura da região para o agronegócio e a indústria.

 

O evento foi promovido pelo Valor Econômico em parceria com a Editora Globo e órgãos do governo federal. O coordenador-geral de Política de Planejamento do Ministério dos Transportes, Rodrigo Ferreira, defendeu que o Plano Nacional de Logística (PNL) busca ser mais do que um documento técnico. “O planejamento é um processo, não apenas um relatório. É preciso que converse com as demandas da sociedade e dê previsibilidade para o setor privado”, afirmou. Marcelo Vinaud Prado, diretor de Mercado e Inovação da Infra S.A., órgão vinculado ao governo federal, ressaltou a importância dos planos estaduais de logística no Sul, elaborados em conjunto por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para ele, a região tem “imensos desafios e oportunidades”, com destaque para a modernização da malha ferroviária e a ampliação da infraestrutura portuária. “Há uma cultura de acreditar no planejamento. O desafio é garantir sua execução, com projetos sustentáveis e resilientes”, disse. O diretor de operações da empresa Portos do Paraná, Gabriel Vieira, lembrou que o leilão de concessão do canal de acesso em Paranaguá deve atrair investimentos bilionários e ampliar a competitividade frente a vizinhos. “Com dragagens e aprofundamento, vamos receber navios maiores e reduzir custos logísticos”, afirmou. A expansão da capacidade também foi defendida pelo gerente institucional do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Rafael Stein. O terminal de contêineres, maior empregador de Paranaguá, movimentou 1,5 milhão de TEUs - medida equivalente a contêineres de 20 pés de comprimento - em 2024 e prevê novos aportes de R$ 400 milhões. “No setor portuário não existe estagnação. Ou você investe, ou perde espaço para concorrentes”, pontuou. Já as estradas — como principal modal para escoamento da produção — voltaram a ser elencadas como ponto de atenção pelo presidente da Federação Empresas Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), coronel Sérgio Malucelli. Para ele, os gargalos rodoviários ameaçam o crescimento do setor produtivo. Ele cobrou a duplicação da BR-277 e a criação de noivos acessos ao litoral. “Temos só uma estrada chegando a Paranaguá. Se não resolvermos, em poucos anos o escoamento estará colapsado”, disse. O seminário mostrou que, apesar da eficiência crescente dos portos e avanços em planejamento, a Região Sul ainda enfrenta estrangulamentos em rodovias, ferrovias e na diversificação da matriz logística. A necessidade de continuidade nos investimentos para o avanço da logística no Sul do país foi consenso. Ex-governador do Paraná e atual presidente do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Orlando Pessuti afirmou que obras estruturais não podem ser interrompidas a cada troca de gestão. “Falta visão de longo prazo. Precisamos pensar como país e não apenas em mandatos”, disse. Já o superintendente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, reforçou que a indústria regional cresce a taxas de 8% ao ano, mas depende de infraestrutura para manter a competitividade. “Não adianta apenas planejar. Ou executamos os projetos ou teremos que pedir para nossa indústria parar de crescer, porque não haverá como escoar a produção”, alertou.

Gazeta do Povo

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar à vista encerra em queda ante o real com ajuste de posições e exterior 

Divisa brasileira encerrou o pregão entre as cinco moedas com melhor desempenho do dia, das 33 mais líquidas acompanhadas pelo Valor 

 

O dólar à vista encerrou o pregão da quarta-feira em queda leve, em um dia marcado pela ausência de gatilhos para o movimento do câmbio, o que levou a ajustes de posições, conforme a leitura de operadores. Pela manhã, a moeda americana abriu em alta, em linha com o exterior diante da atenção dos agentes financeiros com o atrito entre Donald Trump e Federal Reserve (Fed), enquanto à tarde houve uma reversão de movimento, também em conformidade com o que ocorreu no ambiente global. O real encerrou o pregão entre as cinco moedas com melhor desempenho do dia, das 33 mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou depreciação de 0,32%, cotado a R$ 5,4164, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,4145 e encostado na máxima de R$ 5,4568. Já o euro comercial teve queda de 0,37%, a R$ 6,3014. No exterior, perto das 17h20, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caía 0,02%, aos 98,209 pontos.

Valor Econômico

 

Ibovespa fecha em alta de 1% com apoio de blue chips, mas volume decepciona

A melhora das bolsas americanas perto do fim do pregão ajudou a incrementar o avanço da principal referência acionária da bolsa local

 

Depois de passar por uma manhã de forte instabilidade, o Ibovespa ganhou força no começo da tarde, apoiado pela intensificação dos ganhos de blue chips e por dados do Caged. A melhora das bolsas americanas também ajudou a incrementar o avanço da principal referência acionária da bolsa local. Após encostar nos 137.456 pontos, na mínima da sessão, o índice encerrou em alta forte de 1,04%, aos 139.206 pontos, perto da máxima intradiária de 139.281 pontos. A forte movimentação ocorreu em um dia em que o volume financeiro do Ibovespa foi de apenas R$ 11,7 bilhões e de R$ 16,9 bilhões na B3.

Valor Econômico

 

Brasil abre 129.775 vagas formais de trabalho em julho

O Brasil abriu 129.775 vagas formais de trabalho em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em resultado abaixo do esperado divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

 

O resultado do mês passado foi fruto de 2.251.440 admissões e 2.121.665 desligamentos e ficou abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 135.577 vagas. O saldo de julho foi o mais baixo desde março, que teve abertura de 79.521 vagas, e o resultado mais fraco para o mês desde 2020, início da pandemia de Covid-19, com saldo positivo de 108.476 postos. No mesmo mês em 2024, foram criadas 191.373 vagas de trabalho. Já no acumulado do ano, o saldo positivo é de 1.347.807 postos, o menor número desde 2023, que registrou abertura de 1.173.720 vagas. Os cinco grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos de vagas em julho. O setor de serviços liderou a abertura, com 50.159 postos, seguido pelo comércio, com 27.325 vagas. Em último lugar, depois dos setores industrial e de construção, ficou o setor agropecuário, com abertura de 8.795 vagas. Os dados dos grupamentos não têm ajustes, com informações prestadas pelas empresas fora do prazo. Questionado, na coletiva de imprensa para a divulgação dos dados, sobre o efeito no mercado de trabalho das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, citou estimativa de impacto direto e indireto sobre 320.000 vagas de emprego, sem detalhar. "Temos um impacto de, no máximo, na ordem de 320.000, 330.000 (vagas) direto e indireto, 121.000 direto e 210.000...no ano", disse, citando um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. "Se tudo der errado, vai dar esse impacto...não vai dar tudo errado", acrescentou.

Reuters

 

Dívida pública federal sobe 0,71% em julho, a R$7,939 trilhões, diz Tesouro

A dívida pública federal subiu 0,71% em julho ante junho, para R$7,939 trilhões, informou o Tesouro Nacional na quarta-feira.

 

No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou R$7,631 trilhões, um crescimento de 0,66%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu R$308,1 bilhões, avanço de 1,96%. Contribuiu para a elevação da dívida pública no mês passado a incorporação de juros no valor de R$89,6 bilhões, em meio a emissões líquidas negativas de R$33,8 bilhões. De acordo com os dados do Tesouro, o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses teve um aumento no mês passado, indo de 11,41% ao ano em junho para 11,63%. O custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna, por sua vez, subiu de 13,52% para 13,68% ao ano. Em relação ao perfil de vencimentos da dívida pública, o Tesouro informou que o prazo médio do estoque passou de 4,14 anos para 4,16 anos em julho. A reserva de liquidez, por sua vez, passou de R$1,030 trilhão em junho para R$988 bilhões em julho. O valor é suficiente para quitar 7,75 meses de vencimentos de títulos, contra 8,44 registrados um mês antes.

Reuters

 

Convergência da inflação à meta está ocorrendo de maneira lenta, diz Galípolo

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse na quarta-feira que a convergência da inflação à meta de 3% está ocorrendo de maneira lenta, com projeções da autoridade monetária e do mercado para os preços nos próximos anos ainda fora do alvo.

 

Em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo, Galípolo afirmou que esse cenário tem demandado do BC uma política monetária mais restritiva, ressaltando que a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, deve permanecer por período prolongado nesse patamar. "A gente está num cenário de ter descumprido a meta... e com expectativas e projeções do Banco Central e do mercado que ainda (mostram que) essa convergência está se dando de uma maneira lenta para a meta de inflação", disse. Galípolo enfatizou que o alvo perseguido pelo BC é o centro da meta de 3%, ressaltando que a banda de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos tem o objetivo de amortecer efeitos de eventuais surpresas. Agentes de mercado têm melhorado gradualmente as expectativas para a inflação, mas ainda esperam que o índice de preços fique acima da meta neste e nos próximos anos, prevendo altas de 4,86% em 2025, 4,33% em 2026 e 3,97% em 2027, segundo o mais recente boletim Focus. O BC, por sua vez, projetou em julho que a inflação ficará em 4,9% neste ano e 3,6% em 2026. No evento, Galípolo disse que o mercado de trabalho no Brasil segue forte, mesmo diante dos juros elevados, e a economia está resiliente. O presidente do BC afirmou que a inflação começou a dar alguns sinais positivos com ajuda da valorização do real frente ao dólar, mas ponderou que a autarquia observa o cenário com parcimônia e não pode se emocionar com um dado pontual.

Reuters

 

Confiança da indústria do Brasil cai em agosto para menor nível desde outubro de 2023, diz FGV

A confiança da indústria do Brasil caiu em agosto para o menor patamar desde outubro de 2023 e registrou a maior queda mensal desde a pandemia de Covid-19, disse a Fundação Getulio Vargas na quarta-feira.

 

O Índice de Confiança da Indústria caiu 4,4 pontos em agosto sobre o mês anterior, para 90,4 pontos, de acordo com a FGV, puxado tanto por uma queda na avaliação sobre a situação atual quanto nas expectativas para o futuro. "A combinação entre a contração da política monetária e o aumento da incerteza, intensificada pelas novas taxações sobre produtos brasileiros, configura um cenário desafiador para o setor", disse o economista do FGV IBRE Stéfano Pacini. "A queda da confiança da indústria em agosto reforça a tendência de insegurança entre os empresários", completou. De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 3,9 pontos, para 93,4 pontos, evidenciando a preocupação de alguns setores com o acúmulo de estoques, segundo Pacini. Já o Índice de Expectativas (IE) teve queda de 4,9 pontos, para 87,6 pontos, com pessimismo do setor em todas as categorias de uso, principalmente em relação às perspectivas para um horizonte de tempo maior, de seis meses, disse ele. "O resultado da sondagem está em linha com a complexidade da macroeconomia para o setor industrial no segundo semestre. Um cenário de contração da política monetária e de aumento da incerteza, em virtude das questões externas envolvendo Brasil e EUA, pode intensificar a desaceleração que já era esperada para o setor", disse Pacini. O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifa comercial de 50% sobre uma série de importações brasileiras ao país. Na cena local, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve no final de julho a taxa básica de juros Selic em 15% ao ano, alertando que antecipa uma manutenção da taxa por período bastante prolongado, também pregando cautela diante de incertezas geradas pela tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros.

Reuters

 

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