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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 321 DE 27 DE FEVEREIRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 321 |27 de fevereiro de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Ausência de frigoríficos nos negócios; Scot informa queda de R$ 10/@ no boi paulista

Para o “boi-China” não houve ofertas de compras na sexta-feira, informou a consultoria


Na sexta-feira (24/2), na praça pecuária paulista, grande parte dos frigoríficos continuaram fora das compras, à espera das definições sobre o caso confirmado de “vaca louca” no Pará. A cadeia pecuária aguarda as conclusões de um laudo definitivo do laboratório da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no Canadá. “Com expectativa de maior oferta de carne destinada ao mercado interno, muitas unidades frigoríficas, principalmente as indústrias que atendem apenas a demanda doméstica, optaram por reduzir a quantidade de dias de abate na próxima semana, à espera de uma definição quanto à exportação”, ressalta a Scot Consultoria. Os frigoríficos paulistas derrubaram em R$ 10/@ o valor do “boi comum” (direcionado ao mercado interno), que agora está cotado em R$ 277/@ (preço bruto, no prazo). Para vacas e novilhas a referência continua sendo os preços anteriores ao Carnaval (17/2), de R$ 261/@ e R$ 275/@, respectivamente (cotação bruta, no prazo). Em âmbito nacional, segundo dados colhidos pelos analistas da S&P Global, na sexta-feira, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo foi praticamente nulo. Alguns movimentos de baixa nos preços da arroba já foram identificados pela S&P Global, notadamente nas regiões onde a estrutura de produção é mais voltada ao mercado externo. “De maneira geral, as indústrias brasileiras continuam fora das compras, devendo retornar ao mercado apenas na próxima terça-feira (28/2), assumindo uma nova estratégia para a composição de suas escalas de abates, hoje estendidas até 3 de março”, prevê a consultoria. No atacado, a lentidão nas vendas de carne bovina geradas pela sazonalidade do período (menor poder aquisitivo da população, diante do distanciamento do pagamento dos salários, no início de cada mês) resultou em ajustes nos preços de alguns cortes bovinos. Na B3, os futuros do boi gordo registraram limite de baixa nas últimas sessões, repercutindo as preocupações com os impactos negativos gerados pelo cancelamento temporário dos embarques ao mercado chinês, informou a S&P Global. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 261/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 233/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca R$ 243/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 233/@ (prazo) vaca a R$ 220/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo) vaca a R$ 240/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 219/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista).

PORTAL DBO


Estatística da pecuária (Noroeste-PR)

O preço do boi gordo na região caiu 1,1% ou R$3,00/@, em sete dias


Com boa parte dos frigoríficos fora das compras, em função da confirmação do caso de “vaca louca” no Brasil (a confirmar a tipicidade da doença), a cotação da arroba do boi gordo está pressionada. Segundo o levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo destinado ao mercado interno está cotado em R$268,00/@, a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). A novilha gorda está cotada em R$261,00/@, sem variação, em sete dias. O diferencial de base do boi gordo no estado em relação a São Paulo, está 5,41% negativo ou R$14,50/@, com o boi gordo na praça paulista cotado em R$282,50/@, preço descontado os impostos e a prazo. Para o curto prazo, a expectativa é de baixa, impulsionada pela suspenção na exportação de carne bovina para o nosso principal comprador externo, a China.

SCOT CONSULTORIA


SUÍNOS


Suínos: queda do preço da carcaça especial em SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 150,00/R$ 155,00, enquanto a carcaça especial baixou 2,75%/2,65%, custando R$ 10,60/kg/R$ 11,00/kg.


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (23), houve queda de 0,12% em Minas Gerais, chegando em R$ 8,35/kg, e de 0,74% em São Paulo, custando R$ 8,08/kg. Ficaram estáveis os valores no Paraná (R$ 7,42/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,20/kg) e em Santa Catarina (R$ 7,44/kg).

Cepea/Esalq


Suínos/Cepea: Preço da carne suína sobe mais que carnes concorrentes

Os preços médios das carnes suína, bovina e de frango desta parcial de fevereiro estão superiores aos registrados em janeiro


Pesquisadores do Cepea ressaltam, contudo, que o movimento de valorização registrado para a proteína suinícola está mais intenso que o observado para as carnes concorrentes. Diante desse contexto, a proteína suinícola vem perdendo a competitividade frente às demais proteínas neste mês. Vale ressaltar que, à medida que o preço médio da carne suína se distancia do frango e se aproxima do valor da carne bovina, ocorre a perda de competitividade da proteína suinícola.

Cepea


FRANGOS


Preços do frango congelado e resfriado em São Paulo subiram na sexta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto o frango no atacado teve recuo de 0,45%, custando R$ 6,62/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Houve registro de queda de 1,00% no Paraná, baixando para R$ 4,94/kg, e retração de 11,16% em Santa Catarina, com preço de R$ 4,30/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (23), o frango congelado teve aumento de 2,93%, avançando para R$ 7,03/kg, enquanto a ave congelada subiu 2,15%, fechando em R$ 7,12/kg.

Cepea/Esalq


Frango/Cepea: Poder de compra de avicultor melhora

Os preços do frango vivo vêm registrando alta nesta parcial de fevereiro, ao passo que os valores dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, estão em queda


Esse movimento tem resultado em melhora no poder de compra do avicultor do estado de São Paulo. Dados do Cepea mostram que, na parcial de fevereiro (até o dia 22), produtores paulistas conseguem adquirir 1,74 quilo de farelo de soja com a venda de um quilo de frango vivo, 3,7% a mais que em janeiro. No caso do milho, na mesma comparação, o avicultor pode adquirir 3,59 quilos do cereal com a venda de um quilo de animal, quantidade 3,8% acima da de janeiro/23.

Cepea


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Terminal portuário no Paraná é arrematado com lance único de 1 milhão

Com lance único no valor de R$ 1 milhão, a empresa FTS Participações Societárias venceu nesta sexta-feira (24) leilão para o arrendamento de área portuária no porto de Paranaguá (PR) denominada PAR50. O valor mínimo da outorga era de R$ 1


Com 85 mil metros quadrados, o terminal portuário é destinado à movimentação e armazenagem de granéis líquidos e fica localizado no lado oeste do cais do porto, que movimentou cerca de 60 milhões de toneladas em 2022. A concessão da área será por um período de 25 anos, quando estão previstos investimentos de aproximadamente R$ 340 milhões.

FOLHA DE SP


Setor produtivo lamenta fim da redução de ICMS sobre energia

Fim do cálculo diferenciado do ICMS autorizado pelo STF deve elevar em 11% as tarifas da Copel


As faturas de energia elétrica da Copel com vencimento em março já poderão vir com um acréscimo. No início do mês, o Ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liminar autorizando o fim do cálculo diferenciado na cobrança do ICMS sobre o fornecimento de eletricidade. A decisão, que deverá resultar em uma alta média de 11% nas contas de luz, desagradou o setor produtivo, que prevê inflação e redução de empregos. A redução na alíquota do ICMS de 29% para 18% foi aprovada pela Lei Complementar 194, votada em outubro do ano passado pelo Congresso Nacional. A medida diminuiu o valor das contas de energia, mas também reduziu a arrecadação dos estados e municípios, já que a Constituição Federal determina que 25% do total arrecadado com o ICMS sejam repassados às prefeituras. Com a aprovação da lei complementar federal, a TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição), que também engloba as tarifas de transmissão de energia e parte dos encargos setoriais, deixou de fazer parte da base de cálculo do ICMS. Agora, com a liminar, ela volta a ser cobrada, embora a alíquota do imposto ainda permaneça reduzida. A decisão do Ministro Luiz Fux veio em resposta a uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), assinada por 11 governadores. O ministro do Supremo destacou que a redução na alíquota do ICMS corresponde a uma queda de cerca de R$ 16 bilhões por semestre na arrecadação dos estados. Fux entendeu também que existe a possibilidade de a União ter “exorbitado o poder constitucional” ao interferir na competência tributária dos estados. A liminar ainda deverá ser confirmada pela Corte do Supremo em julgamento que irá ocorrer nos próximos dias. Segundo a Copel, no final de março devem começar a ser emitidas as primeiras faturas com o novo valor do ICMS, mas no mês que vem o cálculo do imposto será proporcional ao consumo registrado a partir da decisão do STF. A cobrança integral deverá incidir apenas sobre as faturas a serem pagas a partir de abril. A Sefa (Secretaria de Estado da Fazenda) calcula que caso a decisão de Fux seja mantida, irá elevar em R$ 1,8 bilhão ao ano a receita de ICMS no Paraná. A arrecadação total com a cobrança do imposto no Estado caiu 15% após a implantação da lei complementar que autorizou a redução da alíquota. Considerando apenas os setores afetados, disse a Sefa, a perda foi de R$ 3,13 bilhões de agosto a dezembro de 2022. No setor de energia elétrica, a queda na arrecadação foi de R$ 2,01 bilhões no período, o que corresponde a 64% da perda total. A Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) disse que vem acompanhando esse tema com atenção e aguarda desdobramentos, já que por enquanto a decisão do STF de acabar com o fim da cobrança diferenciada de ICMS é em caráter liminar. A federação destacou ainda que vem dialogando com a Copel e outras entidades ligadas ao setor para aprofundar o entendimento sobre o assunto e os eventuais impactos que podem ser sentidos pelo setor industrial.

FOLHA DE LONDRINA


ECONOMIA/INDICADORES


IPCA-15 avança 0,76% em fevereiro com pressão do setor de educação, diz IBGE

A prévia da inflação "oficial" do Brasil avançou mais do que o esperado em fevereiro, influenciada por reajustes de preços no setor de educação no início do ano letivo, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) --uma prévia do IPCA, referência para o regime de metas de inflação-- subiu 0,76% neste mês, acelerando após alta de 0,55% em janeiro. Nos 12 meses até fevereiro, o IPCA-15 avançou 5,63%, abaixo dos 5,87% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. A meta oficial para a inflação este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. Em fevereiro de 2022, o IPCA-15 havia subido 0,99%. Segundo o IBGE, o resultado deste mês foi influenciado principalmente pelo grupo Educação, que disparou 6,41%, representando a maior variação e o maior impacto no índice geral, de 0,36 ponto percentual. Entre os componentes do grupo, a maior contribuição veio dos cursos regulares, que avançaram 7,64% por conta de reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, informou o IBGE. As maiores variações vieram do ensino médio (10,29%), do ensino fundamental (10,04%), da pré-escola (9,58%) e da creche (7,28%). Ensino superior (5,33%), curso técnico (4,50%) e pós-graduação (3,47%) também registraram altas. Incluindo Educação, oito dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA-15 tiveram alta em fevereiro. Entre outros destaques estão os grupos Habitação, que avançou 0,63% no mês, acelerando ante a alta de 0,17% vista em janeiro. Alimentação e bebidas, por sua vez, ganharam 0,39%, arrefecendo frente ao ritmo de 0,55% do mês anterior.

REUTERS


Dólar à vista tem alta ante o real sob influência do exterior

Em sintonia com o exterior, o dólar à vista fechou com alta ante o real na sexta-feira, após novos dados de inflação nos Estados Unidos reforçarem as apostas nos mercados de que os juros norte-americanos subirão ainda mais


A perspectiva de juros mais elevados nos EUA deu força ao dólar em todo o mundo e penalizou divisas de maior risco, como o real brasileiro. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1988 reais, em alta de 1,22%. Na semana --mais curta em função do período de Carnaval--, a moeda norte-americana acumulou elevação de 0,69%. Na B3, às 17:39 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,15%, a 5,2045 reais. Cresceram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) elevará os juros pelo menos mais três vezes em 2023. Em reação, os investidores reduziram ainda mais as posições em ativos de risco – como ações e moedas de países emergentes. Para Felipe Novaes, chefe da mesa de operações do C6 Bank, o processo de convergência da inflação norte-americana para perto de 2% será mais lento, “não permitindo o início do ciclo de redução dos juros americanos antes de meados de 2024”. “Os juros estão fortes nos EUA, mas o Brasil tem atualmente as taxas reais (descontada a inflação) mais elevadas do mundo. Isso acaba limitando também o valor do dólar ante o real. Nas atuais condições, é improvável o dólar superar os 5,30 reais”, afirmou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital. Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional, na operação de rolagem dos compromissos de abril.

REUTERS


Ibovespa cai com risco de juros mais elevado e por mais tempo nos EUA

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, abaixo dos 106 mil pontos, pressionado por receios sobre o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos, enquanto Minerva foi destaque negativo após resultado trimestral aquém das expectativas. MINERVA ON recuou 2,37%, a 11,52 reais, após reportar na véspera prejuízo líquido de 25,7 milhões de reais no quarto trimestre de 2022, contra lucro de 150,3 milhões em igual período do ano anterior


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,67%, a 105.798,43 pontos. Na semana, mais curta em razão do Carnaval, o Ibovespa contabilizou uma perda de 3,1%, afetado particularmente pelo temor de uma taxa terminal mais alta no ciclo de aperto monetário nos EUA e manutenção do juro elevado por mais tempo. O volume financeiro na sexta-feira somava 18,9 bilhões de reais. Nos EUA, o PCE, medida de inflação do consumo amplamente monitorada pelo Federal Reserve (Fed), aumentou 0,6% em janeiro, após alta de 0,2% em dezembro, mostraram dados na sexta-feira. Excluindo alimentos e energia, subiu 0,6%, de avanço de 0,4% um mês antes. Os números vieram poucos dias após a ata da última decisão de juros do Fed não mostrar consenso na redução do ritmo de alta e apontar que os riscos de uma inflação elevada justificam aumentos contínuos na taxa de juros. A resiliência da inflação norte-americana combinada com a divergência sinalizada na ata e em discursos recentes de membros do Fed endossaram receios sobre um eventual esforço adicional de política monetária pelo banco central norte-americano. "Acreditamos que o banco central americano continuará subindo os juros, com pelo menos mais dois aumentos de 25 pontos-base, alcançando a taxa terminal entre 5% e 5,25%, talvez um pouco acima disso", afirmou a equipe do C6 Bank. "O importante, em nossa visão, é que o Fed deve manter os juros elevados por um período prolongado para consolidar o processo de desinflação. Não esperamos cortes de juros antes de meados de 2024", acrescentou em relatório a clientes.

REUTERS


Cepea: Com avanços no preço e volume, faturamento com exportações do agro atinge US$ 160 bi em 2022

Pelo terceiro ano consecutivo, o faturamento com as exportações brasileiras de produtos do agronegócio registrou recorde em 2022


Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizadas com base em dados do Ministério da Economia (ME), Secretaria de Comércio Exterior – sistema Comexstat –, mostram que, de janeiro a dezembro de 2022, o faturamento com as vendas externas do setor somou quase US$ 160 bilhões, 33% acima do registrado em 2021 (US$ 120 bilhões), que, até então, superava o recorde do ano anterior (em 2020, o faturamento somou US$ 101 bilhões). O faturamento com as vendas de produtos do agronegócio de 2022 representou 47% das exportações totais do País e contribuiu para um superávit comercial de US$ 60 bilhões. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário foi resultado dos avanços registrados tanto nos preços médios em dólar quanto no volume embarcado, que foram de respectivos 19% e 12%, de 2021 para 2022. Em moeda nacional, a evolução da taxa real de câmbio doméstica não foi favorável ao setor, mas isso não impediu o aumento do faturamento real em moeda nacional, que foi de 15%. Dentre os produtos do agronegócio considerados nesta pesquisa, com exceção da carne suína, os preços em dólar apresentaram aumento, com destaques para as altas de 55% no do café, de 39% no do milho, de 31% no do etanol e de 24% no do óleo de soja. Quanto aos volumes, os aumentos mais intensos foram verificados para o milho (+112,6%), óleo de soja (+58,1), carne bovina in natura (+27,6%), etanol (+26,3%), celulose (+21,8%), farelo de soja (+18,7), suco de laranja (+10,3%) e carne de frango (+4,2%). O carro chefe das exportações foi a soja e seus derivados, com 38% do faturamento. Em segundo e terceiro lugares estiveram as carnes e produtos florestais, representando 16% e 10% do faturamento. Do lado comprador, a China manteve-se como maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro em 2022, com participação de 32% nas vendas externas do setor. Segundo pesquisadores do Cepea, a participação da China caiu frente à registrada em 2021 (de 33,7%). Depois do crescimento mundial em 2022, a perspectiva é de arrefecimento para 2023.

Cepea


Brasil tem déficit em conta corrente de US$8,791 bi em janeiro com maior remessa de lucros

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 8,791 bilhões de dólares em janeiro, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,87% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central na sexta-feira, sob impacto de remessas mais fortes de lucros ao exterior


O resultado veio pior do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um déficit de 8,2 bilhões de dólares em janeiro. No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 6,877 bilhões de dólares, abaixo dos 7,1 bilhões de dólares projetados na pesquisa. O dado do mês foi puxado por um déficit na conta de renda primária, de 7,808 bilhões de dólares, ante rombo de 5,737 bilhões de dólares em janeiro de 2022. Nesse segmento, as remessas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para 4,500 bilhões de dólares, ante 2,478 bilhões de dólares em mês equivalente do ano passado. O superávit da balança comercial no mês passado foi de 1,208 bilhões de dólares, acima do saldo negativo de 1,355 bilhões de dólares em janeiro de 2022. Já o rombo na conta de serviços ficou em 2,274 bilhões de dólares, contra 2,565 bilhões de dólares no mesmo mês do ano passado.

REUTERS


Confiança do consumidor brasileiro cai em fevereiro ao menor patamar em 6 meses, diz FGV

A confiança dos consumidores brasileiros caiu em fevereiro para o menor patamar em seis meses, devido à percepção de piora da situação atual, principalmente entre as famílias de menor renda, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês queda de 1,3 ponto, a 84,5 pontos, menor nível desde agosto de 2022 (83,6 pontos). "No geral há uma percepção de piora da situação atual, que é mais percebida pelas famílias de menor poder aquisitivo. As perspectivas ainda são cautelosas, apesar de os consumidores ainda serem otimistas em relação ao mercado de trabalho", avaliou em nota a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção dos consumidores sobre o momento presente, caiu 1,8 ponto em fevereiro, para 69,3 pontos, pior resultado desde maio de 2022 (69,1). Já o Índice de Expectativas (IE), indicador do sentimento sobre os próximos meses, perdeu 0,9 ponto, para 95,8 pontos. "O contexto econômico das famílias se altera pouco: maior endividamento, taxas de juros elevadas, desaceleração da atividade econômica e a elevada incerteza devem manter a confiança em patamares baixos em 2023", alertou Bittencourt.

REUTERS


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