CLIPPING DO SINDICARNE Nº 1001 DE 28 DE NOVEMBRO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 1001 | 28 de novembro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Preços do boi gordo têm queda em 5 praças (SP, MS, PR, RO e SC)
Na quinta-feira (27/11), o mercado apresentou pequenas valorizações em algumas regiões, como em São Paulo, onde a arroba recuou, para R$ 320 (média entre o animal “comum” e o “boi-China”), de acordo com apuração da Agrifatto. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de seis dias. Boi China: PARANÁ: R$ 326/@ (à vista) e R$ 330,00/@ (prazo)
O valor médio da arroba nas outras 16 regiões monitoradas diariamente pela Agrifatto também caiu ligeiramente, para R$ 305,30, refletindo as desvalorizações nas cotações em cinco praças: SP, MS, PR, RO e SC. Pelos dados da Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi gordo sem padrão-exportação segue valendo R$ 320/@, enquanto os lotes de “boi-China”, vaca gorda e de novilha terminada são negociados por R$ 325/@, R$ 302/@ e R$ 312/@, respectivamente (valores brutos, no prazo). Segundo os analistas da Agrifatto, em boa parte das regiões monitoradas, os frigoríficos tentam adquirir animais por valores abaixo da referência. Porém, diz a consultoria, nas plantas exportadoras de SP, MS, MT e GO, as compras de boiadas gordas seguem em ritmo compassado, enquanto as unidades voltadas ao mercado interno intensificam a pressão baixista nos preços da arroba. “O volume negociado recentemente segue limitado e insuficiente para alongar as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros, que permanecem atendendo, em média, entre sete e oito dias úteis”, relatou a Agrifatto. Paralelamente, continua a Agrifatto, entre os agentes do mercado pecuário, cresceram as expectativas de uma demanda mais firme por parte dos EUA e da China, o que reforça o cenário de preços sustentados, criando espaço para novas valorizações nas cotações do boi gordo, inclusive no mercado futuro da B3. Na quarta-feira (26/11), os contratos futuros do boi gordo registraram leve valorização. O papel com vencimento em dezembro/25, por exemplo, fechou o pregão a R$ 319,85/@, um alta de 0,17% em relação ao dia anterior.
Cotações do boi gordo desta quinta-feira (27/11), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. GOIÁS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$295,00 por arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. Preços brutos do “boi-China” na quinta-feira (27/11), de acordo com levantamento diário da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 321,00/@ (à vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto região Sul): R$ 316,00/@ (à vista) e R$ 320,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 301,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 318,00/@ (à vista) e R$ 322,00/@ (prazo) GOIÁS: R$ 312,00/@ (à vista) e R$ 316,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 306,00/@ (à vista) R$ 310,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ: R$ 299,00/@ (à vista) e R$ 303,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 276,50/@ (à vista) e R$ 280,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 301,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 298,00/@ (à vista) e R$ 302,00/@ (prazo).
AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA
Oferta de gado deve começar a se reduzir em 2026, prevê Itaú BBA
Preços do boi não têm acompanhado a valorização nas cotações do bezerro, com a relação de troca se deteriorando para o terminador
A oferta de gado deve começar a se reduzir em 2026, fortalecendo o movimento de alta nos preços do boi gordo de acordo com a Consultoria Agro do Itaú BBA. “A gente vê produtores com dificuldade de comprar boi magro para reposição. O setor deve terminar este ano com abate 5% maior em número de cabeças e produção de carne 3% maior. A diferença se dá porque houve muito abate de fêmeas”, afirmou Cesar Castro Alves, gerente da consultoria agro do Itaú BBA. A consultoria espera redução no percentual de fêmeas abatidas em 2026 e volume de gado terminado ligeiramente menor em relação a este ano. Alves destacou o crescimento da exportação em 2025, em torno de 15%, o que ajudou a impulsionar preços. Ele ponderou que a retirada da sobretaxa à carne bovina pelos Estados Unidos neste mês deve favorecer a retomada dos embarques para aquele país, mas o crescimento das exportações brasileiras virá sobretudo da China, destino de mais de 40% da carne bovina brasileira exportada. Alves disse que a investigação pelo governo chinês de medidas de salvaguarda sobre a importação de carne bovina é um ponto de atenção para o setor. A China anunciou na terça-feira (25/11) que postergou o prazo de encerramento da investigação para janeiro de 2026. A investigação avalia se as importações de carne bovina tiveram efeito negativo para a indústria local na China. No setor, há preocupações sobre o risco do país impor restrições à carne brasileira, como cotas para importação. Mas, em linhas gerais, a perspectiva é de preços aquecidos no exterior, dado o quadro de restrição na oferta de gado para abate nos principais países concorrentes do Brasil, como Estados Unidos, Austrália e Argentina. Alves destacou que os preços do boi não têm acompanhado a valorização nas cotações do bezerro, com a relação de troca se deteriorando para o terminador. “Os preços do bezerro apresentam tendência mais clara para subir. A cria tende a manter seu curso de valorização, em virtude da redução dos nascimentos, após anos de descarte de fêmeas”, disse Alves. Já o preço do boi gordo dependerá não apenas de uma redução efetiva nos abates, mas também da manutenção de uma demanda externa consistente, segundo o analista.
GLOBO RURAL
SUÍNOS
Suínos/Cepea: Competitividade da carne suína frente à bovina cresce
Dados do Cepea mostram que a diferença entre os preços da carcaça especial suína e da carcaça casada bovina – ambas negociadas no mercado atacadista da Grande São Paulo – cresceu quase 10% entre outubro e novembro.
Segundo pesquisadores do Cepea, essa ampliação no diferencial evidencia o ganho de competitividade da proteína suína frente à bovina. Em 2025, a diferença média entre os valores destas carnes está em 9,47 Reais/kg, em termos reais (os valores foram corrigidos pelo IPCA de outubro), a maior desde 2022, quando esteve em 12,64 Reais/kg. Avaliando os dados mensais do Cepea ao longo de 2025, verifica-se que a carne suína esteve bastante atrativa em detrimento da bovina, com a diferença entre os preços ficando acima de 9 Reais/kg em boa parte dos meses. O momento mais competitivo da carne suína foi observado em janeiro, quando o diferencial frente à proteína bovina atingiu 11,69 Reais/kg.
Cepea
2026: Crescimento em suínos
A suinocultura também dá sinais de crescimento para 2026, após um aumento na produção nacional de 5% neste ano, acompanhada de uma elevação de 15% nas exportações.
Para Cesar Castro Alves, gerente da consultoria agro do Itaú BBA, o setor vivencia um momento favorável, com aumento nas margens de vendas e custos reduzidos pela queda nos preços dos grãos. “Continuamos prevendo custos de produção baixos para o ano que vem, mas os preços da carne vão depender da evolução da demanda. Em 2025, o país expandiu as exportações de carne suína. Os mercados asiáticos, responsáveis por 65% do total embarcado, continuam impulsionando as exportações, com destaque para Filipinas, Japão e Vietnã, cujas compras mais que compensaram a queda das vendas para a China.
GLOBO RURAL
FRANGOS
Carne de Frango: cenário favorável
O setor brasileiro de carne de frango entrará em 2026 com um cenário mais favorável em relação a este ano, quando o setor sofreu o impacto do episódio de gripe aviária no Rio Grande do Sul.
A Consultoria Agro do Itaú BBA prevê um aumento de 2% na produção de carne de frango no país em 2026, após crescimento de 3% em 2025. Cesar Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, disse que o cenário de custos segue favorável, com perspectiva de aumento da produção de milho em relação a este ano, embora haja preocupações com o atraso no plantio. “As proteínas mais intensivas em ração vão ser muito favorecidas pela questão da infraestrutura de custos mais baixa”, afirmou o analista. Ele acrescentou que o surto de gripe aviária ficou restrito a uma única granja comercial no Rio Grande do Sul, passando credibilidade ao mercado externo em relação às ações de biossegurança adotadas no Brasil.
Após quatro meses de restrições às exportações, entre maio e agosto, os países retomaram as compras gradualmente. Mais recentemente, China e União Europeia suspenderam embargos, abrindo espaço para a normalização das exportações no curto prazo. “Para o ano que vem a expectativa é de um bom desempenho da exportação”, disse Alves.
GLOBO RURAL
GOVERNO
Renegociações de dívidas rurais levam R$ 90 bi de crédito da safra
CMN permite a bancos o uso de recurso de poupança rural e LCAs para repactuações
Recursos que serão usados para as renegociações diminuirão o valor disponível para financiamentos da safra 2025/26
As renegociações das dívidas de produtores rurais afetados por adversidades climáticas nos últimos cinco anos, previstas na medida provisória (MP) 1.314/25, poderão “tirar” quase R$ 91 bilhões de novas contratações de financiamentos do Plano Safra 2025/26. A previsão consta em um documento do Banco Central (BC), que alterou regras das operações de renegociação feitas com recursos livres das instituições financeiras. flexibilização permite que o dinheiro “novo”, captado a custos mais baratos e que deveria ser emprestado em novos financiamentos nesta safra, seja usado para renegociar as dívidas e cumprir as obrigações dos bancos. Na visão de técnicos e do governo, a medida não vai afetar o ritmo de contratação nem desequilibrar o atendimento da demanda de empréstimos da temporada atual. Na quinta-feira (13/11), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma regra proposta pelo BC para que os saldos das linhas de crédito concedidas para liquidar as dívidas vencidas ou a vencer no âmbito das renegociações possam ser usados para o cumprimento das exigibilidades, previstas no Plano Safra, de direcionamento da poupança rural e das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).
Como as dívidas renegociadas serão liquidadas ou amortizadas com os recursos das novas linhas, os saldos dessas operações, originalmente contratadas com recursos captados pelas instituições financeiras por poupança rural ou LCAs, deixam de existir e de cumprir as exigências de aplicação previstas para o período. Isso resultaria em uma “lacuna no volume alocado” para o atendimento das exigibilidades e criaria uma insegurança entre as instituições financeiras, o que poderia reduzir seu interesse em participar das renegociações de dívidas dos produtores, segundo a exposição de motivos da norma aprovada pelo CMN. Nesta safra, as instituições financeiras são obrigadas a manter aplicados em operações de crédito rural 70% do saldo médio das captações em poupança rural e 60% das emissões de LCAs. Nessas fontes, o saldo das obrigações passa de R$ 373 bilhões. Agentes que não cumprem a determinação sofrem punição do BC no fim do ciclo. No caso das operações renegociadas que estavam lastreadas em poupança rural, com subvenção ou livre, a nova regra diz que as instituições financeiras deverão enquadrá-las como “poupança rural livre” e mantê-las nessa fonte até sua liquidação. A readequação só poderá ser feita até o limite de 10% da exigibilidade total de aplicações dessa fonte em crédito rural nesta safra, para “preservar recursos da exigibilidade da poupança, principalmente para o caso de ocorrerem quedas nas captações de recursos dessa fonte”, de acordo com o BC. O que eventualmente exceder o teto será desconsiderado.
A estimativa inicial era de que as contratações sob exigibilidade da poupança rural seriam de R$ 76,4 bilhões na safra 2025/26. Considerando as novas regras para redirecionar recursos para renegociações, o impacto potencial avaliado pelo CMN é de redução de até R$ 17 bilhões sobre novas contratações até junho do ano que vem. A normativa também abre espaço para o uso de novos recursos a juros livres, captados por meio de LCAs, nas renegociações de dívidas de crédito rural de custeio e de investimento e de Cédulas de Produto Rural (CPRs) emitidas em favor das instituições financeiras, cooperativas ou fornecedores de insumos. Já as dívidas de produtores com CPRs poderão ser reenquadradas para a fonte de LCA - Taxa Livre até o limite de 22% da exigibilidade inicial, que era de R$ 200 bilhões para a aquisição de títulos do agronegócio na safra 2025/26. Neste caso, o impacto estimado pelo CMN é de redução de até R$ 42,4 bilhões sobre novas contratações. Desta forma, a soma do impacto potencial, que considera o uso dos limites totais dos saldos das renegociações para cumprimento das exigibilidades em poupança e LCAs, é de R$ 90,9 bilhões. O Plano Safra 2025/26 foi anunciado com R$ 594,4 bilhões, considerando as CPRs. De julho a outubro, os desembolsos foram de R$ 214,3 bilhões, queda de 7% na base anual.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná registra 3º maior saldo de empregos do Brasil de janeiro a outubro de 2025
Estado teve saldo de 129,4 mil vagas de trabalho formais no acumulado entre janeiro e outubro, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. Os dados fazem parte da mais recente atualização mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada na quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O Paraná registrou o terceiro melhor saldo de empregos do Brasil, com 129,4 mil vagas de trabalho formais no acumulado do ano, de janeiro a outubro. Os dados fazem parte da mais recente atualização mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). De acordo com o relatório, apenas São Paulo (502,7 mil) e Minas Gerais (159,6 mil) tiveram resultados superiores no período. O saldo se refere à diferença entre o número de admissões menos o número de desligamentos. Ao todo, o Paraná registrou 1.780.859 contratações e 1.651.498 desligamentos nos primeiros dez meses do ano. A variação relativa em outubro, que indica a taxa de crescimento mensal de empregos formais, foi de 4,02% – ligeiramente acima da média nacional, de 3,82%. As cidades com maiores saldos dentro desse cenário foram Curitiba (28,2 mil), Londrina (9,6 mil), São José dos Pinhais (6,6 mil), Maringá (5,4 mil), Cascavel (5,3 mil) e Toledo (4,9 mil). Já no recorte dos últimos 12 meses, compreendendo de novembro de 2024 a outubro de 2025, o Paraná apresentou um saldo de 94.257 empregos formais. Somente São Paulo e Rio de Janeiro, com 358 mil e 103 mil, respectivamente, conseguiram marcas melhores. Em se tratando apenas dos números de outubro, o desempenho paranaense foi o quarto melhor do País, com saldo de 7.961 vagas abertas – resultado de 173.705 contratações e 165.744 desligamentos. São Paulo (18,4 mil), Distrito Federal (15,4 mil) e Pernambuco (10,5 mil) dominaram esse ranking. O Caged avaliou ainda o salário médio de admissão no mês de outubro. Nesse quesito, o Paraná obteve a quinta colocação, com vencimentos de R$ 2.258,73. Esse valor é 0,47% maior do que setembro e 1,67% superior ao mesmo mês de 2024. Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro apareceram à frente na lista.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Movimentação nos portos do Paraná chega a 61,2 milhões de toneladas até outubro
A alta é de 6,2% em comparação aos primeiros 10 meses do ano anterior, com 57.633.026 toneladas. Os produtos que lideraram as exportações foram soja (13.015.446 toneladas), farelo de soja (5.517.043 toneladas) e açúcar a granel (4.660.606 toneladas). Meta é ultrapassar 70 milhões de toneladas em 2025.
A produtividade dos portos paranaenses entre janeiro e outubro atingiu 61.213.363 toneladas. A alta é de 6,2% em comparação aos primeiros 10 meses do ano anterior, com 57.633.026 toneladas. Os produtos que lideraram as exportações foram soja (13.015.446 toneladas), farelo de soja (5.517.043 toneladas) e açúcar a granel (4.660.606 toneladas). Na operação de contêineres, os embarques tiveram expansão de 24%, com mais de 890 toneladas saindo de Paranaguá. No acumulado dos dez meses, são mais de 7,9 milhões de toneladas, uma variação positiva de 4%. As carnes de aves congeladas representaram 25,8% das exportações em contêineres, com 2.270.587 toneladas no ano — mantendo o Porto de Paranaguá como o maior corredor de exportação de carne de frango do mundo. Já em relação à exportação de óleo de soja, Paranaguá segue como líder nacional. Até o fim de outubro, o Porto foi responsável pelo envio de 63% de toda a produção nacional, destinada a países que totalizam mais de 860 mil toneladas. Na movimentação geral de granéis líquidos, foram 8.025.092 toneladas este ano, representando um crescimento de mais de 3% em relação ao ano passado (7.799.610 toneladas). Apenas em outubro a carga que apresentou a maior alta nas exportações foi o milho, que totalizou 3.547.433 toneladas, um avanço de 275% em relação ao mesmo mês de 2024 (945.174 toneladas). No total, 5.867.284 toneladas foram operadas em outubro, representando US$ 4,2 bilhões em valor FOB (valor da carga no momento do embarque), resultado que supera o histórico para o mês. As exportações foram responsáveis pela maior parte das cargas, somando 3.552.621 toneladas. “Nós temos um avanço também na exportação de soja, principalmente no grão, que alcançou 815.327 toneladas no mês”, destacou Vieira. Nos desembarques, os fertilizantes concentraram o maior volume, com 916.109 toneladas. O resultado mensal, porém, ficou 18% abaixo do registrado em outubro de 2024. Ainda assim, no acumulado do ano, os portos paranaenses seguem na liderança nacional na recepção desse tipo de carga, com alta de 6% em relação ao ano anterior.
O Paraná permanece como a principal porta de entrada de fertilizantes no País, com pouco mais de 25% de toda a importação brasileira. O número de atracações de navios já supera todo o movimento de 2024: 2.341 atracações até agora, contra 2.298 registradas no ano passado.
O fluxo de caminhões no pátio de triagem do Porto de Paranaguá também avançou: o volume é 22% maior do que o total registrado em 2024. Foram 444.177 caminhões carregados com granéis sólidos, como soja e farelo, frente a 392.214 veículos no ano anterior. A circulação de vagões ferroviários também apresentou evolução, com 17% a mais de composições recebidas nos últimos 30 dias analisados. A quantidade de cargas transportadas pelo modal cresceu 33% em relação a outubro de 2024. No total do ano, há uma pequena redução de 1% no número de vagões e queda de 0,4% nas cargas recebidas por ferrovia.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Deral mantém previsão de crescimento de 4% na safra 25/26 de soja do Paraná
A safra de soja do Paraná 2025/26 foi estimada na quinta-feira em 21,96 milhões de toneladas, estável ante a previsão de outubro, uma vez que as lavouras apresentam boas condições de forma geral, de acordo com números divulgados pelo Departamento de Economia Rural (Deral).
Considerando a projeção, a safra de um dos mais importantes Estados produtores do Brasil cresceria 4% na comparação com o ciclo anterior, de acordo com o órgão da secretaria estadual de agricultura do Paraná. "As lavouras em emergência e desenvolvimento vegetativo apresentam bom vigor, com avanço gradual para floração em parte das áreas", afirmou o Deral em boletim nesta semana. O processo de plantio está na fase final no Paraná, "concluído na maioria das localidades, inclusive onde houve necessidade de replantio devido ao excesso de chuvas e episódios de granizo", segundo o departamento. O excesso de umidade no início do ciclo provocou atrasos pontuais, mas o estabelecimento geral das plantas é considerado "adequado", acrescentou o Deral. Com relação ao milho primeira safra, com plantio já concluído, o Deral elevou ligeiramente a previsão para 3,48 milhões de toneladas, versus 3,46 milhões na projeção de outubro. Com relação ao trigo, com colheita praticamente encerrada, a produção foi estimada em 2,77 milhões de toneladas, versus 2,75 milhões na projeção do mês anterior. Isso representa um aumento anual de 19%.
REUTERS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem leve alta em sessão de liquidez reduzida com feriado nos EUA
No plano doméstico, os agentes acompanharam durante a tarde os comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, além dos dados do Caged, que vieram abaixo do esperado.
O dólar à vista fechou em alta de 0,34%, aos R$5,3519 na venda.
O feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos reduziu o volume das negociações, limitando os movimentos dos ativos globalmente. “O mercado está esperando a reabertura dos mercados de Nova York para ajustar a liquidez”, disse Matheus Massote, especialista de câmbio da One Investimentos. O profissional acrescentou que o foco dos agentes continua sendo a próxima decisão de juros do Federal Reserve. O mercado de títulos norte-americano precificava no fim da tarde 86,9% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da taxa de juros, contra 13,1% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%, conforme a Ferramenta CME FedWatch. Na semana passada, a probabilidade de corte era de 39,1%. Enquanto isso, na cena local, durante a tarde o presidente do BC, Gabriel Galípolo, reiterou que a autoridade monetária vai colocar juros no nível necessário pelo tempo necessário para que a inflação convirja para a meta. Em evento promovido pela Itaú Asset Management, em São Paulo, Galípolo afirmou que o cenário está andando na direção que o BC gostaria, mas não tão rápido quanto a autarquia gostaria. No front macroeconômico, o destaque foram os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostraram que o Brasil abriu 85.147 vagas formais de trabalho em outubro, abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 105.000 vagas. No exterior, o dólar seguia próximo da estabilidade ante a maior parte das divisas no fim da tarde.
REUTERS
Ibovespa fecha quase estável após renovar máxima intradia
O Ibovespa fechou com um declínio modesto nesta quinta-feira, após renovar recorde intradia perto dos 159 mil pontos, em pregão de liquidez reduzida devido ao feriado nos Estados Unidos, com investidores na expectativa pela divulgação do plano de negócios da Petrobras.
Indice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com variação negativa de 0,12%, a 158.359,76 pontos, após chegar a 158.863,96 pontos na máxima do dia, novo topo intradia. Na mínima da sessão, marcou 158.167,08 pontos. O volume financeiro somou apenas R$12,46 bilhões, contra uma média diária de R$28,7 bilhões em novembro, com o mercado norte-americano fechado em razão do Dia de Ação de Graças. Na visão do diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, "não tem como (o Ibovespa) não subir" com expectativa de que o Federal Reserve continuará baixando os juros nos Estados Unidos e que o Banco Central do Brasil deve começar um ciclo de alívio monetário no próximo ano.
Além disso, ressaltou, tem se consolidado a percepção de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deve ser o candidato de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2026. Ele destacou que uma mudança é bem-vista mediante os receios com as perspectivas fiscais sob a atual gestão.
REUTERS
BC vai colocar juros no nível necessário pelo tempo necessário para convergir inflação, diz Galípolo
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse na quinta-feira que a autoridade monetária vai colocar juros no nível necessário pelo tempo necessário para que a inflação convirja para a meta.
Em evento promovido pela Itaú Asset Management, em São Paulo, Galípolo afirmou que o cenário está andando na direção que o BC gostaria, mas não tão rápido quanto a autarquia gostaria.
REUTERS
Agroindústria tem alta de 2,3% em setembro de 2025, ante o mesmo mês do ano passado, revela o FGVAgro
Essa é a primeira alta após três meses consecutivos de contrações e, apesar do bom desempenho, o resultado só foi suficiente para zerar as perdas do trimestre
O volume de produção agroindustrial registrou expansão de 2,3% em setembro de 2025, ao comparar com o mesmo mês do ano anterior, sendo o primeiro resultado positivo após três meses consecutivos de retrações, é o que revela os dados da pesquisa sobre o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) do FGVAgro. A expansão da Agroindústria foi puxada pelos segmentos de Produtos Alimentícios e Bebidas, cuja alta foi de 5,8% no período. Por sua vez, o Segmento de Produtos Não Alimentícios contraiu 1,5%. Na realidade, quando se considera os setores que compõem os segmentos, observa-se que houve uma expansão quase que generalizada. Os únicos setores que não registraram crescimento foram Bebidas Alcoólicas (–6,7%) e Biocombustíveis (–24,4%). A queda do setor de Biocombustíveis foi tão intensa que mais do que compensou as altas nos demais setores do segmento de Produtos Não Alimentícios. Apesar do bom desempenho no mês, o estudo revelou que foi suficiente apenas para zerar as perdas no trimestre. No acumulado do 3º trimestre, a Agroindústria retraiu (–0,01%) quando comparada com o mesmo trimestre de 2024. Por fim, para que o setor consiga registrar crescimento em 2025, basta que ele acumule uma leve alta de 0,3% ao longo do 4º trimestre frente ao mesmo período do ano anterior. No entanto, dado a evolução observada ao longo do ano, esse desempenho está longe de ser garantido. Os pesquisadores do FGVAgro explicam que a Agroindústria ainda tem desafios como a taxa de juros elevada, que aumenta o custo de capital e um tarifaço que deteriorou as expectativas do setor. Por outro lado, há um mercado interno aquecido e uma busca por novos mercados para tentar contornar os efeitos adversos ao atrito comercial com os Estados Unidos
FGVAgro
Confiança de serviços do Brasil atinge em novembro maior nível desde junho, mostra FGV
A confiança do setor de serviços do Brasil melhorou em novembro e atingiu o nível mais alto em cinco meses uma vez que as expectativas para os próximos meses avançaram, mostraram os dados divulgados na quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 1,2 ponto, para 90,1 pontos, chegando ao maior patamar desde junho deste ano (90,7 pontos). "O bom resultado do mês de novembro reflete a resiliência do setor de serviços frente à desaceleração de outros setores", explicou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE. "O setor de serviços tem respondido melhor ao cenário de dificuldades financeiras e da política monetária contracionista que impacta principalmente o consumo e a confiança das famílias", completou ele. A taxa básica de juros Selic está atualmente em 15% e a expectativa é de que o Banco Central a mantenha nesse patamar na sua última reunião do ano, em dezembro. A FGV informou que o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, teve alta de 2,4 pontos, chegando a 87,4 pontos, no terceiro mês seguido de avanço. O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, apresentou por sua vez variação positiva de 0,2 ponto, para 93,1 pontos. "Em relação ao presente, destaca-se a heterogeneidade dos resultados, com Serviços Profissionais e de Transporte sustentando o resultado, enquanto Famílias mantém a trajetória descendente. Em relação ao futuro, as expectativas melhoram pelo segundo mês seguido, indicando uma leve tendência favorável para os próximos meses nos principais segmentos", disse Pacini.
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IGP-M sobe em novembro, mas tem queda em 12 meses pela 1ª vez em 1 ano e meio, diz FGV
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,27% em novembro, depois de ter registrado queda de 0,36% no mês anterior, e passou a registrar deflação no acumulado em 12 meses pela primeira vez em um ano e meio, mostraram dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,28%, e com o resultado do mês o índice agora acumula em 12 meses queda de 0,11%. "Apesar da alta do IGP-M no mês, chama atenção o fato de que a taxa em 12 meses voltou ao campo negativo, algo que não ocorria desde maio de 2024. Esse resultado está muito relacionado ao comportamento do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) ao longo do ano", destacou Matheus Dias, economista do FGV IBRE. "Diferentemente do que se observou em novembro, quando houve altas em algumas commodities agrícolas, em boa parte de 2025 prevaleceram quedas expressivas de preços, tanto de produtos industriais quanto agropecuários. Em vários meses, o IPA registrou variações negativas, o que levou a uma desaceleração mais nítida a partir de maio", completou.
Em novembro, o IPA, que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,27%, depois de ter caído 0,59% no mês anterior. Os produtos agropecuários passaram a subir 0,46% no mês, de queda de 1,45% em outubro, enquanto os industriais tiveram alta de 0,21%, de recuo de 0,28%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, acelerou a alta a 0,25% em novembro, de 0,16% em outubro.
Destaque para as altas de Saúde e Cuidados Pessoais (0,08% para 0,67%), Educação, Leitura e Recreação (0,50% para 1,17%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,46%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, passou a subir no período 0,28%, de uma alta de 0,21% no mês anterior. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
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