CLIPPING DO SINDICARNE Nº 953 DE 22 DE SETEMBRO DE 2025
- prcarne
- 22 de set.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 953 | 22 de setembro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Boi: no curto prazo, andando de lado
A cotação da arroba do boi gordo “comum” caiu R$ 5/@ ao longo desta semana, para R$ 305/@, enquanto o “boi-China”, que iniciou setembro/25 negociado em R$ 320/@, e está apregoado em R$ 310/@ nas praças paulistas – com certa dificuldade em sustentar tal patamar. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de nove dias.
“Com o estímulo econômico favorável à decisão de confinar/intensificar a produção de boiadas em maio/junho/25, a oferta de bovinos desses sistemas aumentou, bem como a disponibilidade de gado por meio de sistemas de parcerias – fato que colaborou com o avanço das escalas das indústrias”, justifica o zootecnista Fabiano Fabbri, analista da Scot Consultoria. Do lado da demanda, continua ele, a exportação segue com ritmo firme, mas o dólar em suas mínimas em mais de 15 meses tem pressionado negativamente a possibilidade de maior firmeza à cotação da arroba do boi gordo. Até a segunda semana de setembro, o Brasil exportou 137,3 mil toneladas de carne bovina in natura (13,7 mil toneladas/dia), volume 14,6% maior na comparação anual – o preço em dólares e o faturamento também aumentaram na comparação anual. Enquanto isso, relata Fabbri, no mercado interno, com a virada de quinzena (período de menor poder aquisitivo da população, devido ao maior distanciamento do prazo de pagamento dos salários), o escoamento da carne bovina perdeu força. “Em curto prazo, esperamos preços de lado, com tendência de queda”, prevê Fabbri, acrescentando que as exportações serão o direcionador do piso de preços do boi gordo a serem trabalhados na próxima semana. Segundo balanço divulgado pelos analistas da Agrifatto, o mercado físico do boi gordo seguiu volátil ao longo da terceira semana de setembro/25, reflexo da pressão dos frigoríficos sobre a arroba. Nesta semana, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros andaram de lado, em níveis ainda bastante confortáveis, com média nacional de atendimento em 11 dias úteis, de acordo com levantamento da Agrifatto. “As programações de abate foram sustentadas, na sua maioria, por contratos a termo com pecuaristas e animais terminados em confinamentos dos próprios frigoríficos”, ressalta a Agrifatto. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (19/9), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abates de onze dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de doze dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$310,00. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha R$300,00. Escalas de nove dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. PARÁ: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. GOIÁS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China/Europa: R$295,00. Média: R$ 290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de doze dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de doze dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Frigoríficos seguem com escalas cheias até o fim do mês
O mercado físico do boi gordo se depara com preços acomodados. Os frigoríficos se deparam com escalas confortáveis em grande parte do país, posicionados para o restante de setembro.
De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a tendência é que a indústria siga pressionando os pecuaristas por preços mais baixos até o final do mês. “As exportações são o grande ponto de suporte neste momento, com volumes bastante expressivos no decorrer de 2025”, diz. Cotação média do boi gordo: São Paulo: R$ 302,75. Goiás: R$ 289,29. Minas Gerais: R$ 287,65. Mato Grosso do Sul: R$ 320,34. Mato Grosso: R$ 298,78. O mercado atacadista se depara com preços acomodados durante a quinta-feira para a carne bovina. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 24,10 por quilo; o dianteiro segue a R$ 18 por quilo; e a ponta de agulha se mantém no patamar de R$ 17,10 por quilo.
Safras News/Olhar Alerta
SUÍNOS
Chile salta para 2º lugar entre os maiores destinos da carne suína brasileira
Chile ultrapassa China e se torna o segundo maior comprador de carne suína do Brasil
O volume crescente de carne suína brasileira exportada ao Chile vem chamando a atenção, apontam pesquisadores do Cepea. Segundo dados da Secex analisados ??pelo Centro de Pesquisas, a quantidade embarcada saltou de 7,7 mil toneladas em janeiro deste ano para 13,3 mil toneladas em agosto. O destaque foi em julho, quando 14,5 mil toneladas de carne suína foram escoadas ao país sul-americano, ou seja, o dobro do volume de janeiro. Com isso, os pesquisadores ressaltam que o Chile foi, em julho e agosto, o segundo maior destino da proteína brasileira, assumindo uma posição que até então vinha sendo sustentada pela China. As Filipinas mantêm como maior destino da carne brasileira desde fevereiro deste ano. De acordo com a análise do Cepea, o aumento dos embarques ao Chile está atrelado ao fato de o governo daquele país ter reconhecido, em abril deste ano (e oficializado em julho), o estado do Paraná (segundo maior produtor nacional), como livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica.
Agrolink
FRANGOS
Frango/Cepea: Alta dos insumos preocupa, mas poder de compra segue favorável ao avicultor
Recentes aumentos nos preços do milho e do farelo de soja preocupam
Levantamentos do Cepea mostram que o poder de compra de avicultores paulistas avança ligeiramente na parcial de setembro. Segundo o Centro de Pesquisas, os recentes aumentos nos preços do milho e do farelo de soja (principais insumos da atividade) preocupam, mas, ao mesmo tempo, o frango vivo vem se valorizado um pouco mais, garantindo situação favorável ao produtor. Pesquisadores explicam que a alta do animal está associada ao tradicional aquecimento da demanda na primeira metade do mês. No caso do milho, de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, ainda que novas estimativas indiquem crescimento na produção brasileira da safra 2024/25, os preços do cereal seguem registrando pequenos avanços, sustentados pela firme demanda interna e pela posição mais cautelosa de vendedores, que limitam o volume disponível no spot nacional. Quanto ao farelo de soja, a Equipe Grãos/Cepea aponta que parte dos consumidores retomou as aquisições do derivado, e os valores oscilaram dentre as regiões pesquisadas pelo Cepea.
Cepea
Missão chinesa no Brasil anima exportadores de carne de frango
Vendas brasileiras do produto à China não ocorrem desde maio, após a confirmação de caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS). Frangos em granja: Brasil já retomou status de área livre de gripe aviária, mas alguns mercados, entre eles o chinês, ainda não retomaram importações
Na expectativa de retomar as exportações de carne de frango e de outras aves para a China, o Brasil recebe a partir desta segunda-feira (22/9) a visita de uma missão técnica chinesa, que vai auditar o sistema de inspeção federal brasileiro para comprovar que o país está livre da gripe aviária. As vendas brasileiras do produto à China não ocorrem desde maio, após a confirmação de caso da doença em uma granja comercial em Montenegro (RS). Sete inspetores chineses visitarão laboratórios federais agropecuários, propriedades que atuam na produção de aves e frigoríficos. Após a inspeção, os técnicos vão emitir um parecer sobre a situação para possível normalização do comércio. Os trabalhos incluirão ainda agenda em abatedouros de bovinos já habilitados no Pará e em São Paulo. No governo e no setor produtivo, a expectativa é de que a missão reconheça o status do país de área livre de gripe aviária, o que levaria à reabertura do mercado chinês em breve. Mesmo com o registro de apenas um caso, já encerrado, a China bloqueou as importações de carne de frango de todas as regiões do Brasil porque essa é a diretriz do acordo sanitário bilateral. Maior importador de carne de frango brasileira, a China comprou 353,4 mil toneladas do produto em 2024, um volume que gerou receita de US$ 786,9 milhões. De janeiro a maio deste ano, quando as autoridades confirmaram o foco de gripe aviária em Montenegro, o ritmo da exportação aos chineses estava acelerado: o volume já havia passado de 228 mil toneladas, e o faturamento, de US$ 547 milhões. José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), observou que os frigoríficos do Estado não vendem à China desde julho de 2024, quando ocorreu um caso da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS). “O setor está preparado para receber a missão. O Rio Grande do Sul é um potencial fornecedor de produtos avícolas à China”, disse. Nesta segunda-feira, a missão chinesa será recebida no Ministério da Agricultura, em Brasília. Os representantes do governo brasileiro vão apresentar informações sobre o sistema nacional de controle e prevenção da gripe aviária, o programa anual de vigilância de doenças e o plano de contingência para emergências zoossanitárias. Na sequência, os chineses visitarão duas granjas de avicultores integrados de um frigorífico de aves que fica no raio de dez quilômetros do foco de gripe aviária registrado em Montenegro. A auditoria será em estabelecimentos de reprodução para corte nos municípios de Feliz e Pareci Novo. Depois, os chineses visitarão um abatedouro em São Sebastião do Caí. No local, a missão avaliará os sistemas de autocontrole e autoinspeção nas instalações de espera. A análise incluirá medidas de inspeção ante-mortem, tratamento de animais com anormalidades e rastreabilidade das aves vivas que chegam à unidade. Os técnicos chineses também visitarão laboratório federais no Recife, referência no diagnóstico do mal da vaca louca, e em Campinas (SP), especialista na detecção de gripe aviária. As agendas serão para intercâmbio com as equipes técnicas e avaliação da capacidade laboratorial.
Globo Rural
INTERNACIONAL
Reconstruindo o Rebanho de Vacas dos EUA: Uma Escalada Calculada
A liquidação de vacas ficou para trás. A retenção de novilhas já está em andamento. O ciclo do gado dos EUA está oficialmente mudando para o modo de reconstrução, mas essa recuperação não será uma disparada. Está se configurando como uma escalada lenta e estratégica.
Os gargalos no processamento de carne bovina, a seca persistente, os custos elevados de alimentação, a escassez de mão de obra e os atritos do pós-pandemia mantiveram as margens de vaca-bezerro relativamente apertadas de 2016 a 2022. Algumas dessas pressões diminuíram, mas com o número de rebanhos prestes a crescer, outras podem facilmente ressurgir. À medida que os produtores retêm mais bezerras nesta temporada de outono, a reposição do rebanho continua sendo um exercício cauteloso e calculado. O Rabobank prevê que o inventário de vacas de corte em 1º de janeiro de 2026 será de 28 milhões de cabeças, um aumento de 200 mil cabeças em relação ao ano anterior. Um segundo aumento de menos de 500 mil cabeças é provável no ano seguinte. Em resumo, não espere mudanças dramáticas no início deste esforço de reconstrução. De 2024 a 2026, o rebanho nacional de vacas de corte deve se manter relativamente estável. Um crescimento mais significativo do rebanho é projetado a partir de 1º de janeiro de 2027, entrando no início da década de 2030. Mesmo assim, a projeção de pico de inventário provavelmente ficará de 500 mil a 1 milhão de cabeças abaixo dos níveis recordes de 2019 — e isso não é necessariamente ruim. Graças aos ganhos de eficiência de longo prazo em todo o setor de carne bovina dos EUA, uma reconstrução que ultrapasse 30,5 milhões de vacas pode ser mais do que suficiente para atingir um novo recorde de produção total. A oferta de carne bovina per capita pode alcançar níveis não vistos em mais de duas décadas. Ainda assim, adicionar cerca de 2,5 milhões de vacas durante esta próxima fase será uma tarefa complicada. De acordo com a mais recente pesquisa State of the Beef Industry do Farm Journal, apenas 47% dos produtores estão considerando expandir seu rebanho de vacas nos próximos cinco anos — uma queda de quatro pontos em relação ao já modesto número do ano passado.
dRovers
GOVERNO
Negociação sobre acordo Mercosul-UE está concluída, diz ministro Mauro Vieira
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, assinatura será feita assim que o debate sobre o tema for concluído no Conselho Europeu. Ministro Mauro Vieira se encontrou com a Alta Representante da União Europeia, Kaja Kallas.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse na sexta-feira, 19, que a negociação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) “está concluída” e que a assinatura virá assim que o debate sobre o tema no Conselho Europeu for finalizado. “A negociação do acordo foi concluída, falta a assinatura. Para que haja a assinatura, é necessário que o acordo seja traduzido em todas as línguas dos países da União Europeia, seja submetido ao Conselho Europeu para discussão do conteúdo, o que está ocorrendo neste momento, e depois disso entendemos que poderá ser assinado na Cúpula do Mercosul”, disse Vieira, em entrevista coletiva à imprensa após reunião com a alta representante para Política Externa e Segurança da União Europeia, Kaja Kallas. “A negociação está concluída e, sendo concluído o debate no Conselho Europeu, o lado europeu estará pronto para a assinatura. O Mercosul já está pronto para a assinatura”, completou o ministro. Segundo ele, após a assinatura, os temas poderão ser discutidos em cada país no processo de aprovação legislativa do acordo. “Depois, outras questões são aprovação legislativa nos países da União Europeia e nos países do Mercosul. Aí é outra coisa, um debate que vai acontecer em cada País”, afirmou. Questionada sobre o prazo para finalizar a discussão sobre o acordo, Kallas disse que o tema foi encaminhado ao Conselho Europeu e que é preciso aguardar o resultado. “Somos 27 democracias e há diferentes grupos, a discussão está acontecendo e esperamos que ocorra tudo bem”, disse a alta representante da União Europeia. Vieira disse que, antes da reunião com Kallas no Itamaraty, os dois estiveram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, onde também puderam discutir vários assuntos, entre eles o acordo entre União Europeia e o Mercosul. O ministro disse que discutiu junto de Kallas pautas como a defesa do multilateralismo, que, segundo ele, “se torna mais significativo no cenário atual” mundial. “Reiterei que a parceria do Mercosul com o bloco europeu adquire importância mais premente face às atuais ameaças ao sistema internacional de comércio”, declarou.
O Estado de São Paulo/Agro
BB já liberou R$ 40 bilhões em financiamentos na safra 25/26
Banco vai oferecer R$ 230 bilhões em financiamentos para o agronegócio nesta safra, volume 2% superior se comparado à temporada passada
O Banco do Brasil (BB) já desembolsou cerca de R$ 40 bilhões em financiamentos para o agronegócio na safra 2025/26, que começou em 1º de julho e se estende até 30 de junho de 2026. O montante inclui operações de crédito rural, títulos agrícolas, como Cédulas de Produto Rural (CPRs), crédito agroindustrial e recursos para giro, os chamados de negócios da cadeia de valor do agro, efetivadas de julho à metade de setembro. Os dados foram apresentados pelo vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Gilson Bittencourt, no evento “Perspectivas para a Agropecuária na Safra 2025/26”, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ocorrido na quinta-feira, 18, em Brasília (DF). “O processo está evoluindo bem. Temos expectativa de que os recursos do Plano Safra vão chegar para a grande maioria e vamos conseguir contribuir para que a produção recorde da safra se concretize”, afirmou Bittencourt. Em relação ao desempenho dos desembolsos, Bittencourt informou que as operações de custeio no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) estão em linha com as safras anteriores, mas com redução expressiva nas operações de investimentos. “O que era esperado em função da própria dificuldade de liquidez. É o momento em que os produtores estão fazendo um ajuste de caixa, especialmente com margens mais apertadas, mas sem comprometer a nova safra”, apontou. Já no financiamento a grandes produtores, há recuo tanto nas operações de investimento quanto de custeio, pontuou Bittencourt. “Parte disso vem sendo atendida com CPRs, fora do crédito rural contabilizada pelo Banco Central, mas está sendo financiada. E outra parte, efetivamente, com a Selic atual há maior precaução para produtores que operam com taxas livres”, avaliou. Ele destacou, entretanto, que não é uma particularidade do Banco do Brasil, e sim uma situação enfrentada por todo o mercado. Ao todo, o BB vai oferecer R$ 230 bilhões em financiamentos para o agronegócio na safra atual. O valor é 2% superior ao desembolsado pelo banco na temporada anterior, 2024/25. Desse montante, R$ 106 bilhões serão destinados à agricultura empresarial (grandes produtores, cooperativas e agroindústrias) e R$ 54 bilhões vão para a agricultura familiar e médios produtores. Outros R$ 70 bilhões deverão ser distribuídos em negócios da cadeia de valor do agro.
O Estado de São Paulo/Agro
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná chega aos melhores resultados da história em atividades da agropecuária
Maior produtor nacional de frango do Brasil, detendo 29% do rebanho nacional. Em 2010 o peso do Estado na cadeia nacional era de 21%. Outro destaque é na produção suína. Foram 7,3 milhões de cabeças criadas no ano passado, um aumento de 5,3% na comparação com o ano anterior.
O Paraná bateu recordes na pecuária em 2024, registrando os maiores valores da história na produção de suínos, frango, leite, ovos e mel. Os dados são da Pesquisa Pecuária Municipal, divulgada na quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostrou um crescimento de 8,7% na pecuária estadual, com o valor da produção ultrapassando R$ 17,3 bilhões. Maior produtor nacional de frango do Brasil, detendo 29% do rebanho nacional, o Paraná bate recordes sucessivos desde 2012 na criação de galináceos, que abrange galinhas, galos, frangos, pintinhos e aves da mesma espécie. Em 2010 o peso do Estado na cadeia nacional era de 21%. Em 2017 ultrapassou 25% e a expansão é contínua desde então. Os aviários paranaenses somaram quase 456 milhões de aves em 2024, 10,7 milhões a mais que no ano anterior, o que representa um aumento de 2,4%. É o melhor resultado da série histórica iniciada em 1974, aponta o IBGE. Em 2010 eram 265 milhões, ou seja, o número quase duplicou no intervalo de 15 anos. Outro destaque é na produção suína, atividade em que o Paraná ocupa a segunda nacional e responde por 16,6% da produção brasileira. Foram 7,3 milhões de cabeças criadas no ano passado, um aumento de 5,3% na comparação com o ano anterior, o maior quantitativo já registrado na série histórica. Em 2010 o Paraná detinha 13,1% da participação. Toledo, na região Oeste, é a cidade com o maior rebanho do Brasil, com 576 mil cabeças. O valor da produção leiteira do também chegou ao maior da história, com R$ 12,1 bilhões em 2024, aumento de 6,6% frente a 2023. O Estado é o segundo maior produtor nacional e tem as cidades de Castro e Carambeí como as principais do Brasil na atividade. Ela vem crescendo sucessivamente desde 2007. Para se ter ideia, na comparação com 2010, o salto foi de 410%. A produção de ovos de galinha é outro segmento que o Paraná se destaca, com aumentos sucessivos desde 2015. O valor de produção somou quase R$ 3 bilhões no ano passado, alta de 6,4% ante 2023 e o maior da história. Além disso, a produção de ovos de codorna também é recordo, chegando a R$ 17,1 milhões no ano passado. O Paraná detém 9,3% da participação nacional nesse mercado, o segundo melhor índice da história recente, atrás apenas de 2020, com 9,4%. Maior produtor nacional de mel de abelha, com quase 18% de participação no cenário brasileiro, o Paraná também bate recordes sucessivos na apicultura. Foram R$ 180,8 milhões de valor de produção em 2024, 24,4% a mais que no ano anterior. Em termos de produção, o crescimento foi de 15,7% em 2024, totalizando 9,8 mil toneladas, o mais alto já registrado na série histórica da pesquisa.
Duas cidades paranaenses estão entre as cinco que mais produziram mel no ano passado: Arapoti, com 1,12 mil toneladas produzidas, segundo maior volume entre os municípios brasileiros, e Ortigueira, com 805 mil quilos, quinto melhor resultado do País.
Agência Estadual de Notícias
PIB do Paraná cresce 3,8% no primeiro semestre, acima da média nacional
De janeiro a junho de 2025, a agropecuária estadual cresceu 13,56%, movida pelos bons números das safras de soja e milho, enquanto os setores industrial e de serviços apresentaram variações positivas de 3,43% e 2,46%, respectivamente.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 3,8% no primeiro semestre do ano, no mesmo comparativo com o ano passado, segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgados nesta quinta-feira (18). A economia brasileira expandiu 2,5% no mesmo recorte. De janeiro a junho de 2025, a agropecuária estadual cresceu 13,56%, movida pelos bons números das safras de soja e milho, enquanto os setores industrial e de serviços apresentaram variações positivas de 3,43% e 2,46%, respectivamente. No que diz respeito aos valores monetários, o PIB do Estado alcançou R$ 403 bilhões no acumulado do 1º semestre, o mesmo que o ano todo de 2016, por exemplo. Considerando esse valor, o Paraná atingiu uma participação de 6,51% no PIB brasileiro, acima do peso de 6,45% observado no 1º semestre de 2024. "O Paraná é uma força econômica. Estamos muito animados com o desempenho de todos os segmentos, com os números do mercado de trabalho e com os novos investimentos que estão chegando. O Paraná tem infraestrutura, mão de obra qualificada e segurança jurídica para os investidores", diz o governador Carlos Massa Ratinho Junior. "Alcançamos o posto de quarta maior economia do Brasil e estamos trabalhando para dobrar o tamanho do PIB até o fim de 2026". Segundo o Ipardes, o PIB do Paraná também cresceu 2,5% no 2º trimestre deste ano, em comparação a igual período de 2024, como resultado da expansão da agropecuária, que registrou incremento de 14,41%, indústria (1,18%) e serviços (1,48%). O crescimento do total da economia paranaense é superior à taxa anotada pelo PIB nacional, que avançou 2,2% em termos reais no período de abril a junho de 2025. Já no acumulado de quatro trimestres, a expansão foi de 3,63%, também com destaque para agropecuária (7,69%) e indústria (4,47%). No acumulado desse período o valor do PIB paranaense soma R$ 756,2 bilhões.
Agência Estadual de Notícias
Os EUA e o notável avanço da carne brasileira
A Bloomberg publicou uma matéria sobre a carne nos EUA que mostra, na realidade, o notável salto de produtividade do setor no Brasil. A reportagem sugere que os preços da carne bovina podem ser o problema dos ovos do governo Biden.
Os preços subiram por oito meses consecutivos, sem ajuste sazonal, com agosto marcando o maior aumento mensal em quase quatro anos, de acordo com os dados mais recentes do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA. A publicação deixa claro que esse desabastecimento e disparada nos preços é consequência da taxação sobre a carne brasileira. Para entender a performance da pecuária brasileira, vamos conferir alguns dados. Nesse ano de 2025, o Brasil tem 86 milhões de vacas com idade superior a 24 meses, ou seja, um número igual ao total do rebanho americano. Basta imaginar que teremos um rebanho americano no Brasil em idade de reprodução, produzindo bezerros. Em 2024, o que o Brasil exportou é praticamente o que a Argentina, um de nossos principais concorrentes produziu no total no mesmo ano. Mais ainda, entre 2004 e 2019 o Brasil registrou um crescimento do rebanho de 204 milhões para 213 milhões de animais sem aumentar um ha de terra sequer. Ao mesmo tempo, a produção cresceu de 5,9 milhões de toneladas (2004) para 8,2 milhões de toneladas (2019), um incremento de 39%. O peso da carcaça saltou de 228 kg para 253 kg. Considerando a produtividade da década de 1970, hoje seriam necessários ocupar 418 milhões de hectares (ha) de terra, algo como quase 3x mais os atuais 162 milhões de ha que a pecuária usa. Isso significa que a área poupada é superior a 256 milhões de ha, ou o equivalente ao tamanho de 9 estados americanos que mais pecuária tem nos EUA (Oklahoma, Texas, Kansas, Iowa, Wisconsin, Nebraska, South Dakota, Missouri e Califórnia) e que representam 54% da pecuária americana (Embrapa). Ou representa a uma área equivalente a 10 países europeus com o maior efetivo bovino na União Europeia e que representam 84% do rebanho atual destes países: França, Alemanha, Espanha, Holanda, Bélgica, Irlanda, Itália, Holanda, Romênia e Áustria. O importante é que não atendemos apenas o mercado interno de carne, mas também não deixamos faltar o produto em nossas gôndolas. Pelo contrário, esse aumento de produtividade trouxe um forte aumento no poder aquisitivo do brasileiro: em janeiro de 1995, um salário-mínimo comprava 16,32 kg de coxão de dentro. Mas em fevereiro desse ano, o mesmo salário-mínimo adquiria 31,26 kg (IEPE/UFRGS). A matéria da Bloomberg termina afirmando que um comerciante declarou que "todos têm comprado produtos e tentado se antecipar a isso. Mas eu simplesmente não acredito que haja volume suficiente para atender à demanda. E arremata afirmando que "a única pessoa que realmente sai prejudicada com tudo isso é o consumidor americano". Errado. Também o consumidor de carne brasileiro sairá perdendo, ao contrário do que certos políticos propagandeiam por aqui, justificando que a carne ficará mais barata. A contrário, hoje os cortes de carne do dianteiro representam 70% das exportações de carne bovina aos EUA. Se perdermos esse cliente, haverá um descasamento nos cortes da carne e certamente teremos um reajuste de preços para os brasileiros.
Gazeta do Povo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar encerra o dia estável e acumula queda ante o real pela 4ª semana
O dólar fechou a sexta-feira praticamente estável no Brasil, em meio a uma agenda esvaziada de indicadores e eventos econômicos, mas ainda assim a divisa norte-americana completou a semana com uma baixa acumulada ante o real, a quarta queda semanal consecutiva.
Apesar do avanço firme ante boa parte das demais divisas no exterior, o dólar à vista fechou a sexta-feira com leve alta de 0,02% no Brasil, aos R$5,3205. Na semana a divisa acumulou queda de 0,62% e, no ano, baixa de 13,89%. Às 17h05, na B3 o dólar para outubro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,23%, aos R$5,3320. A sexta-feira foi marcada por nova alta do dólar ante as demais divisas no exterior, com investidores ajustando posições após o Federal Reserve cortar, na quarta-feira, sua taxa de juros em 25 pontos-base, para a faixa entre 4% e 4,25%, sinalizando a intenção de promover novas reduções até o fim do ano. No Brasil, em um dia de agenda esvaziada, o dólar chegou a subir em sintonia com o exterior, atingindo a cotação máxima de R$5,3405 (+0,40%) às 9h36 -- ainda na primeira hora de negócios --, mas perdeu força logo depois, reaproximando-se da estabilidade. Por trás do movimento estava novamente a percepção de que, com uma taxa Selic de 15%, o Brasil tem um diferencial de juros bastante atraente em relação aos EUA, o que atrai investimentos externos. Em publicação na sexta-feira, o Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Itaú Unibanco informou a revisão de sua projeção para a taxa de câmbio no fim deste ano, de R$5,50 para R$5,35, mantendo o valor de R$5,50 para o encerramento de 2026. "O cenário externo benigno, com enfraquecimento global do dólar, deve permitir que o real siga operando em níveis mais apreciados no curto prazo", registrou nota assinada pelo economista-chefe do banco, Mário Mesquita. "Para o ano que vem, no entanto, o estreitamento do diferencial de juros, o prêmio de risco e o cenário desafiador das contas externas limitam perspectivas mais favoráveis."
Reuters
Ibovespa renova recordes em pregão com oscilações modestas e vencimento de opções
O Ibovespa renovou máximas históricas na sexta-feira, voltando a superar os 146 mil pontos no melhor momento, mas as variações foram modestas durante o pregão, em meio a noticiário esvaziado e vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,25%, a 145.865,11 pontos. No melhor momento, chegou a 146.398,76 pontos. Na mínima, marcou 145.495,55 pontos. Na semana, subiu 2,53%. O volume financeiro nesta sexta-feira somou R$28 bilhões. De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa está em tendência de alta no curto prazo a caminho dos 150.000 e 165.000 pontos. Do lado da baixa, acrescentaram no relatório Diário do Grafista, o primeiro suporte está em 144.900 pontos. Para Fábio Perina e equipe, o momento é de alinhamento e possibilidade de novas máximas históricas nos próximos dias. "No entanto, há uma reflexão importante a acompanhar: o Ibovespa fez nova máxima em 2025, o dólar renovou mínima de 12 meses, o que é bom, porém os demais índices setoriais da B3 ainda não engataram", ponderaram. Wall Street também encerrou no azul e com novas máximas, apoiando o movimento na B3. O S&P 500 avançou 0,49%.
Reuters
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