CLIPPING DO SINDICARNE Nº 857 DE 08 DE MAIO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 857|08 de maio de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Preços do boi gordo em estabilidade nas praças brasileiras
Expectativa para daqui para frente é de recuo nas cotações, um reflexo da redução na demanda interna de carne e do período de desova de “boiadas de capim”. No Paraná, o boi vale R$315,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de nove dias.
As cotações do boi gordo registraram estabilidade nesta quarta-feira (7/5) na maioria absoluta das praças pecuárias brasileiras, segundo informações das consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Nas regiões de São Paulo, de acordo com a apuração da Scot Consultoria, o boi gordo “comum” segue cotado em R$ 318/@, a vaca gorda está valendo R$ 285/@, a novilha gorda é vendida por R$ 303/@ e “boi-China” é comercializado em R$ 323/@ (todos os preços são brutos e com prazo). Na avaliação da Agrifatto, há expectativa de retração do consumo interno de carne bovina com a chegada da segunda quinzena de maio/25, quando há redução no poder de renda dos consumidores brasileiros. Além disso, “historicamente, maio apresenta preços menores que abril” observa a Agrifatto, referindo-se ao período de desova de “boiadas de capim” devido à chegado do clima mais seco nas regiões do Brasil-Central. No mercado futuro, os contratos do boi gordo recuaram na terça-feira (6/5), contrastando com os dias anteriores. O contrato para julho/25 fechou a sessão da B3 em R$ 318,75/@, com queda de 1,8% em relação ao dia anterior. Com a celebração do dia do trabalho na China, entre 1 e 5 de maio/25, o mercado chinês de importação de carne bovina ficou praticamente estagnado, retomando os negócios na terça-feira (6/5), mas ainda lento e com propostas de preços abaixo dos praticados nas semanas anteriores, informou o relatório internacional e semanal da Agrifatto. “A poucos dias do início da SIAL China 2025, a maior feira de alimentos e bebidas do mercado asiático, os importadores chineses ofereceram US$ 5.500/tonelada para o dianteiro bovino brasileiro, US$ 500 abaixo da cotação registrada na semana anterior”, relatou a consultoria. Cotações do boi gordo da quarta-feira (7/5), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha R$300,00. Escalas de nove dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$295,00 290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de dez dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de nove dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Exportações de carne bovina in natura em abril/25 registra o segundo melhor desempenho da série histórica
Volume exportado alcançou 241,5 mil toneladas em abril de 2025
O volume exportado de carne bovina in natura alcançou 241,5 mil toneladas em abril de 2025. O embarque representou um avanço de 16,30% no comparativo anual, em que o mês de abril/24 exportou 207,7 mil toneladas. Já no comparativo mensal, o incremento é de 12,16% frente ao exportado em março de 2025, que enviou 215,4 mil toneladas. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a média diária exportada até a quinta semana de abril/25 ficou em 12,07 mil toneladas e registrou alta de 27,93%, quando se compara com a média observada em abril de 2024, que estava em 9,4 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram próximos de US$ 5.030 por tonelada na quinta semana de abril/25 e isso representa um ganho anual de 11%, quando se compara com os valores observados em abril de 2024, com US$ 4.530 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina até a quinta semana de abril ficou em US$ 1, 215 bilhão, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 941 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 60,7 milhões, ganho de 29,01%, frente ao observado no mês de abril do ano passado, que ficou em US$ 42,7 milhões.
SECEX/MDIC
Agrifatto: carne bovina sobe no atacado em abril/25, após 4 meses de queda
Todos os cortes apresentaram valorização no último mês, com destaque para a ponta de agulha, que teve alta mensal de 7,91%
Os preços da carcaça bovina em São Paulo subiram 4,45% em abril/25, após quatro meses consecutivos de queda, informa a Agrifatto, acrescentando que, no varejo, essa alta não foi repassada e, com isso, os cortes fecharam o mês com retração. Segundo a consultoria todos os cortes apresentaram valorização em abril, com destaque para a ponta de agulha, que subiu 7,91% no comparativo com março/25, fechando em R$ 19,19/kg. Por sua vez, o dianteiro alcançou um recorde na série histórica, encerrando o mês a R$ 20,14/kg, com avanço de 7,32% sobre março/25. Na mesma base de comparação, o traseiro teve acréscimo mensal de 1,57%, de acordo com os dados da Agrifatto. No varejo, a carne bovina apresentou desvalorização mensal de 0,90% em abril/25, fechando em R$ 49,05/kg. Porém, no acumulado do primeiro quadrimestre de 2025, aponta a consultoria, a carne bovina registra aumento de 1,5% no varejo. No atacado, o frango resfriado manteve a tendência de valorização pelo nono mês consecutivo, sendo negociado em abril/25 a R$ 8,58/kg, com alta de 2,14% sobre março/25. “O movimento é impulsionado pela demanda interna, favorecida pelo preço mais acessível da proteína”, justifica a Agrifatto. Com isso, a relação de troca entre as proteínas (carne bovina versus frango) também variou positivamente no comparativo mensal, com aumento de 2,26%, alcançando 2,60 kg de carne de frango para cada 1 kg de carne bovina. Esse patamar segue acima da média histórica, de 2,41 kg, informa a Agrifatto. A carne suína no atacado, por sua vez, registrou desvalorização pelo segundo mês consecutivo, com queda de 2,43% em abril/25, atingindo R$ 12,20/kg. Apesar disso, diz a Agrifatto, a relação de troca subiu 7,05% no mês, atingindo 1,83 kg de carne suína para cada 1 kg de carne bovina, valor que também permanece acima da média histórica de 1,54 kg.
Portal DBO
SUÍNOS
Cotações no mercado de suínos na quarta-feira caem SP e RS. Estabilidade no PR
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, enquanto a carcaça especial subiu 0,78%, fechando em R$ 12,90/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (6), houve alta somente em Santa Catarina, na ordem de 0,12%, chegando a R$ 8,18/kg. Houve queda de 0,12% no Rio Grande do Sul e São Paulo, valendo, re3spectivamente, R$ 8,12/kg e R$ 8,56/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,56/kg), e no Paraná (R$ 8,26/kg).
Cepea/Esalq
Exportação de carne suína de abril supera março e abril/24
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada, até o final de abril (20 dias úteis), superou as marcas de abril do ano passado e de março deste ano, tanto em volume quanto em faturamento.
A receita obtida, US$ 276,6 milhões, representa 24,28% a mais do que o total arrecadado em todo o mês de abril de 2024, que foi de US$ 222,5 milhões. No volume embarcado, as 110.676 toneladas representam 14,40% a mais que o total registrado em abril do ano passado, com 96.743 toneladas. No comparativo com o mês de março de 2025, a receita obtida com as exportações de carne suína até o final de abril representa 6,95% a mais que o total arrecadado em todo o mês de março de 2025, que foi de US$ 258,6 milhões. No volume embarcado, as 110.676 toneladas representam 7,76% de alta sobre o total registrado em março com 102.699 toneladas. O faturamento por média diária até a última semana de abril foi de US$ 13,8 milhões, valor 24,3% maior do que o de abril de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 4,35% observando os US$ 14,4 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.533 toneladas, houve elevação de 14,4% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, recuo de 5,03%, comparado às 5.827 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.499, ele é 8,6% superior ao praticado em abril passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 0,71% em relação aos US$ 2.481 anteriores.
SECEX/MDIC
FRANGOS
Estabilidade para as cotações no mercado do frango na quarta-feira
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, assim como a ave no atacado, custando, em média, R$ 8,28/kg
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, da mesma maneira que no Paraná, valendo R$ 5,10/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (6), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,70/kg e R$ 8,79/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de frango em abril/25 são menores que as de abril do ano passado
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura até a última semana de abril (20 dias úteis), não conseguiu ultrapassar os dados de abril do ano passado, mas superou, por pouco, os registros de março
A receita obtida, US$ 808,6 milhões representa 99% do total arrecadado em todo o mês de abril de 2024, que foi de US$ 816,7 milhões. No volume embarcado, as 440.665 toneladas representam 97,38% do volume registrado em abril de 2024, com 452.486 toneladas. No comparativo com o resultado das exportações de carne de frango no mês de março de 2025, a receita obtida com as exportações de carne de frango até o final de abril representa 2,75% a mais que o total arrecadado em todo o mês de março, que foi de US$ 786,9 milhões. No volume embarcado, as 440.665 toneladas exportadas em abril representam 0,39% a mais que o volume registrado em março, com 438.916 toneladas. O faturamento por média diária até a última semana do mês foi de US$ 40,4 milhões quantia 1,0% menor do que a registrada em abril de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 3,36% quando comparado aos US$ 41,8 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 22.033 toneladas, houve retração de 2,6% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, recuo de 3,8% em relação às 22.905 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.835, ele é 1,7% superior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 0,46% no comparativo ao valor de US$ 1.826 visto na semana passada.
SECEX/MDIC
EMPRESAS
Receita bruta da Minerva sobre para R$ 11,9 bi no 1º trimestre
A Minerva Foods apresentou ao mercado na quarta-feira (7) os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, que incluem receita bruta consolidada de R$ 11,9 bilhões, crescimento de 55% ante o 1T24 e 4% frente ao trimestre anterior, com as exportações representando 56% do total.
Nos últimos 12 meses, a receita bruta totalizou R$ 40,6 bilhões, crescimento de 37% em comparação ao período de 12 meses encerrado no primeiro trimestre de 2024, com as exportações alcançando 57% e reforçando a liderança da Minerva na exportação de carne bovina na América do Sul com aproximadamente 21% de market share. A receita líquida somou R$ 11,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, patamar recorde para um trimestre, alta de 56% ante o mesmo período de 2024 e de 5% na base trimestral. Nos últimos 12 meses, a receita líquida consolidada totalizou R$ 38,1 bilhões (+38%). O resultado líquido foi positivo, encerrando o primeiro trimestre de 2025 em R$ 185 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) do primeiro trimestre de 2025 alcançou R$ 962,5 milhões, recorde para um trimestre, com margem Ebitda de 8,6% e crescimento de 53% ante igual período de 2024. No acumulado de 12 meses, o Ebitda foi de R$ 3,5 bilhões, com uma margem Ebitda de 9,1%. Já o Ebitda ajustado totalizou R$ 4,3 bilhões, considerando a performance proforma dos novos ativos no período de sete meses. A alavancagem líquida ao fim de março, medida pelo indicador Dívida Líquida/Ebitda Ajustado dos últimos 12 meses, encerrou o trimestre estável em 3,7x – ajustado pelo Ebitda proforma dos 13 novos ativos adquiridos da Marfrig na América do Sul (7 meses): R$ 788 milhões. No último dia 29 de abril a companhia aprovou, via Assembleia Geral Extraordinária, um aumento de capital no montante de até R$ 2 bilhões ou 386.847.196 de novas ações. "A destinação de recursos dessa operação será inteiramente para a redução de dívidas e do nível de alavancagem da Minerva Foods", destacou a empresa em comunicado. Pelo quinto ano consecutivo, a Minerva Foods foi incluída nas carteiras do Índice Carbono Eficiente (ICO2) e do Índice de Sustentabilidade Empresarial, ambos da B3, a Bolsa de Valores Brasileira. A companhia também subiu do Tier 4E para o Tier 3D, no Business Benchmark on Farm Animal Welfare (BBFAW), tornando-se "a melhor empresa a da América Latina em boas práticas de bem-estar animal dentro do segmento de proteína bovina".
Carnetec
INTERNACIONAL
FAO alerta sobre cepa exótica de febre aftosa no Oriente Próximo e pede ação imediata para evitar disseminação
Os surtos recentes de febre aftosa na Europa e a introdução de uma cepa viral exótica no Oriente Próximo ressaltam a necessidade urgente de detecção precoce e medidas reforçadas de biossegurança para minimizar os impactos da doença, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
“A FAO está recomendando medidas urgentes de biossegurança e intensificação da vigilância após a detecção recente do sorotipo SAT1 da febre aftosa no Iraque e no Bahrein. Esse sorotipo é exótico para as regiões do Oriente Próximo e da Eurásia Ocidental, levantando sérias preocupações sobre a possível disseminação do vírus”, afirmou a FAO em um alerta. A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco fendido, incluindo bovinos, suínos, ovinos, caprinos e várias espécies selvagens. É tipicamente caracterizada por febre e bolhas na boca e nos cascos, acompanhadas de claudicação. Embora poucos animais adultos sucumbam à doença, animais jovens podem morrer por falência cardíaca súbita. O vírus se espalha rapidamente e pode afetar muitos animais, especialmente em países ou regiões que normalmente estão livres da doença ou não utilizam vacinação regularmente.
Embora não represente ameaça à saúde pública, a febre aftosa impacta severamente a saúde e o bem-estar animal, a segurança alimentar e os meios de subsistência, ao reduzir a produtividade do rebanho, inclusive através da menor produção de leite e carne. As perdas econômicas são substanciais, com estimativas globais de perdas diretas na produção e custos com vacinação em regiões endêmicas atingindo US$ 21 bilhões por ano. No entanto, o verdadeiro peso econômico da febre aftosa provavelmente é muito maior ao se considerar as interrupções tanto no comércio internacional quanto local. Esses impactos podem ser devastadores para comunidades rurais e negócios que dependem da pecuária. Recentemente, o vírus da febre aftosa foi detectado na Europa, que normalmente é livre da doença e agora enfrenta seu pior surto desde 2001. A Alemanha detectou um surto em janeiro de 2025, mas desde então foi declarada livre da doença. No entanto, uma incursão separada na Hungria um mês depois, com surtos subsequentes na Eslováquia, continua ativa. Como exemplo do impacto da febre aftosa no comércio internacional, o governo do Reino Unido proibiu a importação de produtos de carne ou laticínios de países europeus onde o vírus foi detectado, assim como da Áustria devido a um surto no país vizinho, a Hungria. Embora a febre aftosa seja endêmica no Oriente Próximo, houve um aumento recente nos surtos causados por um sorotipo exótico que provavelmente foi introduzido a partir da África Oriental. Até o momento, Bahrein, Iraque e Kuwait relataram casos, embora outros países do Oriente Próximo e da Eurásia Ocidental estejam sob alto risco de serem afetados. Diversas cepas do vírus da febre aftosa continuam a circular em diferentes partes do mundo, e os surtos recentes na Europa e no Oriente Próximo destacam o risco contínuo que essa doença representa para os meios de subsistência, a segurança alimentar e o comércio seguro. A FAO e a Comissão Europeia para o Controle da Febre Aftosa também oferecem apoio específico a países por meio de programas de treinamento e capacitação, facilitam a aquisição e distribuição de vacinas, monitoram os riscos globais da febre aftosa e desenvolvem ferramentas para aprimorar a preparação e o controle.
Beef Magazine
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Governo libera R$ 179 milhões para a contratação de seguro rural no mês de maio
Na segunda-feira (05/05), foi publicada a Resolução nº 105, do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural, que aprova o valor inicial para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2025. Do valor total de R$ 1 bilhão, previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso Nacional, serão liberados, já no mês de maio, R$ 179 milhões. O restante do orçamento deverá ser liberado a partir do mês de junho.
Serão disponibilizados aos produtores R$ 170 milhões para a contratação de apólices para as culturas de inverno, como o milho 2ª safra e o trigo; R$ 5 milhões para as frutas; R$ 1 milhão para a modalidade de pecuária; R$ 500 mil para a modalidade de florestas; e R$ 2,7 milhões para as demais culturas. “O seguro rural é um instrumento de proteção fundamental para o produtor, ainda mais diante desse cenário de aumento da frequência e da severidade dos eventos climáticos adversos. Apenas nos últimos cinco anos, as seguradoras pagaram cerca de R$ 19 bilhões em indenizações aos produtores. Essas indenizações permitiram que milhares de produtores fossem ressarcidos das suas perdas na produção, mantendo a estabilidade financeira do seu negócio”, ressaltou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos. O produtor que tiver interesse em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólices de seguro rural. Atualmente, 17 seguradoras estão habilitadas para operar no PSR. O seguro rural é destinado aos produtores, pessoa física ou jurídica, independentemente de acesso ao crédito rural, que cultivem ou produzam espécies contempladas pelo Programa. O percentual de subvenção ao prêmio está fixado em 40% para todas as culturas/atividades, exceto para a soja, cujo percentual é de 20%. Essa regra vale para qualquer tipo de produto e cobertura, conforme as normas do PSR.
Mapa
Com unidade móvel, Adapar facilita atualização de rebanhos em Marechal Cândido Rondon
Durante o mês de maio, a unidade permanece em locais estratégicos do município para atender presencialmente os criadores, em especial os que têm dificuldades para ir até o escritório local do órgão. Iniciativa integra a Campanha de Atualização de Rebanhos, iniciada no Paraná em 1º de maio.
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), por meio do Escritório Local de Marechal Cândido Rondon, na região Oeste, facilita a atualização de rebanhos para produtores que vivem em áreas mais distantes do município. Durante o mês de maio, uma unidade móvel permanece em locais estratégicos para atender presencialmente os criadores, garantindo que os produtores da região atualizem o cadastro de seus animais com mais facilidade. A iniciativa integra a Campanha de Atualização de Rebanhos, iniciada no Paraná em 1º de maio. Com o apoio da Prefeitura, a ação permite que os produtores façam o cadastro diretamente na unidade itinerante. “A atualização é obrigatória no Paraná, mas podemos e devemos facilitar o processo para o produtor. Essa é uma forma de apoio que reforça a saúde animal e garante a qualidade sanitária, um diferencial que coloca o nosso Estado em posição de destaque nacional”, afirma Antônio Carlos Dezaneti, chefe do Escritório Regional de Toledo, que engloba o Escritório Local de Marechal Cândido Rondon. De acordo com o assistente de Fiscalização da Defesa Agropecuária Everton Cesar, que atua nos atendimentos, o objetivo principal é facilitar para os têm dificuldades de ir até o escritório. “Queremos facilitar para o produtor que, por algum motivo, não consegue vir até a sede. Na unidade móvel ele faz a declaração do rebanho e já registramos no sistema, de forma prática e em tempo real, como se estivesse em nosso escritório”, explica. Além da atualizar o rebanho, a unidade móvel também oferece outros serviços e informações da Adapar. A Campanha de Atualização dos Rebanhos do Paraná de 2025 vai até o dia 30 de junho. A atualização é obrigatória para todos os produtores com animais de produção, independentemente da espécie. Quem não realizar o procedimento dentro do prazo ficará impedido de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento necessário para a movimentação de animais entre propriedades ou para o abate. Os produtores também podem atualizar os dados de forma online, pelo aplicativo Paraná Agro ou pelo site da Adapar, além do atendimento presencial no Escritório Local mais próximo, nos Sindicatos Rurais ou nos Escritórios de Atendimento das prefeituras.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
BC eleva a taxa Selic ao maior patamar em quase 20 anos
O Comitê de Política Monetária aumentou taxa básica de juros de 14,25% para 14,75% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 14,25% para 14,75% ao ano. Com isso, a taxa chega ao maior nível desde julho de 2006. A decisão foi unânime. A alta de 0,5 ponto percentual (p.p.) era a expectativa majoritária do mercado, como mostrou levantamento do Valor com 124 instituições financeiras e consultorias. Desse total, 117 esperavam uma elevação de 0,5 ponto percentual (p.p.) na reunião desta semana. O Copom comunicou que irá adotar “cautela adicional” na sua próxima reunião. “Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação” , disse o Copom, em comunicado divulgado há pouco. O colegiado avisa ainda que “se manterá vigilante e a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”. Na reunião anterior, o Copom havia sinalizado que faria um ajuste de “menor magnitude” nesta reunião considerando a “continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso”. Desde a última reunião, a mediana das projeções de inflação para 2026 do relatório Focus passou de 4,48% para 4,51%. A meta é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. As projeções para o câmbio também baixaram de R$ 6 para R$ 5,91 em 2026. O dólar fechou cotado a R$ 5,7458 nesta quarta-feira. Outro ponto de atenção é o movimento do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que manteve a taxa de juros inalterada na faixa de 4,25% a 4,50% na reunião que aconteceu na quarta-feira. A decisão foi unânime e amplamente esperada pelo mercado. Para o Fed, houve aumento de incerteza no cenário econômico, mas a avaliação é de que a economia segue se expandindo em ritmo sólido. Após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse em entrevista que o impacto das tarifas sobre a inflação a longo prazo ainda não está claro e que a coisa certa a se fazer é esperar para ter maior clareza.
Valor Econômico
Dólar sobe pelo 3º dia seguido puxado pelo exterior
O dólar emplacou na quarta-feira a terceira sessão consecutiva de ganhos e superou os R$5,75, com as cotações no Brasil acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, numa sessão marcada pela decisão do Federal Reserve sobre juros, à tarde, e pela expectativa antes do anúncio da Selic pelo Banco Central, à noite.
O dólar à vista fechou em alta de 0,58%, aos R$5,7445. Em três dias, a divisa acumulou elevação de 1,56%. No ano, porém, a moeda norte-americana acumula baixa de 7,03%. Às 17h17 na B3 o dólar para junho -- atualmente o mais líquido -- subia 0,47%, aos R$5,7765. A divisa dos EUA oscilou em alta ante o real durante praticamente todo o dia, com alguns agentes reforçando as posições compradas em dólar antes das decisões do Fed e do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro. O avanço também estava em sintonia com a alta do dólar ante boa parte das demais divisas no exterior. No meio da tarde, o Fed anunciou a manutenção de sua taxa de juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, como era largamente esperado, e o chair da instituição, Jerome Powell, fez uma série de alertas sobre o cenário econômico. Em entrevista coletiva, ele afirmou que a incerteza é tão grande neste momento que o banco central dos EUA não pode fazer mudanças nos juros para lidar com o rumo que a economia possa estar tomando. "Não é uma situação em que possamos ser preventivos porque, na verdade, não sabemos qual será a resposta correta aos dados até que vejamos mais dados", disse. O chair do Fed avaliou ainda que, caso os aumentos de tarifas de importação anunciados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sejam mantidos, será possível ver uma inflação mais alta e um nível de emprego mais baixo. O controle da inflação e a geração de empregos são justamente os dois mandatos perseguidos pelo Fed. Após a decisão e os comentários de Powell, o índice do dólar se afastou da estabilidade e se firmou em alta. A moeda norte-americana também consolidou os ganhos ante a maior parte das divisas, incluindo o real. À tarde, o BC informou que o Brasil fechou o mês de abril com fluxo cambial total positivo de US$7,220 bilhões, resultado de saídas de US$965 milhões pela via financeira e entradas de US$8,185 bilhões pela via comercial. Já a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$8,153 bilhões em abril, um recuo de 3,3% sobre o saldo apurado no mesmo mês do ano passado, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Reuters
Ibovespa fecha estável antes da decisão do Copom
A subida das ações da Petrobras e de alguns bancos limitou as perdas do índice
Horas antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, o Ibovespa encerrou o dia perto da estabilidade, com queda de 0,09%, aos 133.398 pontos, depois de oscilar entre os 132.872 pontos e os 134.110 pontos. A subida das ações da Petrobras e de blue chips de alguns bancos limitou as perdas do índice. Por outro lado, tanto a decisão quanto o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, não geraram grandes reações no mercado local. Segundo uma parcela dos agentes financeiros ouvidos, uma possível explicação é que a fala de Powell reforçou a robustez da economia americana, o que ajudou a afastar um pouco temores de um recuo expressivo da atividade nos EUA. Já outra parcela dos agentes financeiros defendeu que o discurso de Powell foi mais duro do que o mercado estava esperando, mas que isso não se refletiu nos preços porque o presidente do Fed deixou claro que ele precisa ter convicção e ver dados que embasem o movimento de corte, explicou o diretor de investimentos (CIO) da Nau Capital, Maurício Valadares. “O que eu creio que o mercado está pensando é que, até a próxima reunião, esses dados aparecerão e que ele pode ser forçado a cortar os juros. Acho que é por isso que o mercado não refletiu um discurso mais hawkish [inclinado ao aperto monetário]”, avaliou Valadares. Ontem o presidente Donald Trump afirmou que não está aberto a reduzir as tarifas de 145% sobre a China. Representantes do governo chinês e dos EUA devem se reunir em Genebra, na Suíça, no sábado. Segundo um participante do mercado, as negociações entre EUA e outros países devem ser iniciadas em breve, mas com a China “será um evento de prazo mais longo e complexo”. O volume financeiro negociado no Ibovespa foi de R$ 15,2 bilhões e de R$ 19,5 bilhões na B3. Já em Wall Street, os principais índices americanos fecharam em alta: o Dow Jones subiu 0,70%; o S&P 500 avançou 0,43%; e o Nasdaq subiu 0,27%.
Valor Econômico
Indústria do Brasil supera expectativa em março e produção cresce no ritmo mais forte em 9 meses
A indústria brasileira retomou o ritmo em março e a produção cresceu bem mais do que o esperado, no ritmo mais forte em nove meses, mesmo diante do aperto nas condições financeiras e aumento da incerteza externa.
Em março a produção industrial cresceu 1,2% em relação ao mês anterior, resultado que ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,3%. A leitura mensal foi a mais alta desde junho de 2024 (4,3%), dando um salto após estagnação em fevereiro e avanço de apenas 0,1% em janeiro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção aumentou 3,1%, taxa mais forte desde outubro de 2024 (6,0%) e acima da expectativa de 1,4%. Com isso, a indústria está 14,4% aquém do ponto mais alto da série histórica, de maio de 2011, segundo o IBGE. "O mês de março se caracterizou por um maior dinamismo após cinco meses de menor intensidade. O maior ritmo verificado em março de 2025 foi caracterizado não só pela maior intensidade do resultado, mas também pelo perfil disseminado de taxas positivas", explicou André Macedo, gerente da pesquisa, lembrando que a contração registrou recuos nos três últimos meses de 2024. “A explicação para o resultado desse mês passa pela combinação de meses sem crescimento relevante mais setores importantes recuperando perdas de meses anteriores”, completou. No entanto, a expectativa de economistas é que a indústria brasileira deve sentir este ano os impactos da alta dos juros, do encarecimento do crédito, queda na confiança dos empresários, desvalorização da taxa de câmbio e aumento das tarifas de importação pelos EUA. Uma acomodação é esperada, em linha com a perda de força gradual da economia tanto nacional quanto global, ainda que políticas governamentais de estímulo à atividade econômica devam ajudar a mitigar os impactos negativos. "O ambiente ainda demanda cautela. Os dados de março ainda não refletem a incerteza gerada pelas tarifas e os indicadores antecedentes da indústria sugerem que abril pode mostrar uma desaceleração, com os industriais menos otimistas devido às condições de crédito e aumento de estoques", alertou o economista sênior do Inter, André Valério. Os dados da pesquisa sobre a indústria mostraram que em março três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram expansão na produção. As principais influências positivas vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%), indústrias extrativas (2,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%). Entre as categorias econômicas, bens de consumo duráveis (3,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (2,4%) tiveram os melhores desempenhos em março sobre o mês anterior. O setor de bens intermediários também registrou crescimento (0,3%), e a única taxa negativa veio de bens de capital (-0,7%).
Reuters
Fluxo cambial registra entrada líquida de US$ 7,220 bilhões em abril
Segundo o Banco Central, o resultado é o maior ingresso de dólar no país desde 2018
O Banco Central informou na quarta-feira (07) que o fluxo cambial registrou entrada líquida de US$ 7,220 bilhões no mês de abril, no maior ingresso de dólar no país desde 2018, quando houve fluxo positivo de US$ 14,3 bilhões. A entrada neste mês foi resultado de um fluxo positivo de US$ 8,185 bilhões via conta comercial e de um fluxo negativo de US$ 965 milhões via conta financeira. Já na última semana, entre os dias 28 de abril e 02 de maio, houve entrada forte de dólares, de US$ 4,743 bilhões. O resultado positivo da semana passada foi reflexo do fluxo de entrada de US$ 3,884 bilhões via conta comercial e do ingresso de US$ 860 milhões pela conta financeira. No acumulado do ano de 2025, o fluxo cambial registra agora saída de US$ 8,599 bilhões, resultado da saída de US$ 24,509 bilhões pela conta financeira e pela entrada de US$ 15,910 pela conta comercial.
Valor Econômico
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